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  1.  # 441

    Colocado por: CMartinPor acaso acho que passei a valorizar mais o modernismo (Le Corbusier, Mies Van Der Rohe..) agora que estou a ver o pós-modernismo, que, pelos vistos trata-se da ornamentação fútil (sem utilidade).

    E fico a pensar na sua pala..?
    Para que serve uma pala afinal ?
    Deve ser pós-modernista!

    Está a ser mázinha :) Então o pós-modernismo é fútil e as minhas palas são pós-modernistas, logo são fúteis.

    As palas servirão para dar sombra aos vãos, logo são úteis (antónimo de fúteis) hehehe
    • AXN
    • 12 abril 2016 editado

     # 442

    Colocado por: CMartinAinda, para eu ter ideia de com quem falo, gostaria imenso que me pusesse aqui no tópico uma imagem de uma arquitectura bela para si.


    A minha casa. Que por motivos pessoais não publico fotografias da mesma (ja as apagueis do forum) , se quiser posso indicar-lhe o site do gabinete que me fez o projecto.
    • AXN
    • 12 abril 2016

     # 443

    Colocado por: CMartinMas hà aqui algo que não condiz, no livro e no AXN.


    Por que alguns edifícios são considerados belos? Este livro analisa os principais argumentos apresentados pelos filósofos ao longo da história para explicar a beleza arquitetônica. Desde a Antigüidade, a arquitetura sempre representou um problema difícil para a estética, já que nela a relação entre o homem e a obra de arte não se resume ao elo entre o sujeito que percebe e o objeto percebido. Enquanto as demais artes criam obras destinadas apenas à contemplação, as construções existem para serem manipuladas: o prédio não é apenas um objeto para a reflexão, mas um objeto para a vida. O problema é que só consideramos artísticos os objetos que dizem alguma coisa sobre nós, que narram algo que nos diz respeito. A obra de arte constitui a expressão material do sujeito em um objeto. Mas se a arte é um espelho do sujeito, como uma construção pode ser artística? Ora, o edifício nada mais é do que o lugar do homem no mundo: a arquitetura é a forma do homem. Por isso ela não espelha a aparência do sujeito, mas seu modo de ser, sua essência. Contudo, como os homens diferem entre si, os edifícios não são avaliados do mesmo modo por indivíduos diversos, pois cada sujeito percebe o objeto a partir de uma dada perspectiva. Nenhum edifício consegue agradar a todos os homens ao mesmo tempo, pois eles são avaliados a partir de pontos de vista diferentes. Essas perspectivas se baseiam na posição de cada sujeito no mundo: uma construção não parece idêntica aos olhos do produtor, do consumidor, do proprietário e do distribuidor, já que eles não se relacionam com o objeto da mesma maneira. Cada personagem social retalha subjetivamente o edifício, valorizando algumas faces da obra e descartando outras. Homens diferentes avaliam a mesma coisa com padrões de medida diferentes (forma, utilidade, solidez, dimensão), e por isso um prédio é considerado belo por um indivíduo, inexpressivo por outro e feio por um terceiro. Esses modos de ver, que são comuns a diversas sociedades, constituem o fundamento das doutrinas estéticas. O objetivo deste livro é entender essas perspectivas e mostrar como elas se manifestam nos escritos dos filósofos sobre a arquitetura.
  2.  # 444

    Estou aqui a pensar, se os gostos fossem tão subjectivos assim, e são, mas talvez não por não ser apenas de gostos que trata a arquitectura (e/ou a arte), também o é, mas muito mais do isso.... até porque, senão:
    - não haveria consenso sobre os grandes arquitectos, e há.

    A conclusão para mim é que há boa e má arquitectura.

    Também não concordam com isto?
  3.  # 445

    Colocado por: PandR
    Está a ser mázinha :) Então o pós-modernismo é fútil e as minhas palas são pós-modernistas, logo são fúteis.

    As palas servirão para dar sombra aos vãos, logo são úteis (antónimo de fúteis) hehehe


    Sim, mázinha.

    Hmm..acho que me está a enganar com a verdade :o)
    Veremos...hehehe :oP
  4.  # 446

    Colocado por: CMartinEstou aqui a pensar, se os gostos fossem tão subjectivos assim, e são, mas talvez não por não ser apenas de gostos que trata a arquitectura (e/ou a arte), também o é, mas muito mais do isso.... até porque, senão:
    - não haveria consenso sobre os grandes arquitectos, e há.

    A conclusão para mim é que há boa e má arquitectura.

    Também não concordam com isto?


