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    • eu
    • 7 dezembro 2015 editado
    Colocado por: André BarrosSerá preferível pagar 500 euros a 20 pessoas ou 600 a 15?

    E porque nao 400 euros a 25 pessoas ? Ou 200 euros a 40 pessoas ?

    Onde se coloca o limite?

    Edit: oops... o simples ja tinha dito o mesmo. Estou a ficar preocupado, pois concordo a 100% com ultimos posts do simples.
    • eu
    • 7 dezembro 2015
    Colocado por: simplesPois eu também considero necessário aumentar o smn para que as pessoas que trabalham 8 horas por dia possam viver de uma forma um pouco mais digna.

    Dentro de um certo limite... por exemplo, seria estupido aumentar de repente o salario minimo para 800 ou 900 euros.
  1. Colocado por: André BarrosEssa obsessão que tem contra os patrões só demonstra o seu desconhecimento relativamente a este tema.
    Você pensa que todos os patrões são uns magnatas que só vêm números à frente.


    Está bastante enganado neste aspeto. Não tenho obsessão nenhuma "contra os patrões" e se me conhecesse com certeza que iria perceber que não tenho motivos para tal.

    A afirmação que citou dirigiu-se em primeira linha e de forma irónica àquilo que tem sido defendido por alguns dos participantes desta discussão. Se tem acompanhado a discussão deve ter reparado que já mencionei que a maioria dos pequenos e médios empresários pagam salários bem acima do smn.

    Colocado por: André BarrosE se eu lhe disser que a maior parte dos patrões trabalha para pagar contas? Quantas micro, pequenas e médias empresas dão lucro ao fim do ano? Se calhar contam-se pelos dedos. Eu falo daquilo que vejo todos os dias.


    Pergunte então aos empresários que vê todos os dias a quantos funcionários seus pagam o smn.
  2. Salário mínimo não existe em países como a Áustria, a Suécia, a Dinamarca, a Finlândia e a Noruega e no entanto têm mercados de trabalho mais flexíveis do que o nosso, apresentam menos desigualdades sociais e mais poder de compra.
    O problema não é existir ou não SMN, é a mentalidade.
    Concordam com este comentário: two-rok, simples
    •  
      GMCQ
    • 7 dezembro 2015 editado
    Resumindo é quererem meter tudo ao bolso de uma só vez, aumentando a escala dos seus lucros a niveis exponenciais, e reduzindo os benefícios aos seus trabalhadores!

    Porque afinal não seria facil de prever? Aumento exponencial de lucros=a também mais beneficios aos trabalhadores, mas... afinal é assim que vive o verdadeiro tuga.... ''Toma lá um aumento de 0.50euro/hora enquanto eu arranjo mais uma conta offshore para mais este milhão de lucros anuais...'' Portugal - no seu melhor...
    Concordam com este comentário: ANdiesel

  3. Lá está, apenas observa as coisas pelo lado da entidade patronal.


    O aumento do desemprego não é observado "pelo lado da entidade patronal" - é um resultado, um efeito, medido nos trabalhadores.


    Penso que concordará comigo se eu disser, sem apresentar qualquer estudo, que o corte no rendimento das pessoas tem um efeito negativo no consumo, o que por sua vez tem um efeito negativo na economia. Certo?

    Não necessariamente, mas adiante.


    Ainda assim o Luís defende, e em parte até concordo, que foram cortes necessários.

    Se se refere à "austeridade", não foram necessários, foram inevitáveis. Não se tratou de uma escolha livre, mas de uma mera necessidade de adequar o que o Estado gasta ao que recebe - e foram mais suaves e diluídos no tempo do que seriam se não tivesse havido troika.


    Pois eu também considero necessário aumentar o smn para que as pessoas que trabalham 8 horas por dia possam viver de uma forma um pouco mais digna.


    Acontece que um dos efeitos secundários geralmente reconhecidos é precisamente tornar pior a vida de pessoas que recebem ou poderiam vir a receber X - e vão deixar de os receber. E muitos desses, não terão qualquer perspectiva de voltar ao mercado de trabalho tão cedo. Nas palavras dos autores do texto citado em post anterior:

    Note-se que a previsão do efeito do aumento do SMN é uma previsão na média. Atendendo a que os aumentos do SMN produzem sobretudo efeitos redistributivos, fica claro que alguns grupos pagarão pelo aumento do SMN um custo consideravelmente superior ao que decorre da estimativa da perda média de emprego. São esses grupos, inequivocamente, os dos trabalhadores do sexo feminino, os jovens, os trabalhadores pouco escolarizados e pouco qualificados. A perda de emprego será também mais forte em sectores como a indústria têxtil, do vestuário e do calçado, a agricultura e silvicultura, a indústria do mobiliário, os restaurantes e hotéis e os outros serviços não especificados. Existe também um efeito de redistribuição regional do emprego que penaliza, claramente, a região Norte.


