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    • 14
    • 8 junho 2016 editado

     # 1

    Boa noite esta semana tenho de ir renovar o cartão de cidadão ao registo. Eu gostava de saber quem eram os meus bisavos pois sei mt pouco sobre meus avos e seria uma forma de saber mais entre outras curiosidades. Posso pedir o registo dos meus avós no registo civil se sim o que tenho de levar e quanto fica?
  1.  # 2

    Penso que podes pedir uma cópia da certidão de nascimento, é coisa para 2€ cada.
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  2.  # 3

    Genealogia é um dos meus hobbies.

    Para saber quem eram os seus bisavós BASTA pedir as certidões narrativas completas de nascimento dos SEUS PAIS.
    Para isso tem de indicar:
    1. o nome próprio do seu pai (/ sua mãe);
    2. a freguesia e concelho em que nasceu;
    3. a data de nascimento;
    4. o nome dos pais deles (seus avós).

    Como percebe, você não AINDA tem todos estes dados para os seus avós, pelo que não poderia pedir o registo de nascimento deles.

    Mas com os registos de nascimento dos seus PAIS, já terá os elementos necessários para pedir o dos seus avós.

    Há uns anos, pedia-se estas certidões indicando que era para efeito de pesquisa genealógica (não servia para efeitos oficiais, não vinha cheio de carimbos brancos) e era mais barato.
    Creio que a certidão custa 16 euros (e a versão económica/simplificada, se ainda existir, custa uns 5 euros).
    Mas não tenho a certeza destes valores.

    Se tiver alguma dúvida, estarei ao seu dispor.
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    • 14
    • 8 junho 2016

     # 4

    tenho o nome da minha avo paterna, data de nascimento, local natural e do meu avo paterno tenho o mesmo menos a data de nascimento
  3.  # 5

    Colocado por: 14tenho o nome da minha avo paterna, data de nascimento, local natural e do meu avo paterno tenho o mesmo menos a data de nascimento

    Se a senhora/senhor do registo for simpático, pode ser que se safe! ;)
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    • 14
    • 8 junho 2016

     # 6

    vou tentar a minha sorte a ver se consigo matar a curiosidade ao que parece ser um mistério vou ver se será mesmo. e depois venho aqui dizer se consegui ou não
  4.  # 7

    Sinceramente nunca tive muita curiosidade de andar muito para trás na árvore geneologica, mas parece interessante!
    Já rastreou a sua família Luis? É bis-bis-bis-bis-neto de algum descendente te Rei? eheh
  5.  # 8

    Colocado por: rjmpiresSinceramente nunca tive muita curiosidade de andar muito para trás na árvore geneologica, mas parece interessante!
    Já rastreou a sua família Luis? É bis-bis-bis-bis-neto de algum descendente te Rei? eheh
    Tudo começou quando descobri uma carta de brazão de armas escondida debaixo da cama de uma avó que tinha falecido dias antes.
    (não admira que estivesse escondida porque esse lado da minha família é republicana, laica e de esquerda...).
    Essa carta de brazão de armas foi concedida em 1687 a um estudante da faculdade de Coimbra, e listava os ascendentes até um seu 5.º avô, um famoso fidalgo do Norte que andou muitos anos pela ìndia, com Albuquerque e outros.
    Quis então saber se este estudante brazonado era mesmo meu antepassado. LEVEI MAIS DE UM ANO - devido à falta de experiência, a net ainda não era o que é, e por querer fazer tudo sem perguntar nada a ninguém - a conseguir ligar os meus antepassados até ele. Mas lá "descobri" que esse brazonado era meu 9.º avô.

    A partir daqui, com a experiência adquirida, quando num jantar de Natal a família me fez a mesma pergunta que você, respondi que:
    - Estatísticamente, todos os portugueses (isto é, todos os que têm OITO BISAVÓS PORTUGUESES) descendem de D. Afonso Henriques.
    Na altura eu não sabia que os mais famosos genealogistas portugueses já diziam isto desde o séc. XIX...
    Há que dizer que esta frase sobre D Afonso Henriques tem várias formulações. Outra é:
    - ... todos os portuguese de hoje descendem de TODOS os portugueses (que deixaram geração) do tempo de D. Afonso Henriques (isto é, descendemos de todos os portugueses de 1150, começando no Rei e acabando no cozinheiro da estalagem).

