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    •  
      FD
    • 15 janeiro 2009

     # 1

    Para responder à crise
    Santander vende casas hipotecadas com desconto
    15.01.2009 - 09h05 :, Mariana Pinto
    Com os efeitos da crise a fazerem crescer o número de créditos à habitação por pagar, o Banco Santander encontrou uma solução para a acumulação de casas novas em sua posse: vender ou arrendar os imóveis aos colaboradores do banco, com descontos de 20 por cento (montante que o cliente paga à promotora antes da escritura).

    A medida está, para já, a ser aplicada em Espanha, onde o Santander tem 1100 imóveis disponíveis ao preço da hipoteca (80 por cento do valor), mas deve alargar-se, brevemente, a Portugal, Reino Unido e Alemanha.

    Esta campanha, para já exclusiva aos funcionários do grupo bancário espanhol e os filhos destes, bem como aos reformados e pré-reformados da instituição, deve ser estendida, em breve, ao público em geral, informou a edição electrónica do jornal La Gaceta de los Negocios.

    A empresa Altamira Santander Real Estate é a entidade responsável pela mediação do negócio e disponibiliza um motor de busca de casas residenciais em toda a Espanha.

    Os imóveis colocados provêm, essencialmente, de embargos a promotores imobiliários, que conseguem desta forma cancelar as dívidas que mantinham com o banco. Em Espanha, o Santander adquiriu, nos últimos tempos, um número significativo de imóveis novos e pretende agora apostar na sua venda.

    "Neste caso, o banco não ganha nada, mas desfaz-se dos seus imóveis", adianta um perito ao jornal espanhol.

    http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1356184&idCanal=57
  1.  # 2

    Que fixe, o valor das casas usadas vai cair 20% e se os outros bancos seguirem o exemplo (que remédio) vem ai uma grande baixa de preços, a menos que esses rapazinhos, aumentem os preços em 20% para depois dar um desconto de 20%
  2.  # 3

    Gostei daquela "o banco não ganha nada", só o que poupa em não ter que manter os imóveis na sua posse é um ganho astronómico.
  3.  # 4

    Desde que não perca, senão pagamos nós outra vez
  4.  # 5

    O banco não ganha nesta transacção, mas já ganhou nos juros cobrados até ter ficado com a posse do ímóvel, ou será que acham que os banqueiros são uns mãos largas e estão aqui para não ganharem nada e serem um bem feitores á sociedade?

    Em suma mesmo ficando com os imóveis e com a redução de 20%, o banco garante que recupera o empréstimo feito, porque os juros já cobrou parte deles, e as que arrendar a 20% abaixo do valor de mercado, façam as contas em quantos anos eles irão recuperar o investimento, não esquecendo como é óbvio de colocar as devidas obras de conservação, etc.

    Neste momento os bancos apenas se querem financiar e ter liquidez, para recuperar da crise que se sente, e esta uma uma forma de o fazer, obviamente que futuramente o banco proporá ao inquilino a compra do imóvel (quando este estiver quase pago na sua totalidade, no caso das casas arrendadas), e é aí que o banco vai buscar o restante dinheiro dos juros que ficaram por cobrar, e mais algum.

    Não deixa no entanto de ser uma boa oportunidade para quem arrenda.

    Cumps
    • luisvv
    • 15 janeiro 2009 editado

     # 6

    Colocado por: Barba NegraO banco não ganha nesta transacção, mas já ganhou nos juros cobrados até ter ficado com a posse do ímóvel,


    E os juros cobrados são lucro do banco? Não esqueça que os bancos também se financiam, pelo que só uma parte dos juros pagos é efectivamente lucro...


    Em suma mesmo ficando com os imóveis e com a redução de 20%, o banco garante que recupera o empréstimo feito, porque os juros já cobrou parte deles, e as que arrendar a 20% abaixo do valor de mercado, façam as contas em quantos anos eles irão recuperar o investimento, não esquecendo como é óbvio de colocar as devidas obras de conservação, etc.

