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  1.  # 1

    Caros,

    Comprei há 1 mês (jul/2015)uma garagem/armazém inserido num prédio cuja cota é de 3%.

    O valor de condomínio é de apenas 10EUR/mês.

    Fui convocado pela administração de condomínio para discutir orçamentos de obras que, pelo que já me foi dito, serão de 100.000EUR (3.000 a minha parte).

    O imóvel tem 30 anos e, pelo que sei, nunca foram realizadas obras.

    As obras incluem substituição do telhado em fibrocimento (com amianto) e reparação de fachadas devido ao facto de algumas armações estarem a descoberto.

    O condomínio apenas há um ano faz fundo comum de reserva e tem apenas 2.000EUR.

    Vinha pedia a vossa ajuda para o seguinte:

    É razoável pedir a um proprietário que acaba de entrar, a cobrança de um valor de 300x o valor de condomínio mensal quando já seria previsivel desde o início que o edifício necessitaria de obras? Mais ainda, o valor a ser pago de uma vez só?

    Tendo comprado a fracção em 2015, penso eu findo o prazo legal para substituição do fibrocimento, tenho que pagar a ilegalidade dos outros?

    Agradeço desde já no que me puderem ajudar.

    Ricardo Martins
  2.  # 2

    Sinceramente, se fosse no meu prédio, já que veem que é preciso amealhar, comecem agora, por um valor 2x ou similar é quando tiverem dinheiro que façam obras.
    Se não façam um empréstimo ao banco. Ninguém têm de aguentar uma mensalidade tão grande.
  3.  # 3

    Suportar têm sempre, e o fato de ter "chegado agora" não têm nada a ver.

    No limite pode discutir sobre o não ter sido avisado pela pessoa ou entidade que lhe vendeu a garagem, pois obras dessas nao se discutem assim de repente.


    Caso tenha sido assim tipo para quedas a reunião e os valores pode perguntar (e deve) quantos orçamentos houve para discussão.

    Na parte do emprestimo como escreveu o callinas é uma opção mas sempre arrriscada d aparte do condominio pois se alguem deixa de pagar a mensalidade acresce problemas , mas o ideal seria atrasar a obra até terem mais dinheiro em "caixa" ou fazer por partes de importância.


    PS: por isso quando se comrpa uma fração se deve consultar o condominio para saber como anda o prédio e se existem obras em preparação...
    • size
    • 14 setembro 2015

     # 4

    Colocado por: rmartinz

    Vinha pedia a vossa ajuda para o seguinte:

    É razoável pedir a um proprietário que acaba de entrar, a cobrança de um valor de 300x o valor de condomínio mensal quando já seria previsivel desde o início que o edifício necessitaria de obras? Mais ainda, o valor a ser pago de uma vez só?

    Tendo comprado a fracção em 2015, penso eu findo o prazo legal para substituição do fibrocimento, tenho que pagar a ilegalidade dos outros?

    Agradeço desde já no que me puderem ajudar.

    Ricardo Martins



    Poderá ser injusto, dependendo apenas do modo como efectuou o negócio com o vendedor da fração, por, supostamente, lhe ter vendido uma coisa defeituosa sem que lhe tenha dado conhecimento. Experimente falar com o vendedor. sobre essa responbsabilidade.

    Perante o condomínio, é legalmente exigivel que a obra em causa tenha que ser comparticipada por si, com base na sua permilagem de 3%

    Como já foi referido, deveria inteirar-se da situação do prédio e do FCR antes de concretizar a compra.
  4.  # 5

    Está tudo dito. A responsabilidade é sua, a isso não pode fugir.

    Eventualmente essa garagem estava a bom preço exactamente porque o dono estava cheio de vontade de passar a batata quente.
  5.  # 6

    Sem querer julgar a compra que fez, mas só isto:

    Colocado por: rmartinzCaros,
    As obras incluem substituição do telhado em fibrocimento (com amianto) e reparação de fachadas devido ao facto de algumas armações estarem a descoberto.


    O telhado poderia não conseguir ver a sua constituição mas a fachada.... Já era de esperar um grande custo mais cedo, ou mais tarde...
    •  
      FD
    • 14 setembro 2015

     # 7

    Colocado por: rmartinzO imóvel tem 30 anos e, pelo que sei, nunca foram realizadas obras.

