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  1.  # 81

    Boas noites,
    Quando iniciei as limpezas em Maio de 2011 para arranjar um sítio para arrumar as batatas fiz uma declaração de intenções para com a minha família: nunca ter pressa, por tenho visto muitas pessoas que têm partido o nariz quer na construção da casa, quer em empresas que meteram construção de edifícios. Os trabalhos a mais e os gastos adicionais são uma constante e as pessoas perdem a noção de quando devem parar.
    As obras propriamente ditas só começaram em Setembro de 2011 com a mudança do telhado e recuperação de paredes em pedra, que ameaçavam cair e a substituição de padieiras. Por exemplo, naquilo que é a sala atualmente, era por baixo o curral do boi das “visitas”, que fazia parelha com o boi do meu avô e que estava às semanas. Tuto era um amontoado de lixo. A sala tem paredes duplas em tijolo, as de pedra estavam muito más. Esta situação foi prevista. Mas houve outras que não estavam previstas e que fizeram derrapar alguns gastos. Isto teve de ser compensado com mais tarefas próprias e melhor negociação nalgumas subempreitadas, com soluções por vezes até mais em conta e melhores tecnicamente. Nunca pensei acimentar as lojas nesta fase. E já está uma. Foi a evolução dos trabalhos que aconselhou a tomar esta decisão. Hoje, por exemplo, ainda não aceitei bem a decisão do meu amigo Neto, de adiar o arranjo das duas lojas (59 m2), porque vem atrasar algumas coisas. Ainda que para tirar a lenha demorasse dois dias e dois dias de trabalho serão três sábados. E voltar a colocar mais outro tanto tempo, mas ficava tudo arrumado para os próximos tempos, porque a lenha pode demorar mais de dois anos a consumir. A maior parte da lenha é de muito boa qualidade e por isso apresenta bom rendimento. Já andamos, afinal há três invernos a gastar da lenha feita no final de 2011 e primeiro semestre de 2012. Mas chegaria ao final do ano com quase tudo feito e a casa perfeitamente habitável, mesmo sem alguns pormenores. Claro que nesta fase ainda não estou a pensar na churrasqueira e na recuperação de uma série de móveis antigos (guarda roupa, guarda louça, arcas, ferramentas, etc.), que se estão a estragar. Ficarão para mais tarde, se alguma vez chegar a estar reformado.
    Por exemplo na visita de 2013 foi visto que na entrada do pátio era melhor deitar abaixo 50 cm de um paredão, para poder entrar um carro á vontade e dar a volta na eira. Só que isto implica em trabalhos de construção e um portão novo, 4 a 5 mil euros. Ainda não está definido se será feito neste ano, pela simples razão que pondero fazer um furo e o dinheiro não é elástico. É cada vez mais raro. Esta é a única dúvida na calendarização para 2014. Já não é a formulação e negociação das portadas que mete medo. Brevemente serão tiradas as medidas e definidos, mais um ou outro pormenor técnico. Nesta semana deverá começar a ser negociado o chão do pátio e terá de ser determinada a área com precisão, para o que deverei recorrer ao topógrafo que fez o levantamento da casa.
    Estamos quase em Março e as paredes exteriores e interiores em pedra já deveriam estar totalmente limpas. Mas não estão. Terá de ser feito uma coisa atrás da outra porque também existem alguns trabalhos agrícolas para fazer. Por exemplo as batatas de final de Janeiro ainda não estão semeadas e os filhos de umas oliveiras num olival ainda não estão cortados, bem como os netos dos eucaliptos. Tudo trabalhos que terão de ser feitos na mudança do tempo e que levarão três a quatro sábados. Nesta semana a única coisa que foi feita foi a preparação do barrote para colocar no rebate da cozinha, de acordo, com as indicações. Ficará um boa prateleira, depois de envernizado. A sua aplicação está dependente da limpeza das paredes e eventual envernizamento. Tudo isto é muito complexo e exige que nunca se perca o norte e nem se tenha pressa de chegar à meta.
    Concordam com este comentário: Casas_do_Rio
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Casas_do_Rio
  2.  # 82

    Papagaio
    (...) barrote para colocar no rebate da cozinha

    O que é, para si, »o rebate da cozinha«? Conheço e uso a palavra »rebato« como sendo o patamar da porta de entrada. Onde antigamente as nossas avós se sentavam, no verão, à tardinha, para terem as suas conversas de »soalheiro« (maledicência). Que saudades dessa infância tão feliz e saudável!
    (...) Tudo isto é muito complexo e exige que nunca se perca o norte e nem se tenha pressa de chegar à meta.

