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  1.  # 1

    Tenho um cliente, para o qual vou construir uma casa, que tenho tentado convencer e ao arquitecto dele também, para os benefícios de se incluírem alguns conceitos de arquitectura bioclimática no projecto.

    Uma das ideias que dei, aproveitando o terreno com um declive acentuado, virado para Sul (uma das melhores exposições solares que tenho visto em anos), foi encaixar uma casa térrea na encosta, deixando a fachada Norte quase enterrada, ou mesmo enterrada, podendo mesmo o terreno avançar sobre a cobertura, criando aí uma camada vegetal, muito favorável ao isolamento térmico.

    Outra ideia é criar um sitema de climatização tirando partido da temperatura mais estável do subsolo, usando tubagens enterradas a vários metros de profundidade por onde o ar circulará, evitando ou reduzindo o uso de uma bomba de calor.

    Que críticas, sugestões ou opiniões vos suscita este tema?
  2.  # 2

    Colocado por: J.Fernandes
    Outra ideia é criar um sitema de climatização tirando partido da temperatura mais estável do subsolo, usando tubagens enterradas a vários metros de profundidade por onde o ar circulará, evitando ou reduzindo o uso de uma bomba de calor.

    Que críticas, sugestões ou opiniões vos suscita este tema?


    essa já é e vai ser uma fonte de energia de futuro, na finlandia, islandia e outros paises nordicos já é mesmo comum fazer isso, em casas particulares e distribuição geral/centrais, na hungria um dos paises com mais energia geotermica já começam a estudar melhor esses sistemas tambem.

    um dado curioso o "fumo/poluição" que é produzido por essas centrais é vapor que está a transformar-se novamente em água

  3.  # 3

    Fernando, essa é uma grande fonte de energia do futuro em zonas vulcânicas, onde se podem encontrar altas temperaturas a relativamente baixas profundidades, como por exemplo nos Açores onde já existem centrais geotérmicas há muitos anos. Mas referia-me a outra coisa: no subsolo, a 10/15 metros, a temperatura mantem-se muito estável, não varia muito de 15ºC, segundo julgo saber. Ora se enterrarmos uma série de tubos, quase que a fazer um radiador, fazendo circular o ar à temperatura ambiente, digamos 25ºC, vamos arrefecê-lo. Inversamente, se fizermos circular o ar no Inverno, por exemplo a 10ºC, ele vai aquecer.
    Pode nãos ser suficiente para climatizar a casa, mas é concerteza um contributo para diminuir o consumo de electricidade.
  4.  # 4

    sim falo desse sistema também, a energia é sempre a mesma é calor da terra, é conseguida até no quenia como diz no video, não me lembro os graus conseguidos nem a profundidade mas não era assim uma grande profundidade.
    se encontrar o video do programa ecoeuropa eu coloco aqui.
  5.  # 5

    Fiz um sistema desses numa moradia que acabei de construir.
    Infelizmente teve que ser desactivado pois o nivel freatico da zona veio-se a descobrir andar bastante alto e inclusive foram descobertas no inverno algumas linhas de água que fizeram inundar a tubagem.
    Neste nomento está so a funcionar um sitema de ventilação natual atravez de entradas de ar do subsolo e chaminés de ventilação e está projectado um sistema de aquecimento atravez de um painel de ar aqueçido pelo sol durante o inverno.
  6.  # 6

    está aqui o video, é o mesmo sistema funciona como um frigorifico sim.
    é sobre um bairro inteiro na finlandia que é totalmente sustentavel neste momento, utilizando todas as energias renovaveis.
    aconselho a ver os outros programas de esta série, tambem são muito interessantes, principalmente o da alemanha sobre energia solar.

    ECO Europa - Finlândia
  7.  # 7

    E paredes de "Trombe" alguém já projectou ou executou? Pelo que tinho lido, parece-me ser um verdadeiro ovo de colombo!
  8.  # 8

    Tenho tb uma parede de trombe mas que necessita de uns ajustes técnicos pois não ficou a funcionar como se esperava
  9.  # 9

    Colocado por: J.FernandesE paredes de "Trombe" alguém já projectou ou executou? Pelo que tinho lido, parece-me ser um verdadeiro ovo de colombo!


    confesso que não conhecia, pelos vistos existe desde os anos 50, à primeira vista parece um sistema que se bem executado, dá frutos.
    para quem não conhece e quer saber como funciona http://www.construcaosustentavel.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=86:paredes-trombe&catid=47:inercia-termica&Itemid=73

    diagrama
  10.  # 10

    mais informação sobre as bombas de calor geotermicas.
    http://www.chama.com.pt/bombasgeotermicas/bombas.php

  11.  # 11

    J.Fernandes, parede Trombe??
    Eu dei isso na disciplina de sistemas construtivos no capitulo das energias solares passivas há cerca de 20 anos na faculdade técnica de arquitectura de Lisboa.
    Esta matéria teve como apoio duas publicações bastante uteis na altura:
    - Energia solar passiva 1, direcção geral de energia, de Francisco Moita arquitecto, da imprensa nacional da casa da moeda.
    - Mazria (espanhol) arquitectura solar passiva.

