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  1.  # 1

    Boa tarde, chamo-me Liliana e é a primeira vez que estou a aceder ao vosso site...desde ja os meus parabens pelo excelente trabalho que têm feito no auxilio destas questões que tantas duvidas nos trazem...
    Conto-vos agora a minha situação... o ano passado em Julho saí de casa dos meus pais e vim morar para mais perto da faculdade com o meu namorado... nao tinhamos trabalho, ele esteve desempregado durante esse ano e felizmente em Setembro começou a trabalhar... alugamos casa.. que por sinal aqui na zona de santarem sao muito caras, 300€/mês.. e é um T1.
    Temos suportado sempre essa renda e em Janeiro consegui arranjar trabalho tambem. Tentamos candidatar-nos á porta 65 mas como nao tinhamos rendimentos suficientes nao nos foi possivel...
    Passados 6 meses, voltamos a fazer a simulação no IPJ e como infelizmente o meu namorado ganha o ordenado minimo (450€) e a renda são 300 €nao temos direito ao apoio... e a resposta que nos deram foi que se ele conseguisse um trabalho a ganhar 600 €ja era possivel.. ou então um T0 nesse valor.. LOL enfim.. eu como so comecei a trabalhar em Janeiro nao fiz IRS..
    Estamos completamente abismados.. estavamos a contar poder benificiar desta apoio do estado mas infelizmente parece que só ajudam quem tem €.. Como é obvio uma pessoa que ganhe 600 €tem possibilidades de pagar uma renda de 300 € com facilidade.. mais dificil é quem ganha 450 €e tem de suportar uma renda de 300€...
    Agora fazendo bem as contas... quem acham que precisava mais de ser ajudado? o que ganha 600 ou o que ganha 450?
    Gostei imenso da expressão da PONTE 65.. realmente o Sr. "Eng" Socrates nao tem noção nenhuma do que é sobreviver com o ordenado minimo e ainda ter de pagar água, luz, gás.. ah... e comida se chegar..*
    Deviam ter um bocadinho de vergonha quando utilizam frases como: "Estamos a ajudar os Jovens", "Criámos um apoio para os Jovens"...que jovens? Aqueles filhos de pais ricos? AH.... pois...pois ajudam.
    Nao percebo... meta muito ou pouco de renda e rendimentos no simulador, aparece sempre que nunca temos direito ao apoio...
    Se por acaso algum de vós conhecer alguem que tenha uma casa para arrendar em santarem ate 200 € ou souber que outra alternativa temos por favor digam-nos..
    Saudações
  2.  # 2

    Estamos completamente desesperados.. estavamos a contar poder benificiar desta apoio do estado mas infelizmente parece que só ajudam quem tem €.. Como é obvio uma pessoa que ganhe 600 €tem possibilidades de pagar uma renda de 300 € com facilidade.. mais dificil é quem ganha 450 €e tem de suportar uma renda de 300€...
    Agora fazendo bem as contas... quem acham que precisava mais de ser ajudado? o que ganha 600 ou o que ganha 450?


    Boa pergunta. Eu diria que .... nenhum. Se não tem capacidade para pagar, não deve assumir compromisso.
  3.  # 3

    Desde ja obrigada pelo seu comentario.
    Talvez nao me tenha feito entender... Quando assumimos este compromisso foi porque o podiamos cumprir.. senao nunca o teriamos feito, uma vez que quando se aluga uma casa na sua maioria pedem fiador.. portanto, estamos a falar de coisas serias nao é.. A questão que coloco aqui é afinal que tipo de apoio é o que o estado dá aos jovens? quem nao precisa nao pede o apoio...logo os que tentam o apoio são os que mais necessitam...se nem a esses conseguem dar resposta porque é que nos iludem? As pessoas podem ter capacidades para pagar uma renda como nós temos.. mas e o resto? as pessoas têm de comer durante um mês nao é.. só quero saber que tipo de critérios utilizam para o apoio...
  4.  # 4

    Colocado por: Liliana_depaQuando assumimos este compromisso foi porque o podiamos cumprir..

    Se na altura não tinha emprego e agora tem, e mesmo assim precisa do apoio, é porque claramente não pode..

    que tipo de apoio é o que o estado dá aos jovens? quem nao precisa nao pede o apoio...logo os que tentam o apoio são os que mais necessitam..


