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    • becas
    • 25 julho 2014 editado
    Colocado por: FDPor aqui, se me faltar o dinheiro em casa, se calhar deixo de ir ao teatro em vez de deixar de fazer outras coisas.


    Colocado por: Picaretamuitos dos que pensam coma a Maria, se faltar dinheiro em casa é na cultura que iniciam os cortes


    Ou não. Outros começarão por cortar nas despesas com tabaco, com álcool, com vestuário, com equipamentos eletrónicos, com tv cabo, com restaurantes e bares...O raciocínio subjacente é que a cultura (sim, isso tudo, espetáculos, livros, museus, viagens, atividades dos filhos,...) é algo de dispensável e supérfluo, um luxo quando há muito dinheiro de sobra. Talvez (também) por isso tenhamos, como povo, tanta dificuldade em sustentar um pensamento crítico, elaborar uma argumentação consistente ou abrirmo-nos à diversidade cultural e à pluralidade de opiniões.


    Colocado por: FDE depois ainda há que definir o que é cultura. Aí é que se entra em terreno pantanoso...


    É claro que não é linear definir o que é cultura e que formas/manifestações culturais devem ser apoiadas por dinheiros públicos. Tudo o que é complexo não tem uma resposta única (la palisse dixit). Mas sempre que se fala de despesas com a cultura enche-se a boca com as tais clientelas e as mafias e mais não sei quê (muito humildes e modestas perante as outras, digo eu, ou apontem-me já alguém que tenha enriquecido com os tais subsídios...).
    E o resto - discorda-se que haja bibliotecas públicas totalmente gratuitas para os utilizadores? museus grátis quase não há - considera-se que os seus utilizadores deverão pagar o custo real da manutenção desses espaços? ou de monumentos? ou de ludotecas? ou de emerotecas? ou as outras tecas todas? O IVA dos livros deveria ser a 23%? Cortar os apoios a quem promove atividades culturais junto de grupos desfavorecidos? ou de crianças? ou de escolas?
    Sim, tudo isto custa dinheiro. Decidam que modelo de sociedade querem, os sudaneses não têm nada disto e também sobrevivem.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
    Estas pessoas agradeceram este comentário: maria rodrigues
  1. Colocado por: AugstHill

    Esse comunicado é que não li mas, admito, também não o procurei. Se tiver a bondade de colocar o link, agradeço. E espero que os factos novos não sejam "o gajo deixou de ser DDT"


    Foi citado ontem em vários noticiários nocturnos, e é referido na notícia abaixo:

    http://observador.pt/2014/07/24/ricardo-salgado-detido-diz-correio-da-manha/

    Ao fim de sete horas de interrogatório judicial como arguido, o antigo presidente executivo do BES, Ricardo Salgado, saiu em liberdade. Mas sujeito a três medidas de coação: o pagamento de uma caução de 3 milhões de euros, proibição de sair do País e proibição de contactos com “determinadas pessoas”, avançou a Procuradoria Geral da República (PGR) em comunicado. É suspeito dos crimes de burla, abuso de confiança, falsificação e branqueamento de capitais.

    Ainda de acordo com o comunicado da PGR, Ricardo Salgado tinha sido ouvido como testemunha a propósito de “movimentos financeiros” no âmbito do processo “Monte Branco”. Depois dessa audição, a investigação com a Autoridade Tributária e Aduaneira prosseguiu a investigação. E “com a obtenção de elementos de prova por via da cooperação judiciária internacional, tendo sido recolhidos novos indícios que justificaram um conjunto de diligências de busca”, levadas a cabo na quarta-feira.

    Depois de recolhida prova, foi de imediato pedida ao Tribunal Central de Instrução Criminal “a emissão de mandados de detenção de Ricardo Salgado, que passou a assumir a qualidade de arguido”, diz a PGR.
  2. Colocado por: luisvvSe tiver, é muito mau sinal.


    Se for preciso um empurrãozinho para as coisas funcionarem, pois que seja. Não digo influenciar o desfecho do caso, mas sim acelerar, principalmente nestes casos mais mediáticos.