    Lembram-se quando se construíram as Amoreiras, foi consensual a aberração ou foi consensual a beleza da arquitectura ?
    Ou não houve consensualidade para nenhum dos lados?
  5.  # 447

    E este texto que vou por a seguir, ponho como parte da reflexão, apesar de não gostar muito nem do texto, nem das Amoreiras arquitectura e nem sou apreciadora da pessoa publica que é o arquitecto do Centro Comercial Amoreiras, não me são sólidas estas referências do mesmo ao Velvet Underground e Cultura Pop,..nada disso, etc.

    Mas como este tópico não se trata apenas do que eu gosto ou do que eu acredito..aqui vai.

    Passaram trinta anos. Já digerimos Tomás Taveira e as Amoreiras?
    "Ia caindo para o lado quando o Jorge Figueira um dia bate à porta do meu atelier a pedir-me uma entrevista." Do outro lado da linha telefónica, o arquitecto Tomás Taveira dá uma sonora gargalhada ao recordar o momento em que o crítico de arquitectura o procurou para uma conversa sobre os anos 1980 – uma conversa que vão continuar esta quinta-feira, ao vivo, a partir das 19h no Clube Português Artes e Ideias, em Lisboa.

    Depois de anos como proscrito, longe da vida pública, Taveira esperava tudo menos a visita de outro arquitecto a querer falar sobre o passado. Mas Jorge Figueira – que na sessão de hoje apresentará o livro Anos 80, editado pelo Circo de Ideias a partir de uma conversa que teve com o historiador de arte Paulo Varela Gomes (que nos anos 1980 fazia também crítica de arquitectura) – estava interessado em pensar o que foi essa década. E sabia que Taveira era, para isso, uma figura tão incontornável quanto polémica.

    "Taveira é uma figura importante na cultura arquitectónica portuguesa também pelo que acontece antes das [do projecto para o centro comercial] Amoreiras", explica o autor. "Desde o momento em que é colaborador principal do atelier Conceição Silva, vai introduzir na arquitectura portuguesa uma série de referências e uma relação totalmente diferente daquela que na altura é corrente no Porto, mas também em Lisboa."

    Fascinado pela cultura pop londrina, Taveira contrasta logo aí com o mundo da arquitectura portuguesa. "Não existe naquele período mais nenhum arquitecto que faça tão explicitamente a ligação entre esse carácter festivo e comunicante e a própria arquitectura."

    Assumindo-se como pós-moderno, Taveira está em sintonia com uma série de coisas que estão a acontecer no mundo anglo-saxónico. Capta sinais, compra revistas e livros, consome cinema. E esta é, diz Jorge Figueira, uma época em que o próprio cinema está "a transformar a arquitectura numa indústria de entretenimento". Tudo é comunicação. E, dizem os pós-modernos, as cidades também devem comunicar. "De repente, a arquitectura era uma linguagem. E Taveira escreve em 70 um texto intitulado O Lettering, em que dizia que a cidade era feita de sinais visuais, e que quanto mais ricos estes fossem, melhor." Isto chocava com a cultura modernista, com a qual se identificavam os grandes arquitectos portugueses, "que dizia "vamos limpar, tornar tudo higienisticamente preciso"".

    Mas temos estado, até aqui, a ouvir a história contada por Jorge Figueira. E Taveira, o que diz? Como Figueira, também ele quer recuar no tempo. "As pessoas olham para as Amoreiras como um vértice do pós-modernismo e pensam que aquilo caiu do céu, que houve um senhor que um dia resolveu fazer um desenho e saiu aquilo. Nunca ninguém cuidou de dialogar comigo ou com a história para perceber."

    Recua até aos anos 1950, ao primeiro Congresso Internacional da Arquitectura Moderna, para criticar o que daí saiu. "A arquitectura modernista tornou-se um estilo soit-disant capitalista e perdeu "o sujeito"." No final dos anos 1950, Taveira entrou para as Belas Artes para estudar arquitectura. Mas já ia com anos de experiência de atelier. "Vivi no mundo dos arquitectos como desenhador. Trabalhei com o Nuno Teotónio Pereira, com o Nuno Portas."

    "Só uma coisa me irrita"

    Diz que há uma única coisa que o irrita "profundamente": que "sujeitos que não conhecem nada da história" digam que ele não desenhou coisas que desenhou. "Irrita-me porque é falso. E eu não minto. Nunca menti acerca daquilo que foi a minha passagem por atelier nenhum. No [atelier] Teotónio Pereira não desenhei nada. Mas no [atelier] Conceição Silva desenhei tudo, mas tudo. Fiz o Hotel da Balaia, a fábrica de discos Valentim de Carvalho, uma obra completamente brutalista." Quando em 1973 concorreu a catedrático na Faculdade de Arquitectura, "sabia o que queria, e não tinha nada a ver com a arquitectura do Portas e do Teotónio".

