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  1. Colocado por: j cardoso#129


    Quase que era preciso desenrolar o novelo...

    Era isto:
    Colocado por: j cardosoIndependentemente da legitimidade das medidas (e aqui seria curioso que explicassem o que confere legitimidade a qualquer medida) parece-me no mínimo estranha a comparação entre a aplicação dos dinheiros públicos na saúde e educação de que todos podem usufruir com o apoio a uma actividade comercial privada.


    Que respondi com isto?

    Colocado por: PeSilvaPara mim a legitimidade é a mesma ou seja, nenhuma.
    No entanto é curioso que venham sempre à baila a saúde e a educação:
    - Na saúde quem pode ir ao privado vai, o que não abona muito em favor da qualidade do sistema público.
    - Na educação gasta-se rios de dinheiro em pessoas que ficam com duas saídas: emigrar ou viver à custa (mais uma vez) de quem lhe pagou a educação.
  2. Colocado por: euComo assim? A privatização das empresas públicas que dão lucro não é claramente uma medida de matriz neoliberal?


    Não.
  3. Colocado por: euComo assim? A privatização das empresas públicas que dão lucro não é claramente uma medida de matriz neoliberal?


    Mas já agora: quantas/quais das privatizações foram uma decisão deste governo?

    PS: ainda vamos chamar neoliberal ao Sócrates, queres ver?
  4. Erro meu, era o #130:

    Estranho que com tanta prontidão a afirmar a ilegitimidade de certas medidas tenham tanta relutância a explicar quais são os factores de legitimação
  5. «É claro que os juízes em Portugal têm sido mais sensíveis aos argumentos e à retórica, regra geral poderosa, dos governos de esquerda mas o Tribunal Constitucional é uma instituição marcada não tanto pela ideologia mas sobretudo pela sociologia. Estatista como não podia deixar de ser. Os juízes do TC ignoram, como aliás boa parte da nossa classe política, que o dinheiro não nasce por decreto e por simples inscrição numa alínea orçamental e sobretudo têm como modelo o Estado e não a sociedade. Logo o despedimento surge-lhes invariavelmente como uma violação de direitos do trabalhador; o valor das pensões não é o resultado de uma carreira contributiva mas sim um contrato que o Estado celebrou com os seus cidadãos mais velhos; identificaram durante anos o congelamento dos contratos de arrendamento celebrados entre particulares com o direito constitucional à habitação… É como se a sociedade, a economia e as empresas fossem uma espécie de desordem consentida mas moralmente diminuída perante os princípios e o modo de funcionamento do Estado e das suas instituições.


    Via insurgente
  6. É claro ...

    Para quem?

    não tanto pela ideologia

    Não? Mas não são os partidos quem escolhe parte deles?

    O texto tenta passar por uma lei universal aquilo que mais não é uma opinião, nada mais. Uma opinião longe de ser generalizada
    • luisvv
    • 3 setembro 2013 editado


    Resumo perfeito.
    Concordam com este comentário: two-rok
    • Neon
    • 3 setembro 2013
    Bom, numa penada o Luis encaixotou-me no grupo dos que não percebem nada disto...

    Eu que sempre achei que o Milton Friedman era um dos maiores teóricos do liberalismo....Estou desolado :(
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
    • eu
    • 3 setembro 2013
    Colocado por: PeSilvaNão.

    Se você considera que a privatização das empresas públicas não é uma das bandeiras do liberalismo, então mais vale ficarmos por aqui...
    Concordam com este comentário: maria rodrigues

  7. A constituição que faz de Passos Coelho primeiro-ministro


    Leitura interessante mas desfasada da realidade. É por demais evidente que tem havido ao longo dos tempos diferentes ponderações dos princípios e valores constitucionais. E convém recordar que muitas das deliberações do Tc tomadas por margens curtas, o que, não lhes retirando legitimidade mostra que há latitude de interpretação.

    Obviamente, tenderá a haver mais juízes com pontos de vista estatizantes, mas isso só reflecte o pais...
  8. Colocado por: NeonBom, numa penada o Luis encaixotou-me no grupo dos que não percebem nada disto...

