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    • jpvng
    • 6 julho 2014 editado
    Lembram-se?

    http://www.publico.pt/economia/noticia/cabe-ao-governo-negociar-o-emprestimo-ja-diz-ricardo-salgado-1488439

    Portugal não tem alternativa senão solicitar já um empréstimo intercalar de curto prazo, que permita financiar a economia até à tomada de posse do próximo governo, defendeu Ricardo Salgado, presidente do BES, numa entrevista ao Jornal Nacional da TVI, conduzida por Judite de Sousa.

    Se não o fizer a solvência da República correrá risco. Para Salgado, cabe a José Sócrates tomar essa decisão, embora considere que será sempre preferível se o primeiro-ministro demissionário tiver o acordo dos partidos da oposição.



    Pois.


    http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?did=152069

    O contabilista do Grupo Espírito Santo, Francisco Machado da Cruz, revela que o presidente do BES “sabia que faltava dinheiro no passivo” da Espírito Santo Internacional (ESI) e que era Ricardo Salgado quem dava luz verde a todas as contas.

    A notícia é avançada esta sexta-feira pelo semanário “Expresso”, que teve acesso ao relatório da auditoria interna e aos documentos entregues por Francisco Machado da Cruz ao Banco de Portugal.

    Neles, o contabilista afirma que, desde 2008, Ricardo Salgado sabia que as contas não reflectiam a verdadeira situação financeira da ESI, mas que era preciso salvar o BES. O banco enfrentava uma crise financeira e, com a concordância do líder do grupo, com quem se reunia directamente, acabou por retirar 180 milhões de euros do passivo da ESI classificados como prejuízo. Nega, contudo, que tenha feito qualquer desvio de dinheiro.

    Francisco Machado da Cruz sublinha ainda que as contas eram aprovadas todos os anos por Ricardo Salgado e pelo superior directo do contabilista, José Castella, antes de serem apresentadas aos administradores da ESI.



    Mas a culpa disto é dos portugueses e dos funcionários públicos e dos reformados. E de quem comprou sofás na Moviflor
    • jpvng
    • 6 julho 2014 editado
    Segundo o Expresso, a Portugal Telecom investiu, já durante o ano de 2014, 900 milhões de euros no Grupo Espirito Santo. À primeira vista parece simples mas não é, pelo menos para mim que sou leigo nestas coisas da trapacice financeira. Ler uma notícia destas, para mim como para a esmagadora maioria dos portugueses, é como estar perdido num labirinto de bancos e sociedades gestoras de participações, onde quase todos são accionistas uns dos outros e em cujos conselhos de administração abundam destacadas figuras dos 3 partidos do arco da governação, não vá ser preciso um “empurrãozito” aqui ou acolá.



    O quê?? só 900 milhões de euros???
  1. aveirinho: Continue a colocar palavras na boca dos outros, o resultado será apenas um, vai ficar a falar sozinho.
  2. Colocado por: two-rokaveirinho: Continue a colocar palavras na boca dos outros, o resultado será apenas um, vai ficar a falar sozinho.

    explique lá como é que isso aconteceu. o que está escrito é muito fácil de ler e perceber.
  3. Para aqueles defensores ávidos que os privados é que estão a salvar o país do buraco que os FP's criaram e mais não sei o que...
    Já anteriormente havia postado que a dívida pública cresceu monstruosamente desde 2008, porque o Estado teve de assumir dívida das privados. Mas como agora a dívida é classificada como pública, quem pago o pato é a FP, como se o sector privado fosse o menino bonzinho injustiçado, que trabalha para sustentar os FP..
    Ora aqui está um enxerto de uma entrevista, que podem consultar na integra aqui: http://www.publico.pt/economia/noticia/ajudas-a-portugal-e-grecia-foram-resgates-aos-bancos-alemaes-1635405?page=-1



    ---

    Philippe Legrain, foi conselheiro económico independente de Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, entre Fevereiro de 2011 e Fevereiro deste ano, o que lhe permitiu acompanhar por dentro o essencial da gestão da crise do euro. A sua opinião, muito crítica, do que foi feito pelos líderes do euro, está expressa no livro que acabou de publicar “European Spring: Why our Economies and Politics are in a mess”.
    Isabel Arriaga e Cunha entrevistou-o, em Bruxelas e saiu hoje no Público.

