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  1.  # 241

    "A nossa entrada (na CEE) vai provocar gravíssimos retrocessos no país, a Europa não é solidária com ninguém, explorar-nos-á miseravelmente como grande agiota que nunca deixou de ser. A sua vocação é ser colonialista".

    "Portugal vai entrar num tempo de subcultura, de retrocesso cultural, como toda a Europa, todo o Ocidente".

    "Mais de oitenta por cento do que fazemos não serve para nada. E ainda querem que trabalhemos mais. Para quê? Além disso, a produtividade hoje não depende já do esforço humano, mas da sofisticação tecnológica".

    "Os neoliberais vão tentar destruir os sistemas sociais existentes, sobretudo os dirigidos aos idosos. Só me espanta que perante esta realidade ainda haja pessoas a pôr gente neste desgraçado mundo e votos neste reaccionário centrão".

    "Há a cultura, a fé, o amor, a solidariedade. Que será, porém, de Portugal quando deixar de ter dirigentes que acreditem nestes valores?"

    "As primeiras décadas do próximo milénio serão terríveis. Miséria, fome, corrupção, desemprego, violência, abater-se-ão aqui por muito tempo. A Comunidade Europeia vai ser um logro. O Serviço Nacional de Saúde, a maior conquista do 25 de Abril, e Estado Social e a independência nacional sofrerão gravíssimas rupturas. Abandonados, os idosos vão definhar, morrer, por falta de assistência e de comida. Espoliada, a classe média declinará, só haverá muito ricos e muito pobres. A indiferença que se observa ante, por exemplo, o desmoronar das cidades e o incêndio das florestas é uma antecipação disso, de outras derrocadas a vir".

    Natália Correia
  2.  # 242

    dedicado aos sacanitas deste governo:

    http://noticias.sapo.pt/internacional/artigo/islandia-corta-ate-24-000-euros-nas-hipotecas-de-cada-familia-com-emprestimos-a-habitacao_16996657.html

    O custo da medida está estimado em cerca de 900 milhões de euros e será financiado com impostos sobre os bancos e fundos de gestão de ativos dos bancos que faliram durante a crise financeira de 2008, salientou o Governo.
    Concordam com este comentário: Jorge Rocha
  3.  # 243

  4.  # 244

    Quando a troyka se for embora ficamos outra vez entregues a estes corruptos, recomeça o forrobodó sem qualquer travão e daqui a uns tempos lá somos outra vez acusados de vivermos acima das nossas possibilidades. A história repete-se ...
  5.  # 245

    Desta vez quando a troika for embora ja eles fizeram o que queriam.
    Se antes tinham poder...agora..
  6.  # 246

    Colocado por: luisvv

    Felizmente que assim é.

    (...)


    Felizmente?

    Sobre a teoria (nunca provada de resto, de que são os ricos que criam riqueza): http://business.time.com/2012/05/18/was-nick-hanauers-ted-talk-on-income-inequality-too-rich-for-rich-people/

    Sobre as consequências da desigualdade (é de desigualdade que se trata, porque para haver um rico, tem necessariamente de haver muitos pobres): http://blogs.lse.ac.uk/lsereviewofbooks/2013/06/04/book-review-the-price-of-inequality-stiglitz/
  7.  # 247

    Colocado por: Psilippos(é de desigualdade que se trata, porque para haver um rico, tem necessariamente de haver muitos pobres):

    Disparate.

    Se para si a economia é um jogo de soma nula, como é que explica que os 7000 milhões de pessoas do mundo actual, vivam muito melhor e sejam globalmente menos pobres que os 3000 milhões de umas décadas atrás?
  8.  # 248

    Colocado por: J.Fernandes
    Disparate.

    Se para si a economia é um jogo de soma nula, como é que explica que os 7000 milhões de pessoas do mundo actual, vivam muito melhor e sejam globalmente menos pobres que os 3000 milhões de umas décadas atrás?


    Se nos cingirmos aos factos não sei se é como diz; que os cerca de 7 mil milhões de hoje vivam melhor que os 3,5 mil milhões dos anos 60: http://www.globalissues.org/article/26/poverty-facts-and-stats

    Não nos esqueçamos que nós (ao que usualmente chamamos de "Ocidente"), somos a minoria rica do mundo.