    Eu que sempre achei que o Milton Friedman era um dos maiores teóricos do liberalismo....Estou desolado :(


    Tenho confiança nas suas capacidades interpretativas....
  9. Colocado por: euSe você considera que a privatização das empresas públicas não é uma das bandeiras do liberalismo, então mais vale ficarmos por aqui...


    A pergunta que colocou foi:

    Colocado por: euA privatização das empresas públicas que dão lucro não é claramente uma medida de matriz neoliberal?


    Dois pontos:
    - só o liberalismo defende a privatização das empresas?
    - o liberalismo defende a privatização SÓ das empresas que dão lucro?

    Claramente: não!

    Por outro lado, tente perceber qual foi o governo que mais privatizou e qual que mais "lucrou" com as privatizações. Pode ter uma surpresa:
  10. Colocado por: j cardosoSabe, ainda estou à espera que me diga o que confere legitimidade a uma decisão - é que nunca chegou a responder.


    (mesmo estando longe da discussão original e já não me lembrando em concreto do que estaria em causa)

    Não me parece que eu tenha defendido a legitimidade das medidas, até porque seria um contra-senso para mim, logo não lhe posso responder o que lhe confere legitimidade.
  11. Colocado por: luisvvLeitura interessante mas desfasada da realidade.


    Onde?

    Colocado por: luisvvÉ por demais evidente que tem havido ao longo dos tempos diferentes ponderações dos princípios e valores constitucionais. E convém recordar que muitas das deliberações do Tc tomadas por margens curtas, o que, não lhes retirando legitimidade mostra que há latitude de interpretação.


    Onde é dito o contrário?


    A questão que se coloca é de quem não está a cumprir o seu papel:
    - O TC interpretando (como só pode) subjectivamente a constituição.
    - O governo não conseguindo/sabendo fazer as reformas sem "problemas" com o TC.

    (isto não quer dizer que "goste" ou não do que vem na constituição)
    • luisvv
    • 3 setembro 2013 editado
    A questão que se coloca é de quem não está a cumprir o seu papel:
    - O TC interpretando (como só pode) subjectivamente a constituição.
    - O governo não conseguindo/sabendo fazer as reformas sem "problemas" com o TC.

    (isto não quer dizer que "goste" ou não do que vem na constituição)


    Nem um, nem outro. Ambos cumprem o seu papel. É perfeitamente natural o governo ter uma dada interpretação e esperar que seja partilhada. Neste caso, e noutros, nao foi.
    A questão: seria possível prever as objeccoes colocadas e evitá-las?
    Dificilmente.
    Interpretar, valorizar e colocar em confronto em casos concretos princípios como a confiança ou a equidade é altamente subjectivo, e susceptível de produzir decisões incoerentes entre si.
  12. Colocado por: luisvvAmbos cumprem o seu papel.


    Menos mal ...

    Colocado por: luisvvÉ perfeitamente natural o governo ter uma dada interpretação e esperar que seja partilhada.


    Sim, como é perfeitamente normal eu achar que vou ganhar o euromilhões, no entanto não planeio o meu futuro a contar com isso.
    Problema: (presumivelmente) é ao governo que é dado o mandato para resolver a situação com a supervisão do TC e não o contrário.
  13. Colocado por: luisvvA questão: seria possível prever as objeccoes colocadas e evitá-las?
    Dificilmente.


    Mau!
    Com tantas teses sobre como o TC toma as suas decisões?


    Colocado por: luisvvInterpretar, valorizar e colocar em confronto em casos concretos princípios como a confiança ou a equidade é altamente subjectivo, e susceptível de produzir decisões incoerentes entre si.


    Sim, é um problema, mas o TC (já na sua segunda constituição convém não esquecer) já deu claramente indicações que rumo toma ...
  14. Sim, como é perfeitamente normal eu achar que vou ganhar o euromilhões, no entanto não planeio o meu futuro a contar com isso.
    Problema: (presumivelmente) é ao governo que é dado o mandato para resolver a situação com a supervisão do TC e não o contrário.

    Visão demasiado pessimista. Na verdade, muitas das decisões são renhidas, o que mostra que não seria descabido esperar que caíssem para o outro lado, digamos assim.
    Cabe ao governo encontrar outras soluções, naturalmente menos do seu agrado.
 
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