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  1.  # 1

    === TRABALHOS REALIZADOS ===

    Mediante alguns relatos daqui, acabei por não fazer nenhuma "ilegalidade", e a coisa acabou por ficar toda "by the book": condutores de 4mm^2 para fase, neutro e terra, e um disjuntor unipolar de protecção de 25A.

    O único "senão" é o tubo de 16mm (deveria ser tubo de 20mm pelo RSIUEE, mas suponho que isso é mais importante por causa da facilidade de enfiamento do que pelo aquecimento...). Ainda estive para comprar fio de 6mm^2 e reduzir à secção do neutro, mas depois de estar com o material na mão e ver as dimensões tirei daí as ideias.

    Entretanto, fiz do meu sogro aprendiz de electricista e há que deitar mãos à obra.

    Primeiro passo: desmanchar as ligações do fogão: facílimo.

    Segundo passo: ganhar acesso ao tubo no quadro eléctrico. Precisei de desmanchar o quadro eléctrico quase na totalidade para ganhar acesso aos diferentes fios que vão para o fogão. O quadro, apesar de bastante organizado, está completamente ocupado, não cabe lá mais nada. Luz cortada no limitador de corrente, ausência de tensão confirmada, comecei por sacar o "geral" (diferencial tetrapolar) só para ver a ponta do tubo. Tive também que sacar o barramento dos terras e, para conseguir saber para onde ia o neutro no barramento de neutros, tive de sacar fora toda a fiada superior de disjuntores (10 ao todo) com respectivo barramento de 3 fases.

    Terceiro passo: sacar fora os fios existentes de 2.5mm^2. Estranhamente, esta foi a parte mais complexa de toda a operação. Ao agitar vigorosamente os fios de uma lado, a vibração era quase imperceptível do outro. Por mais força que se fizesse, não mexia um milímetro... Cheguei a temer o pior: que a ligação não fosse directa do quadro ao fogão, mas tivesse uma passagem por uma caixa algures. Mas não há nenhuma caixa à vista... a menos que estivesse atrás dos móveis da cozinha (e aí "chapéu" para os planos). A certa altura, com uma grande puxadela, aquilo lá se moveu uns milímetros! Há que atar a guia de nylon a uma ponta e ir sacando os fios que, a muito custo, lá se foram movendo e acabaram por sair.

    Quarto: enfiar fios novos. Segui o conselho do jorgealves e comprei condutores flexíveis (e julgo que foi um excelente conselho, apesar de ter corrido quatro casas comerciais até que me vendessem deste H07V-K 4mm^2 a retalho). Atei-os solidamente à guia e há que começar a puxar. Estava com imenso receio que houvesse algum estrangulamento ou curva manhosa no tubo Isogris que tivesse dificultado tanto a operação de retirar os condutores antigos, e portanto os novos fossem impossíveis de enfiar. Detergente da loiça a jeito (julgava que havia vaselina em casa, mas não) e toca de untar levemente os fios há medida que iam entrando no tubo (aí uns 60cm de cada vez). A suavidade e a facilidade de enfiamento foi tal que eu quase nem acreditava!

    Quinto: refazer o quadro eléctrico inteiro. Nota mental: descobrir quem foi o gajo que se lembrou de fazer quadros com calha DIN em plástico obrigá-lo por penitência a trabalhar em quadros desses para o resto da vida!!! A calha torce-se mais que um polvo, é um aborrecimento colocar e alinhar disjuntores naquilo... O novo disjuntor de 25A para o fogão é de fabricante diferente dos restantes e não alinhava direito com o barramento das fases, torcia a calha DIN: trabalho acrescido de voltar a desmanchar o barramento e de trocar a posição do novo disjuntor com outro de um grupo de disjuntores sem barramento. Dei um reaperto geral a todos os terminais do quadro: é de notar que havia ligação que estavam já (ou sempre estiveram?) muito soltas!!!

    Sexto: refazer as ligações junto ao fogão: simples.