    Colocado por: luisvvFantástico é achar que se paga para "sair em liberdade".
    Aguardar o desenrolar do processo em liberdade é a regra, ficar em prisão preventiva é a excepção, e só deve acontecer quando se justifica.


    Não sendo uma liberdade total, não deixa de ser infinitamente melhor do que ficar detido. E quando se detêm pessoas deste calibre, sejamos honestos, é porque muito poucas dúvidas restam e obviamente estamos perante um culpado. Sei que não estou a ser politicamente correcto, mas é a minha convicção.
  3. Colocado por: PeSilvaPelo menos pela informação que temos actualmente (que pode mudar a qualquer altura, aceito) as situações são distintas.
    O BPN estava (ele próprio falido) enquanto o BES pelo que se sabe não.


    Por enquanto parece-me que sabemos muito pouco, e este mediatismo negativo também não ajuda nada, deve estar a ser desastroso na bolsa.

    Colocado por: PeSilvaO two-rok pode ver nisso um sinal positivo, eu veria nisso um sinal perigoso.
    (no entanto não acredito)


    Admito poder estar a ver mal o assunto, mas qual seria o problema de a ministra da justiça pedir para agilizarem um processo altamente mediático?

    Colocado por: PeSilvaSão medidas de coação diferentes, dependendo dos riscos implícitos.


    Tá certo, mas deixou um banco na penúria, no entanto pedem-lhe assim 3 milhões e o fulano nem pestaneja e o dinheiro lá aparece... Acho fantástico... Esse dinheiro poderia vir a servir para ressarcir o banco, caso se venha a provar que houve fraude ou qualquer outro crime económico. Mas pronto, isto é a minha ingenuidade a falar mais alto. :)
    •  
      FD
    • 25 julho 2014 editado
    Colocado por: becasE o resto - discorda-se que haja bibliotecas públicas totalmente gratuitas para os utilizadores? museus grátis quase não há - considera-se que os seus utilizadores deverão pagar o custo real da manutenção desses espaços? ou de monumentos? ou de ludotecas? ou de emerotecas? ou as outras tecas todas?

    Já por aí ouvi histórias de que não há mais cultura no interior do país porque, como as autarquias gostam de "oferecer" essa cultura gratuitamente, qualquer promotor tem medo de cobrar ao público aquilo que, habituado ao grátis, não se vê a pagar nem encontra justificação para tal (quando costuma tudo ser gratuito). Ou seja, o público fica limitado a aquilo que as autarquias lhes dão, porque a iniciativa privada acha arriscado cobrar em terra de grátis.

    Na continuação da conversa, não vejo no que é que essas coisas que menciona foram afectadas pela crise. As bibliotecas (e quaisquer *tecas) continuam abertas, os museus idem, os monumentos idem... quanto às actividades culturais junto dos desfavorecidos, não tenho dados que me permitam dizer seja o que for.
    Concordam com este comentário: two-rok
  4. Colocado por: maria rodrigues
    Discordo completamente: a cultura/ciência é primordial! Um país sem acesso à cultura é um país sem memória! E depois :Nem só de pão vive o homem.


    Sempre que me pedem donativos ou simplesmente dinheiro na rua eu declamo um poema, canto-lhes uma cantiga ou faço uma pequena encenação.

    E este comentário deixou-me cheio de fome, portanto vou comer uma sandes de cultura, aquilo que alimenta todos os lares das famílias carenciadas deste país.
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      FD
    • 25 julho 2014
    Colocado por: two-rokhttp://observador.pt/opiniao/uma-licao-de-ricardo-salgado-antonio-costa/

    Ainda não tinha lido mas, vai exactamente de encontro a aquilo que aqui escrevi em relação ao António Costa.
    Concordam com este comentário: eu, two-rok
  5. Colocado por: two-rokAdmito poder estar a ver mal o assunto, mas qual seria o problema de a ministra da justiça pedir para agilizarem um processo altamente mediático?


    Fala-se muito na separação de poderes.
    A politica deve apenas dar condições para que a justiça seja feita, não influenciá-la.


