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  1. Colocado por: NeonPois é...acho que vocês se sentam é numa posição muito confortavel...digamos que apregoam aos 7 ventos que eu não concordo com isto, isto é errado, esta mal e não presta. Se por acaso chegar a hora do aperto....Não abdicam e o argumento válido é - >como eu tive que contribuir agora quero o serviço.
    Eu percebo o que diz, mas custa-me a entender que uma pessoa principalmente que se manifeste publicamente e de forma tão veemente contra o sistema, acabe por depois recorrer a ele....no meu ponto de vista acho inglório, perde-se credibilidade e cai por terra tudo o que se disse e se escreveu antes.


    Quer dizer, quem paga algo contra sua própria vontade, deve abdicar das poucas utilidades que esse pagamento tem para si próprio?
    Até lhe digo mais, trabalhei 6 anos a descontar praticamente o mesmo que desconto agora, precisamente quando passei a ter quota na empresa, e até recentemente, não tinha qualquer direito a subsídio de desemprego. Agora por acaso já tenho direito, mas se o paguei durante tantos anos (apesar de discordar), porque raio não poderei usufruir dele se paguei o serviço?

    Colocado por: Neonacham que o ataque aos funcionarios do estado foi a melhor coisa que aconteçeu desde que nosso sr jesus cristo veio á terra...


    Estava eu a lê-lo com tanta atenção, e eis que evoca o nome de um "ser" imaginário...
  2. Aí a trás falou-se do salário mínimo nacional e também da Alemanha.

    Mas ninguém interligou os dois assuntos.

    Dá jeito falar da Alemanha para elogiar os salários de lá, mas não dá jeito dizer que na Alemanha não existe salário mínimo?

    Pois é, parece que numa nação organizada e disciplinada, que apesar de não ter um salário mínimo definido, com mérito, produtividade e empenho, consegue-se um salário bem jeitoso, mas lá está, depende de nós, não de uma qualquer lei que vem dizer que todos merecem X quando bem sabemos que muitos não produzem o suficiente para a empresa lucrar esse X para lhes pagar.
  3. duas pedras

    tenho tanta pena dessas empresas, são obrigadas a contratar pessoas que nada fazem ou que fazem muito pouco, coitadas.

    olhe um dia vai perceber, espero que não seja pelas piores razões, que o estado social é em ultima analise o garante contra a barbárie humana.

    se o estado social tem que ser calibrado e bem gerido, é outra conversa.

    era interessante também saber com rigor quantos e quem na Alemanha está neste momento a receber abaixo do nosso salario mínimo.
  4. Colocado por: marco1tenho tanta pena dessas empresas, são obrigadas a contratar pessoas que nada fazem ou que fazem muito pouco, coitadas.


    Ultimamente, simplesmente não contratam.

    Colocado por: marco1olhe um dia vai perceber, espero que não seja pelas piores razões, que o estado social é em ultima analise o garante contra a barbárie humana.

    se o estado social tem que ser calibrado e bem gerido, é outra conversa.


    Eu não vivo de ilusões, tenho a certeza que vamos continuar a ser obrigados a descontar para SS, mas também não tenho dúvidas de que muito irá mudar.
    Já agora, concorda com o RSI?

    Colocado por: marco1era interessante também saber com rigor quantos e quem na Alemanha está neste momento a receber abaixo do nosso salario mínimo.


    Google is your friend :)
  5. Já agora vou dizer porque não concordo com a SS da forma como a conhecemos actualmente.

    Andamos a trabalhar, a produzir, a contribuir para a economia do nosso país, estamos a descontar, em parte para pagar os RSI onde a esmagadora maioria não precisava do mesmo se tivesse alguma capacidade de iniciativa, e sabe-se muito bem que estes (nós) que andam a pagar RSI's não vão ter direito a reforma quando chegarem à idade de a ter.

    Sou a favor de que quem não tem capacidade física ou mental para trabalhar receba ajuda social do estado, agora haver um subsídio que premeia a falta de capacidade de iniciativa, acho um descalabro nacional...
  6. Uma pesquisa rápida na net, diz-nos que para além da Alemanha outros países onde impera a desumanidade e a exploração, também não têm salário mínimo, como por exemplo a Islândia, Noruega, Finlândia, Islândia, Singapura, etc.