    Pois. A conclusão é : não faz sentido apoiar quem não tem condições para ser autónomo, da mesma forma que não faz sentido apoiar quem não precisa.

    As pessoas podem ter capacidades para pagar uma renda como nós temos.. mas e o resto? as pessoas têm de comer durante um mês nao é.


    Insisto: se com o vosso rendimento não suportam esse tipo de despesa, parece-me que não deviam ter dado esse passo. É um péssimo começo...
  5.  # 5

    Liliana, Boa tarde,
    Repare que por vezes existem "parcelas" ou "limites"; e dentro de certo limite de rendimento talvez não concedam o apoio (embora os jovens precisem) porque não "faz sentido" uma pessoa que tem rendimento y pagar x, haverá um limite mínimo de, vamos dizer sobrevivência para que garantidamente a pessoa consiga pagar para além da renda as suas outras despesas, é uma teoria que estou apenas a imaginar, e que nos pode parecer estranha mas talvez se nos debruçarmos sobre os incumprimentos de rendas talvez consigamos compreender melhor que o governo não se pode responsabilizar ou fomentar ou facilitar esses incumprimentos.
    Por outro lado,e de qualquer maneira, será que foi realmente bem informada? Procure no Portal do Governo talvez pode ser que tenham mais esclarecimentos, ou pelo menos um contacto para onde possa ligar/email para colocar a sua questão, ou veja se há outros apoios a que possam recorrer. Antes de criticar o Sócrates ;o)..tente opções.
    Boa sorte!
  6.  # 6

    boa tarde liliana, olhe sinceramente falando até compreendo que esteja revoltada com esta treta do porta 65, faz-me lembrar um bocado o rendimento minimo garantido. Para este tipo de apoio ou és toxicodependente ou tens de ter 6 filhos em péssimas condições. Se fores alguém a querer fazer uma vida independente e com contas em dia, podes esquecer, isso é considerado um previlégio.
    Acima de tudo isto é revoltante, como se pode ajudar quem não dá nada á nossa sociedade e deixar descambar aqueles que estão a começar uma vida e que pretendem fazê-lo de uma forma honesta embora com alguns apoios que supostamente existiriam...
    Quanto á CMartim, haver apoios até há o problema é que só beneficiam quem não trabalha porque tem 20 anos e já tem 6 ou 7 filhos(embora os apoios que recebem, supostamente para dar aos filhinhos o que precisam, são para os telemóveis topo de gama e para os maços de tabaco) ou então quem é toxicodependente e fez disso desculpa para não trabalhar e para perderem a vergonha na cara e viverem á custa dos que os rodeia.
  7.  # 7

    Andreia222,
    Concordo consigo, plenamente.Na generalidade é assim como diz. Os apoios são para esses casos "lmite", pessoas sem a mínima consciência que têm filhos e mais filhos e não fazem o possível para se sustentarem porque o Estado lhes "deve". O Estado não lhes deve nada, no máximo, apoia quem precisa e como o pais é pobre, talvez os apoios não cheguem para todos e então são esses casos que são beneficiados. O que se pode fazer, ou o que pode fazer o Estado, dar-lhes educação e transmitir-lhes a noção de responsabilidade para que "pesquem sózinhos"? Não é possível, "hão-de morrer assim". Agora, os restantes, os que não têm muito mas que sempre têm um pouco mais, e que são gente que assume as suas responsabilidades e trabalham e esforçam-se para ter vida digna, infelizmente (já nem sei) têm que consegui-lo, maioritariamente sozinhos, aos poucos, lá se vai melhorando do vida. É assim, acho.
  8.  # 8