    Os acréscimos de rendimento médio disponível no mundo ocidental representam várias coisas: Um aumento enorme da produtividade desde o início da revolução industrial, proveniente da inovação tecnológica mas, também, de energia não-renovável baratíssima, e um sem-fim de externalidades ambientais.

    A concentração de poder (sim, porque é de poder que se trata) ou riqueza deixou de ser imposta pela lei da espada, por um sistema social que inibia a ascenção social, por heranças enormes dos aristocratas e burgueses, etc... Como passou a ser preciso inovar, as melhores cabeças começaram a ser também necessárias (para além da força dos braços, cada vez menos necessária por ser mais barata a das máquinas).

    Sabe que cerca de 98% do dinheiro que circula por dia no mundo está directa ou indiretamente relacionado com transações especulativas? Ou dito de outra forma: só 2% são para bens e serviços? (aquilo que as pessoas realmente precisam e a razão que a maioria pensa que o dinheiro existe).

    Porque é que existem muitas pessoas desempregadas e muitas pessoas a precisarem dos seus serviços e a economia não funciona? Por falta de dinheiro. Há muito que o dinheiro deixou de ser um facilitador da troca de bens e serviços (uma das principais razões para existir).

    Trata-se - sempre se tratou - de uma questão de domínio sobre os outros. No processo morrem muitas crianças (só à fome, são cerca de 20 mil por dia), adultos, e "excedentários".

    Os ricos (chamo ricos às pessoas que por força do dinheiro que têm acumulado não têm de trabalhar ou produzir, pois o efeito "bola de neve" (veja, Warren Buffet) encarrega-se de lhes dar cada vez mais rendimento. Ou, dizendo melhor, os restantes encarregam-se de trabalhar para que através (principalmente, mas não só) do mecanismo dos juros, a riqueza seja transferida de muitos para poucos. Os poucos que nada mais fazem que proteger os seus "interesses", seja através da corrupção (compram governos, tribunais, se for preciso), da guerra (fazem invadir países, se necessário for), etc...


    Respondendo diretamente à sua pergunta:
    - Globalmente, não somos tão ricos como quer dar a entender (sob o ponto de vista etnocêntrico Ocidental talvez seja verdade, mas não existimos só nós neste planeta);

    - Não são os ricos (ver a minha definição de rico acima) definitivamente que criaram sozinhos a nossa riqueza (ocidental, subentende-se).
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  9.  # 249

    Se morrem muito menos pessoas à fome do que há umas décadas atrás é porque globalmente estamos menos pobres, vejam-se os factos:
    http://www.economist.com/blogs/graphicdetail/2013/05/daily-chart-10


    Colocado por: Psilippos- Não são os ricos (ver a minha definição de rico acima) definitivamente que criaram sozinhos a nossa riqueza (ocidental, subentende-se).

    De acordo, quem cria a riqueza são os ricos, os pobres e os remediados. E...?
  10.  # 250

    E,.. quando não alterarmos este status quo que se quer eternizar, destruindo tudo à sua passagem - cada vez mais rapidamente -, mantendo desigualdades, incitando ódios, não haverá esperança para os nossos descendentes. Deixaremos um pesado legado: um planeta exaurido da maior parte dos recursos naturais, uma sociedade extremamente corrupta, um lugar nada aprazível para se viver. Vidas de real escravidão e semi-escavidão volutariamente aceite (veja-se o Japão e não só, onde as crianças são educadas para serem os melhores ou não valem nada). Uma competição desmedida onde cada vez mais o vencedor ganha tudo e todos os outros ficam sem nada. Vale assim tudo para ser o melhor. Passa-se por cima de tudo e de todos. É assim que queremos educar as nossas crianças?

    Uma população mundial em crescimento exponencial, com os recursos que esta exige, a maioria não renováveis; uma sociedade assente num paradigma energético quase exclusivamente assente no petróleo (que irá encarecer - e muito - no futuro); uma economia que está estruturada de raíz não para fazer chegar o que cada um de nós necessita, de forma equilibrada e sustentável, mas sim o que somos incitados a consumir, mantendo assim a loucura da destruição da única nossa casa chamada Terra; problemas globais que não vão ser nunca resolvidos se não for por um esforço conjunto de todos nós (veja-se o consumo de carvão na China, o maior produtor de gases com efeito de estufa), entre muitos outros exemplos. São alguns dos problemas que nos confrontamos não só em Portugal mas no planeta inteiro.

