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  1.  # 161

    Colocado por: loverscoutmas nao ha acusação porque nao ha provas.....no entanto ele nao deixou de ser preso, ou se preferir e seguindo o mesmo racicionio, o juiz nao deixou de achar que ele era culpado....

    Eu neste ponto não concordo.
    Ele foi preso porque existiam provas ou indícios de prática criminosa, mas como o MP ainda não formalizou a acusação porque ainda está a ser investigado e entretanto o tempo para o manter em prisão preventiva esgotou, tiveram de o libertar.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dos Santos
  2.  # 162

    Colocado por: eu
    De certeza que foi a GNR que fez isso...


    Se quer levar a conversa para esse lado, as declarações do PD são nesse sentido, de que haverá alguma situação estranha envolvendo a GNR. É impossível ou sequer extremamente improvável?
  3.  # 163

    Colocado por: 21papaleguas
    Eu neste ponto não concordo.
    Ele foi preso porque existiam provas ou indícios de prática criminosa, mas como o MP ainda não formalizou a acusação porque ainda está a ser investigado e entretanto o tempo para o manter em prisão preventiva esgotou, tiveram de o libertar.


    acredita mesmo nisso? a mim custa-me muito acreditar nisso..... se o MP tivesse provas apresentava o que tinha e paralelamente continuava a investigação.....a questão é que nao devem ter ainda nada de concreto...
  4.  # 164

    Colocado por: loverscoutacredita mesmo nisso?

    Acredito que está tão "atolhado", que quando se revelar a verdade sobre a investigação, devemos ficar incrédulos como foi possível isto ter acontecido sem que ninguém o tivesse tentado impedir.
  5.  # 165


    Da mesma forma também se poderia considerar como atenuante a sua condição de polícia, porque se é verdade que tem um dever especial decorrente dos deveres que lhe foram atribuídos, também é verdade que estará muito mais vezes sujeito ao stress de situações perigosas de perseguições e de ameaças físicas, do que outro profissional.


    Sempre com a agravante de lhe estar confiado um poder excepcional, o de uso legítimo da força, que obriga ao seu uso proporcional.
    E como entre a lei e a realidade vão sempre oceanos de distância, regularmente lemos notícias de polícias que balearam cidadãos por motivos tão "graves" como desobedecer a uma ordem de paragem, nas quais o denominador comum é a alegação de que viram algo que "parecia uma arma", que nunca chega a aparecer.




    É que por mais bom profissional que se seja, ninguém consegue deixar em casa o nervosismo e o medo: no fundo aquilo que faz cometer erros.


    Motivo maior para evitar o uso de armas em perseguições.
    • RCF
    • 16 novembro 2016

     # 166

    Colocado por: luisvvAté o podia considerar mais criminoso, na medida em que viola um dever especial que decorre do poder que lhe foi atribuído.


    Está bem explícita a sua posição!
    Quando um dia, se precisar, chamar a Polícia, elucide-os dessa sua posição. Sempre poderá ajudar a evitar que o Polícia cometa algum crime contra algum criminoso, em sua defesa.
    Concordam com este comentário: Bricoleiro
  6.  # 167

    Porrada nele porrada nele...
  7.  # 168

    Colocado por: luisvvMotivo maior para evitar o uso de armas em perseguições.


    Eu não queria estar na pele dum agente em circunstâncias em que a distância entre ser herói ou legalmente criminoso é minúscula e nem dá para pensar.
  8.  # 169

    Colocado por: loverscouto juiz nao deixou de achar que ele era culpado....

    Não. O juíz não achou que ele era culpado, nem tinha que achar, já que não estava num julgamento.
    O que achou foi que os indícios existentes eram suficientes para o mandar para a prisão preventiva.
    Concordam com este comentário: eu, 21papaleguas
  9.  # 170

    Colocado por: luisvvE como entre a lei e a realidade vão sempre oceanos de distância, regularmente lemos notícias de polícias que balearam cidadãos por motivos tão "graves" como desobedecer a uma ordem de paragem, nas quais o denominador comum é a alegação de que viram algo que "parecia uma arma", que nunca chega a aparecer.