    pois CMartim, temos que ver que há pessoas que realmente precisam e devem ser ajudadas para voltarem para o lado de cá e sairem desta situação limite como disse, mas a verdade é que muitos deles até se sentem bem assim com tantos apoios até eu... Agora temos que ver que é muito desmotivante para quem trabalhar ver que não consegue um "apoio " e aí sim se pode chamar apoio, é que contraria um bocado a ideia que temos de : trabalhas és ajudado não trabalhas és penalizado... não sei se me está a entender. A forma como estes apoios estão a ser concedidos dá-nos a ideia que quem os "projectou" não estava a pensar bem e sinceramente ainda não entendi qual o objectivo de direcionar estes apoios , que acabam por ser ordenados sem mexer uma palha, para este tipo de gente que não quer nada da vida...Ao menos concedem estes apoios TAMBEM a quem trabalha e realmente precisa.
    É uma questão de politica da treta acho eu... e infelizmente tambem para mim porque sou uma cidadã portuguesa e é dinheiro meu que anda a rolar aí tabem pois sempre trabalhei e fiz os respectivos descontos, para beneficiar do sistema de saúde e tal, que como sabemos é uma vergonha e até aí, na área da saúde, este tipo de pessoas levam vantagem, é que saltam á nossa frente nas listas de espera com uma velocidade incrivel...é repugnante.
  9.  # 9

    Para este tipo de apoio ou és toxicodependente ou tens de ter 6 filhos em péssimas condições. Se fores alguém a querer fazer uma vida independente e com contas em dia, podes esquecer, isso é considerado um previlégio.

    Comparação absurda. O RSI faz sentido se admitirmos que há patamares mínimos de dignidade que a sociedade deve assegurar. Subsídios do tipo Porta65 ou similares são muito menos justificáveis .

    como se pode ajudar quem não dá nada á nossa sociedade e deixar descambar aqueles que estão a começar uma vida e que pretendem fazê-lo de uma forma honesta embora com alguns apoios que supostamente existiriam...


    Se à partida não tem condições para arrendar, incentivar alguém com um subsídio é incentivar a irresponsabilidade - exactamente o contrário de tudo o que seria razoável.
  10.  # 10

    Luisvv,
    Por acaso lembrei-me de uma outra coisa, que aproveito para lhe dizer sobre as habitações: Já pensou quando os bancos começarem a ver as magníficas perdas (maioritariamente devidas à quebra dos créditos)? Talvez comecem a repensar abrir os cordões à bolsa.
  11.  # 11

    Caro luisvv,
    Estou ABSOLUTAMENTE de acordo sobre a diferença entre o RSI (para assegurar um patamar mínimo de dignidade) e subsídio/«apoio» tipo PORTA65.

    De repente eu quase me esquecia da quantidade de apoios INSTITUCIONAIS de que beneficiei enquanto jovem (até 1982).
    . Bolsa da Gulbenkian, por ter boas notas, enquanto andava no liceu.
    . Subsídio de estudante-trabalhador, quando estava na Faculdade, na Bélgica.
    . Bolsa de um grupo de empresas portuguesas (no meu caso, foi os CTT) para frequentar o MBA.

    O mais interessante foi o apoio que recebi enquanto estudante-trabalhador, na Bélgica, porque faz lembrar o da PORTA65.
    O valor deste apoio variava de acordo com o rendimento de trabalho:
    Era - obviamente - ZERO para quem não trabalhava ou ganhava muito pouco;
    Depois, subia gradualmente à medida que o rendimento de trabalho também aumentava, até um determinado patamar.
    Seguidamente este apoio diminuia e, a partir de um determinado rendimento, o subsídio voltava a ser de ZERO (uma vez que o rendimento de trabalho já seria tão elevado que o estudante-trabalhador já não necessitaria de apoio).

    Por outras palavras, o Estado Belga apoiava quem fazia um esforço, i.e., merecia e precisava de ser ajudado.
  12.  # 12

    Colocado por: CMartinPor acaso lembrei-me de uma outra coisa, que aproveito para lhe dizer sobre as habitações: Já pensou quando os bancos começarem a ver as magníficas perdas (maioritariamente devidas à quebra dos créditos)? Talvez comecem a repensar abrir os cordões à bolsa.