    Colocado por: rmartinzO condomínio apenas há um ano faz fundo comum de reserva e tem apenas 2.000EUR.

    É o problema de muitos e muitos... e esta é uma situação que iremos ver cada vez mais.
    Apesar de o governo estar a mexer cordelinhos para colmatar isto, com mais burocracia e custos para todos... iupi!

    Colocado por: rmartinzÉ razoável pedir a um proprietário que acaba de entrar, a cobrança de um valor de 300x o valor de condomínio mensal quando já seria previsivel desde o início que o edifício necessitaria de obras? Mais ainda, o valor a ser pago de uma vez só?

    É o que acontece em quase todo o lado... em troca de uma quota piquena todos os meses, levam com a dolorosa de uma só vez.

    Colocado por: rmartinzTendo comprado a fracção em 2015, penso eu findo o prazo legal para substituição do fibrocimento, tenho que pagar a ilegalidade dos outros?

    Tem. A responsabilidade pela compra é sua, teria que se ter inteirado de tudo o que estava implícito na compra.
    É um hábito que ninguém tem mas que todos deviam ter: pedir para consultar o livro de actas das assembleias para perceber o que se passa com o condomínio ANTES de comprar.

    Tem que se resignar e pagar. A única coisa que pode fazer é, na assembleia para aprovação dos orçamentos, convencer os outros condóminos a adiar a obra e a parcelar a entrega da quota extraordinária. Isto é, em vez de pagar 3.000€ de uma só vez, peça para pagar 300€ por mês.
    E muito cuidado com os orçamentos baixos só para poupar dinheiro - regra geral, a médio-longo prazo, vai gastar mais.
    Leia isto para perceber o que lhe quero dizer: https://forumdacasa.com/discussion/39826/obra-de-isolamento-mal-executada/
    Estas pessoas agradeceram este comentário: rmartinz
  6.  # 8

    De facto, a fracção foi comprada por 90% do valor das finanças (barata?).

    Embora o vendedor me tenha afirmado que não haviam quaisquer obras a executar, fui 'naif' ao não entrar em contacto com o condomínio.

    Solicitarei que o pagamento seja diluido ao longo de um ano.

    Muito obrigado a todos pelos vossos esclarecimentos.
    • foc
    • 14 setembro 2015

     # 9

    Colocado por: rmartinzDe facto, a fracção foi comprada por 90% do valor das finanças (barata?).

    Embora o vendedor me tenha afirmado que não haviam quaisquer obras a executar, fui 'naif' ao não entrar em contacto com o condomínio.

    Solicitarei que o pagamento seja diluido ao longo de um ano.

    Muito obrigado a todos pelos vossos esclarecimentos.


    A garagem está dentro do edifício ou fora? Sem saber ao certo, se for externa ao edificio pode não ter que pagar essa parte visto não usufruir do espaço
    Concordam com este comentário: rmartinz
  7.  # 10

    No seu caso também pode dar a volta de outra forma.
    - é sabido que tem de pagar, não pode dar a volta.
    - pede um acordo de pagamentos faseados, baseado na falta de liquidez financeira. Basicamente é o que acontece à quem não paga condomínio durante muito tempo. No fim fazem acordo para ir pagando x por mês durante y tempo.
    Com jeitinho o seu condomínio não tem penalização para atrasos nós pagamentos, por isso....
    Estas pessoas agradeceram este comentário: rmartinz
    • size
    • 14 setembro 2015

     # 11

    Colocado por: callinas
    - pede um acordo de pagamentos faseados, baseado na falta de liquidez financeira. Basicamente é o que acontece à quem não paga condomínio durante muito tempo. No fim fazem acordo para ir pagando x por mês durante y tempo.
    Com jeitinho o seu condomínio não tem penalização para atrasos nós pagamentos, por isso....


    Não será muito viável, porque o condomínio não possui dinheiro para abonar a quota-parte do rmartiz e, geralmente, os empreiteiros não esperam ...

    A melhor solução será conseguir adiar a obra por alguns meses, estabelecendo, desde já, quotas-extraordinárias para o efeito ao longo do tempo, para todos os condóminos.
    Concordam com este comentário: rmartinz
    •  
      GMCQ
    • 14 setembro 2015

     # 12

    Colocado por: size

    Não será muito viável, porque o condomínio não possui dinheiro para abonar a quota-parte do rmartiz e, geralmente, os empreiteiros não esperam ...