    Mas o contrário não acontece, a polícia ser baleada por cidadãos? A lei não pune os dois casos? A que conclusão quer chegar?


    Colocado por: luisvvMotivo maior para evitar o uso de armas em perseguições.

    Excelente remédio: já que há casos de má conduta policial com armas de fogo, vamos desarmá-los a todos. Já parece o ministro das finanças:" já que há fuga aos impostos, vamos expor as contas bancárias de todos".
  10.  # 171

    Colocado por: J.Fernandes
    Não. O juíz não achou que ele era culpado, nem tinha que achar, já que não estava num julgamento.
    O que achou foi que os indícios existentes eram suficientes para o mandar para a prisão preventiva.
    Concordam com este comentário:21papaleguas


    exatamente da mesma forma que o Juiz achou que havia indicios para manter o Pedro Dias em prisão preventiva.... mas isso por si só nao faz dele culpado, na mesma forma que se aguardasse julgamento cá for a nao fazia dele inocente!
  11.  # 172

    Colocado por: loverscoutexatamente da mesma forma que o Juiz achou que havia indicios para manter o Pedro Dias em prisão preventiva.... mas isso por si só nao faz dele culpado, na mesma forma que se aguardasse julgamento cá for a nao fazia dele inocente!

    Sim, e?
    Concordam com este comentário: eu
    • eu
    • 16 novembro 2016

     # 173

    Colocado por: luisvvÉ impossível ou sequer extremamente improvável?

    Impossível não é.

    Mas é pouco sério atribuir o mesmo grau de probabilidade a qualquer hipótese, principalmente quando os indícios apontam todos para a culpabilidade do Pedro Dias.
  12.  # 174

    Colocado por: J.Fernandes
    Sim, e?
    Concordam com este comentário:eu



    alguem deu a entender que ele é culpado porque ficou em prisão preventiva...se nao fosse culpado o juiz tinha dado outra medida....
    • RCF
    • 16 novembro 2016

     # 175

    Colocado por: loverscoutalguem deu a entender que ele é culpado porque ficou em prisão preventiva...se nao fosse culpado o juiz tinha dado outra medida....


    Tudo depende da interpretação que se queira dar, mas esta expressão, do meu ponto de vista, não está completamente errada.
    É certo que o veredito final apenas existe depois do julgamento, mas se é aplicada a prisão preventiva é porque o juiz presume que ele é culpado e não inocente, isto é, o juiz presume que o arguido venha, futuramente, a ser acusado, julgado e condenado.
    A prisão preventiva, legalmente, tem de ser fundamentada na existência de "fortes indícios de prática de crime". E os indícios, obviamente, não são fundamentados em notícias da comunicação social.
    Concordam com este comentário: eu, size
    • eu
    • 16 novembro 2016

     # 176

    Colocado por: loverscoutalguem deu a entender que ele é culpado porque ficou em prisão preventiva...

    Ninguém pode dizer neste momento com certeza absoluta se ele é culpado ou não.

    Mas a prisão preventiva é um sinal de que os indícios são suficientemente fortes para presumir que, com um elevado grau de probabilidade, ele é culpado.
    Concordam com este comentário: 21papaleguas
    • luisvv
    • 16 novembro 2016 editado

     # 177

    Colocado por: RCF
    Está bem explícita a sua posição!
    Quando um dia, se precisar, chamar a Polícia, elucide-os dessa sua posição. Sempre poderá ajudar a evitar que o Polícia cometa algum crime contra algum criminoso, em sua defesa.



    Eu sei que é difícil perceber o que se lê, quando as frases têm muitas palavras é uma chatice, mas repita comigo:

    1) A lei aplica-se a todos, incluindo polícias.

    2) Estes, por via da profissão que escolheram, viram ser-lhes confiado o poder de usar a força em determinadas circunstâncias, que estão definidas na lei.

    3) Sendo esse poder excepcional (porque o cidadão comum não o tem) vem a responsabilidade acrescida de respeito escrupuloso pela lei - sendo o seu abuso especialmente grave porque decorre de uma posição de superioridade.

