Eu sei que agora é "fashion" mas continuo a detestar ver bergeres pintadas!! Mas isso é o meu purismo da madeira a falar. Seja como for não desgosto do resultado final. A escolha do tecido está gira com o branco...
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Arte Sacra I Menino Jesus Marfim Índia, Goa, séc. XVII 16,5 cm
Escultura em marfim do Menino Jesus Salvator Mundi em pé sobre peanha não original. A mão direita abençoa e a esquerda segura o globo, significando o seu estatuto de salvador do mundo. Os caracóis do cabelo são esculpidos à maneira habitual da escultura goesa e toda a expressão corporal é bastante indianizada.
Arte Sacra II Designação São Sebastião Estilo Lusíada Material Escultura em teca pintada e dourada Origem Vertente indo-portuguesa Épocas séc. XVIII Estado de conservação Faltas de parte dos dedos da mão direita, pequenas faltas na policromia e no dourado Dimensões Dim. - 46 cm
Madeira com policromia e Marfim China ou Filipinas, séc. XVII/XVIII 47 x 96 cm
Majestosa escultura de vulto, de grande porte, em madeira policromada representando Nossa Senhora da Conceição em pé, com rosto e mãos em marfim. A escultura de madeira será provavelmente obra de um escultor filipino trabalhando num idioma europeu. O rosto e as mãos parecem ser trabalho de um dos muitos escultores de marfim chineses que trabalhavam nas Filipinas
Quando lemos o Magistério da Igreja sobre a arte sacra, encontramos indicações que nos orientam para a realização plena da representação narrativa do Depósito da Fé. Em outras palavras: o que está no centro da atividade artística é o Credo; a arte sacra é a poesia de um fiel que canta glória a Deus, a coragem de declarar o Cristo inteiro sem perder nenhuma verdade de fé.
Infelizmente, com a perda da unidade dos saberes e com o rebaixamento da arte a um grau menor de conhecimento, a concepção estética tem sido muitas vezes reduzida a emoções e lugares pré-linguísticos ou não linguísticos, rejeitando-se as poderosas contribuições que o cristianismo criou especialmente para ela. Uma série de estudos, incluindo-se os de H. Belting, L. Shiner, A. Danto e Didi-Huberman, levados às suas justas consequências, corroborariam a conclusão de que o cristianismo inventou a arte tal como nós a conhecemos; uma arte que, antes dele, não existia e que, num hipotético "depois", simplesmente não existiria mais, porque a arte só teria chegado com o cristianismo, depois dos ritos religiosos e políticos complexos da antiguidade, e já estava madura entre os séculos XII e XIII. A dúvida e a raiva do homem moderno e pós-moderno tem jogado gradualmente a ação artística na escuridão do xamanismo.
Alguns estudiosos, em vez de rastrear o original, procuram o arquétipo da arte e pensam que o encontram na arte conceitual ou na Arte Povera, e alguns, com esta forma ligada a fenômenos gnósticos, até tentam produzir arte para a liturgia católica, ofendendo assim o "sensus fidei" dos fiéis, impondo algo que nada tem a ver com o cristianismo, confundindo os meios e propósitos da arte sacra e adulterando o seu objetivo final, que é louvar a Deus e levar o coração e a mente dos homens a Deus.
Muitas vezes, prefere-se representar o emaranhado do processo reflexivo de algumas pesquisas, confundindo isto com a fé como se esta fosse a parte mais elevada do ato de pensar o profundo, quase exibido, mostrado no esforço, como no Beaubourg de Piano & Rogers de 1977, um edifício onde tudo está de fora, enquanto as entranhas são expostas e nada está dentro, apenas um espaço neutro sem identidade alguma, para assumi-la toda vez que se entra em contato com o outro.
A arte se move, como todo o conhecer, tal como foi magistralmente manifestado por Leonardo da Vinci, na penumbra que não é plenitude de luz, mas que ainda nos permite ver, conhecer e afirmar; a arte sacra tem o dever de afirmar a fé, representando completamente Jesus Cristo e a realidade iluminada por Ele.