    No Natal do ano seguinte levei para o jantar de família uma "árvore genealógica" que nos ligava (por várias vias) ao nosso primeiro Rei.

    Portanto, para lhe responder melhor:
    Continuei com as pesquisas, e acabei por descobrir que sou descendente de uns duques de Bragança e, portanto, de uma boa parte dos nossos reis, sim. Mas não foi isto que me trouxe mais emoção.
    Saber as profissões e naturalidades (literalmente de Norte a Sul do país) de centenas/milhares de antepassados, saber que estiveram em Aljubarrota e em Alcácer-Quibir, que foram à Índia, ao Brasil, e a África desde o séc XVI, etc. provocou-me muito mais emoção do que saber que tinha cabeças coroadas na família.
    Aliás, entrando por aí (realeza) acabamos por descobrir que a nossa família (real) se extend por toda a Europa e vai até à Ucrânia e à Rússia..

    Se precisar de ajuda na sua pesquisa, apite.

    Ah! Atenção. Um aviso: Isto de estudar genealogia é altamente viciante. E é um trabalho que nunca acaba.
    Concordam com este comentário: AnaT, anafer
    Estas pessoas agradeceram este comentário: AnaT
  6.  # 9

    Colocado por: 14tenho o nome da minha avo paterna, data de nascimento, local natural e do meu avo paterno tenho o mesmo menos a data de nascimento

    Neste caso, peça 1.º o registo de nascimento da sua avó.
    2.º Veja se lá está averbado o CASAMENTO.
    3.º Peça a certidão do registo de casamento dos seus avós.
    (pode ser que lá mencione a idade, ou algum dado que ajude a balizar melhor a pesquisa do registo de nascimento do seu avô - e o nome dos pais DELE).

    De qualquer maneira, continuo a dizer que lhe falta o registo de nascimento dos seus pais - onde constam os nomes dos seus BISAVÓS(!).
    (pode dar-se o caso de a sua avó ou avô ter nascido no mesmo dia que outra pessoa com o mesmo nome. Para os distinguir tem de saber os nomes dos os pais deles)
  7.  # 10

    Viva Luís.
    Como sabe tb sou um curioso destas coisas, a falta de tempo não me tem permitido um estudo aprofundado e documentado.
    Tenho contudo a indicação de possuir uma familiar de nome Afonsa do Reino, ainda não investiguei nada acerca disso, da sua experiência, a particularidade do nome pode ter alguma coisa a ver com uma criança provinda da Roda dos expostos?
  8.  # 11

    Muito porreiro! A maioria das pessoas só tem conhecimento do bis-avô, pois é a pessoa mais velha da família que os pais têm memória, que é o meu caso, os restantes ficam como que perdidos no tempo.
    Como é que depois fica a saber tanta coisa acerca da pessoa? Não está tudo escrito nas certidões de nascimento presumo!
  9.  # 12

    Colocado por: Luis K. W.Tudo começou quando descobri uma carta de brazão de armas escondida debaixo da cama de uma avó que tinha falecido dias antes.
    (não admira que estivesse escondida porque esse lado da minha família é republicana, laica e de esquerda...).
    Essa carta de brazão de armas foi concedida em 1687 a um estudante da faculdade de Coimbra, e listava os ascendentes até um seu 5.º avô, um famoso fidalgo do Norte que andou muitos anos pela ìndia, com Albuquerque e outros.
    Quis então saber se este estudante brazonado era mesmo meu antepassado. LEVEI MAIS DE UM ANO - devido à falta de experiência, a net ainda não era o que é, e por querer fazer tudo sem perguntar nada a ninguém - a conseguir ligar os meus antepassados até ele. Mas lá "descobri" que esse brazonado era meu 9.º avô.