    Afinal de contas, talvez o baixo desemprego jovem nestes países e a não existência de salário mínimo não seja uma coincidência.


    Colocado por: marco1o estado social é em ultima analise o garante contra a barbárie humana.

    Há muita gente que acha o contrário. Quando o Estado toma como sua a responsabilidade de sustentar, educar e manter saudáveis os indivíduos, o preço a pagar é a liberdade individual e quanto menos livres formos mais perto estamos da barbárie.
    Concordam com este comentário: two-rok
  7. se concordo com o RSI??

    concordo quando devidamente atribuído, mas muito havia para dizer sobre o RSI, tal como estar a ser aplicado como algo não proactivo mas sim para acalmar em grande parte uma certa camada da população excluída do sistema, ou seja arrumar um problema numa prateleira.
    por outro lado ainda convinha ter em conta, e vemos isso todos os dias nas noticias, os inúmeros casos de esquemas fraudulentos que gente que não recebe RSI tem feito e depauperado o estado em milhares e milhares de euros.
    acho que sinceramente temos que dirigir as nossas miras ao todo da sociedade e não apenas aos desfavorecidos e desgraçados de alguma forma. vejo que a tendência é sempre essa, os mais fracos e pequenos é que são sempre os culpados.
  8. Neon... não consegui transmitir a ironia foi? Torno a repetir, os seguros não funcionam assim. Num seguro os segurados pagam para os sinistrados usufruírem.

    O sistema social actual funciona da mesma maneira, os "segurados" pagam para os "sinistrados" actuais. Como é óbvio, se a relação entre o numero de sinistrados e segurados aumentar de forma estrutural, e se as "prestações" dos segurados mal chegavam para a relação anterior, vai ter de se diminuir as participações do seguro por sinistro. Não há outra hipótese, é mesmo assim.

    Mas se quer ir um bocado mais longe que isso, eu até lhe digo o seguinte, na questão das reformas, tanto fazia poupar dinheiro para depois usar como descontar para os reformados actuais. O resultado é equivalente! Giro, não é? A explicação é a seguinte, e vamos para o caso limite para ser mais fácil de entender:

    No sistema A, os trabalhadores descontam hoje para os actuais reformados. Num futuro hipotético em que só há reformados, não há reformas possíveis e os reformados ficam sem o que comer.
    No sistema B, os trabalhadores descontam hoje para um fundo que lhes guarda o dinheiro. No mesmo futuro hipotético em que só há reformados, não há ninguém a produzir e os reformados ficam sem o que comer.

    De facto, por muito que no sistema B se guarde "dinheiro", se o número de produtores diminuir significativamente em relação aos reformados E houver uma diminuição efectiva no excedente que pode ser distribuído pela população não produtiva, o que acontece é que a quantidade de dinheiro disponível para a quantidade de produtos é muito maior. Isso, por definição, é inflação. Neste futuro, no sistema A terá de haver uma diminuição das reformas, porque os contribuintes não conseguem descontar o suficiente para as manter, e no sistema B há inflação equivalente, o que diminui o valor das reformas.

    E agora?
  9. Colocado por: NeonPois é...acho que vocês se sentam é numa posição muito confortavel...digamos que apregoam aos 7 ventos que eu não concordo com isto, isto é errado, esta mal e não presta. Se por acaso chegar a hora do aperto....Não abdicam e o argumento válido é - >como eu tive que contribuir agora quero o serviço.


    O Neon está a confundir duas coisas, que é eu estar contra o sistema, ou contra a obrigação de pertencer ao sistema. Eu não sou contra o sistema, o sistema está mais ou menos bem montado e funciona bem, ou até melhor que sistemas privados de pensões.

