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  1. Colocado por: CMartinA ideia de eu usar o espelho sol é trazer algo de vintage e de kitsch para o ambiente.

    Certo! E acho também que fica bonito em qualquer estilo e em qualquer sala/casa independentemente do tipo de arquitetura.

    Mas experimentou-o noutro lado, noutra parede? E experimentou outras coisas por cima da lareira?
    Concordam com este comentário: CMartin
  2. Colocado por: PandRMas experimentou-o noutro lado, noutra parede? E experimentou outras coisas por cima da lareira?

    Sim. Já tive outras peças na lareira (e o espelho espigado noutra parede). Já tive o conjunto tradicional de molduras mais pequenas trabalhadas, aquando o ambiente mais tradicional.
    Depois tive um espelho grande que apanhava toda a parte de cima da lareira, quando quis puxar para o ar mais barroco e sumptuoso.

    Neste ambiente mais clean e ecléctico de mistura de diversos estilos com um toque kitsch e vintage dadas as cores e um ou outro pormenor decorativo que a ele remeta, opto pelo espelho sol na lareira. Uma óptima alternativa a isto, que alguém até já referiu, seria não colocar nada e a cor azul no tom mais escuro como está nessa parede, fazia o show por si.
  3. Colocado por: CMartin
    Sim. Já tive outras peças na lareira (e o espelho espigado noutra parede). Já tive o conjunto tradicional de molduras mais pequenas trabalhadas, aquando o ambiente mais tradicional.
    Depois tive um espelho grande que apanhava toda a parte de cima da lareira, quando quis puxar para o ar mais barroco e sumptuoso.

    Neste ambiente mais clean e ecléctico de mistura de diversos estilos com um toque kitsch e vintage dadas as cores e um ou outro pormenor decorativo que a ele remeta, opto pelo espelho sol na lareira. Uma óptima alternativa a isto, que alguém até já referiu, seria não colocar nada e a cor azul no tom mais escuro como está nessa parede, fazia o show por si.


    O facto de os raios de sol sairem fora da chaminé lareira não acho que fique bem, o sol ate ficaria bem se coubesse integralmente dentro da chaminé.
    Concordam com este comentário: PandR
  4. Colocado por: larkhe
    O facto de os raios de sol sairem fora da chaminé lareira não acho que fique bem, o sol ate ficaria bem se coubesse integralmente dentro da chaminé.

    Olá larkhe. No fundo até esse pequeno pormenor mexe. Um look certinho, ou um look mais desordeiro, nesses pormenores se revelam..É nestas nuances que eu procuro revelar a intenção que tenho neste ambiente. Noutro ambiente, faria de outra forma.
  5. Colocado por: CMartin
    Olá larkhe. No fundo até esse pequeno pormenor mexe. Um look certinho, ou um look mais desordeiro, nesses pormenores se revelam..É nestas nuances que eu procuro revelar a intenção que tenho neste ambiente. Noutro ambiente, faria de outra forma.


    São pontos de vista ....
    Concordam com este comentário: CMartin
  6. Colocado por: larkhe
    São pontos de vista ....

    E mais do que pontos de vista: são opções estéticas que se fazem com determinado fim em mente.
  7. CMarin a sua chaminé da cozinha era (é) um espectáculo! No original seria diferente, digo eu! Foi alterada para adaptação a nova cozinha? Tanto que me esforcei para que o empreiteiro me fizesse uma chaminé tradicional - com borralho para acender nela a fogueira, no inverno - e o patego não pescou nada do assunto. É tão sui generis que pouco se parece com uma chaminé. Espero que dê, ao menos, para fazer uns peticos e curtir uma vara de chouriças, depois de pronta.
    Já estou como o outro: «Primeiro estranha-se, depois entranha-se»!
    Concordam com este comentário: CMartin
  8. Olá Maria.
    Obrigada pelo elogio à chaminé !
    Eu não altero nada na casa, por princípio. A chaminé e quaisquer alterações que terão sido feitas terão sido aquando o seu restauro em 1992, e este restauro, embora não tivesse sido feito por mim, foi um fiel restauro respeitando a arquitectura popular portuguesa, e pelo qual foi-lhe atribuído um prémio nessa categoria.
    Por eu de facto ter optado por comprar esta casa nestes moldes, não faria sentido despi-la dessa sua característica, ou sequer delapidar património histórico que considero de todos, muito mais do que só meu.
    Assim, faço por manter toda a sua traça, estrutura, materiais de construção e até revestimentos, tal como me foram entregues, a não ser que, por motivos técnicos, não se prove possível. Foi o caso da caixilharia (janelas e portas) e da parte do chão ( porque outra parte é em pedra, mosaico hidráulico e tijoleira) em madeira no piso inferior que, apesar de tentar mantê-lo com intervenções, apodrecia dada a construção da casa (uma caixa de ar diminuta), a sua localização próximo duma ribeira (e por estar convencida que haverá lençol de água por baixo), e escoamento de águas da chuva em que a quota da casa se encontra abaixo do nível do escoamento das águas e da estrada. Tirei a madeira e substituí por tijoleira para ir de encontro ao já existente nas restantes divisões (mas mantive o piso superior em madeira), e substituí a caixilharia em madeira de casquinha adaptada a vidro duplo (muito fraquinho) por alumínio e agora nesta intervenção por pvc (razões de isolamento térmico e sonoro).