    Philippe Legrain explica que em Portugal não havia uma crise soberana pois a dívida do Estado português antes da crise era, em termos percentuais idêntica à da Alemanha (68% do PIB). Havia sim uma dívida muito grande (200% do PIB) mas privada e uma dívida que diretamente ou indiretamente atingia os bancos alemães e franceses e portanto quem necessitava de um resgate eram os bancos mas isso, como se sabe, é uma coisa perigosíssima que põe em causa os fundamentos da sociedade e até da própria civilização porque atinge o bolso dos multimilionários, molesta os grandes accionistas dos bancos, gente que necessita de ganhar muitos milhões todos os anos e atinge os seus gestores, pessoas respeitabilíssimas de ordenados sempre acima dos 100 mil euros/mês.

    De modo que sob a batuta de Merkel (dos bancos alemães) e com a cumplicidade do Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, transformou-se a crise bancária em crise soberana, salvam-se os bancos alemães e franceses, os portugueses e os gregos, com o dinheiro do contribuinte português e grego. Desemprego, miséria, ruina da economia. Paciência. Saída limpa.
    Extratos da entrevista a Philippe Legrain:
    A tese do seu livro é que a gestão da crise da dívida, ou crise do euro, foi totalmente inepta, errada e irresponsável, e que todas as consequências económicas e sociais poderiam ter sido evitadas. Porque é que as coisas se passaram assim? O que é que aconteceu?
    Uma grande parte da explicação é que o sector bancário dominou os governos de todos os países e as instituições da zona euro. Foi por isso que, quando a crise financeira rebentou, foram todos a correr salvar os bancos, com consequências muito severas para as finanças públicas e sem resolver os problemas do sector bancário.
    Como assim?
    … As pessoas elogiam muito o sucesso do programa português, mas basta olhar para as previsões iniciais para a dívida pública e ver a situação da dívida agora para se perceber que não é, de modo algum, um programa bem-sucedido. Portugal está mais endividado que antes por causa do programa, e a dívida privada não caiu. Portugal está mesmo em pior estado do que estava no início do programa.
    Quando diz que os Governos e instituições estavam dominados pelos bancos quer dizer o quê?
    Quero dizer que os Governos puseram os interesses dos bancos à frente dos interesses dos cidadãos. Por várias razões. … Muitos políticos seniores ou trabalharam para bancos antes, ou esperam trabalhar para bancos depois. Há uma relação quase corrupta entre bancos e políticos. …
    Também diz no seu livro que quando foi conselheiro de Durão Barroso, o avisou claramente logo no início sobre o que deveria ser feito, ou seja, limpar os balanços dos bancos e reestruturar a dívida grega. O que é que aconteceu? Ele não percebeu o que estava em causa, ou percebeu mas não quis enfrentar a Alemanha e a França?
    … Infelizmente, apesar de termos tido muitas e boas conversas em privado, os meus conselhos não foram seguidos.
    Porquê? Será que a Comissão não percebeu? A Comissão tem a reputação de não ter nem o conhecimento nem a experiência para lidar com uma crise destas. Foi esse o problema?
    … Ou seja, a Comissão poderia ter desempenhado um papel muito mais construtivo enquanto alternativa à linha única alemã. E, por fim, é que, embora seja politicamente fraca, a Comissão tem um grande poder institucional. … Houve orientação política, só que vinha da Alemanha. … a Alemanha tentou redesenhar a Europa no seu próprio interesse. É por isso que temos uma Alemanha quase-hegemónica, o que é muito destrutivo. …
    Então para si, a crise do euro foi antes de mais uma crise bancária mal gerida....
    Foi. É antes de mais uma crise bancária. Se olhar para Portugal, o principal problema era a dívida privada. Antes da crise, a dívida pública era sensivelmente a mesma que na Alemanha– 67/68% do PIB – mas o grande problema que não foi de todo resolvido era a dívida privada que estava acima de 200% do PIB. Antes da crise, o que aconteceu em Portugal era, no essencial, bancos estrangeiros a emprestarem a bancos portugueses e estes a emprestar aos consumidores portugueses. …
    Então, em sua opinião, os resgates a Portugal e Grécia foram sobretudo resgates disfarçados aos bancos alemães e franceses para os salvar dos empréstimos irresponsáveis, e que estão a ser pagos pelos contribuintes portugueses e gregos?
    Claro que foram. No caso de Portugal, também havia bancos espanhóis, mas que também tinham obtido empréstimos dos bancos franceses e alemães. Era uma cadeia....
    Isso significa que o sofrimento dos portugueses, o desemprego astronómico, os cortes de salários e pensões e os aumentos de impostos, tudo isto foi feito para salvar os bancos alemães e franceses?
    Bom, é preciso sublinhar que dado o crescimento gigantesco do crédito que aconteceu em Portugal antes de 2007, Portugal sofreria de alguma forma. Não estou a dizer que seria tudo perfeito. Mas a recessão foi desnecessariamente longa e profunda e, em resultado dos erros cometidos, a dívida pública é muito mais alta do que teria sido. A austeridade foi completamente contraproducente, as pessoas sofreram horrores e isso prejudicou imenso a economia.
    Mas pelo menos parte da dívida pública foi assumida para salvar dívida privada, incluindo dos bancos, portugueses e alemães. O que significa que são os contribuintes portugueses que estão a pagar para salvar esses bancos?
    Sim, é verdade.
    Numa união europeia, numa união monetária, governos e instituições europeias puseram os interesses dos bancos à frente do bem estar das pessoas?
    Essa é a questão essencial. … Mas quando o problema alastrou a toda a UE, o que aconteceu foi que a zona euro passou a ser gerida em função do interesse dos bancos do centro– ou seja, França e Alemanha – em vez de ser gerida no interesse dos cidadãos no seu conjunto. O que é profundamente injusto e insustentável. …