    Eu estou contra o sistema ser "consumo" obrigatório, mais nada. E mesmo que provasse cientificamente que o sistema público de participação obrigatória funciona muito melhor que qualquer outro sistema, eu seria contra a obrigação. Esse é um argumento utilitário, e há sempre exemplos individuais de pessoas que não querem participar nele. Dou-lhe um exemplo virtual: Eu tenho uma doença e sei que vou morrer aos 50 anos de idade. Porque caral$% é que tenho de desperdiçar 30% do que produzo para um sistema que nunca mas mesmo nunca vou usufruir? Por "vossa" culpa deixei de poder aproveitar a vida. Vão-se ****$%.

    Do ponto de vista moral a única coisa que eu devo é não fazer aquilo que acho que está mal. Ora isso seria eu mesmo criar um sistema e obrigar as pessoas a contribuir para ele... Acho que não consigo fazer isso.

    No entanto, se pago só para a SS 30% daquilo que produzo, é o sistema que tenho para usufruir e não faz sentido o que diz. Terei, como é normal, de o usar. Até porque perdi a hipótese de usar outro qualquer sistema.
    Concordam com este comentário: two-rok
  10. Colocado por: danobregao sistema está mais ou menos bem montado e funciona bem

    Consta que D. Branca e Madoff proferiram afirmações parecidas com esta, em certos momentos das suas carreiras.
  11. Colocado por: J.FernandesConsta que D. Branca e Madoff proferiram afirmações parecidas com esta, em certos momentos das suas carreiras.


    Lá está, o J.Fernandes também pensa que se poupasse o seu futuro estava assegurado. É exactamente o mesmo engano que dizer: "descontei para a segurança social, agora tenho direito!". Não é verdade, é ler com cuidado o que escrevi.

    O problema é mesmo a percepção de que se guardarmos papeis, ouro, ou mesmo um só papel a dizer que estamos nessa da segurança social, que esses objectos no futuro nos dão garantia de produtos reais. A única maneira de garantirmos que no futuro temos produtos reais é guardarmos... produtos reais. Qualquer maneira intermédia de guardar valor só funciona se na altura em que quisermos trocar esse "valor" por coisas reais, as coisas reais existam. Quem diria.
  12. Eu percebo o que diz, mas custa-me a entender que uma pessoa principalmente que se manifeste publicamente e de forma tão veemente contra o sistema, acabe por depois recorrer a ele....no meu ponto de vista acho inglório, perde-se credibilidade e cai por terra tudo o que se disse e se escreveu antes.


    Já discutimos essa posição a propósito da Ayn Rand, mas podemos resumir: ser por princípio contra o sistema de segurança social obrigatório, não implica estar disposto ser roubado e calar.

    imprevisivel ou dificil de quantificar? é que são 2 coisas dinstintas

    Refiro-me às decisões de cada um de nós, no dia-a-dia. É simplesmente imprevisível, visto à distância. Dito de outra forma: imagine que um governo, por pura maldade resolve cortar 20% dos salários dos seus funcionários, aplicando-lhes uma taxa. Sabe com certeza uma coisa, que o rendimento disponível deles vai diminuir. Mas já não sabe em que percentagem reduzirão o que consomem, e menos ainda saberá em que tipo de bens - o que é relevante do ponto de vista da cobrança de impostos. Podemos intuir que haverá uma tendência a manter os mesmos níveis de consumo a preços mais baixos (passando de determinada marca para outra, por exemplo), mas é impossível estimar com precisão, porque tudo se joga na interacção diária de milhões de pessoas e suas preferências abstractas e escolhas concretas.

    (PS: um exemplo curioso, é que a uma redução de rendimento disponível correspondeu um aumento da poupança ..)
    Concordam com este comentário: two-rok
  13. será que há alguém que não concorde que tem de haver alguma austeridade?? penso que não

    os nossos problemas já ultrapassam a questão de haver ou não austeridade.

    as formas, os meios, as doses, .....por ai, é que podem ser questionáveis.
  14. Atenção que a palavra dinamizar não é minha...é sim a de muitos dos que acham que o ataque aos funcionarios do estado foi a melhor coisa que aconteçeu desde que nosso sr jesus cristo veio á terra...pois eu acho precisamente o contrário...que o que estão a fazer é mais uma acha para sufocar a economia.