    === MORAL DA HISTÓRIA ===

    1 manhã às voltas nas compras de material eléctrico, 1 tarde inteira nas operações descritas acima, e ao fim e ao cabo ainda tenho a placa de gás... Quem entrasse em casa ao fim da tarde diria que eu não tinha feito nada... :D

    Mas um dia destes compro a placa de indução. Alguma recomendação quanto à compra da placa? Marca, modelo, loja, funcionalidades, etc?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: electrao, jorgealves
    • eu
    • 10 fevereiro 2015

     # 2

    Colocado por: ClioIIMas um dia destes compro a placa de indução. Alguma recomendação quanto à compra da placa? Marca, modelo, loja, funcionalidades, etc?

    Vê as do IKEA: são relativamente baratas, boas e têm garantia de 5 anos.
    Concordam com este comentário: treker666
  2.  # 3

    Colocado por: CrOhNNum condutor unifilar, a 50Hz, o efeito pelicular, não é relevante. No link que indicaste do Litz wire tem lá escarrapachado a profundidade da pelicula de um condutor de cobre a 60Hz"At 60 Hz, the skin depth of a copper wire is about 1⁄3 inch (8.5 mm)". Portanto, cabos rigidos com 16mm de diametro, não sofrem efeito de pelicula

    esta a comparar um unico condutor rigido de 4mm2 com 25 condutores rigidos de 0,020mm2, logo o efeito é menor porque apesar de ser da mesma secção equivalente a corrente maxima suportada é muito superior,

    (não vou postar uma tabela de cabos, porque a mesma tem que ser lida com muito cuidado e não pode ser analisada somente pelo valor de referencia)

    é uma das noções basicas que a corrente alterna flui pela periferia do condutor, por este motivo é que as secções acima de 6mm são OBRIGATORIAMENTE multifilar.
  3.  # 4

    Colocado por: jorgealvesesta a comparar um unico condutor rigido de 4mm2 com 25 condutores rigidos de 0,020mm2, logo o efeito é menor porque apesar de ser da mesma secção equivalente a corrente maxima suportada é muito superior,

    (não vou postar uma tabela de cabos, porque a mesma tem que ser lida com muito cuidado e não pode ser analisada somente pelo valor de referencia)

    é uma das noções basicas que a corrente alterna flui pela periferia do condutor, por este motivo é que as secçõesacima de 6mm são OBRIGATORIAMENTE multifilar.
    Então porque razão é que quando se utilizam condutores em paralelo a intensidade máxima admissível nao é a soma dos dois?
  4.  # 5

    Colocado por: leomartiacima de 6mm são OBRIGATORIAMENTE multifilar.
    Olhe que eu já vi condutor de 10 unifilar, sem falar nas pletinas e barras de cobre.
  5.  # 6

    Colocado por: leomartiEntão porque razão é que quando se utilizam condutores em paralelo a intensidade máxima admissível nao é a soma dos dois?

    esta a confundir dois condutores isolados e separados com comprimentos aparentemente iguais com fios entrançados comprimidos uns contra os outros,

    não acha que são coisas muito diferentes? somente na aparência é que são iguais.

    basta existir uma diferença de binário de aperto numa das terminações para a corrente fluir mais por um do que pelo outro e se a corrente máxima for o somatório directo vai dar churrasco.
  6.  # 7

    Colocado por: leomartijá vi condutor de 10 unifilar

    eu também, mas não podem ser usados por força das normas técnicas.
  7.  # 8

    Colocado por: jorgealvesesta a confundir dois condutores isolados e separados com comprimentos aparentemente iguais
    Sim, mas a favor a dissipação de calor tambem seria maior! Fiz referencia aos condutores isolados, mas tambem se aplica nas barra de cobre. Não comparto é a sua opinião de que um condutor flexível suporte mais intensidade que um rígido. As tabelas de intensidades variam de fabricante e de país, mas não vi nenhum com valores mais elevados para os condutores flexíveis. Há muitos países que deixaram de utilizar condutores rígidos há muitos anos, mas é por outros motivos.
  8.  # 9

    Que tipo de ligação usou na caixa que liga à placa?
    Usou ponteiras nos fios multifilares?
  9.  # 10

    Colocado por: leomartié a sua opinião de que um condutor flexível suporte mais intensidade que um rígido

    não se trata de uma opinião mas sim da leitura das tabelas de intensidade máxima dos condutores,

    tabelas essas feitas pelos fabricantes como seja General Cable, tabelas essas disponiveis na net,

    é daquelas coisas básicas que se aprende no 1ºano.