    4) Agradeço que qualquer polícia que eventualmente me venha proteger o faça naturalmente dentro da lei e de forma proporcional. Se quiser que seja mais explícito, aceito o uso da arma contra um assaltante que esteja a colocar a minha vida em risco, mas já não aceito o uso da arma contra um assaltante em fuga.

    É complexo, eu sei, e é muito mais fácil e popular ser a favor dos "bons" e achar que é giro e educativo a polícia dar umas lambadas e uns safanões aos "criminosos", mas eu prefiro viver num mundo em que os juízes é que julgam, não os polícias.

    Se preferir uma resposta ao nível do seu argumento, posso simplesmente desejar-lhe que um dia que se cruze com um PSP ou GNR dos tais que julgam que são juízes, não tenha o azar de ir contra uma porta ou de escorregar pelas escadas da esquadra..
  13.  # 178

    Colocado por: Bricoleiro
    Eu não queria estar na pele dum agente em circunstâncias em que a distância entre ser herói ou legalmente criminoso é minúscula e nem dá para pensar.


    "Legalmente criminoso" é fantástico.



    Mas o contrário não acontece, a polícia ser baleada por cidadãos? A lei não pune os dois casos? A que conclusão quer chegar?


    A conclusão a que quero chegar, é simples: as autoridades policiais em Portugal abusam do recurso às armas em perseguições policiais (e não sou eu que o digo, é a entidade que as supervisiona, por diversas vezes) e fazem-no em violação do que a lei determina. E quando dá ****, desculpam-se com supostas armas ou objectos que parecem armas. E ainda antes de haver qualquer inquérito, já há declarações dos superiores hierárquicos a "explicar" como aconteceu, e dos sindicatos a explicar que o agente "cumpriu as regras" e que o material não presta e a formação bla bla bla.

    Se quiser, subscrevo ipsis verbis um texto de fernanda câncio de 2010 que podia ter sido escrito em 1995 ou em 2015 (perde um bocadinho do punch porque não tem aqui os links para as diversas notícias em causa, mas perceb-se o sentido).

    http://jugular.blogs.sapo.pt/1690589.html

    estou cansada
    f.
    17.03.10
    disto.

    de escrever a mesma coisa, ano após ano, disparo após disparo, morte após morte. estou cansada de ouvir dirigentes sindicais 'justificar' disparos fatais contra carros em fuga com 'falta de formação no uso da arma' ou, como ouvi hoje, 'um arma atribuída diferente daquela com que tinha feito formação'. estou cansada de saber de comunicados toscos e mentirosos das forças policiais, alegando ameaças, tentativas de atropelamento e armas na mão de 'suspeitos' que são simplesmente inventadas. estou cansada de ser informada de absolvições escandalosas que fazem a pedagogia da irresponsabilidade e do crime fardado.
    estou cansada de lembrar em sucessivas reportagens, entrevistas, crónicas e posts que a lei não admite que se use a arma a não ser quando está em causa perigo de vida para alguém. que é simplesmente obsceno ver polícias a dizer que o problema não é disparar contra um carro em fuga cujo ocupante ou ocupantes mais não fizeram que -- alegadamente, friso -- desobedecer a uma ordem de paragem, mas a falta de pontaria. estou cansada de evidenciar, na comparação com números de disparos de polícias de outros países, que as polícias portuguesas fazem demasiado uso das armas de fogo e matam mais que as suas congéneres de vários países europeus. estou cansada de sublinhar declarações de dirigentes da inspecção geral da administração interna no sentido de assegurar a ilegalidade -- ilegalidade, leram bem -- do uso da arma contra pessoas em fuga (fora ou dentro de veículos) quando não se esteja em situações de legítima defesa ou de perigo de vida para terceiros. estou cansada de ver responsáveis políticos a calar a censura inequívoca destes crimes que mancham a polícia portuguesa, crimes que nos dizem a todos que a polícia que existe para nos proteger e para nos dar segurança pode ser e muitas vezes é exactamente o contrário disso.
    nenhum polícia português pode achar normal disparar contra alguém só porque desobedeceu a uma ordem; nenhum governante pode aceitar que isso suceda. matar quem desobedece só por ter desobedecido é algo que só faz sentido em estados totalitários. a ideia de que a ordem do funcionário, ou seja, do estado, vale tanto mais que a vida dos cidadãos que se justifica executá-lo -- ou, no caso, correr o risco de o executar, o que vai dar no mesmo -- por desobedecer é uma absoluta barbaridade.