    Sobre a lareira, disse-me o empreiteiro desta minha última obra, que já não se fazem assim hoje em dia.
    Na verdade, para mim, já nada se faz assim hoje em dia. Logo, fica tudo fielmente como está no que depender de mim: a chaminé, as portas, as lareiras, as casas de banho, e seus armários verdes e tampos de pia em madeira (ainda agora restaurados) os rodapés, os azulejos, o corrimão, etc.etc. E o que eu acrescentei (os armários e a cozinha nova, o chão em tijoleira, as caixilharias..) qualquer um querendo fazer dela um museu, facilmente chega aqui e a põe de origem. Nada do que fiz estragou ou alterou irremediavelmente o seu carácter e a sua história. Isso parece-me importante, e foi nestes termos, com a intenção de manter a sua mais valia que também foi o que me fez apaixonar por ela, que eu a comprei.

    E sim, concordo consigo
    Colocado por: maria rodrigues«Primeiro estranha-se, depois entranha-se»!

    só que no meu caso, (ao contrário do que lhe sucedeu com a sua chaminé :o) )na verdade, eu nunca a estranhei e sempre a entranhei :o)
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
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  9. E apesar de provavelmente não estar a Maria à espera que a chaminé desse em tanta lengalenga (!), vou citar aqui o Castela que há tempos tão bem pôs em palavras também o meu sentimento.

    Colocado por: CastelaTambém me parece que a questão não se põe só no âmbito de um quadro de "casa velha com todas as virtudes de uma nova".
    É claro possível, normalmente sempre muito caro, mais caro até que fazer uma nova.
    Claro que há "comodidades" hoje em dia que são quase indispensáveis, não é o caso de uma aspiração central ou os altifalantes distribuídos por toda a casa, mas uma garagem ou mesmo um elevador, dou de barato que sim, que possam ser (e às vezes são) úteis. Ainda assim, claro que há alternativas, um carro num centro histórico pode não ser assim tão essencial, assim como um elevador, pensando numa situação mais "normalizada" que não implique situações de mobilizada reduzida por exemplo.
    Tem sobretudo a ver com uma questão "cultural", e não quero que a palavra soe mais do que é, isto é, sem qualquer juízo de valor, mas assim é, pois, salvo questões puramente económicas (por exemplo numa situação de que o velho é (aparentemente) mais barato), quem procura uma casa velha é porque gosta e é porque a valoriza por isso.
    Mas como já foi dito, também temos que ir além de nós, ou seja, ter também uma preocupação "colectiva", fazer a nossa parte no sentido de preservar o património histórico de dado local, encarando a paisagem (construída) como um repositório de vivências e existências ao longo de muitos anos. Há naturalmente transformação, mas mantém-se sempre uma relação estreita entre paisagem construída e identidade.
    Por outro lado há o factor afectivo, que engloba as nossas memórias, vivências, cultura, interesses, gostos, paixões, etc, factores esse, que para mim são decisivos na escolha de uma casa. Para outros não tanto, pois têm eventualmente uma perspectiva mais "utilitarista", igualmente válida.
    Neste deve e haver há sempre concessões, embora me custe que se veja uma casa como um mero "objecto" sem mais, e não se pensar mais um pouco no que é isso de uma casa, de um local, de como já falei de uma paisagem que é nossa e de todos, e somos todos que a fazemos.
    Dito isto, pessoalmente, gosto ou de casas velhas ou das ditas "modernas", assim tenham umas e outras, algo que me digam.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  10. Colocado por: branco.valterÀ antiga...
    Concordam com este comentário:CMartin
      20170730_170413.jpg


    Colocado por: CMartinMuito bonito.Simples e sereno. Gosto muito.


