Viva, venho aqui pedir uma pré-opinião fundamentalmente porque estou fora do país e queria informar-me antes de me dirigir ao banco.
Situação: - Tenho 32 anos - Casado - Moro num T2 no centro de uma capital de distrito, bem localizado - Faltam-me cerca de 11,5 anos de CH com uma mensalidade de +-210€ indexada a euribor 3 meses para pagar o citado T2 (cerca de 23500€) - Tenho um salário liquido de cerca de 1250€/mês, a minha mulher não trabalha. - Não tenho mais créditos
Objectivo: -Será que com estas condições terei possibilidade de fazer um novo CH de 130.000€ por 40 anos? -Arrendar o meu T2 por uns 300€ a 350€/mês.
Opiniões de quem trabalha no ramo e de outros serão bem vindas. Agradecido
A taxa de esforço recomendável costuma ser no máximo 1/3 do rendimento mensal (sendo que para tal calculam-se 14 meses num ano).
(1250€*14/12)/3 = prestação máxima 486€ (que está perfeitamente dentro do que paga de prestação mensal neste momento)
Colocado por: rjmsilvaSerá que com estas condições terei possibilidade de fazer um novo CH de 130.000€ por 40 anos?
Com ou sem entrada? Qual a percentagem da entrada a dar?
32 anos e um crédito por 40 anos, dá 72 anos... acho difícil conseguir esse prazo, até aos 65 os bancos não costumam colocar muitas dificuldades mas, a partir dessa idade a coisa fica complicada. Depois é preciso não esquecer o seguro de vida que vai agravando consoante a idade e, aos 65 anos paga-se uma pequena fortuna por mês...
Se houver património financeiro (PPR, contas a prazo, outros) que sirva como garantia/penhor talvez as coisas melhorem. Não esquecer também o contexto profissional (onde é que trabalha, área e empresa, durante quanto tempo, quais as perspectivas, etc.).
Eu faria o seguinte: -> pedia uma segunda hipoteca sobre a actual casa (dependendo de quanto a mesma vale) de forma a corresponder o valor do arrendamento ao da prestação ao banco, incluindo uma boa margem para a subida dos juros, incumprimentos e outras despesas como condomínio e reparações (uns 15% por mês) -> arrendava a casa por um valor mais baixo que o do mercado de forma a ter certeza que estaria sempre e bem arrendada (dessa forma quase de certeza que nunca perderia esse rendimento) -> utilizava o dinheiro da segunda hipoteca sobre a actual casa, como entrada para a nova de forma a baixar a percentagem de financiamento (logo o risco de recusa do banco), o prazo e/ou a mensalidade
Desta forma, pagaria a actual sem qualquer tipo de esforço e comprava a nova mais desafogadamente. Claro que isto teria que ser calculado ao cêntimo de forma a não correr mal e a que o banco aceitasse, mas um cliente com dois créditos é sempre melhor que um só com um crédito. ;)
Obrigado brunobras e FD pelas vossas opiniões, FD achei interessante essa possibilidade de fazer nova hipoteca sobre o meu apartamento actual. Já tinha visto em alguns lados que a taxa de esforço poderia ir até 50% do rendimento disponível.
O valor do arrendamento que considerei fica bem abaixo da média praticada para imóveis semelhantes (+-400€).
Pode-se dizer que tenho um emprego bastante estável. Pertenço aos quadros da função publica.
O imóvel que tenho em vista custa cerca de 130.000€ e neste momento tenho um pé de meia de 20.000€.
Isto é tudo no ramo das conjecturas, porque se decidir mesmo mudar para a vivenda que tenho em vista e se não houver possibilidade de manter o apartamento, do qual gosto bastante, há sempre a hipótese de o tentar vender primeiro e não me meter em mais aventuras.
Colocado por: rjmsilvaJá tinha visto em alguns lados que a taxa de esforço poderia ir até 50% do rendimento disponível.
Custa-me a crer que tal ainda aconteça... ainda para mais com os juros tão baixos. Ou seja, se já estão em 1% acho que só há um sentido possível... subir. ;) Mas com a apresentação do IRS até pode ser que aceitem uma taxa de esforço superior. Eu, por exemplo, com filha no colégio a pagar mais do que pago de prestação de casa, duvido que me facilitassem a vida na taxa de esforço...
Vá ao seu banco, telefone antes e marque uma hora com o gestor de conta, e apresente-lhe a proposta. Eles têm indicações e orientações superiores que deverão seguir, pelo que depende muito da agência e do banco.