    Colocado por: leomartimas tambem se aplica nas barra de cobre

    sabe que são usadas barras maciças de formato rectangular e nunca quadrado nem redondo, mas a area não é a mesma?

    na alta tensão são usados tubos ocos e porque não os maciços?? então o que conta não é a secção?!?!?! ou não?
    Concordam com este comentário: eu, daniel.costa
  10.  # 11

    Colocado por: jorgealvestabelas essas feitas pelos fabricantes como seja General Cable, tabelas essas disponiveis na net
    Poderia colocar um link de uma dessa tabelas?


    Colocado por: jorgealvessabe que são usadas barras maciças de formato rectangular e nunca quadrado nem redondo, mas a area não é a mesma?

    na alta tensão são usados tubos ocos e porque não os maciços?? então o que conta não é a secção?!?!?! ou não?

    Olhe que nem sempre é assim, ainda não há um mes que reformamos uma estação de transformação com vários seccionadores todos estavam alimentados com barras redondas maciças. Uma coisa é a secção geométrica e outra é a secção eléctrica. Num conductor flexível a secção, não é Pi x R(ao quadrado)
  11.  # 12

    http://en.wikipedia.org/wiki/Skin_effect


    Jorge, o conceito de skin effect é bastante real e presente em várias aplicações, sendo a distribuição de energia eléctrica um deles.
    Mas o skin effect num condutor de 4mm^2 é irrelevante, quanto mais num condutor finíssimo em que é preciso uma molhada deles até perfazer os ditos 4mm^2.
    Nestas condições pode aproximar sem dano a resistência AC à resistência DC ( R = resistividade x comprimento / secção ).
    • CrOhN
    • 11 fevereiro 2015

     # 13

    Colocado por: jorgealves é uma das noções basicas que a corrente alterna flui pela periferia do condutor, por este motivo é que as secçõesacima de 6mm são OBRIGATORIAMENTE multifilar.


    Se calhar não é pelo efeito pelicular, mas não será porque um condutor dessa secção sem ser multifilar se torna muito dificil de trabalhar? Digo eu...
    Concordam com este comentário: leomarti
  12.  # 14

    Colocado por: jorgealvesnão se trata de uma opinião mas sim da leitura das tabelas de intensidade máxima dos condutores,

    tabelas essas feitas pelos fabricantes como seja General Cable, tabelas essas disponiveis na net,

    é daquelas coisas básicas que se aprende no 1ºano.

    As tabelas que encontrei dizem precisamente o contrário. As da General Cable que encontrei, nāo fazem referencia aos valores da resistencia Ω/km para condutores classe I e classe 5 e quando fiz o 1º ano não conhecia a General Cable, só conhecia a Celcat, cabelt, solidal, fcunha barros etc... Na tabela que aqui adjunto, nas páginas 10 e 11 pode ver os valores da resistencia Ω/km para condutores classe I ( rigido maciço) e classe 5 (flexível) e verá que a resistencia é ligeiramente mais alta para os de classe 5 e 6. Quanto ao efeito pelicular, com aqui já foi referido, para estas secções, e à frequência de 50 hz é desprezível.


    Colocado por: jorgealvesé uma das noções basicas que a corrente alterna flui pela periferia do condutor, por este motivo é que as secçõesacima de 6mm são OBRIGATORIAMENTE multifilar.

    As secções acima de 6mm não são obrigatoriamente multifilares e a prova disso, é a existencia dos cabos sectoriais, muito utilizados nas redes de distribuição.
  13.  # 15

 
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