    Que casa é Walter ?
    • TZW
    • 1 agosto 2017
    Colocado por: ikTZW

    Que exagero.. não me diga que nunca teve um casaco de pele ou uns sapatos/sapatilhas de pele..ou um bom sofá em pele
    Concordam com este comentário:CMartin

    Dou preferência a peles sintéticas, não aprecio restos de animais mortos expostos pela casa.
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
    • TZW
    • 1 agosto 2017
    Colocado por: CMartin

    Como disse, é o uso de um subproduto. Como não sou vegetariana, comi a carne.
    O valor histórico...Penso que Deus tenha posto os animais na terra para servirem de matéria prima e alimentação ao Homem.
    Mas fique descansado que de mim, não vem mal ao mundo, nem aos animais, nem ao Homem.
    Não preciso de lições de moral sobre humanidade, mas também não julgo a humanidade dos outros com base em preconcebidos feitos.
    Respeito mais depressa animais e pessoas, de igual forma.

    Não é nenhuma lição de moral ou não pretendia que fosse, nem pretendo ser juiz da consciência de ninguém. Tem a sua maneira de ver, eu como não tenho deuses apenas penso por mim e não sinto conforto nesse tipo de decoração. Se não quiser chamar de gostos, pode ser conceitos ou algo assim...
  11. Colocado por: CMartin



    Que casa é Walter ?


    Runa, no lar dos militares.

    Tirei a fotografia numa visita ao meu avô. A Arquitectura faz lembrar o Palácio Nacional de Mafra.mas em menor escala é claro. Tenho forografias melhores do que essa, só que está na máquina fotográfica. Essa aí tirei-a com o telemóvel.
  12. Fora de moda
    Fonte e autoria de : Blog As Velharias do Luis

    http://velhariasdoluis.blogspot.pt/2017/02/um-bibelot-fora-de-moda.html?m=1

    Um bibelot fora de moda


    Por vezes os impulsos que nos levam a encher as nossas casas com objectos definitivamente fora de moda ou até mesmo Kitsch são estranhos. Talvez a frieza do mobiliário contemporâneo e o racionalismo da decoração minimalista se adaptem mal a quem tem uma certa visão romântica do mundo e gosta de se rodear de história. No fundo, quem colecciona velharias ou antiguidades está a inventar um passado para si, a encher a casa de objectos cheios de memórias, que pertenceram a outras pessoas e a apropriar-se delas.

    Aliás é curioso, que o comércio de antiguidades como o conhecemos hoje teve origem em França, nos finais do II Império (1852-1870), quando os grandes milionários burgueses começaram a comprar cómodas, pinturas, bronzes, tapeçarias e esculturas dos séculos XVI, XVII e XVIII para tornar as suas casas semelhantes às dos velhos aristocratas. Estes grandes financeiros burgueses ao copiarem a decoração das casas nobres, cheias de antiguidades, herdadas de geração em geração, pretendiam confundir-se com a sociedade aristocrática.


    Claro, esta jarrinha não tem nada de aristocrática. É um bibelot burguês possivelmente do início do século XX, mas que tem o charme de uma velha casa de família do passado. Nem sequer está marcada, pois na altura que foi produzida, algures na Alemanha, Áustria ou Boémia, os seus fabricantes tentariam que esta jarra passa-se por ser uma peça de Meissen, ou da prestigiada Royal Dux, com as suas jarras e figurinhas em estilo arte nova. Aliás, ainda tive esperança que esta jarra, com a sua decoração assimétrica, copiando as formas vegetais, fosse da Royal Dux. Mas as peças dessa antiga fábrica checa tem uma qualidade muito superior estão sempre marcadas.

    A decoração da jarrinha, composta por um putti, uvas e parras representa uma dança dionisíaca, tema já usado na antiguidade e é muito comum na faiança, majólica, porcelana, biscuit e até na ourivesaria. Na pesquisa por imagens da internet vi dúzias e dúzias de jarras, jarrinhas e jarrões decorados com meninos gordos e travessos pendurados na asa, no bojo e no bico e com muitas parras e uvas à mistura.


    Em suma, todas as minhas pesquisas para identificar o fabricante desta jarra foram inúteis. Posso apenas presumir que foi fabricada algures na Alemanha, Áustria ou na Boémia nos últimos anos do séc. XIX ou inícios do século XX. É uma peça Kitsch, sem grande valor, pois parte da asa está partida, mas tem o charme dos objectos irremediavelmente fora de moda.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: maria rodrigues
      bisque ewer.JPG
  13. Colocado por: TZWTem a sua maneira de ver, eu como não tenho deuses apenas penso por mim e não sinto conforto nesse tipo de decoração.