    E o que tudo isto tem em comum?

    Dinheiro. Ou melhor: sede de Poder. Os ricos são, de facto, os principais causadores de muitos destes problemas, mais ou menos conscientemente.

    Também é verdade que só assim é porque todos nós deixamos: encolhemos os ombros e metemo-nos na nossa vidinha.

    Ou, se calhar, tem razão: tudo isto são disparates.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  11.  # 251


    Uma população mundial em crescimento exponencial, com os recursos que esta exige, a maioria não renováveis; uma sociedade assente num paradigma energético quase exclusivamente assente no petróleo (que irá encarecer - e muito - no futuro);


    Da mesma forma que o petróleo substituiu fontes energéticas, outras aparecerão. O petróleo caro torna outras tecnologias mais apetecíveis e gera os incentivos necessários à própria substituição.
    O mesmo se passa com outros recursos.


    ma economia que está estruturada de raíz não para fazer chegar o que cada um de nós necessita, de forma equilibrada e sustentável, mas sim o que somos incitados a consumir,

    Se ao menos alguém soubesse e definisse "o que precisamos"..
    Na verdade, ninguém precisa efectivamente de agua canalizada ou electricidade, no sentido de que não são indispensáveis à vida. No entanto, estranhamente são encaradas como "essenciais". Na verdade, a sua existência e distribuição a preços comportáveis resulta dessa "economia", e simultaneamente alimenta-a.
    E sim, o consumo é a tradução da melhoria de condições de vida: um pobre de hoje tem condições de vida infinitamente melhores que um rico do século XIX.
  12.  # 252

    luisvv

    um pobre de hoje tem condições de vida infinitamente melhores que um rico do século XIX.

    Pergunta: quem define o que é um "pobre de hoje" e "um rico do século XIX"...? Talvez o presidente da Cáritas, não...?
    Concordam com este comentário: Jorge Rocha
  13.  # 253

    Os tipos que fizeram bicha aos magotes para receber comida ontem na Póvoa de Santa Iria são ricos;conseguem ter um relógio...coisa que nos séculos passados não tinham!Os 1300 idosos que morreram em 2012 por falta de assistência viviam em luxo porque viam televisão...coisa que nos séculos passados não tinham!
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  14.  # 254

    Colocado por: luisvv


    Da mesma forma que o petróleo substituiu fontes energéticas, outras aparecerão. O petróleo caro torna outras tecnologias mais apetecíveis e gera os incentivos necessários à própria substituição.
    O mesmo se passa com outros recursos.


    A substituição do petróleo por outro tipo de energia não é muito fácil: é verdade que muita energia que é hoje gasta a partir de combustíveis fósseis poderá deixar de o ser num futuro mais ou menos próximo, como é o caso de veículos urbanos, produção de eletricidade, aquecimento, etc. Mas também é verdade que os transportes de longa distância (nos quais a nossa economia está bastante assente/dependente) são um problema de mais difícil resolução. Por outro lado, a grande maioria dos agroquímicos, em particular os adubos de síntese sobre os quais assenta a agricultura industrial que alimenta a maioria de nós, está dependente (principalmente) do gás natural. Também uma extensa gama de materiais de síntese (como os polímeros) também dependem de combustíveis fósseis para serem produzidos.

    Realisticamente, depositar todas as nossas esperanças numa descoberta fabulosa que possa substituir diretamente o petróleo não me parece prudente. Pode eventualmente aparecer, mas estar confiante que esta tecnologia venha a surgir sem haver nenhum tipo de garantias, é no mínimo muito arriscado.

    Também não nos esqueçamos que a tecnologia ao mesmo tempo que tem resolvido muitos problemas também tem criado outros de difícil resolução. (por exemplo: o processo de produção (ou melhor dizendo, a conversão) de eletricidade a partir da energia nuclear é "limpo". Mas os resíduos daí provenientes não são. São normalmente exportados para países pobres...


    Colocado por: luisvv

    Se ao menos alguém soubesse e definisse "o que precisamos"..
    Na verdade, ninguém precisa efectivamente de agua canalizada ou electricidade, no sentido de que não são indispensáveis à vida. No entanto, estranhamente são encaradas como "essenciais". Na verdade, a sua existência e distribuição a preços comportáveis resulta dessa "economia", e simultaneamente alimenta-a.
    E sim, o consumo é a tradução da melhoria de condições de vida: um pobre de hoje tem condições de vida infinitamente melhores que um rico do século XIX.