    Tiro-lhe o chapéu pela extraordinária coragem que demonstra no seu papel de »restaurador« e pelo discernimento com que aqui expõe todas as suas prioridades. Acho fabuloso como comenta os trabalhos agrícolas: »os filhos de umas oliveiras num olival ainda não estão cortados, bem como os netos dos eucaliptos.« É uma linguagem que entendo muito bem! Os termos que usa são-me muito familiares, assim como o esforço suplementar que se faz nessas lides campestres: é um trabalho duríssimo de fazer e para quem não está muito treinado (era o nosso caso, só o podíamos realizar nas férias) ainda é mais penoso. Recordo que há uns anos, a seguir a uns grandes incêndios (que assolaram o nosso concelho de proveniência), decidimos limpar pinhais, eucaliptal [cortar o mato que encobria um gigante] e olivais; não podia ser mais duro: ficámos de rastos, porque os terrenos são irregulares e os troncos e plantas queimados, eram rijos de cortar. Ora com a roçadoira, ora com a motosserra foram umas semanas difíceis. E já está tudo na mesma, ou pior. E agora já não dá: faltam as forças e a coragem é pouca. E cometemos o erro de não ensinarmos, prepararmos (exigirmos!) os nossos descendentes, para, também, saberem cuidar. Um dia próximo, temos a Câmara municipal à perna, a cobrar-nos as limpezas da floresta, da nossa responsabilidade. Nem quero pensar nisso! Fico com urticária, porque o ministério da agricultura, a sua »ilustre moradora« e seus correligionários, estão indiferentes às dificuldades físicas (à idade) e económicas dos pequenos proprietários. A ver vamos! Quanto a si, bons trabalhos agrícolas e de restauro.
    cumprimentos
    Concordam com este comentário: Jorge Santos - Faro
  3.  # 83

    Bom dia,
    Os meus agradecimentos pelas simpáticas palavras. O pior são as "dobradiças" nos ombros, cotovelos e punhos que doem por vezes de uma semana à outra.
    Aquilo que chamo de rebate é aquele desnivel que se teve de fazer para que uma das paredes da cozinha ficasse minimamente aprumada. Vê - se numa fotografia frontal um barrote a toda a largura e por cima um resto de barrote com dois acabamentos, tendo sido escolhido o liso. Foi o barrote que foi preparado na semana passada (a garlopa e plaina), com o acabamento liso e com o "dente" dos dois centimetros para assentar melhor, no" parapeito" da parede.
  4.  # 84

    Papagaio
    (...) O pior são as "dobradiças" (...) que doem por vezes de uma semana à outra. (...)

    Pois doem, e muito. Em contrapartida trabalho feito não dá cuidado, diz o nosso povo.
    E coragem para o que tem de fazer, que não é fácil.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Papagaio
  5.  # 85

    Pensei que o resultado de três dias corridos, sendo uma manhã e parte da tarde em testes e uma grande parte de outra manhã para tirar medidas para calcular a área do pátio, fosse melhor. Vista geral das duas paredes,
      Cozinha Pedra 5.JPG
  6.  # 86

    A parede da chaminé:
      Cozinha Pedra 2.JPG
  7.  # 87

    A outra parede:
      Cozinha Pedra 4.JPG
  8.  # 88

    Papagaio

    a sanca ou rodapé de tecto não tem nada a ver com essa parede em pedra, a meu ver isso não tem jeito. mas lá está gostos não se discutem a casa não vai cair por causa disso.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
  9.  # 89

    Finalmente uma das paredes da chaniné com um hidrofugante:
      Cozinha Pedra 7.JPG
  10.  # 90

    Qual seria a sanca mais indicada?
  11.  # 91

    Colocado por: PapagaioQual seria a sanca mais indicada?


    Será tudo uma questão de gostos. A meu ver, e ainda que não tenha perguntado...nenhuma!
    Concordam com este comentário: marco1, Anonimo16062021
  12.  # 92

    Neste espaço de tempo falei com várias pessoas, das mais variadas especializações e formações. Todas concordaram que a transição é dificil. Na maior parte concordaram com a sanca. Retomando o comentário, há gostos e gostos, felizmente que a casa não vai cair pelas sancas. É bom ouvir opiniões divergentes. Preocupa-me muito mais a limpeza das duas paredes, que não está concluída com sucesso. Ainda terei de seguir o conselho das Casas do Rio, o que significa que não pode ser para já. Quase dois terços da divisão está ocupada.
  13.  # 93

    Boas noites,
    Volto finalmente à liça para agradecer todas as colaborações recebidas que foram muito preciosas. Numa das ultimas intervenções disse que iria ser complicado. Efetivamente foi. Muita coisa se passou na recuperação e mesmo fora, as vidas estão mais complicadas e com menos tempo nosso. O problema da ligação da sanca à parede de pedra foi complicado. Naqueles dois centímetros foi utilizado lixa de ferro de grão de 100 e de 60, tacos de lixa abrasiva, berbequim com "escova", escova de aço manual e ficava sempre um centímetro que não se conseguia limpar. Fez - se tinta de cal hidráulica com consistência quase pastosa. Por fim quando o pintor foi dar uns retoques acabou por pintar a sanca, que acabou por ficar um bocado suja da limpeza da parede com água à pressão. Assim temos na parte inicial:
      Sanca 3.JPG
  14.  # 94

    Na parede mais problemática estava assim:
      Sanca 1.JPG
  15.  # 95

    Finalmente na dita parede:
  16.  # 96

    Vamos ver se entra desta vez
  17.  # 97

    Não consigo meter as duas fotografias da sanca. O inicio da cozinha
      Cozinha Inicial 1.JPG
  18.  # 98

    Peço desculpa mas parece que as fotos estão muito pesadas....
  19.  # 99

    a cozinha está no fim e o pátio está acabado, mas as fotos têm 3.73MB
  20.  # 100

    Colocado por: PapagaioFez - se tinta de cal hidráulica com consistência quase pastosa


    Isso serve para quê?
 
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