    Colocado por: two-rokTá certo, mas deixou um banco na penúria, no entanto pedem-lhe assim 3 milhões e o fulano nem pestaneja e o dinheiro lá aparece... Acho fantástico... Esse dinheiro poderia vir a servir para ressarcir o banco, caso se venha a provar que houve fraude ou qualquer outro crime económico. Mas pronto, isto é a minha ingenuidade a falar mais alto. :)


    A prisão preventiva só é aplicada quando o individuo representa uma ameaça à sociedade ou quando possa haver continuação do crime.
    Quanto à caução: existem dois tipos de caução, um para servir de garantia às indemnizações que possam ser devidas, outra para diminuir o "risco de fuga", neste caso foi a última que foi accionada.
  6. (...) Calouste Gulbenkian, Culturgest, BES Photo, Fundação EDP, Fundação Millennium bcp, Fundação Francisco Manuel dos Santos, etc. (...)

    Quantas destas Fundações não recebem dinheiro do Estado (pago com os impostos dos contribuintes), para promoverem(?) a cultura e a ciência (se é que de cultura ou ciência se trate...)? Não sei, não!... Há por aqui algumas que levantam umas certas suspeitas: foram criadas para darem »tacho« a familiares e amigos, olá se foram! Se alguém se »lembrasse de pôr a boca no trombone« (zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades ), e teríamos um folhetim igual, ou mais escandaloso do que o "caso BES"!

  7. Se for preciso um empurrãozinho para as coisas funcionarem, pois que seja. Não digo influenciar o desfecho do caso, mas sim acelerar, principalmente nestes casos mais mediáticos.

    Isso é uma perversão do sistema que não leva a nada de bom.



    Não sendo uma liberdade total, não deixa de ser infinitamente melhor do que ficar detido.

    É suposto a prisão resultar de uma sentença - na medida em que só após o julgamento se está em condições de determinar se foi cometido um crime e qual a punição adequada.
    A prisão preventiva é uma medida excepcional, que se justifica quando estão reunidas certas condições, e não apenas porque o individuo é famoso e/ou visto como poderoso.
    Dito da forma que você o diz, parece que o normal seria ficar preso a aguardar julgamento.. .


    E quando se detêm pessoas deste calibre, sejamos honestos, é porque muito poucas dúvidas restam e obviamente estamos perante um culpado. Sei que não estou a ser politicamente correcto, mas é a minha convicção.

    Detenção é diferente de prisão. E a convicção do investigador é muitas vezes desmontada no tribunal.
    Mas dando de barato que haja convicção ou certeza da culpa, ainda falta a graduação da pena - e essa só pode ser dada pelo tribunal.
  8. Colocado por: two-rokhttp://observador.pt/opiniao/uma-licao-de-ricardo-salgado-antonio-costa/


    Estando (eu) nas antípodas do AC, mais uma vez o JMF tenta brincar com as palavras e ser populista.
    AC diz "problema de curto prazo” com um sentido e estratégia* completamente diferente da que o JMF tenta dar.
    Já agora podia dizer como, na prática, PPC podia ajudar RS. É que eu neste momento não estou mesmo a ver como ...

    * com a qual eu não concordo minimamente, e sim, acho que seria um passo em direcção ao abismo em velocidade bem maior que os passos de PPC.

  9. Quantas destas Fundações não recebem dinheiro do Estado (pago com os impostos dos contribuintes), para promoverem(?) a cultura e a ciência (se é que de cultura ou ciência se trate...)? Não sei, não!... Há por aqui algumas que levantam umas certas suspeitas: foram criadas para darem »tacho« a familiares e amigos, olá se foram! Se alguém se »lembrasse de pôr a boca no trombone« (zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades), e teríamos um folhetim igual, ou mais escandaloso do que o "caso BES"!


    Por oposição, o Estado, como entidade neutra e supranumerária, apoiará e fomentará a "boa cultura", que fará de nós mais abertos a novas e diversas ideias, conquanto as novas ideias não sejam tão diversas que dispensemos a mãozinha do Estado na cultura.
  10. (...) portanto vou comer uma sandes de cultura, aquilo que alimenta todos os lares das famílias carenciadas deste país.

