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  1.  # 1

    Venho a este espaço relatar a minha penosa experiência com este equipamento para que outros não incorram nos mesmos erros.

    Vivi durante 10 anos num apartamento onde utilizei sem problemas (bem 1 vez queimou a resistência de aquecimento) um termoacumulador (marca Volmar) de 80 ou 100 litros(já não me recordo bem). Utilizava um relógio com tarifa bi-horária.

    Posteriormente construi uma vivenda e preparei-a logo para utilizar termoacumulador e deixei pré-instalação de termossifão, mas com a particularidade de funcionar em série com o termoacumulador, solução ainda não implementada até à data.

    O canalizador que fez a instalação foi o mesmo que montou o termoacumulador e recordo-me que na altura me questionou se eu sabia o que estava a fazer(o melhor para ele seria um esquentador).

    Na altura(2006) não percebia nada de termoacumuladores, pelo que me limitei a escolher a marca(Fagor), por ser a mesma dos restantes eletrodomésticos, e a capacidade (200 litros).

    No princípio de 2012 fui surpreendido com o termoacumulador a pingar água castanha. Cuba corroída.

    Fui a uma loja bem conhecida aqui no Algarve de material de AQS (a mesma que me havia vendido o meu primeiro termoacumulador) e contei o sucedido. Disseram-me que o problema é que não havia efetuado a manutenção, que a cuba era de aço e que necessitava de um ânodo de sacrifício de magnésio, que teria que ser substituído de 2 em 2 anos.

    Perguntei porque é que no anterior termoacumulador (o Volmar) tal não tinha sido necessário e disseram-me que era de cobre.

    Ponderei então um de cobre, mas imediatamente me disseram que era muito caro (3 vezes mais caro, porque o cobre tinha subido muito de preço), que só por encomenda (e eu sem água quente em casa) e que também se estragava. Disseram-me ainda que da experiência que tinham os termoacumuladores de aço vitrificado, desde que com a tal manutenção de 2 em 2 anos, eram fiáveis. Deveria também instalar um vaso de expansão (12 litros) e uma boa válvula (Caleffi).

    Optei outra vez pela Fagor, porque agora davam 5 anos de garantia (começava a falar-se de problemas na Fagor, mas a assistência técnica disse-me que podia avançar).

    Passados 2 anos chamei a assistência técnica da Fagor para fazer a manutenção e aproveitei para perguntar como estava a marca e disseram-me que não havia problema com a garantia, desde que fizesse a manutenção . O eletródo foi verificado mas não substituído por que "estava bom".

    Passados mais 2 anos (4 portanto) voltei a telefonar e perguntei se a garantia se mantinha (tinham-me dito que os problemas se agravaram). Disseram-me que essas garantias mais prolongadas não estavam asseguradas, por isso optei por me deslocar pessoalmente, adquirir o ânodo adequado e pedir a outro técnico para me fazer a substituição. O técnico referiu-me que para 4 anos o ânodo estava pouco gasto, o que significava, na opinião dele, que o mesmo não estava a fazer o seu trabalho. Foi substituído.
    Passados uns meses, barulho de água a pingar, rutura da cuba novamente.

    Como sou professor de Química procurei tentar perceber o que se estaria a passar, as minhas conclusões (atenção, não são certezas) deixo-as aqui para que eventualmente possam ser úteis a mais alguém.

    Aspetos que podem ter influência.

    Material:

    A película de vidro do aço vitrificado (independentemente do processo xpto com que é produzido) é porosa a nível microscópico, pelo que há sempre iões que a atravessam, chegando até ao metal (daí a necessidade do ânodo). Estes poros aumentam com o tempo, por via das sucessivas dilatações e contrações a que o material é sujeito, devido às variações de temperatura.

    No meu caso, como utilizava a tarifa bi-horária, as variações de temperatura em cada ciclo, sobretudo no inverno ou quando tinha visitas em casa, eram muito maiores do que nas situações em que a resistência está permanentemente ligada à corrente. Logo a corrosão foi mais rápida.

    Composição da água.

    Ao contrário do que tenho lido por aí, as águas macias podem diminuir a vida útil de um depósito. Uma coisa é a formação de incrustações, que é favorecida pela dureza da água, outra coisa é a corrosão, que pode ser favorecida por águas macias sobretudo quando existem ânodos sacrificiais, uma vez que estas são pouco condutoras da eletricidade e não deixam que o ânodo atue corretamente (isto é, este não se “gasta”).

    Para águas deste tipo (tipicamente águas de superfície, barragens ou cisterna) a corrosão é acelerada. A composição do ânodo e a sua colocação (mais ânodos, mas mais pequenos) deveria ter em conta esta composição da água. Refiro que no último boletim da Águas do Algarve a minha água tem 89 mg/l equivalentes de CaCO3, isto é dureza média, mas quase macia.

    Atualmente estou e vou estar ainda durante umas 2 semanas a tomar banho de água fria, pois tenho um termoacumulador de cobre (Videira) encomendado (o Inox, segundo os próprios fabricantes, ainda não tem historial suficiente, e o preço é praticamente igual ao cobre).

    Aqui em casa ninguém bebe água da torneira (nem sequer fria quanto mais quente), por isso o problema do cobre na água (nas piscinas ninguém se preocupa) não se coloca.

    Resumindo, quando se opta por uma solução para AQS, as manutenções e duração dos depósitos (também nas soluções solares) são muito importantes no cálculo da “poupança”.