    Qual e a solução agora?

    É preciso um discurso de verdade. Não acredito que Merkel seja capaz de o fazer porque teria de admitir os erros. Seria preciso que algum líder ou político alemão explicasse a verdadeira história sobre o que aconteceu. Mas tem de haver um reconhecimento da verdade. …
    O que sugere para Portugal poder começar a crescer?
    É preciso uma reestruturação dos bancos, um perdão de dívida tanto pública como privada, é preciso investimento do Banco Europeu de Investimentos (BEI), dos fundos estruturais da UE e através dos ganhos de um perdão de dívida que reduza os pagamentos dos juros. Se os bancos estiverem a funcionar como deve ser, também haverá crédito ao investimento. E é preciso reformas, porque durante esta crise, as reformas defendidas pela Comissão e Alemanha foram, no essencial, redução de salários. Isto foi baseado num falso diagnóstico. …
    E para a UE ? Qual é a solução para a crise? Falar de maior integração, de união política e orçamental tem sentido?
    Não creio que seja preciso maior integração para resolver a crise. O plano em três pontos que dei a Durão Barroso em 2010 – reestruturação de bancos, reestruturação de dívidas, investimento e reformas – … E é preciso dar aos Governos muito mais liberdade e flexibilidade para contrair crédito e para gastar – para isso, é preciso deitar fora o Tratado orçamental – embora prevendo, em última análise, a possibilidade de default. …
    Sobre os resgates em si: disse que no caso do programa da Grécia as projecções macro-económicas eram totalmente irrealistas e que as condições impostas a Portugal foram “bárbaras”. Quem foi responsável por isto, o FMI ou a Comissão Europeia?
    Foi a troika que o fez em conjunto, mas penso que o essencial da responsabilidade da parte orçamental dos programas é da Comissão. …

    ---
    Concordam com este comentário: cinderela, maria rodrigues, alexio10
  4. Colocado por: Tyrandeporque o Estado teve de assumir dívida das privados


    Já que está assim tão certa, consegue enumerar quais privados e em que montante viram as suas dívidas assumidas pelo estado?
    (aposto que consegue dar um exemplo: BPN)


  5. Colocado por: PeSilva

    Já que está assim tão certa, consegue enumerar quais privados e em que montante viram as suas dívidas assumidas pelo estado?
    (aposto que consegue dar um exemplo: BPN)


    "Uma preocupação da OCDE não é a dívida pública, mas a dívida privada, a dívida das empresas portuguesas"

    Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/ocde-gurria-manifesta-preocupacao-com-divida-privada-portuguesa

    Vá procurar grandes empresas e bancos privados...
  6. A pergunta estava em português acessível penso eu.

    Afirmou que:
    Colocado por: Tyrandeporque o Estado teve de assumir dívida das privados


    eu perguntei a que dividas e a que privados se referia!
    Responder que alguém está preocupado com alguma coisa, é um pouco ao lado no mínimo.
  7. È claro que a divida privada é muito preocupante e desde 2007 que começou a provocar estragos em Portugal. Quando os Bancos portugueses começaram a ter rácios de divida acima do normal toda a economia começou a ressentir-se - a construção civil travou fortemente, a venda de bens duradouros caíu, etc - e os privados começaram logo a pagar por isso com o aumento do desemprego, falências, baixa de rendimentos, etc.
    Mas simultaneamente o Estado que desde há 40 anos que gasta mais do que tem também começou a ser apertado foi obrigado pela troika a reduzir despesa e aí tiveram que ir ao bolso dos FP e reformados que representam 80% das despesas primárias do Estado.
    Só que neste caso como não se pode despedir os FP e muito menos os reformados em vez de reduzir o nº em 10% reduziram em 10% o que pagavam aos que ganhavam mais. Será que os FP preferiam o desemprego???
    •  
      FD
    • 8 julho 2014
    Esta discussão já estava a tornar o fórum lento por causa do tamanho (3260 comentários).
    Está fechada mas, continua aqui: https://forumdacasa.com/discussion/35201/qual-sera-o-papel-dos-fp-funcionarios-publicos-na-retoma-economica-2/
  8. Carvai, mas continuamos a bater na mesma tecla?! Se quiserem ser mais papistas que o Pápa, digam pessoas que trabalham para o estado!