    Dai-nos paciência... Os bancos compensam a diminuição do volume de crédito com aumento das margens, com diminuição do risco aceite, etc.
    Mais : os bancos estão limitados no volume de crédito a conceder pelo valor dos seus activos, bem como pela sua capacidade de financiamento no exterior. Se não houver quem empreste ao banco, ele não lhe empresta a si..... e nenhum banco está disponível para emprestar a outros bancos com políticas de crédito irresponsáveis...
    •  
      FD
    • 24 abril 2009

     # 13

    Pelo que apreendi na altura do lançamento do Porta 65 Jovem, estavam previstos três incentivos:

    -> Porta 65 Jovem, que é o que já conhece
    -> Porta 65 Senior, para reformados
    -> Porta 65 para famílias carenciadas

    O Porta 65 Jovem pretende ajudar os jovens a iniciar uma vida independente. No entanto, apenas incentiva aqueles jovens que tenham um rácio de sustentabilidade favorável. Daí que não ajudem no contexto que especifica. Apesar de lhe parecer estranho, faz sentido - um jovem só deve sair de casa dos pais quando tiver sustentabilidade, o estado apenas dá um empurrão, nada mais.

    Quanto a este assunto, a "obrigação" do estado ajudar, há uns dias gostei muito de ler este texto:

    POBREZA DESDOBRADA por Fernanda Câncio

    Jornalista - [email protected] 13 Março 2009

    Desta vez foi na Quinta do Cabrinha, o bairro construído na Avenida de Ceuta, em Lisboa, para receber os habitantes do demolido Casal Ventoso. Uma série de pessoas ocupou casas que estavam vazias e foi despejada pela polícia. Directos no local dão a voz aos despejados: uma jovem mulher com um bebé ao colo explica que vivia na casa dos pais onde dormia no chão com os filhos, um dos quais "tem problemas" e que pediu à Câmara o "desdobramento" (jargão que refere a atribuição de uma outra casa a uma parte de uma família que vive num fogo de habitação social) mas "eles não deram". Perante a recusa, ela e o marido (que ficou detido) ocuparam uma casa "e agora não têm para onde ir". A repórter pergunta: "E a senhora estava disposta a pagar uma renda?" A resposta é não só afirmativa mas entusiástica: "Claro!". No fim, a repórter conclui: "Esta é só uma das versões".
    É, de facto, uma das versões. Mas antes mesmo de ir às outras, ficou por saber o essencial desta: por que acha a senhora em causa que tem um direito inalienável a uma casa "da Câmara". Sem esta pergunta e respectiva resposta, todas as reportagens e notícias sobre este assunto não são mais que entretenimento - de um certo tipo, mas entretenimento. O entretenimento de uma viagem ao mundo dos pobres que não só se reclamam pobres sem esperança de sair da pobreza, como levam a mal se alguém põe a sua pobreza em causa.
    Não fazer a pergunta é admitir, paradoxalmente, que as políticas contra a exclusão, de que a habitação social é um símbolo, não servem para nada. Que é normal a filha de um casal realojado ser realojada - que é normal que a atribuição de uma casa de custo controlado aos pais, para acudir a uma situação de emergência social , não tenha qualquer efeito na geração seguinte. Ou seja, que a pobreza é endémica e sem remédio - que se desdobra.
    Este raciocínio, em última análise, leva ao fim das políticas de combate à exclusão e favorece o discurso dos que propõem largar cada um à sua sorte. É, no entanto, o raciocínio que mais comummente articula quem se reclama como grande defensor dessas políticas e, pasme-se, dos direitos dos mais desfavorecidos. É o raciocínio que levou a que durante 35 anos de democracia tão poucas vezes se tenham feito as perguntas certas - quantos bairros sociais há, quanto custaram, em que estado estão, quem lá vive e há quanto tempo, qual o seu rendimento médio, que idade tem, qual o motivo da atribuição da casa , qual o valor das rendas, qual o modo como são calculadas e qual a respectiva taxa de cumprimento - e nunca se tenham ouvido as respostas. Suspeita-se até de que ninguém as conheça. Sucede que sem regras claras e justas as políticas sociais correm o risco de não servir para aquilo a que se propõem - ajudar os que de facto precisam - e de funcionar como uma espécie de multiplicador da exclusão. É tempo de que quem as defende - a esquerda, portanto - pare de se desdobrar em desculpas e assuma as suas responsabilidades.

    http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1174056&seccao=Fernanda%20C%E2ncio&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
  13.  # 14

    Colocado por: andreia222
    É uma questão de politica da treta acho eu... e infelizmente tambem para mim porque sou uma cidadã portuguesa e é dinheiro meu que anda a rolar aí tabem pois sempre trabalhei e fiz os respectivos descontos, para beneficiar do sistema de saúde e tal, que como sabemos é uma vergonha e até aí, na área da saúde, este tipo de pessoas levam vantagem, é que saltam á nossa frente nas listas de espera com uma velocidade incrivel...é repugnante.