    Agora sou sincero, tirando um trabalho curricular, nunca tive oportunidade de aplicar num caso real.
  12.  # 12

    eu nunca dei isso especificamente , o que é normal por ser tão especifico tecnicamente, e estudei sistemas gerais de armazenamento e libertação de energia e circulação de ar.
    mas é mesmo um sistema especifico chamado mesmo "trombe" e usado desde 1956, nunca vi ou me apercebi de alguma aplicação.

    "A Trombe wall is a sun-facing wall developed by the French engineer Félix Trombe 1956 in Font-Romeu-Odeillo-Via, and is built from material that can act as a thermal mass (such as stone, metal, concrete, adobe or water tanks), combined with an air space, insulated glazing and vents to form a large solar thermal collector.

    This idea was popularized as a glazed, heavy wall. During the day, sunlight would shine through the insulated glazing and warm the surface of the thermal mass. At night, heat would escape from the thermal mass, primarily to the outside. Because of the insulating glazing, the average temperature of the thermal mass can be significantly above the average outdoor temperature. If the glazing insulates well enough, and outdoor temperatures are not too low, the average temperature of the thermal mass will be significantly higher than room temperature, and heat will flow into the house interior.

    In the original design, very little of the received heat ends up in the interior and most is lost to the environment at night, because resistance to heat flow between the collector surface and the interior is the same in both directions."
    wikipedia
  13.  # 13

    Esta é sem duvida uma área onde há efectivamente muito poucos trabalhos realizados em portugal.
    Existe igualmente mto pouco informação técnica devidamente "creditada" onde nos possamos balizar.
    As soluções que implementei foram quase todas eles baseadas no senso comum sem grandes dados técnicos que me podessem orientar.
    Ainda troquei uns mails com uma equipa de investigadores da univ do minho que estao a relaizar uns estudos sobre esta problemática mas acabei por perceber que até estes ainda não possuiam muita informação.
  14.  # 14

    marco1,
    Não conheço esses livros de que falou. Na faculdade de engenharia, estudei por um bom manual, que ainda hoje consulto frequentemente: Geometria da Insolação de Edifícios, de Armando Cavaleiro e Silva e João José Malato, edição do LNEC. Tem toda a informação necessária para o dimensionamento e orientação de palas de sombreamento, por exemplo.
  15.  # 15

    J. Fernandes, esse manual é puramente técnico com exercicios ou aborda o estudo de uma forma mais geral? há algum tempo que ando há procura de um bom manual desse tema.

    uma deixa na arquitectura:
    neste momento já há, e utilizo também programas de arquitectura que já dispõem da movimentação total do sol ao longo do dia, em qualquer ponto do planeta a qualquer hora, assim consegue-se fazer uma contagem geral de insolação sobre qualquer ponto de um edificio, ao mesmo tempo que se projecta, acho fundamental esta ferramenta.
  16.  # 16

    Fernando,
    Este é um manual técnico, para se fazer o cálculo manual e contém alguns exemplos prácticos. Eu consulto-o ás vezes para verificar a dimensão de alguma pala que venha no projecto e que não me pareça ter as dimensões correctas - só trabalho em obra, não faço projectos.

    Provavelmente, esse programa faz o mesmo, mas muito mais rápido, que programa é esse?
  17.  # 17

    o Revit da autodesk por exemplo, ou outros BIM e J. Fernandes acho estranho em engenharia não se ter abordado esse sistema, inclusivel eu estudei a hipotese de a massa termica do conjunto ser em água contida por exemplo em bidões.
  18.  # 18

    sim temos o revit, o archicad, o 3d studio, o maxwell, etc, são ferramentas muito práticas e imediatas... eu utilizo o 3d studio.
    cumps
  19.  # 19

    marco1,
    A que sistema se está a referir?
    Quanto à estranheza relativamente ao que aprendi ou não aprendi na faculdade, devo dizer que estudei numa das poucas escolas de engenharia do país, reconhecida por toda a gente do meio, como de grande qualidade. Mas mais valioso é o saber que vamos adquirindo no exercício da vida práctica, seja em projecto, seja no meu caso, em obra.
  20.  # 20

    J.Fernandes
    não leve a mal pois não é essa a minha intenção, o que eu quero dizer é que no estudo dos sistemas solares passivos a parede trombe foi sempre uma coisa falada.
    Como já disse na vida real nunca houve na construção corrente grande apetência por introduzir estes conhecimentos, talvez agora se vá prestando mais atenção a métodos e sistemas mais sustentáveis.
 
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