    O nível cultural do povo, também se mede pelas patacoadas que se escrevem ou pronunciam, como se saber ler e escrever não fizesse parte da cultura; »bem aventurados os ignorantes, porque deles não é o reino do saber«.
  11. Colocado por: PeSilva

    Estando (eu) nas antípodas do AC, mais uma vez o JMF tenta brincar com as palavras e ser populista.
    AC diz "problema de curto prazo” com um sentido e estratégia* completamente diferente da que o JMF tenta dar.
    Já agora podia dizer como, na prática, PPC podia ajudar RS. É que eu neste momento não estou mesmo a ver como ...

    * com a qual eu não concordo minimamente, e sim, acho que seria um passo em direcção ao abismo em velocidade bem maior que os passos de PPC.


    Usando os 12MM da Troika ou simplesmente criando nova Dívida, esse problema de curto prazo!

  12. museus grátis quase não há - considera-se que os seus utilizadores deverão pagar o custo real da manutenção desses espaços? ou de monumentos? ou de ludotecas? ou de emerotecas? ou as outras tecas todas?


    Não há em Portugal nenhum museu cujos utilizadores paguem o seu custo. E a alternativa não é apenas serem os utilizadores a pagar.
  13. Colocado por: PeSilvaFala-se muito na separação de poderes.
    A politica deve apenas dar condições para que a justiça seja feita, não influenciá-la.


    Claro que sim, mas muitas vezes a justiça não funciona.

    Colocado por: PeSilvaA prisão preventiva só é aplicada quando o individuo representa uma ameaça à sociedade ou quando possa haver continuação do crime.
    Quanto à caução: existem dois tipos de caução, um para servir de garantia às indemnizações que possam ser devidas, outra para diminuir o "risco de fuga", neste caso foi a última que foi accionada.


    E se ele não pudesse pagar? Ficava em prisão preventiva?

  14. E se ele não pudesse pagar? Ficava em prisão preventiva?


    A caução terá sido supostamente fixada de acordo com a capacidade do arguido. E não tem que ter sido paga, basta ter sido apresentada uma garantia de pagamento.
  15. Colocado por: luisvvÉ suposto a prisão resultar de uma sentença - na medida em que só após o julgamento se está em condições de determinar se foi cometido um crime e qual a punição adequada.
    A prisão preventiva é uma medida excepcional, que se justifica quando estão reunidas certas condições, e não apenas porque o individuo é famoso e/ou visto como poderoso.
    Dito da forma que você o diz, parece que o normal seria ficar preso a aguardar julgamento.. .


    Julgava que certos casos mais graves de fraudes e branqueamentos também fosse passível de ficar em prisão preventiva. Erro meu.

    Colocado por: luisvvDetenção é diferente de prisão. E a convicção do investigador é muitas vezes desmontada no tribunal.
    Mas dando de barato que haja convicção ou certeza da culpa, ainda falta a graduação da pena - e essa só pode ser dada pelo tribunal.


    Ui... Havendo certeza já não devia ter hipótese de sair, ficava já a contar, mesmo sem saber quanto tempo lá ficava.
    Eu acho que temos uma justiça muito fraca em certos casos e que muitas vezes actua ao contrário. Lembro-me logo da condenação do GNR que matou o filho do assaltante que ia no interior da bagageira...

    Colocado por: PeSilvaJá agora podia dizer como, na prática, PPC podia ajudar RS. É que eu neste momento não estou mesmo a ver como ...


    Antes do Ricardo Salgado ter saído do BES, podia ter reunido com ele, ter dado apoio (quando disse que o estado não tinha nada a ver com isso), e em último caso podia nacionalizar o banco (o diabo seja cego, surdo e mudo...).
  16. Colocado por: luisvvA caução terá sido supostamente fixada de acordo com a capacidade do arguido. E não tem que ter sido paga, basta ter sido apresentada uma garantia de pagamento.


    Portanto, uma pessoa falida poderia sair sem caução?

    E não sendo paga, o que impede o indivíduo de fugir?
 
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