    Em 2005, um processo judicial concluiu que Taveira não era nem autor exclusivo nem co-autor daquelas obras, tendo tido nelas apenas uma “participação preponderante”. Mas regressemos ao relato de Jorge Figueira. "Taveira é um jovem turco, alguém que surge como uma espécie de ideólogo do Conceição Silva. E como é uma personagem muito entusiasta e vibrante começa a aparecer cada vez mais." Com o 25 de Abril e a ida de Conceição Silva para o Brasil, Taveira inicia uma carreira a solo.

    Viaja para os Estados Unidos, onde bebe directamente dos meios do pós-modernismo. "Volta a dizer: ‘Eu sou o pós-modernismo.’" E então surgem as Amoreiras. "Éramos um país um bocadinho arcaico e o centro comercial era um buraco onde se iam fazer compras", prossegue Figueira. "As Amoreiras trazem a ideia do luxo, transformam o gesto de fazer compras."

    Abre-se o debate. Uns atacam, outros defendem. Enquanto isso, "Taveira porta-se como uma estrela, passeia-se pelos jornais e televisões, torna-se uma celebridade que vem da arquitectura, o que era uma novidade. Há um período em que Taveira é o arquitecto."

    Depois há a divulgação das cassetes que revelam o escândalo sexual, e o arquitecto cai em desgraça. Em 2003 é expulso da Faculdade de Arquitectura na sequência de um processo disciplinar. Desaparece da vida pública. Mas as obras ficam – as Amoreiras, claro, mas também a sede do BNU, e os (posteriores) estádios de futebol.

    Como olha hoje Taveira para o seu trabalho dos anos 1980? "Não medito muito sobre aquilo que fiz. A cidade tem de ter alegria, tem de pertencer às pessoas. As Amoreiras entraram na vida dos lisboetas, foram assimiladas. Quanto ao meu trabalho de hoje, ninguém o conhece, à excepção dos estádios. A minha arquitectura é bastante diferente mas mantém-se pós-moderna."

    Figueira acredita que são edifícios que cumprem um papel na história da arquitectura. "As Amoreiras são uma marca iconográfica e ganham intemporalidade por isso. A nossa relação com o edifício ainda não está pacificada, mas quase. Esta conversa e este livro seriam impossíveis há dez ou quinze anos."

    A linguagem pós-moderna resistiu ao tempo? "Houve uma apropriação dos temas do Taveira pelos construtores civis, o que é a morte do artista." Mas isso não retira a importância ao momento. "Um edifício pode ser tão discreto e abstracto que sobrevive intacto do ponto de vista do gosto ao longo do tempo, mas é porque decidiu nunca entrar no jogo, entrar na cidade. O que se pode dizer em favor dos edifícios do Taveira é que eles tentaram acrescentar uma vírgula, ou um ponto de exclamação, e depois, eventualmente, como quem faz muitos pontos de exclamação, fica um pouco kitsch, marcado por esse sentido muito enfático de dizer "eu estou aqui"." Mas porque os seus edifícios nos contam a história dos anos 1980 – e também "pela electricidade e um certo lirismo pop" –, Taveira "merece um lugar".

    Taveira por Taveira

    Quando lhe perguntamos o que representaram as Amoreiras, Tomás Taveira começa a falar como se, finalmente, tivesse uma oportunidade para contar a sua versão da história.

    "Ninguém sabe a história da minha vida. O que as pessoas sabem de mim é a história das cassetes [o escândalo sexual dos anos 1980] e as Amoreiras. A vida de uma pessoa é mais do que meia dúzia de episódios."

    Sublinha as raízes populares. Como quando lhe falaram pela primeira vez de desenho a carvão: "Eu, operário, filho de operário, o único carvão que conhecia era o da carvoaria." Fala do seu "lado rufia", da "cultura bairrista" que adquiriu "entre a Picheleira e Alcântara", do trabalho como serralheiro mecânico.

    E depois conta como entrou nos círculos intelectuais, como frequentava a Brasileira e convivia com poetas e realizadores, como foi mandado para a tropa "porque era pobre" e como, em Santarém, conheceu Herberto Helder e Fernando Assis Pacheco, como devorava a revista Cavaleiro Andante e admirava Flash Gordon – e mais tarde Andy Warhol e os Velvet Underground.