    A questão do que se gasta com o Estado é, para mim, apenas esta:o que o Estado custa não resulta da manifestação de preferências voluntárias dos cidadãos, logo não saberemos quanto valem efectivamente os seus serviços, quais queremos, e quanto estamos dispostos a pagar por eles. Em tese, num país como o nosso, com uma generalizada aceitação das ideias colectivistas, não me espantaria que o Estado até aumentasse de tamanho e cumprisse mais funções - mas os recursos a afectar a essas funções deviam resultar de processos voluntários. Muito provavelmente, estaríamos dispostos a pagar mais a determinados profissionais, e menos a outros. E nada a outros, claro.

    Agora também não me venham atirar areia para os olhos e dizer que não há dinheiro...porque há dinheiro que todos os dias continua a ser esbanjado.

    O esbanjamento é da natureza do Estado, e só existe visto de fora. Por dentro, todas as despesas são importantíssimas e indispensáveis.

    E quanto ás politicas actuais, com mais acerto ou menos acerto a tal da "imprevisão" torna-se perfeitamente previsivel; e a mim ninguem me tira da cabeça que a austeridade tem implicita uma espiral recessiva.

    Oh neon, a "recessão", que é basicamente a redução do PIB, resulta de uma inevitabilidade aritmética: durante anos havia cá dinheiro emprestado, que nos entrava nos bolsos e insuflava o PIB. Se eu usar o VISA, durante algum tempo tenho mais rendimento do que o real. No dia em que deixo de poder usar o VISA, sinto-me mais pobre. Na verdade, não houve qualquer alteração na minha riqueza real, apenas acabou o efeito VISA. E a coisa piora quando tenho que pagar os juros do que pedi emprestado, aí sim, sinto-me mais pobre ainda - embora na verdade esteja apenas a compensar o que consumi antecipadamente.
    Portanto, o Estado abocanhar uma fatia maior do bolo implica que o que sobra para nós é mais pequeno, e que a capacidade de fazer um bolo maior é cada vez mais diminuta. A conclusão não deve ser "A austeridade provoca recessão", mas "O endividamento excessivo causa recessão".
    Concordam com este comentário: two-rok
  15. Colocado por: luisvvPS: um exemplo curioso, é que a uma redução de rendimento disponível correspondeu um aumento da poupança ..


    Penso que não terá sido a redução de rendimento, mas talvez a falta de confiança e de estabilidade no futuro. Como não se sabe o que ai vem, poupa-se.
  16. Penso que não terá sido a redução de rendimento, mas talvez a falta de confiança e de estabilidade no futuro. Como não se sabe o que ai vem, poupa-se.


    Sim, claro. Mas o que eu queria enfatizar é que as previsões e análises geralmente feitas igualam o corte no rendimento ao corte no consumo como se isso fosse linear (bom, às vezes até lhe acrescentam um multiplicador mágico...), e inerentemente mau.
  17. Colocado por: marco1será que há alguém que não concorde que tem de haver alguma austeridade??


    Antes de saber se concordamos ou não é preciso sabermos o que é a "austeridade".
  18. Colocado por: PeSilvaAntes de saber se concordamos ou não é preciso sabermos o que é a "austeridade".

    É deixarmos de ter défice orçamental. Enquanto houver défices de 6,4% do PIB como em 2012, ninguém, seriamente, pode falar de verdadeira austeridade.
    Concordam com este comentário: eu
  19. Colocado por: J.FernandesÉ deixarmos de ter défice orçamental. Enquanto houver défices de 6,4% do PIB como em 2012, ninguém, seriamente, pode falar de verdadeira austeridade.


    Para mim isso é pura e simplesmente mentira.
    Se tivermos 0% de défice, mas tivermos 75, 80 ou mesmo 100% de impostos sobre o trabalho, rendimento, etc, podemos dizer que não há austeridade?
  20. Colocado por: PeSilvaAntes de saber se concordamos ou não é preciso sabermos o que é a "austeridade".


    Viver com o rendimento disponivel?
 
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