    Nesse universo (pessoas que trabalham/trabalhavam para o estado), houve ou não uma redução significativa nos últimos anos?

    Houve!

    É porque se não houve então é melhor avisar um grande amigo de infância que já era professor à mais de 10 anos, a minha irmã que nem sequer teve a oportunidade e teve que emigrar, o filho de um meu conhecido que está a tentar entrar para o Exército e nunca mais abrem vagas (e quando abrem são 10 cães para um osso), ...
  9. não a nada como politica para por todos a falar :)
  10. Colocado por: PeSilvaA pergunta estava em português acessível penso eu.

    Afirmou que:


    eu perguntei a que dividas e a que privados se referia!
    Responder que alguém está preocupado com alguma coisa, é um pouco ao lado no mínimo.


    Você quer nomes? é claro que nomes só as entidades competentes é que sabem (mas não divulgam, obviamente). O único "peixe" que passou para a comunicação social foi o famoso BPN, mas não foi o único.

    Por acaso quando o pessoal reclama que "os altos cargos da FP recebem demais", também mencionam nomes? Não, pois não?

    Se se desse ao trabalho de ler a reportagem, ficaria um bocadinho melhor informado, de qualquer forma...
  11. Escândalo!!

    Colocado por: branco.valterÉ porque se não houve então é melhor avisar um grande amigo de infância que já era professor à mais de 10 anos


    Eu tenho clientes meus que o deixaram de ser porque ... faliram.

    Colocado por: branco.valtera minha irmã que nem sequer teve a oportunidade e teve que emigrar, o filho de um meu conhecido que está a tentar entrar para o Exército e nunca mais abrem vagas (e quando abrem são 10 cães para um osso)


    Eu estou à espera há 20 anos para ser administrador (penso que é um lugar em que não se faz nada) da Mota-Engil mas eles cismam em não me contratar,


    Escândalo!!
    Concordam com este comentário: two-rok
  12. PeSilva isso é que é desconversar, um fala que não houve reduções, eu apresento casos reais e você vem-me com lenga-lengas?!
  13. Colocado por: janelaspanoramicasnão a nada como politica para por todos a falar :)


    Futebol ou religião também funciona muito bem.
  14. Colocado por: Tyrandeé claro que nomes só as entidades competentes é que sabem (mas não divulgam, obviamente)


    E os montantes?
    Desapareceram? Não constam em lado nenhum? Desaparecem assim milhares de milhões e ninguém dá conta?

    Colocado por: TyrandePor acaso quando o pessoal reclama que "os altos cargos da FP recebem demais", também mencionam nomes? Não, pois não?


    Não sei se recebem demais ou de menos, isso só seria possível avaliar se o pagamento para os serviços que prestam fossem opcionais.

    Colocado por: TyrandeSe se desse ao trabalho de ler a reportagem, ficaria um bocadinho melhor informado, de qualquer forma...


    Por acaso li, há quase um mês, mas isto que diz:
    Colocado por: Tyrandeporque o Estado teve de assumir dívida das privados.


    é um pouco diferente disto (que presumo que seja de onde tirou a ilacção):
    Mas pelo menos parte da dívida pública foi assumida para salvar dívida privada, incluindo dos bancos, portugueses e alemães. O que significa que são os contribuintes portugueses que estão a pagar para salvar esses bancos?
    Sim, é verdade.


    Se não consegue ver a diferença, leia atentamente.
  15. Colocado por: branco.valterPeSilva isso é que é desconversar, um fala que não houve reduções, eu apresento casos reais e você vem-me com lenga-lengas?!


    Sinceramente li o comentário com um desabafo de revolta contra o estado por:
    - "despedir" o seu amigo de infância.
    - não contratar a sua irmã e o filho do seu conhecido
    como se tivesse obrigação de continuar a empregar o seu amigo de infância e a contratar a sua irmã ou o filho do seu conhecido.

    Se tal não é verdade, peço desculpa.
  16. Não foi não senhor, apenas mostrei casos reais de pessoas para demonstrar que houve reduções.
 
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