    Espero sinceramente que a utilização de plásticos ou de materiais compósitos venha a vingar porque o preço do cobre deve voltar a aumentar na próxima década.

    Aqui fica este “desabafo”.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu, Carvai
  2.  # 2

    Já pode optar por um depósito em plástico, já existe no mercado mesmo assim eles têm pelo menos um elemento de metal que é o permutador das aqs
    Concordam com este comentário: jorgealves
  3.  # 3

    E os depósitos de plástico aguentam a pressão e podem ser utilizados com resistência de aquecimento no interior?
  4.  # 4

    Existem depósitos em polipropileno para pressao que aguentam bem os esforços de pressão e aquecimento e existem depositos despressurizados ainda melhores e mais duraveis.
    Concordam com este comentário: Sergio Rodrigues
  5.  # 5

    pressurizado
    Estas pessoas agradeceram este comentário: jorgealves, Químico
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  6.  # 6

    despressurizado
    Estas pessoas agradeceram este comentário: jorgealves, Químico
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  7.  # 7

    Ora bem...
    isso que relatas é o que o meu tio têm vindo a verificar
    ahahahah
    eu ja nao sei quantos termo acumuladores aqui na zona do barlavento ele trocou
    todos com esse sintoma de pingar agua

    será que por ele ter a agua quente 24h por dia ajuda a destruir o material mais rapidamente?

    Continuo a achar que o velho esquentador sem ser muito inteligente é do melhor que existe
  8.  # 8

    Colocado por: master_chiefserá que por ele ter a agua quente 24h por dia ajuda a destruir o material mais rapidamente?
    se estivet sempre quente é o melhor, a degradação precoce scontece mais quanto mais ciclos de aquecimento tiverem,

    A melhor solucao e despressurizado com aquecimento instantâneo em serpentina de aco inox 316l.
    • eu
    • 26 setembro 2016

     # 9

    Colocado por: master_chiefContinuo a achar que o velho esquentador sem ser muito inteligente é do melhor que existe

    É a máxima KISS.

    Keep It Simple, Stupid !

    Eu também estou cada vez mais adepto das coisas simples, mesmo que gastem um pouco mais.
  9.  # 10

    Colocado por: Sergio Rodriguespressurizado
    Estas pessoas agradeceram este comentário:jorgealves
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    E a resistência de backup?
  10.  # 11

    Colocado por: alexp

    E a resistência de backup?
    pressurizados desconheço, ja despressurizado conheço!!
  11.  # 12

    Vamos ver se percebi...despressurizado existe com resistência de aquecimento...como é feita a despressurização?

    se estiver sempre quente é o melhor, a degradação precoce scontece mais quanto mais ciclos de aquecimento tiverem,


    Exatamente, em função do que li e raciocinei, é isso mesmo.

    Continuo a achar que o velho esquentador sem ser muito inteligente é do melhor que existe


    Acontece que eu não tenho gás canalizado e andar a trocar de garrafa está fora de questão.

    Para mim há que mudar o material do termoacumulador, porque é que os vendedores não são sinceros em relação à verdadeira durabilidade do aço vitrificado é que me pasma (ou não).

    Se isto continua assim daqui a pouco vamos regredir ao esquentador.

    E também existem depósitos compósitos para os termossifões?
  12.  # 13

    Colocado por: QuímicoVamos ver se percebi...despressurizado existe com resistência de aquecimento...como é feita a despressurização?
    nao é feita, apenas nao existe!! o aquecimento é feito em serpentinas em "banho maria"
    Estas pessoas agradeceram este comentário: AEVF
  13.  # 14

    Colocado por: Químicocomo é feita a despressurização?
    o deposito é aberto ou seja é somente uma panela gigante cheia de agua onde estam imersas em banho maria as serpentinas de permuta
  14.  # 15

    Colocado por: QuímicoE também existem depósitos compósitos para os termossifões?
    desconheço.
  15.  # 16

    Colocado por: jorgealveso deposito é aberto ou seja é somente uma panela gigante cheia de agua onde estam imersas em banho maria as serpentinas de permuta


    Calculo que seja uma panela gigante cheia de água mas com uma camada de ar em cima para permitir que a água contraia e expanda. E uma válvulazita para ir trocando ar para o exterior sem perder temperatura significativa...
  16.  # 17

    Não tem válvula , aliás os sistemas despresssurizados convém não ter qualquer tipo de ligação com o ar exterior
  17.  # 18

    Bom, confesso que estou baralhado.

    Se o depósito é completamente fechado, sem qualquer ligação com o exterior, a água ao ser aquecida dilata o que aumenta a pressão interior do mesmo. Para esta regressar à pressão exterior tem de haver acomodação desta dilatação de alguma forma.

    Por outro lado se o depósito é aberto haverá perdas de calor não só por condução(através das paredes), como em qualquer depósito, mas também por convecção do ar que fica sobre a água e ainda perdas por evaporação (que é um processo em que há um consumo significativo de energia).
  18.  # 19

    Colocado por: QuímicoSe o depósito é completamente fechado
    não é, pois tem um tubo de escape que é aberto.
  19.  # 20

    Colocado por: Químicohaverá perdas de calor não só por condução(através das paredes), como em qualquer depósito,
    mas estas paredes têm 80mm de isolamento termico ao contrario dos vulgares 50mm

    Colocado por: Químicotambém por convecção do ar que fica sobre a água e ainda perdas por evaporação
    isto se existir circulação de ar, caso contrario não.
 
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