    A partir daqui, com a experiência adquirida, quando num jantar de Natal a família me fez a mesma pergunta que você, respondi que:
    - Estatísticamente, todos os portugueses (isto é, todos os que têm OITO BISAVÓS PORTUGUESES) descendem de D. Afonso Henriques.
    Na altura eu não sabia que os mais famosos genealogistas portugueses já diziam isto desde o séc. XIX...
    Há que dizer que esta frase sobre D Afonso Henriques tem várias formulações. Outra é:
    - ... todos os portuguese de hoje descendem de TODOS os portugueses (que deixaram geração) do tempo de D. Afonso Henriques (isto é, descendemos de todos os portugueses de 1150, começando no Rei e acabando no cozinheiro da estalagem).

    No Natal do ano seguinte levei para o jantar de família uma "árvore genealógica" que nos ligava (por várias vias) ao nosso primeiro Rei.

    Portanto, para lhe responder melhor:
    Continuei com as pesquisas, e acabei por descobrir que sou descendente de uns duques de Bragança e, portanto, de uma boa parte dos nossos reis, sim. Mas não foi isto que me trouxe mais emoção.
    Saber as profissões e naturalidades (literalmente de Norte a Sul do país) de centenas/milhares de antepassados, saber que estiveram em Aljubarrota e em Alcácer-Quibir, que foram à Índia, ao Brasil, e a África desde o séc XVI, etc. provocou-me muito mais emoção do que saber que tinha cabeças coroadas na família.
    Aliás, entrando por aí (realeza) acabamos por descobrir que a nossa família (real) se extend por toda a Europa e vai até à Ucrânia e à Rússia..

    Se precisar de ajuda na sua pesquisa, apite.

    Ah! Atenção. Um aviso: Isto de estudar genealogia é altamente viciante. E é um trabalho que nunca acaba.


    Epah ... ao ler o seu relato começou a dar-me vontade de também conhecer os meus antepassados. Por quanto é que lhe ficou esta "brincadeira"?
  10.  # 13

    Colocado por: clasusEpah ... ao ler o seu relato começou a dar-me vontade de também conhecer os meus antepassados

    Nem todos os ramos são nobre e de fina linhagem. Um estudo destes requer algum jogo de cintura para saber aceitar muitas "ovelhas tresmalhadas" que vão surgir.
  11.  # 14

    Colocado por: clasusEpah ... ao ler o seu relato começou a dar-me vontade de também conhecer os meus antepassados. Por quanto é que lhe ficou esta "brincadeira"?
    Em dinheiro, custou muito pouco, e foi ao longo de muitos anos.

    Quando comecei a pesquisar ainda os Registos Paroquiais (baptismos, casamentos, óbitos) não tinham começado a ser colocados on-line. O que me levou várias vezes à Torre do Tombo (que ficava precisamente a meio-caminho de minha casa para o meu escritório...) e a vários Arquivos Distritais (Coimbra, Viana do Castelo, etc.). Aproveitando para fazer turismo gastronómico-genealógico.
    Uma boa parte das cópias de registos paroquiais que obtive nesses tempos épicos foram pedidas por correio (normal), e pagas a umas poucas dezenas de Escudos cada.
    Hoje em dia, a pesquisa (de 1900 para trás) está muito facilitada. Ainda não está tudo on-line, mas a velocidade a que os Arquivos Distritais estão a pô-los na net leva-me a crer que dentro de poucos anos (3? 6?) teremos todos os registos (com mais de 100 anos) acessíveis.

    Em tempo, é outra história! Isto custou-me uma fortuna em tempo. Mas deu-me um imenso gozo!
    (E não é este o meu único hobby)
    Ainda por cima, deu-me para começar a escrever sobre "ramos" da família...
    Concordam com este comentário: Miguelferreira
  12.  # 15

    Colocado por: zedasilvaTenho contudo a indicação de possuir uma familiar de nome Afonsa do Reino, ainda não investiguei nada acerca disso, da sua experiência, a particularidade do nome pode ter alguma coisa a ver com uma criança provinda da Roda dos expostos?
    REINO é um apelido que em Portugal pode ter várias origens.
    . famílias espanholas (Catalunha) com o mesmo nome (Reino) ou parecido (Reina);
    . famílias italianas (Reina? Renna?) aportuguesadas ou não (alguns Regni, milaneses, que passaram a Reino);
    . passando por alcunhas por razões diversas.