    Estes são aqueles que serão mais afectados - o que é bizarro porque é mais ou menos claro para mim que "os trabalhadores pouco escolarizados e pouco qualificados" são o grosso do grupo que está implícito na mente de quem defende o aumento do SMN para melhorar as condições de vida de trabalhadores..
    Concordam com este comentário: two-rok
    • eu
    • 7 dezembro 2015
    Colocado por: BricoleiroSalário mínimo não existe em países como a Áustria, a Suécia, a Dinamarca, a Finlândia e a Noruega e no entanto têm mercados de trabalho mais flexíveis do que o nosso, apresentam menos desigualdades sociais e mais poder de compra.

    Atenção que muitos países que aparentemente não têm salário mínimo, na realidade têm: são negociados sector a sector.

    Mas concordo com a ideia geral: é mais importante a mentalidade e a cultura que o salário mínimo por decreto governamental.
  4. Colocado por: euOnde se coloca o limite?


    Não se coloca. Como já alguém disse, sou da opinião que o salário deve ser algo acordado entre 2 partes, sem qualquer imposição legal.
    Acho que o salário está (ou deveria estar) diretamente relacionado com o valor que esse funcionário traz à empresa para qual trabalha. Se assim não fosse todos nós recebíamos o SMN.
    Concordam com este comentário: two-rok
  5. Colocado por: marco1já cansa tanta sabedoria da verdade absoluta/ única.

    Ja so cansa??
  6. Colocado por: simplesse a sua única preocupação é conseguir pagar as contas ao fim do mês?

    o luis não ganha salario minimo,logo o resto que sa lixe!
    Concordam com este comentário: ANdiesel
  7. Colocado por: luisvvNão necessariamente, mas adiante.


    Explique lá melhor em que medida um corte no rendimento dos trabalhadores não tem influência no consumo e consequentemente na economia.

    Mesmo quem nunca teve aulas de macroeconomia consegue perceber este efeito mas se calhar sou eu que não estou a ver bem..

    trabalhadores do sexo feminino, os jovens, os trabalhadores pouco escolarizados e pouco qualificados.


    Este tipo de trabalhadores só existem em Portugal? Na Áustria, Suécia, Dinamarca, Finlândia ou Noruega não existem mulheres, jovens e trabalhadores com baixo nível de formação?
  8. Colocado por: marco1luisvv

    está a tirar conclusões disso baseado em que estudos?? em que estatísticas? em quantos casos reais ? em quanto de aumento foi o SMN para essas conclusões?

    O estudo mencionado uns post atrás data de 2011 e acompanhou os efeitos do aumento de SMN em Portugal, desde 2006.
    Os resultados obtidos por esta via indicam que um acréscimo de um ponto percentual do salário base real do MTL necessário para satisfazer os requisitos associados ao valor do SMN fixado no ano seguinte, resulta numa diminuição do emprego entre 1.1% e 1.8%. Obtêm-se resultados semelhantes quando se considera o efeito sobre o número total de horas trabalhadas. Estas estimativas significam que a variação real da massa salarial (salários-base) que decorreu dos aumentos do SMN posteriores a 2006 originou uma diminuição do emprego por conta de outrem entre 0.56% e 0.85%, sendo 0.85% a estimativa do efeito em 2009 quando ocorreu um aumento real do SMN de 5.38%.

    Os resultados obtidos são robustos - alterações na especificação dos modelos estimados e a utilização de dados provenientes de diferentes fontes (Quadros de Pessoal, Segurança Social e Inquérito ao Emprego) com cobertura diferenciada do universo de trabalhadores e empregadores e diferente horizonte temporal, não produzem alterações consideráveis nos valores das estimativas dos parâmetros relevantes.


    Entre 2006 e 2009 o SMN aumentou de 385 para 485€ - cerca de 25%. Curiosamente, estão em discussão para esta legislatura de cerca de 20% em 4 anos.

