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  1.  # 1

    Interessava-me muito saber onde posso encontrar, à venda, o que "sobra" de construções antigas que foram remodeladas ou demolidas (casas particulares, palacetes, etc), particularmente:
    - Colunas e pilares
    - Portões e sacadas de varandas (aquelas obras-de-arte em ferro!)
    - Cata-ventos,
    - Candeeiros exteriores em ferro,
    - etc.
    Por vezes vejo nas revistas de decoração/arquitectura peças lindíssimas que vieram de construções antigas (mesas em pedra, lanternas-candeeiro, etc) e nunca sei onde se arranjam tais maravilhas.
    Obrigada.
    Cumprimentos,
    Estas pessoas agradeceram este comentário: usadocomonovo
  2.  # 2

    Esse tipo de material em ferro pode tentar no depósito de ferro velho, o restante material numa casa de velharias...
  3.  # 3

    Algures perto de Pero Pinheiro vi peças de cantaria usada à venda. Agora aonde exactamente é que é pior
  4.  # 4

    Li, em tempos, que a CML tem um depósito para os lados de Alvalade com material proveniente de demolições e que esse material está à venda.
    Talvez contactando a Camara.

    Também já passei pelo local de que o Paulo fala. Fica na estrada que vai para a Ericeira e é um estaleiro grande, do lado direito da estrada.
  5.  # 5

    Vasco, casas de velharias são comigo (!), mas as que fui até hoje nenhuma tinha o material que procuro, mais peças de mobilário, etc.
    Paulo C e AnaT, Por vezes dou umas voltas em Pêro Pinheiro, vou tentar descobrir na estrada que vai para a Ericeira. e vou também informar-me junto da Câmara de Lisboa.
    Obrigada a todos pelas vossas respostas.
    •  
      FD
    • 5 maio 2009 editado

     # 6

    O melhor mesmo é fazer turismo de demolição. Passeie, detecte obras em imóveis antigos, entre, fale com o responsável e simplesmente pergunte o que vão deitar fora.
    Muitas pessoas não têm sensibilidade e deitam fora coisas muito interessantes...

    Já vi que é adepta do Antiques Roadshow/Bargain Hunt... gosto mais do primeiro do que do segundo, mas o que mais gosto mesmo é conhecer a história dos objectos. :)
  6.  # 7

    FD,
    Turismo de demolição soa-me muito interessante! Adoraria fazê-lo, embora, assim na aproximação era capaz de me sentir um pouco estranha e intrometida! Mas, sinceramente se antes de demolirem uma casa/palacete pusessem uma placa a dizer "vende-se sobras", ah eu seria cliente! Percorria-as todas!
    Muitas vezes quando passo por casa antigas, abandonadas, apetece-me parar o carro para entrar. Obviamente que não levaria nada, mas o gosto que dá passear por uma casa com história, o pó naquela construção podre mas outrora mais ou menos nobre, que tantas histórias deve guardar, acho fascinante. Uma vez ainda fi-lo, em Cascais, na estrada do Guincho, num casarão que agora está transformado em hotel de 5* (Real Itállia), ..que coisa fantástica que era, aquele soalho antigo a ranger debaixo dos pés, as lareiras apagadas mas com vestígios de uso de antigamente. Bom, isto antes das Graças Viterbos lhes "porem as mãos em cima", porque de isto nada resta actualmente..
    Acho fantásticos esses programas que fala, a história dos objectos que temos em casa e que muitas vezes nem sonhamos, e deitamo-los fora numa piscar de olhos!

    Numa outra nota; acho muito interessante também uma Garage Sale, que é coisa pouco usada cá, soube e fui a uma, mais uma vez em Cascais, e aproveitei bastante, adquiri peças antigas muito bonitas de uma casa particular (uma pessoa conhecida que mudou para casa menor).É óptima ideia, e até por vezes quero ver-me livre de peças e ando atrás de alguém para dar ou então de instituições como a Remar; mas é giríssimo fazer e frequentar uma garage sale. Houve outra há relativamente pouco tempo, inciativa de uma casal inglês que passava os dias no jardim com as peças em exposição e nunca ninguem lá ia, o que os deixou admiradíssimos. É algo tão comum no estrangeiro, e tão interessante, não sei porque não se "usa" por cá.
    •  
      FD
    • 5 maio 2009 editado

     # 8

    Colocado por: CMartinnum casarão que agora está transformado em hotel de 5* (Real Itállia)

    A casa de exílio do Rei Humberto de Itália?