    Sim, acredito que quem não seja crente veja ou aprecie de forma diferente, talvez até com menor afectividade...As obras, a arquitectura, a arte e até os próprios ojectos tomarão provavelmente outro sentido, mais prático, menos romântico.
  14. Colocado por: branco.valterTirei a fotografia numa visita ao meu avô. A Arquitectura faz lembrar o Palácio Nacional de Mafra.mas em menor escala é claro. Tenho forografias melhores do que essa, só que está na máquina fotográfica. Essa aí tirei-a com o telemóvel.

    Coincidência. Hoje fui para visitar o Palácio de Mafra, esqueci-me de novo que está fechado às Terças e então visitei, novamente, a igreja.
    Foto também tirada com telemóvel.
    Fico sempre a pensar se a humanidade que foi capaz desta arquitectura assim, seria outra humanidade diferente da humanidade de hoje em dia. E acredito que sim.
    A industria (lização) fez perder a pureza da beleza e da autenticidade e fez de nós macacos de imitação, consumimos o mesmo que vemos, e que nos vende a indústria, e não sabemos - pior, nem queremos na maioria, repudiamos até - saír deste compasso muito pouco inspirado ou inspirador. Matámos a essência da beleza, que não se faz por imitação, mas, antes nasce dentro de nós, vem da alma. Somos outros, e não somos nada notáveis.

    O seu avô, tenho ideia que já tinha falado nele aqui no fórum.
      20170801_160742.jpg
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  15. A industria (lização) fez perder a pureza da beleza e da autenticidade e fez de nós macacos de imitação, consumimos o mesmo que vemos, e que nos vende a indústria


    Casa My Little Pony.
    Com arquitectura, mobília e acessórios incluídos.
      tumblr_norwqlzRAC1sgjc5no1_500.jpg
    • TZW
    • 1 agosto 2017
    Colocado por: CMartin
    Coincidência. Hoje fui para visitar o Palácio de Mafra, esqueci-me de novo que está fechado às Terças e então visitei, novamente, a igreja.
    Foto também tirada com telemóvel.
    Fico sempre a pensar se a humanidade que foi capaz desta arquitectura assim, seria outra humanidade diferente da humanidade de hoje em dia. E acredito que sim.
    A industria (lização) fez perder a pureza da beleza e da autenticidade e fez de nós macacos de imitação, consumimos o mesmo que vemos, e que nos vende a indústria, e não sabemos - pior, nem queremos na maioria, repudiamos até - saír deste compasso muito pouco inspirado ou inspirador. Matámos a essência da beleza, que não se faz por imitação, mas, antes nasce dentro de nós, vem da alma. Somos outros, e não somos nada notáveis.

    O seu avô, tenho ideia que já tinha falado nele aqui no fórum.
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    Penso que a grande diferença e que condiciona o tipo de edifícios que vemos hoje em dia é a mão de obra e ainda bem que algo mudou porque um edifício cheio de pormenor é interessante mas raramente tem uma construção com dignidade.
    "As obras iniciaram-se em 1717, ano do lançamento da primeira pedra e a 22 de Outubro de 1730, dia do 41º aniversário do rei, procedeu-se à sagração da basílica.

    È o mais significativo monumento do barroco em Portugal, integrando um Paço Real, uma Basílica, um Convento Franciscano e uma importante Biblioteca, síntese do saber enciclopédico do séc. XVIII.

    A construção, que chegou a envolver mais de 50 mil homens, só terminou, oficialmente, em 1750, com a morte do rei,embora muitos pormenores só viessem a ser concluídos nos três reinados seguintes.

    As dificuldades para manter os trabalhadores foram enormes chegando a ser tomadas medidas drásticas, para castigar os fugitivos. Os que fossem apanhados teriam de trabalhar 3 meses sem receber pagamento e se fossem reincidentes, esperava-os as galés e açoites. "
    Provavelmente uns assim e outros pura escravatura, fora isso, acho que ninguém está disposto a pagar impostos com o intuito de patrocinar novas obras dessa envergadura versus proveito. Preservar as existentes já é um desafio...
    Concordam com este comentário: maria rodrigues
  16. CMartin, vejo as suas fotos, na sua grande maioria, em posição de deitadas. Será que se passa apenas comigo?
    Concordam com este comentário: CMartin
 
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