    Andreia,
    Repare que o que diz não é bem assim, de saltarem à nossa frente nas listas de espera (de saúde e apoios).Não podemos ficar raivosos contra o Estado porque ajuda quem nada tem. Isso não é correcto. É verdade que bem que podiam fazer mais pela vida, também me irrita ver as pessoas a baixarem os braços perante a miséria, mas, repare, não sabemos a vida que levam muitas destas pessoas, e muitas vezes a questão psicológica, a depressão, a marginalização pode "acabar" com qualquer réstia de esperança que eles tenham. Nós falamos de "barriga cheia", porque não estamos no lugar deles, e no nosso lugar parece-nos óbvio que deveriam todos ir trabalhar, nem que fosse arranjar 10 biscates por semana e fazer o esforço, e terem menos filhos, mas são pessoas disfuncionais, na maioria, com famílias disfuncionais, que não sentem esperança que os faça seguir objectivos, o que sentem será desespero.Não faço ideia, mas será algo assim. E depois não têm educação, e sempre viveram num círculo de pobreza.
    Não sei, estou a imaginar que assim seja, mas também temos é que ver como é que resolvemos as nossas coisas, e os nossos assuntos e não ficar a "matutar" nas injustiças, nem nas "preguiças", as deles (em maior grau) e as nossas (são migalhas comparativamente) porque essas existem certamente.

    Agora, nós, que queremos mais da vida, e queremos alcançar objectivos e sonhos sabemos que para lá chegar temos que "torcer a orelha", assumir as rédeas, estudar bem as coisas, traçar os planos, e andar para a frente, a saber que certo, certo, aquilo que podemos contar com, é e será sempre maioritariamente fruto do nosso trabalho, e do nosso sacrifício, e não dos apoios estatais. Estes existem para os que necessitam porque não têm meios de sustento nem capacidade nem a sabedoria para fazerem aquilo que nós felizmente sabemos e temos os meios para fazer.
    Agarremos essa oportunidade para construir a nossa vida e termos orgulho dos resultados. Não inicie vida já a contar com os apoios do estado, tenha até orgulho em não o fazer, faça questão disso, seria um mau começo e olhe que o que nasce torto (...)
    Cumprimentos,
  14.  # 15

    Luisvv,

    Colocado por: luisvv
    Colocado por: CMartinPor acaso lembrei-me de uma outra coisa, que aproveito para lhe dizer sobre as habitações: Já pensou quando os bancos começarem a ver as magníficas perdas (maioritariamente devidas à quebra dos créditos)? Talvez comecem a repensar abrir os cordões à bolsa.


    Dai-nos paciência... Os bancos compensam a diminuição do volume de crédito com aumento das margens, com diminuição do risco aceite, etc.
    Mais : os bancos estão limitados no volume de crédito a conceder pelo valor dos seus activos, bem como pela sua capacidade de financiamento no exterior. Se não houver quem empreste ao banco, ele não lhe empresta a si..... e nenhum banco está disponível para emprestar a outros bancos com políticas de crédito irresponsáveis...


    Diz coisas engraçadas, como se eu não estivesse já "marreca" de saber o que o Luis aqui escreve, como se não soubessemos todos. Mas, de certeza que o Luis sabe muito bem que existem "pressões" para as conjunturas, e o lucro dos bancos a cairem pode ser uma pressão para não dificultarem o crédito, não desdizendo o que o Luís diz e que é verdade - se não houver quem empreste ao banco, ele não empresta (..), mas podem haver factores que façam repensar as políticas monetárias, até do próprio BCE que subiu os juros até não mais poder, para agora baixar ..e qual o objectivo? Baixar o preço do crédito, para quê? Aumentar o consumo, e facilitar os créditos entre bancos, e dos bancos para os privados. São incentivos, pressionados pela conjuntura.
    Cumprimentos,
  15.  # 16