    Excelente remédio: já que há casos de má conduta policial com armas de fogo, vamos desarmá-los a todos. Já parece o ministro das finanças:" já que há fuga aos impostos, vamos expor as contas bancárias de todos".


    Mais um exemplo do homem de palha. Se medirmos a qualidade das posições sustentadas pela qualidade dos argumentos, desse lado não há nada.
    A ver se nos entendemos: há regras para o uso da força pelos agentes da autoridade. Não é preciso inventar a roda, nem tirar um curso de engenharia aeroespacial, qualquer pessoa lê e percebe:


    2 - O recurso a arma de fogo contra pessoas só é permitido desde que, cumulativamente, a respectiva finalidade não possa ser alcançada através do recurso a arma de fogo, nos termos do n.º 1 do presente artigo, e se verifique uma das circunstâncias a seguir taxativamente enumeradas:
    a) Para repelir a agressão actual ilícita dirigida contra o agente ou terceiros, se houver perigo iminente de morte ou ofensa grave à integridade física;
    b) Para prevenir a prática de crime particularmente grave que ameace vidas humanas;
    c) Para proceder à detenção de pessoa que represente essa ameaça e que resista à autoridade ou impedir a sua fuga.
    3 - Sempre que não seja permitido o recurso a arma de fogo, ninguém pode ser objecto de intimidação através de tiro de arma de fogo.
    4 - O recurso a arma de fogo só é permitido se for manifestamente improvável que, além do visado ou visados, alguma outra pessoa venha a ser atingida.



    Não é difícil de perceber, acho eu: a arma é o último recurso e só deve ser utilizada se outros meios menos gravosos não forem adequados. E a arma contra pessoas, então, é o último dos últimos recursos, e apenas nos casos expressamente previstos - e resumidamente, quando estiver o agente ou terceiro em perigo e for extremamente improvável atingir terceiros. Numa perseguição a alta velocidade em que os agentes não estão sob fogo estas circunstâncias dificilmente estão reunidas (apesar de poderem estar, claro).

    Não estamos a falar de casos esotéricos, apenas o mínimo da civilização: o Estado que não admite pena de morte não pode admitir que os seus agentes matem excepto nas circunstâncias excepcionais acima descritas.
  14.  # 179

    Colocado por: luisvvSe preferir uma resposta ao nível do seu argumento, posso simplesmente desejar-lhe que um dia que se cruze com um PSP ou GNR dos tais que julgam que são juízes, não tenha o azar de ir contra uma porta ou de escorregar pelas escadas da esquadra..

    Troque lá PSP e GNR por "qualquer outro cidadão que decida, sem nenhum motivo, chegar-lhe a roupa ao pelo", que o resultado é o mesmo.
    Anda-se aqui a chover no molhado, a dizer que é tanto criminoso o polícia que comete um crime como um não polícia que também o cometa - verdade indesmentível - para depois se perder tanto latim a descrever os afectos e beijinhos a que se está sujeito no contacto com os polícias, como se aqueles profissionais tivessem sido "bocejados" pela graça de nunca se desviarem da linha; ou se os não polícias nunca actuassem como fossem juízes.
  15.  # 180

    Colocado por: eu
    Impossível não é.
    Mas é pouco sério atribuiro mesmo grau de probabilidadea qualquer hipótese, principalmente quando os indícios apontam todos para a culpabilidade do Pedro Dias.


    Mas quem diz que atribuo o mesmo grau de probabilidade? Simplesmente não excluo outras hipóteses, ao contrário de toda a gente que por aqui argumenta, com coisas tão fundamentadas como notícias.
    E como não as excluo, faço um simples exercício de imaginação e percebo que, sem a ideia preconcebida da culpa, é perfeitamente razoável admitir outros cenários.



    PS: Já agora, presumindo que não conhece documentos oficiais nem houve divulgação pública do processo, os indícios que conhece serão as notícias que viu e leu, certo?
 
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