    Mas há mais. O actual ministro das Finanças, Mário Centeno, é autor de um documento muito citado relativamente a aumentos do SMN, já linkado lá atrás, que conclui, muito resumidamente que a) o aumento do SMN tem como termo de troca o aumento muito significativo da probabilidade de desemprego; b) o aumento do SMN tem como contrapartida uma compressão dos restantes ordenados em volta desse SMN.



    voce não poe mesmo a minima hipótese dos efeitos multiplicadores.

    Não ponho nem deixo de por: o efeito de aumentos significativos de SMN no aumento do desemprego é de um modo geral pacífico. Existem, apesar de qualquer suposto ou real efeito "multiplicador" do consumo gerado. Mas como contrariam a consciência de quem defende aumentos do SMN, são desvalorizados.


    olhe dou-lhe só um exemplo lateral: qual é que contribui mais para a economia nacional: uma pessoa que pega numa pequena fortuna feita á base do esforço nacional e vai gastar numas ferias pomposas no havai ou 50 pessoas a consumir cá dentro?


    O marco1 pode encontrar os cenários que quiser, mas os efeitos encontrados foram os descritos : menos emprego. Podemos supor que, contrariamente ao cenário que o marco1 prefere, o tipo deixa de fazer as férias no hawai, e a agência de viagens vende menos. Em contrapartida, como a empresa do tal tipo serve para remunerar capital, dos 50 empregados que passaram a ganhar mais, há 1 ou 2 que deixam de ganhar - e tão cedo não voltam a encontrar emprego, pelo que na verdade vão estar pior do que estavam. Até é possível que tenha havido mais consumo de alguns, mas no final do dia, há menos emprego.
    Concordam com este comentário: two-rok
  9. Então a solução será diminuir o SMN? Se o SMN for de 100€, aumentamos o emprego e com isso devemos todos ficar felizes e contentes!!
    Volto a afirmar que existem muitas, inúmeras, imensas variáveis no emprego, não é só apenas e em exclusivo o SMN. A começar na mente dos pseudo-patrões...
  10. Colocado por: ANdieselEntão a solução será diminuir o SMN? Se o SMN for de 100€, aumentamos o emprego e com isso devemos todos ficar felizes e contentes!!
    Volto a afirmar que existem muitas, inúmeras, imensas variáveis no emprego, não é só apenas e em exclusivo o SMN. A começar na mente dos pseudo-patrões...


    se fossemos diminuir o salario minimo,muitos pensam que as empresas viriam para Portugal mas esquecem que tem paises na Europa com salarios de 250 euros por isso logicamente não viriam!
  11. Colocado por: marco1o seu mal luisvv é que para o resultado de =10 só tem na sua cabeça que tem de ser 5+5 e nunca admitir que pode ser por exemplo 4+6
    ou seja só vê um encadeamento e logica: se aumenta aqui, diminui ali mas sempre sempre pondo os parâmetros na equação segundo o seu critério.
    já cansa tanta sabedoria da verdade absoluta/ única.

    Pense antes numa conta que ilustre algum realismo:

    As receitas são 10 e as despesas são 12, sendo que 2 são emprestados.

    Agora descubra a solução para o seguinte problema:

    1. É preciso diminuir os impostos (as receitas) para poupar um pouco o coitado do contribuinte;
    2. É preciso aumentar os subsídios, pensões, sálarios de f.p.,(despesas);
    3. Os credores, devido à dívida já ser tão grande, não emprestam mais que 2. Aliás, estão mais perto é de passarem a não emprestar nada;

    Nota: não valem medidas pontuais que só resolvam a situação durante um ano ou dois, como confiscar as fortunas a todos os ricos.
    Concordam com este comentário: two-rok

  12. essa equação peca por básica. não é assim tão simples.
    repare que uma pequena empresa se não conseguir dar mais 30 ou 50 euros a 2 ou 10 empregados, então está com dificuldades ao nível da produção e escoamento dos seus produtos ou serviços, em suma a sua viabilidade terá que ser equacionada.



    Um aumento de 30€/mês brutos, resulta em cerca de 560€ anuais, com custos da SSEG em cima. Como a produção não aumenta magicamente, uma empresa que por hipótese tenha 10 funcionários a ganhar o SMN tem uma redução de lucros de 5600 euros. Ora, a partir de que valor de lucros é que acha que seria irrelevante para os accionistas uma quebra desta ordem nos lucros de uma empresa? E quantas empresas poderão ter lucros dessa ordem?