    A melhor solução será conseguir adiar a obra por alguns meses, estabelecendo, desde já, quotas-extraordinárias para o efeito ao longo do tempo, para todos os condóminos.


    Isso é o que acontece no meu condominino, de 28e passou para 43e, a diferença são 15e que serviram, e ainda estão a servir para pagar a reparação de algumas fissuras em algumas fachadas. E futuramente uma nova pintura.
  8.  # 13

    Colocado por: size

    Não será muito viável, porque o condomínio não possui dinheiro para abonar a quota-parte do rmartiz e, geralmente, os empreiteiros não esperam ...

    A melhor solução será conseguir adiar a obra por alguns meses, estabelecendo, desde já, quotas-extraordinárias para o efeito ao longo do tempo, para todos os condóminos.

    La está então, se o condomínio não amealhou, não pode exigir que os condôminos tenham capacidade para fazer face a uma despesa dessa ordem de grandeza. Então, de hoje em diante toca a amealhar.
    Concordam com este comentário: rmartinz
  9.  # 14

    fundo de reserva de 2000€ e querem fazer obras de 100.000€

    ahhhh, é mesmo o típico português!!!
    Concordam com este comentário: GMCQ
  10.  # 15

    Colocado por: rmartinzEmbora o vendedor me tenha afirmado que não haviam quaisquer obras a executar, fui 'naif' ao não entrar em contacto com o condomínio.



    aqui já pode existir uma má fé (?)

    ou a obra foi discutida em assembleia após a data da compra?
  11.  # 16

    já agora... por quanto foi a compra da garagem?
  12.  # 17

    Prai uns 10 mil. A pessoa pensou, não precisas dá garagem, a garagem vai -me levar a um encargo de 3000. Portanto, lucro venda da garagem e não tenho 3mil de despesa.
    •  
      GMCQ
    • 14 setembro 2015

     # 18

    Colocado por: callinasPrai uns 10 mil. A pessoa pensou, não precisas dá garagem, a garagem vai -me levar a um encargo de 3000. Portanto, lucro venda da garagem e não tenho 3mil de despesa.


    Mas pq acha q foram dez mil?
  13.  # 19

    Boas novamente,

    Trata-se de um armazém/garagem no centro da Maia, com 100m2, por baixo do edifício em causa. O valor de compra foram 28.500EUR, penso eu que o negócio não foi mau de todo.

    Mas a necessidade de obras já vai sendo discutida há anos pelo que tenho a certeza que foi má fé. O vendedor esteve em contacto com a administração dias antes da compra por causa de uma pequena infiltração junto à porta e disse-me que nada existia pendente além disso. Porém, somente agora serão discutidos os orçamentos obtidos desde a última assembleia, anterior à compra.

    Curioso também é que um dos condôminos não tem meios de pagar as obras nem sequer o condomínio e o administrador me ter dito que teríamos que ser os restantes a pagar essa parte e depois se iria para os advogados. Não me parece razoável.

    Espero ter conseguido esclarecer tudo. Uma coisa é certa: 3000EUR de seguida não vão levar. Quem me dera poder imputar pelo menos uma parte ao vendedor porque de facto fui enganado. Terá viabilidade?

    Mais uma questão pf: a obrigação da substituição do telhado de amianto até ao fim de 2014 é para todos ou apenas para edifícios públicos? É que o telhado é grande parte do valor das obras.

    OBRIGADO e espero que este post possa ajudar outros de futuro!
    RM
  14.  # 20

    Se as fachadas e telhados estão como você diz então há duas hipóteses:
    - Reparam agora e custa muito dinheiro;
    - Reparam mais tarde e custa muito mais dinheiro.
    É que os problemas vão-se agravar, aumentam as infiltrações nas frações e depois a quantidade de coisas a reparar aumenta, já para não dizer que algumas pessoas vão ter um inferno de água dentro de casa.

    Quanto a exigir dinheiro ao vendedor, só em tribunal. Se houver actas a relatar os problemas é fácil provar que ele estaria de má fé, mas espere sentado pela justiça.
 
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