    Aliás, a origem deve/pode ser a mesma que do apelido "Reina" (havia o hábito de "efeminizar" o apelido nas mulheres. Exemplos: Neto/Neta; Carvalho/Carvalha; Ribeiro/Ribeira; Monteiro/Monteira; etc.)

    Que me lembre, ainda não apanhei nenhum Reino / Reina nas pesquisas que fiz.

    De que época, e de que terra (Porto? Caminha? Felgar?) é a sua Afonsa?
    Concordam com este comentário: Miguelferreira, Ana Reina
  13.  # 16

    Como é que acedeu aos antepassados antes de fins do século xvi, isto é antes de a Igreja ter tornado obrigatórios os registos de baptismo, casamento e óbito, com o concílio de Trento?
  14.  # 17

    Colocado por: Luis K. W.De que época, e de que terra (Porto? Caminha? Felgar?) é a sua Afonsa?

    Zona do Sabugal, talvez de inicio do séc XX.
    A ligação a Espanha é certamente a mais lógica, e eu já todo contente a pensar que ia ter alguém da roda dos expostos :(((
    Contrabandistas e presos políticos já identifiquei, isso justifica talvez o meu ar "cigano" :)))
  15.  # 18

    Colocado por: zedasilva
    Nem todos os ramos são nobre e de fina linhagem. Um estudo destes requer algum jogo de cintura para saber aceitar muitas "ovelhas tresmalhadas" que vão surgir.


    Sim ... eu sei que os meus antepassados podem não ser tão interessantes quanto os do Luís mas pus-me a pensar quem seriam e por onde andaram :) Há sempre pessoas da realeza e e pessoas do povo. Com isto não quer dizer que uma pessoa do povo não é importante !! A Padeira de Aljubarrota não era da realeza e tem o valor que tem ! :DD
  16.  # 19

    Colocado por: silasComo é que acedeu aos antepassados antes de fins do século xvi, isto é antes de a Igreja ter tornado obrigatórios os registos de baptismo, casamento e óbito, com o concílio de Trento?

    Exactamente!
    Do séc. XVI para trás é mais complicado, ou melhor, limitado.

    Não há registos paroquias mas há outras fontes:

    - Habilitações de genere et moribus.
    Convém ter algum familiar (irmão) de um nosso antepassado que tenha virado padre.
    Quando isso acontece é óptimo (é uma festa!) porque a Santa Madre Igreja não deixava entrar para padre qualquer um, e ia espiolhar os ancestrais até onde houvesse memória, deixando uns belos registos.

    - Diligências de Habilitação para Familiar do Santo Ofício.
    Estes familiares do santo ofício eram uma espécie de "bufos" de boas famílias, que denunciavam à Santa Inquisição os que se portavam mal, e faziam de borla algum do trabalho de sapa (a investigar a família dos candidatos a FSO).
    O tal meu familiar estudante de Coimbra e brazonado, não foi admitido como FSO porque alguém bufou que um TRISAVÔ dele "tinha fama de cristão-novo"(!!) (nota: nós temos 16 trisavós!).

    - Escrituras de compra e venda de bens; testamentos; sentenças; etc.
    Por vezes mencionam as relações familiares entre os intervenientes (pai, filho, etc.).

    - Processos da Inquisição
    Os culpados, digo, os acusados eram objecto de uma "pesquisa genealógica" para se saber se tinham sangue infecto.

    - E, claro, os Nobiliários.
    Mas aqui é (quase) só para a nobreza - que era uma grande parte da população, porque - na minha opinião - havia muita mobilidade social.
  17.  # 20

    no meu caso nem vale a pena. o meu apelido é "dos Santos". o apelido tem origem nas crianças, cujos pais não as queriam ou não as podiam criar, que eram dadas ás instituçoes religiosas para elas as criarem. As crianças que eram dadas no dia de todos os santos, geralmente recebiam este apelido.

    é um apelido muito comum, mas que ao contrario de outros que andando para trás consegue-se encontrar um familiar comum, os "dos Santos" não.
 
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