    Também tive uma experiência assim parecida. Andava na escola na Rua Victor Cordon em Lisboa (no Chiado) e costumava andar com um colega um pouco mais "atrevido". Todos os dias passávamos em frente da sede da PIDE e de vez em quando aparecia por lá alguém à porta.
    O meu colega não vai de modos e mete conversa: "deixa-nos ver"? O homem lá nos deixou entrar... Estivemos, uns putos adolescentes, uns bons minutos a ver por dentro o quartel general da PIDE, que é hoje, se não me engano, também, um condomínio de luxo...

    Nas escadas da entrada, em bronze e numa dimensão considerável, uma frase do ditador: "Choraremos os mortos enquanto os vivos não o merecerem."

    Quanto ao turismo de demolição, faça-o. Apesar do que possa parecer, o pessoal das obras não é tão mau quanto se pinta, muitos até podem ser bastante prestáveis - aliás, se lhes der dois dedos de conversa recebe muito mais em troca. ;)
  7.  # 9


    A casa de exílio do Rei Humberto de Itália?

    uma frase do ditador: "Choraremos os mortos enquanto os vivos não o merecerem."

    Quanto ao turismo de demolição, faça-o. Apesar do que possa parecer, o pessoal das obras não é tão mau quanto se pinta, muitos até podem ser bastante prestáveis - aliás, se lhes der dois dedos de conversa recebe muito mais em troca. ;)


    Sim, a casa de exílio do Rei de Itália :O) Não é fantástico?! Entrar numa casa assim, abandonada, então, a magia é ainda maior.
    Também estudei na Rua Victor Cordon em Lisboa.
    Essa frase parece-me fazer todo o sentido, não sei porquê, de chorar os mortos enquanto os vivos não merecerem.
    E sei que o "pessoal das obras" não é assim tão mau como se pinta e como por vezes "gosta" de se fazer parecer (!), faz parte do "show", não é? A quantidade de ajuda e informação útil e sim, até mais do que dois dedos de conversa interessante, que se tem, se recebe e a que se assiste neste forum é prova viva disso!
  8.  # 10

    Encontrei este tópico e este fórum, por acaso, e, atendendo ao tema do tópico, gostaria aqui de deixar uma mensagem, não sei se posso fazer menção ao meu blog.? Por isso não vou inseri-lo aqui.
    È que tenho um blog com algumas antiguidades e raridades, umas para interior, outras para exterior.
    Vou deixar o meu email:
    [email protected]
    se alguém tiver interesse em visitar e consultar as peças que tenho, p.f. me envie um email, e eu depois indico o link para aceder ao blog.
    •  
      FD
    • 2 junho 2009

     # 11

    Pode escrever o endereço do blog assim:
    [pub]enderecodoblog.com[/pub]
    Que irá aparecer assim:

    [pub]enderecodoblog.com[/pub]
    Estas pessoas agradeceram este comentário: usadocomonovo
  9.  # 12

    obrigada,
    então o endereço do blog é este:

    [pub] http://usado-como-novo.blogspot.com/ [/pub]

    não tenho só antiguidades e peças raras - mas nesta área já tenho algumas coisas giras.
    E, dependendo do que procuram, pode ser que consiga ajudar...

    Como ex. neste momento, tenho 3 candeeiros em ferro para exterior (que nunca foram usados), 1 toalheiro em ferro (que também nunca foi usado); tenho talhas, relógios de sol em pedra, floreira em cobre, peças para fazer fontanários em pedra, imagens em pedra, 2 torneiras antigas em latão, 1 batente de porta antigo, várias peças de faiança antigas, etc.
    Neste momento também tenho um portão (usado) basculante com aro e porta ao meio
    Medidas: largura 2,84 (com aro) X altura 2,50
    Medida da porta: 0,80 por 2 m de altura


    Agradeço a v/ visita
  10.  # 13

    Também já passei pelo local de que o Paulo fala. Fica na estrada que vai para a Ericeira e é um estaleiro grande, do lado direito da estrada.


    Depois da Terrugem no sentido da Ericeira.
  11.  # 14

    E porque não anunciarem-se aqui as "vendas de garagem"?
  12.  # 15

    Caro CMartin
    Por norma, as chamadas "sobras" das demolições de casas antigas são colocadas em aterro próprio, os chamados ecopontos para reciclagem de entulho.

    Se tiver interessado, deixe-me uma mensagem em catanamessias[at]sapo.pt e caso esteja em remodelações de casas antigas, informo-o de algum objecto que lhe possa vir a interessar.