    Aqui trata-se de venda e não arrendamento. Naturalmente o banco encontra vantagens nesta solução (não necessariamente lucro, mas contenção de perdas, p.ex.), ou não o faria.
  5.  # 7

    o que é certo e todos sabemos é que os bancos não entram neste jogo para perder...esta estratégia de marketing deve ter alguma na manga....mas ca estamos para ouvir o final
  6.  # 8

    Nesta altura do campeonato para os bancos é muito prejudicial deter património porque depois em termos contabílisticos têm de realizar provisões em valor proporcional para passarem os stress test e demonstrar liquidez. Ou seja há certamente bons negócios em que os bancos apenas se querem livrar de alguns activos que os obrigam a bloquear capital. Mas é uma questão de olhar para a sua oferta para avaliar as oportunidades na sua carteira. A da Caixa Geral de Depósitos é feita por aqui www.caixaimobiliario.pt
    Estas pessoas agradeceram este comentário: LMSC
  7.  # 9

    Colocado por: mad_zzzbNesta altura do campeonato para os bancos é muito prejudicial deter património porque depois em termos contabílisticos têm de realizar provisões em valor proporcional para passarem os stress test e demonstrar liquidez. Ou seja há certamente bons negócios em que os bancos apenas se querem livrar de alguns activos que os obrigam a bloquear capital. Mas é uma questão de olhar para a sua oferta para avaliar as oportunidades na sua carteira. A da Caixa Geral de Depósitos é feita por aquiwww.caixaimobiliario.pt


    è impressão minha ou é a terceira vez que coloca esse endereço? Porque não na Publicidade?

    https://forumdacasa.com/discussion/10155/como-comprar-casas-penhoradas-directamente-aos-bancos/#Comment_240187
    https://forumdacasa.com/discussion/1/sitios-para-procurar-casa/#Comment_240196
  8.  # 10

    Colocado por: luisvvE os juros cobrados são lucro do banco? Não esqueça que os bancos também se financiam, pelo que só uma parte dos juros pagos é efectivamente lucro...


    E diga lá uma coisa. Quanto capital precisa um banco de ter para emprestar, digamos, 100.000€. Ainda não consegui perceber umas coisas que li. É que parece que o banco precisa de ter apenas 1/9 do total do capital emprestado. Assim sendo é falacioso dizer que os bancos se têm de financiar.

    Isto é verdade? Se for podemos fazer mais umas contas.
  9.  # 11

    Colocado por: FDvender ou arrendar os imóveis aos colaboradores do banco, com descontos de 20 por cento (montante que o cliente paga à promotora antes da escritura).


    Não percebo como é que isto não é ilegal. Já agora, porque não dar aos administradores as casas por 0€. O devedor fica a arder 100% do capital em divida. Os imóveis hipotecados deviam ser vendidos pelo preço mais alto possível, determinado pelo mercado, e de entre todos os possíveis interessados. Na prática até podiam ser vendidos por menos de 80%, mas isso é outra conversa. Repito, não entendo como é que isso é legal.
  10.  # 12

    Colocado por: danobrega E diga lá uma coisa. Quanto capital precisa um banco de ter para emprestar, digamos, 100.000€. Ainda não consegui perceber umas coisas que li. É que parece que o banco precisa de ter apenas 1/9 do total do capital emprestado. Assim sendo é falacioso dizer que os bancos se têm de financiar.

    Falacioso?!?
    O capital necessário não é apenas de 1/9 do valor do empréstimo.
    É o valor do empréstimo MAIS 1/9 (ou lá o que for).
  11.  # 13

    Colocado por: Luis K. W.É o valor do empréstimo MAIS 1/9 (ou lá o que for).


    Penso que está enganado: http://video.google.com/videoplay?docid=-2550156453790090544#.