    Liliana e Andreia,
    PS. Vejam ainda
    https://forumdacasa.com/discussion/4233/porta-65-tipologia-vs-numero-do-agregado/#Item_5

    é de se ficar a pensar...
  16.  # 17

    Colocado por: CMartin
    Diz coisas engraçadas, como se eu não estivesse já "marreca" de saber o que o Luis aqui escreve, como se não soubessemos todos. Mas, de certeza que o Luis sabe muito bem que existem "pressões" para as conjunturas, e o lucro dos bancos a cairem pode ser uma pressão para não dificultarem o crédito, não desdizendo o que o Luís diz e que é verdade - se não houver quem empreste ao banco, ele não empresta (..), mas podem haver factores que façam repensar as políticas monetárias, até do próprio BCE que subiu os juros até não mais poder, para agora baixar ..e qual o objectivo? Baixar o preço do crédito, para quê? Aumentar o consumo, e facilitar os créditos entre bancos, e dos bancos para os privados. São incentivos, pressionados pela conjuntura.
    Cumprimentos,


    Origem do problema: excesso de crédito, que inflaccionou artificialmente os preços de bens imóveis.
    Solução proposta: mais crédito, para incentivar o consumo. Para haver mais crédito, tem que haver mais poupança (ou seja, dinheiro para os bancos emprestarem). Mas para haver mais poupança....

    Está na cara que vai resultar, não é ? .

    P. S - Às famílias endividadas, a DECO recomenda que reduzam os gastos e as necessidades de crédito. Ao mesmo tempo, a um país endividado desincentivam a poupança e incentivam o consumo.
    Vai funcionar, só pode....
  17.  # 18

    O Porta 65 Jovem pretende ajudar os jovens a iniciar uma vida independente. No entanto, apenas incentiva aqueles jovens que tenham um rácio de sustentabilidade favorável. Daí que não ajudem no contexto que especifica. Apesar de lhe parecer estranho, faz sentido - um jovem só deve sair de casa dos pais quando tiver sustentabilidade, o estado apenas dá um empurrão, nada mais.

    Desde ja agradeço novamente os comentários, que de certa forma me têm sido esclarecedores e enriquecedores.
    Tem toda a razão quando refere que um jovem so deve sair de casa dos pais quando tiver autonomia e sustentabilidade.. de certo modo também gostaria que tivesse sido assim comigo também, mas infelizmente fui colocada para fora de casa pelo meu pai quando defendi o meu irmão e me impus quando o meu pai lhe bateu sem razão..ele nao gostou que a sua autoridade fosse posta em causa e foi assim a melhor maneira que encontrou para lidar com a situação. Sendo que o mais triste foi nao ter sido apoiada e defendida pela minha propria mae.. infelizmente há pessoas que para não perderem o marido preferem perder os filhos.
    COnto-vos isto para que consigam perceber o porquê de esse apoio ser tão importante para mim e me sentir de certa forma revoltada por me ser recusado...
    Sim, é verdade, fiquei sozinha e sem apoios mas nunca deixei de lutar e de procurar um trabalho.. Sinto orgulho em mim mesma por ter conseguido ultrapassar a situação e querer ir mais longe..foi dificil, confesso, mas não impossivel... não deixei de estudar, continuo na faculdade (uma despesa nada barata mas um dia compensará..)
    Para que nao seja mal interpretada e considerada mais uma simples pessoa que procura as ajudas do estado para viver ás custas do que os outros (e eu mesma) descontam, apenas quero referir que nunca deixei de pagar as minhas contas... sim sr Luisvv, quem nao tem capacidades de pagar nao assume compromissos..por isso mesmo é que so assumo aqueles para os quais tenho capacidades..
    Não se devem julgar as pessoas quando nao as conhecem..porque tudo na vida tem uma razão de ser..
    Acedi na tentativa de encontrar respostas ou soluções para a minha situação.. se não tenho direito ao apoio tudo bem.. tenho sobrevivido e pago as contas sempre em dia, não deixo é de ficar revoltada com este tipo de entraves que colocam.. porque antes de decidirem dar o apoio aos jovens já estes estão a pagar uma renda de casa não se sabe bem á quanto tempo.. portanto mesmo que acabe o subsidio de apoio os jovens continuarão a pagar o que pagavam anteriormente.. Serve de apoio sim, ajuda a alcançar outros objectivos que de outra forma nao podem ser alcançados...
    Espero nao ser mal interpretada, apenas tento mostrar a minha posição face este assunto.. Como futura Educadora Social acho importante, senao urgente ajudar familias em situações de pobreza, em situação de exclusão..sem duvida alguma.. mas estou convicta de que muitas pessoas que andam a viver ás custas dos descontos que todos fazemos não precisam tanto desses apoios... podem muito bem ir trabalhar.. E sem qualquer tipo de preconceito ou discriminação, como acha que as comunidades de Etnia Cigana moram em "barracas" com antenas parabólicas? e têm bons carros e grandes televisões?? é pelas rouoas que vendem na feira? nao me parece.. parece-me sim que se aproveitam um pouco da cultura que têm para receber os apoios do estado quando decidem ter 7 ou 8 filhos compreende... E depois jovens na minha situação que andam sempre a contar os centimos para que tudo chegue ao final do mês, não recebem nenhum apoio do estado no incentivo ao SER autónomo.. nao considera injusto/revoltante?
    Lamento se feri susceptibilidades mas apenas consigo encarar as coisas desta maneira.. se existirem opiniões formadas diferentes da minha por favor partilhem-nas.. sou pessoa de mente aberta..
    Cumprimentos*
  18.  # 19