    Cps
    catanamessias
    Estas pessoas agradeceram este comentário: CMartin
  13.  # 16

    Em Portugal as "vendas de garagem" não teem tradição e é uma pena.
    Também já dei de caras com algumas "vendas de caridade" organizadas, normalmente, por estrangeiros (concretamente ingleses) e conseguem encontrar-se algumas coisas interessantes. Mas é uma questão de sorte pois essas coisas não são, por norma, muito publicitadas.
    Ainda no ano passado "tropecei" numa em pleno centro de Lisboa onde uns ingleses estavam a vender todo o equipamento do escritório que estavam a desactivar. Ficava mais barato "despachar" tudo aqui e voltar a comprar de novo em Inglaterra. Venderam tudo ao desbarato: sofás, mesas, cadeiras, aparadores, material de esritório... Quem comprou ficou contente e eles também porque sempre deu uma ajuda na "deslocação".

    Mas as experiências que tenho tido nesta coisa das "sobras" é que, se mostramos interesse nalguma coisa essa coisa passa imediatamente a ter um inestimável valor porque já está na família há muito anos, porque é muito antigo... Enfim...

    Já há uns anos valentes dei com uns frascos de mercearia numa taberna. Completamente abandonados, sem uso algum, um deles partido. Perguntei se estariam interessados em vender. Nem pensar, que eram muito antigos e muito valiosos. Uns meses depois a tasca foi vendida ou trespassada, totalmente remodelada, e as valiosas antiguidades acabaram partidas no contentor da obra.

    Acham normal?
  14.  # 17

    Bom Dia, Catanmessias,
    Estou muitíssimo interessada e agradeço-lhe imenso, se e quando surgir a oportunidade não se esqueça de mim!
    Vou lhe enviar um email para ficar com o meu contacto.

    AnaT,
    Acerta em cheio no que diz, uma venda de garagem a meu ver não é para "enriquecer" quem vende mas antes para "despachar" coisas que não se queira e que representam "tralha" que nos enche a casa, coisas das quais nos queremos ver livres e, sim, em vez de deitar fora, vende-se quase por um preço simbólico,e por isso se torna uma oportunidade para potenciais interessados que queiram comprar.
    A visão portuguesa da questão será talvez fazermos bom dinheiro com isso, vendendo velharias a preço exorbitante, ou pelo valor sentimental que atribuímos á peça. Não é esse o intuito duma venda de garagem, fazer lucro, é antes em vez de deitar fora, ganharmos um dinheirinho que é melhor do que nada.
    Imaginemos: tenho um candeeiro para vender, custou-me 100euros, e eu vou vendê-lo por 90 euros (a achar que estou a fazer uma grande coisa pois estou a perder 10euros com aquela venda), para quem compra não é oportunidade, é oportunidade se eu lhe der um preço de 20euros, por exemplo. Eu como vendedora ganho 20euros em vez de deitá-lo fora, ou ficar com ele a ocupar o sótão até ao fim dos meus dias e não me servir de nada, uma vez que não o uso porque já não faz o meu estilo, não o uso na nova casa, e é apenas mais uma tralha no sótão, e quem compra, aproveitou a oportunidade. Se eu tiver muita tralha a vender, pode ser que ganhe, imaginemos, por 30 tralhas 100 euros para comprar um outro candeeiro que mais se adeque à minha nova casa/renovado gosto.
    Este é o espírito de uma garage sale.. vender e comprar pechinchas!
  15.  # 18

    Não sei se ainda é prática comum mas á alguns anos atrás na suiça havia um dia em que as pessoas pura e simplesmente estavam autorizadas a meter toda a tralha que já não queriam, na rua e até se aproveitavam coisas bastante interessantes.
  16.  # 19

    marco1,
    Giríssimo isso! De facto, já vi alguns casos em que bairros inteiros fazem uma venda de garagem no mesmo dia, e os vizinhos andam todos nas casas uns dos outros a "vasculharem" as oportunidades.
  17.  # 20

    Marco1, há anos o mesmo acontecia na Holanda e na Bélgica. O dia da "tralha" era à 3ª feira e mobilava-se uma casa com achados na rua. E quando digo "achados" estou a falar, por exemplo, duma espreguiçadeira Le Courvoisier em pele que um amigo meu encontrou.

    Havia, numa cidade da Beira Alta, uma loja de mobiliário usado gerida por uns holandeses cujo negócio era este. Iam procurar coisas do "lixo" da europa central e vendiam em Portugal. Custo? O transporte. E parece que a coisa funcionava (não sei se ainda lá estão).

    Pois é, CMartin, a filosofia por trás duma "garage sale" é mesmo essa. Mas acho que não faz muito parte da filosofia de vida em Portugal (infelizmente).
 
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