    Voltamos ao mesmo: por essa lógica é melhor pagar 250€ a 40 pessoas do que 500€ a 20 pessoas. Se as pessoas têm que viver num barraco e comer os restos que encontram nos contentores dos hipermercados não interessa nada. O que importa é que o patrão consiga ser competitivo e ganhar o máximo lucro possível para estar disposto a por os seus recursos à disposição da sociedade.

    Lá voltamos nós ao espantalho. O simples vê o mundo de hoje como um livro de Dickens - e no entanto, a realidade desmente-o. Por alguma razão há ofertas de trabalho sem candidatos, da mesma forma que há milhões de pessoas a ganharem mais que o SMN: porque os trabalhadores não são obrigados a aceitar.




    As contas são fáceis de fazer:
    Renda apartamento: 200€
    Alimentação: 200€
    Agua e luz: 50€
    Transportes públicos: 50€

    Só para estes itens básicos lá se vai o salário mínimo. Como é que quer que uma pessoa ou até uma família sobreviva dignamente com este salário? E pior, como é que quer que alguém que ganhe o salário mínimo consiga evoluir na vida, representando dessa forma uma mais valia para a sociedade, se a sua única preocupação é conseguir pagar as contas ao fim do mês?

    As suas contas partem de pressupostos errados. Conhecer a caracterização dos trabalhadores que recebem o SMN, bem como dos principais afectados pelo seu aumento, faria maravilhas pela sua percepção deste assunto .
    Concordam com este comentário: two-rok
  13. Colocado por: simpleso corte no rendimento das pessoas tem um efeito negativo no consumo, o que por sua vez tem um efeito negativo na economia.

    O dinheiro que as pessoas ganharem a mais, não é dinheiro que nasceu do nada para animar a economia, é dinheiro que saiu das empresas, que consumirão menos ou investirão menos, ou pagarão salários a menos gente.
    Concordam com este comentário: two-rok, André Barros
  14. Colocado por: J.Fernandes
    Pense antes numa conta que ilustre algum realismo:

    As receitas são 10 e as despesas são 12, sendo que 2 são emprestados.

    Agora descubra a solução para o seguinte problema:

    1. É preciso diminuir os impostos (as receitas) para poupar um pouco o coitado do contribuinte;
    2. É preciso aumentar os subsídios, pensões, sálarios de f.p.,(despesas);
    3. Os credores, devido à dívida já ser tão grande, não emprestam mais que 2. Aliás, estão mais perto é de passarem a não emprestar nada;

    Nota: não valem medidas pontuais que só resolvam a situação durante um ano ou dois, como confiscar as fortunas a todos os ricos.

    Apesar de não me ser dirigido, da minha parte respondo que não tenho uma solução mágica para isso. Mas também não sou eu que me candidatei a nenhum lugar politico para encontrar medidas (nem eu, nem nenhum de nós, como tal ninguém pode falar com a verdade absoluta). Mas relativamente à sua nota, é verdade que isso era uma medida pontual, mas por ser pontual não se devem aplicar? Devem deixar-se as grandes fortunas livres como até aqui? É que ao pobre também já não há muito a tirar e os políticos insistem...
  15. Colocado por: luisvvUm aumento de 30€/mês brutos, resulta em cerca de 560€ anuais, com custos da SSEG em cima. Como a produção não aumenta magicamente, uma empresa que por hipótese tenha 10 funcionários a ganhar o SMN tem uma redução de lucros de 5600 euros. Ora, a partir de que valor de lucros é que acha que seria irrelevante para os accionistas uma quebra desta ordem nos lucros de uma empresa? E quantas empresas poderão ter lucros dessa ordem?

    Se a empresa não tem lucros/não é rentável, então devia pensar-se na sua existência. Porque nessa sua lógica, eu posso criar postos de emprego: arranje-me alguém que me limpe a casa todos os dias (só posso pagar 100€/mês), outra pessoa para me lavar os carros 2x por semana (pago 20€/mês). Explique a essas pessoas que não é viável para o meu orçamento eu pagar mais, e que já tem sorte em encontrar emprego.


    Colocado por: luisvvAs suas contas partem de pressupostos errados. Conhecer a caracterização dos trabalhadores que recebem o SMN, bem como dos principais afectados pelo seu aumento, faria maravilhas pela sua percepção deste assunto .

    Conheço muito boa gente nessas condições. Mais uma vez, a sua realidade não é a realidade absoluta.
  16. Colocado por: euDentro de um certo limite... por exemplo, seria estupido aumentar de repente o salario minimo para 800 ou 900 euros.

    Ora escreva lá porque é que seria estúpido um smn de 800 ou 900 euros.
 
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