    Diz que as pessoas nunca estudaram a sua obra, mas garante que nunca se sente vítima de injustiça. "Nunca tive um sentido dramático da vida. Um indivíduo que nasce numa casa sem electricidade nem água, que tinha uma pia na cozinha, e que chega onde eu cheguei, pode ter um sentido dramático da vida? Sou o indivíduo com mais sorte do mundo.”

    Notícia corrigida às 11h36 de 26/04/2012: Corrigida a primeira frase do nono parágrafo, que dizia que "o processo judicial concluiu que Taveira era co-autor mas não autor exclusivo daquelas obras".

    https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/passaram-trinta-anos-ja-digerimos-tomas-taveira-e-as-amoreiras-1543527
  6.  # 448

    C.Martins para participar na sua discussão pois você bem merece, eu gosto das casas em pedra mas como não encontro nenhuma foto envio uma que não me importava de usar
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
      mansao-luxo-1.jpg
  7.  # 449

    Colocado por: Dos SantosC.Martins para participar na sua discussão pois você bem merece, eu gosto das casas em pedra mas como não encontro nenhuma foto envio uma que não me importava de usar
    Estas pessoas agradeceram este comentário:CMartin
      mansao-luxo-1.jpg



    Não sei que bem lhe fiz para dizer isso, mas obrigada.

    Essa casa é linda Dos Santos.
    :o)

    Alguém que não concorde comigo e com o Dos Santos por favor que diga, quero mesmo saber para enriquecer a discussão(!).
    Concordam com este comentário: Dos Santos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dos Santos
  8.  # 450

    PS. Não me venham dizer que é uma casa milionária e daí e tal,.quero qualquer coisa mais sumarenta e consistente do que isso se faz favor (?).
  9.  # 451

    é claro que é linda, precisamente porque se nota que independentemente do estilo está bem desenhada.
    Concordam com este comentário: CMartin, Dos Santos
  10.  # 452

    Colocado por: marco1é claro que é linda, precisamente porque se nota que independentemente do estilo está bem desenhada.
    Concordam com este comentário:Dos Santos


    Marco não me diga que foi você que desenhou...
  11.  # 453

    Colocado por: marco1é claro que é linda, precisamente porque se nota que independentemente do estilo está bem desenhada.


    Não é, marco1 ?..?!

    Independentemente do estilo, do gosto, sabe-se ver uma casa linda.

    Qualquer um de nós sabe ver que uma casa é linda.
    Concordam com este comentário: Dos Santos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dos Santos
  12.  # 454

    :)) opa já não andava por aqui, estava cheio de € e a fazer umas férias ou reformado.
    Concordam com este comentário: CMartin, Dos Santos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dos Santos
  13.  # 455

    Colocado por: CMartin

    Não é, marco1 ?..?!

    Independentemente do estilo, do gosto, sabe-se ver uma casa linda.

    Qualquer um de nós sabe ver que uma casa é linda.


    Quem disser o contrário é porque quer teimar até ao fim!
  14.  # 456

    Consenso.
    Consensual.

    Individual pode ser também consensual
    Concordam com este comentário: Dos Santos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dos Santos
  15.  # 457

    Estou muito satisfeita comigo própria!
    e consigo Dos Santos. Acho que por sua causa fizemos aqui um importante avanço!!

    (com o marco1 também, desde sempre !)
    Concordam com este comentário: Dos Santos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dos Santos
  16.  # 458

    Colocado por: marco1:)) opa já não andava por aqui, estava cheio de € e a fazer umas férias ou reformado.



    Marco já me tinham dito que cheio de € você já estava.

    E pelos projectos que vi seus não desenha nada mal não.
  17.  # 459

    o marco1 arquitecta lindamente, não teríamos metade das discussões do fórum se fosse ele a arquitectar as casas.
    Concordam com este comentário: Dos Santos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dos Santos
  18.  # 460

    Colocado por: Dos SantosC.Martins para participar na sua discussão pois você bem merece, eu gosto das casas em pedra mas como não encontro nenhuma foto envio uma que não me importava de usar
    Estas pessoas agradeceram este comentário:CMartin
      mansao-luxo-1.jpg



    Há casas engraçadas em pedra sem serem do estilo apalaçado.



    Projecto de Ramon Esteve. Tem mais algumas revestidas a pedra, é visitar o site dele.
    ...

    Se me oferecessem esse palácio que colocou - incluindo dinheiro mais que suficiente para o manter - colocava à venda.

    Não é que seja 'feio', mas longe de encaixar no meu gosto e no tipo de vivência que faço de uma habitação. E mesmo assumindo que o 'estupidamente rico' alterava um bocado o modo de vida, nunca iria quer uma espécie de mansão para show.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
 
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