    Tenho que ir comprar uns livros de economia... :)

    Já agora:

    http://en.wikipedia.org/wiki/Fractional-reserve_banking
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplicador_banc%C3%A1rio
  12.  # 14

    E diga lá uma coisa. Quanto capital precisa um banco de ter para emprestar, digamos, 100.000€. Ainda não consegui perceber umas coisas que li. É que parece que o banco precisa de ter apenas 1/9 do total do capital emprestado. Assim sendo é falacioso dizer que os bancos se têm de financiar.


    O cálculo desses ratios não é linear, porquanto é necessário avaliar o risco envolvido, e os activos.
    Um crédito com risco elevado (sem garantias) vale zero (ou perto disso) nesses cálculos, por exemplo.

    De qualquer forma, para efeitos de argumentação, pode usar uma proporção de 1/10.
  13.  # 15

    Colocado por: luisvvDe qualquer forma, para efeitos de argumentação, pode usar uma proporção de 1/10.


    Ok. Portanto, se eu tivesse o mesmo poder que os bancos, digamos que tinha 100.000 de poupanças. Como o estado quer dinheiro e dá ~8% de juros por ano, eu podia emprestar ao estado 1.000.000€ e ganhar 8% sobre isso. Todos os anos ganhava 80.000 em juros.

    Ora, quem vir a coisa de fora vê que eu emprestei 1.000.000 com uma taxa de juro e parece tudo bem. Mas não sabe que o dinheiro emprestado é criado no momento, e não houve verdadeira transferencia de capital. Na verdade, esses 80.000 representam 80% do capital que eu investi. Parece-me um investimento porreiro.

    O que está mal?
  14.  # 16

    Ok. Portanto, se eu tivesse o mesmo poder que os bancos, digamos que tinha 100.000 de poupanças. Como o estado quer dinheiro e dá ~8% de juros por ano, eu podia emprestar ao estado 1.000.000€ e ganhar 8% sobre isso. Todos os anos ganhava 80.000 em juros.

    Nem sei por onde começar...

    Talvez por aqui: você teria que emprestar mesmo o 1.000.000€. O Sr. Estado vai ao Multibanco, e em dias diferentes faz levantamentos que perfazem o milhãozito. Ou então, transfere-o para outra instituição. O dinheiro sai do seu controlo, e passa para uma entidade terceira. Ora, você não imprime notas, porque não o deixam - tem que as ir buscar ao fornecedor - seja ele o BC ou outro banco.


    Ora, quem vir a coisa de fora vê que eu emprestei 1.000.000 com uma taxa de juro e parece tudo bem. Mas não sabe que o dinheiro emprestado é criado no momento, e não houve verdadeira transferencia de capital. Na verdade, esses 80.000 representam 80% do capital que eu investi. Parece-me um investimento porreiro.


    O raciocínio é válido se e só se o dinheiro nunca saisse da conta - você emprestava-o, mas o destinatário não o podia utilizar.
  15.  # 17

    Colocado por: luisvvO dinheiro sai do seu controlo


    Bom, pensava que era mais ou menos assim:

    O dinheiro não sai do meu controlo poís o dinheiro não existe. Existe uma promessa de pagamento de dívida, um papel, que vale 1.000.000. Esse papel pode ser transaccionado que é o que andaram a fazer no "subprime". Andaram a transaccionar as promessas de pagamento. Não sei o nome técnico da coisa. :P

    Colocado por: luisvvO raciocínio é válido se e só se o dinheiro nunca saisse da conta


    E é mesmo isso que acontece. O dinheiro não sai da minha conta. O dinheiro é gerado do ar. :) Parece parvo, e é difícil de acreditar, mas é o peixe que se vende no link que deixei ai.

    É curioso dizer "Ora, você não imprime notas, porque não o deixam" pois no documentário equiparam o poder de emprestar dinheiro que não têm. É assim que funciona o sistema de reserva fracionada.

    Gostava de saber como é que realmente a coisa funciona.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Cria%C3%A7%C3%A3o_de_moeda#Cria.C3.A7.C3.A3o_monet.C3.A1ria_pelo_Sistema_de_Reserva_Fracionada
  16.  # 18

    Penso que este exemplo é parecido com o meu: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=705
 
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