    Liliana,
    Não vou comentar o seu caso pessoal, nem poderia.
    Sei que deverá ser difícil a pessoa "comprovar" que está em situação de recorrer aos apoios, e que cumpre os requisitos para auferir desse mesmo apoio. Penso que a ideia do governo é precisamente evitar esses casos que fala "dos barracos com grandes carros à porta". Há sempre quem "consiga" ser "esperto" o suficiente para dar a volta à lei, mas o governo tentará certamente, nem sempre consegue, atribuir os apoios a quem de direito.
    De qualquer forma, tem razão quando diz que o apoio, que para si será um empurrão incial, se neste momento precisa dele deveria ter direito de a ele recorrer, por um lado, por outro tem que cumprir esse tal patamar (disse um rendimento de 600E?) para que, aos olhos do governo e dessa lei Porta65, consiga pagar a renda da casa (os tais 300E)e as suas outras necessidades.
    Se precisa decididamente, mas não cumpre os requisitos deste apoio Porta65, talvez conseguirá recorrer a um outro para o seu caso ? Informe-se, pode ser que sim, com a responsabilidade social de saber que recorre a esse apoio porque não há volta a dar sem essa "ajuda", faça-o, tendo esse direito.
    Boa sorte.
    Cumprimentos,
  19.  # 20

    Colocado por: Liliana_depa..Passados 6 meses, voltamos a fazer a simulação no IPJ e como infelizmente o meu namorado ganha o ordenado minimo (450€) e a renda são 300 €nao temos direito ao apoio... e a resposta que nos deram foi que se ele conseguisse um trabalho a ganhar 600 €ja era possivel.. ou então um T0 nesse valor.. LOL enfim.. eu como so comecei a trabalhar em Janeiro nao fiz IRS..
    ..
    Nao percebo... meta muito ou pouco de renda e rendimentos no simulador, aparece sempre que nunca temos direito ao apoio...
    ...
    Saudações


    Liliana,
    De qualquer maneira fiquei a pensar nisto, de a Liliana dizer que começou a trabalhar este ano. Assim, nessas condições, com o vosso actual rendimento (2 salários) e embora não tenha a Liliana IRS do ano passado, não pode pedir com base no vosso rendimento actual, que é superior?
    Outra coisa, a Liliana diz que colocando muito ou pouco rendimento no simulador, o resultado é que nunca têm direito ao apoio; parece estranho, não é? A Liliana já se dirigiu pessoalmente à entidade que trata directamente do assunto para se informar melhor..ou está a basear-se apenas na informação do simulador?
    Se precisa mesmo desse apoio como diz, e tem o dobro do rendimento neste momento que tinha antes de começar a trabalhar, quando apenas trablhava o seu namorado, "investigue" e informe-se melhor, pode ser que esteja a escapar qualquer coisa.
    Cumprimentos,
 
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