    Se reparar bem, é-nos dito - agressivamente, digo eu - todos os dias o que precisamos: Ex: "Compre este novo telemóvel, pois o seu com 6 meses já não faz metade das funções"; "Compre esta nova roupa, muito mais bonita e da moda", and so on...

    Nem sempre temos a disponibilidade mental para refletir se nos faz efetivamente falta muitas das coisas que compramos.

    Para aqueles que pensam que não são influenciados pela publicidade, pensem melhor: se a publicidade não surtisse efeito, acreditam que as empresas gastassem tanto dinheiro com ela?

    A água e a eletricidade são produtos que facilitam em muito a vida. A água é realmente necessária, pois sem ela não sobrevivemos e a eletricidade faz muito trabalho que nos tomaria muitas horas do dia. A forma como são produzidas é que não têm que ser aquelas mais usuais: dependendo das particularidades de cada um de nós, podemos produzir a nossa eletricidade mais ou menos facilmente; podemos usar a água (tal como a eletricidade) muito, mas muito mais eficientemente... Ex:. captação de águas das chuvas, sistema de águas cinzentas, águas negras, etc...

    Por fim, em relação aos pobres de hoje terem melhores condições de vida, só deixo aqui uma ideia para reflexão: Sabem qual é o medicamento que se vende mais hoje? O mesmo que é para "tratar" a principal "doença" ocidental identificada pela OMS. Sabem qual é?
  15.  # 255


    Pergunta: quem define o que é um "pobre de hoje" e "um rico do século XIX"...? Talvez o presidente da Cáritas, não...?


    Defina a Maria. O argumento mantém-se.
    • jpvng
    • 16 dezembro 2013 editado

     # 256

  16.  # 257

    O ex-director da PSP não será ainda aparentado ...
  17.  # 258


    Os tipos que fizeram bicha aos magotes para receber comida ontem na Póvoa de Santa Iria são ricos;conseguem ter um relógio...coisa que nos séculos passados não tinham!


    Sim. E o que seria uma vida luxuosa há 150 anos, hoje é considerado indigno. E embora seja muito conveniente falar dos pobres cada vez mais pobres bla-bla-bla, isso é objectivamente falso.
  18.  # 259


    Se nos cingirmos aos factos não sei se é como diz; que os cerca de 7 mil milhões de hoje vivam melhor que os 3,5 mil milhões dos anos 60: http://www.globalissues.org/article/26/poverty-facts-and-stats
    Não nos esqueçamos que nós (ao que usualmente chamamos de "Ocidente"), somos a minoria rica do mundo.


    Sim, é. Na mesma fonte, por exemplo, encontrará facilmente referências à saída da pobreza de mais de 500 milhões de pessoas, entre os anos 80 e a presente década.


    Respondendo diretamente à sua pergunta:
    - Globalmente, não somos tão ricos como quer dar a entender (sob o ponto de vista etnocêntrico Ocidental talvez seja verdade, mas não existimos só nós neste planeta);

    Somos, sim.

    A substituição do petróleo por outro tipo de energia não é muito fácil:

    É apenas uma questão de incentivos adequados. À medida que o petróleo encarece, a busca de substitutos torna-se mais rentável e atrai mais investimento, logo mais investigação, logo maior probabilidade de encontrar uma ou mais alternativas.

    depositar todas as nossas esperanças numa descoberta fabulosa que possa substituir diretamente o petróleo não me parece prudente. Pode eventualmente aparecer, mas estar confiante que esta tecnologia venha a surgir sem haver nenhum tipo de garantias, é no mínimo muito arriscado.

    Não precisa de ser uma descoberta fabulosa, nem nada de repentino.

    Se reparar bem, é-nos dito - agressivamente, digo eu - todos os dias o que precisamos: Ex: "Compre este novo telemóvel, pois o seu com 6 meses já não faz metade das funções"; "Compre esta nova roupa, muito mais bonita e da moda", and so on...
    Nem sempre temos a disponibilidade mental para refletir se nos faz efetivamente falta muitas das coisas que compramos.
    Para aqueles que pensam que não são influenciados pela publicidade, pensem melhor: se a publicidade não surtisse efeito, acreditam que as empresas gastassem tanto dinheiro com ela?


    E no entanto, você não precisa de nada disso. Nada disso lhe é indispensável à vida, e a sua falta não o torna mais pobre que um seu antecessor do século XIX.

    A água e a eletricidade são produtos que facilitam em muito a vida. A água é realmente necessária, pois sem ela não sobrevivemos e a eletricidade faz muito trabalho que nos tomaria muitas horas do dia.

    Mas lá está: facilitar a vida não é o mesmo que dizer que são essenciais à vida. Viveria à mesma sem água canalizada, como viveram os nossos antepassados. A electricidade é uma descoberta relativamente recente, e o seu uso generalizado ainda mais. Mas a sua existência liberta-nos para fazermos outras coisas..
  19.  # 260

    Colocado por: luisvv
    Se nos cingirmos aos factos não sei se é como diz; que os cerca de 7 mil milhões de hoje vivam melhor que os 3,5 mil milhões dos anos 60:http://www.globalissues.org/article/26/poverty-facts-and-stats
    Não nos esqueçamos que nós (ao que usualmente chamamos de "Ocidente"), somos a minoria rica do mundo.


    Sim, é. Na mesma fonte, por exemplo, encontrará facilmente referências à saída da pobreza de mais de 500 milhões de pessoas, entre os anos 80 e a presente década.


    E quantos são os que vivem abaixo ou no limiar da pobreza?


    Respondendo diretamente à sua pergunta:
    - Globalmente, não somos tão ricos como quer dar a entender (sob o ponto de vista etnocêntrico Ocidental talvez seja verdade, mas não existimos só nós neste planeta);

    Somos, sim.


    Alguns de nós somos... Uma riqueza material com custos que a maioria (eu incluo-me muitas vezes) desconhece ou prefere ignorar. Comprava uma T-Shirt por 5€ se visse as condições em que trabalham as pessoas (muitas vezes crianças) que a produziram?

    Uma riqueza num planeta onde muitos outros, demasiados (para mim mesmo uma pessoa era demais), continuam a morrer à fome.


    É apenas uma questão de incentivos adequados. À medida que o petróleo encarece, a busca de substitutos torna-se mais rentável e atrai mais investimento, logo mais investigação, logo maior probabilidade de encontrar uma ou mais alternativas.


    O problema da dependência global do petróleo (do nosso "estilo de vida ocidental", subentenda-se) não é assim tão simples. Mas mesmo existindo atualmente enormes incentivos económicos para a utilização de novas formas de energia, estas persistem em não aparecer. Porque será?
    Felizmente, ao contrário do que muitos economistas pensam (será que pensam?), o Ser Humano age/reage a algo mais que incentivos económicos. Mas o problema energético é bem real e de complexa resolução.

    depositar todas as nossas esperanças numa descoberta fabulosa que possa substituir diretamente o petróleo não me parece prudente. Pode eventualmente aparecer, mas estar confiante que esta tecnologia venha a surgir sem haver nenhum tipo de garantias, é no mínimo muito arriscado.

    Não precisa de ser uma descoberta fabulosa, nem nada de repentino.


    Completamente de acordo: passa muito por reavaliarmos a "nossa" forma de consumo insustentável - é sempre bom lembrar - à custa de recursos não renováveis e de milhões de pessoas que consomem abaixo do que seria o mínimo dos mínimos. E por utilizar as diversas fontes já existentes, de forma distribuida, digo eu e muitos outros...
    Enquanto isso, no Ocidente, consumimos como se não houvesse amanhã. Para cerca de 20.000 crianças, devido exclusivamente à fome/malnutrição, não haverá...



    E no entanto, você não precisa de nada disso. Nada disso lhe é indispensável à vida, e a sua falta não o torna mais pobre que um seu antecessor do século XIX.


    De acordo. Mas a água, a comida e condições básicas de vida são indispensáveis. Não são?


    Mas lá está: facilitar a vida não é o mesmo que dizer que são essenciais à vida. Viveria à mesma sem água canalizada, como viveram os nossos antepassados. A electricidade é uma descoberta relativamente recente, e o seu uso generalizado ainda mais. Mas a sua existência liberta-nos para fazermos outras coisas..


    Há muitas pessoas que não têm sequer acesso a água potável. Um problema com tendência para crescer...
 
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