Iniciar sessão ou registar-se
    • SrR
    • 29 abril 2023
  1. Já tinha posto o anúncio no outro tópico.

    Alguém tem este?
    https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/governo-lanca-plataforma-unica-para-licenciamentos-urbanisticos

    Que possa partilhar?
  2. Ui... Se os projectos vão ter que passar a ser feitos em BIM, vão haver menos profissionais habilitados e, por conseguinte, o preço da oferta poderá aumentar.

    Por outro lado, o MQT será muito mais frequente, e tb será muito mais fácil identificar pontos problemáticos, o que será óptimo para todo o sector.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  3. Colocado por: pguilhermeUi... Se os projectos vão ter que passar a ser feitos em BIM, vão haver menos profissionais habilitados e, por conseguinte, o preço da oferta poderá aumentar.


    Pelo que diz numa das noticias, parece ser só para edificios de maior dimensão. Onde isso eventualmente já acontece, mas sem necessidade de passar essa informação à câmara.

    Ainda assim, pensava que a ideia era simplificar, e não criar mais elementos complicados a entregar...

    Além de que muitos dos técnicos, seja na Arquitectura, seja na Engenharia, teriam que aprender e comprar novos softwares para poder trabalhar. O que levará ao natural aumento dos honorários numa primeira fase.

    Idem para os contructores. Se às vezes já há quem ande aos papeis com PDF ou DWFx que é a coisinha mais simples do mundo... imagino com ficheiros BIM. Isto para não falar que não é com um computadorzito de 1000 paus da Worten que se consegue trabalhar adequadamente...

    Enfim, vamos ver no que isto dá.
    Concordam com este comentário: pguilherme
  4. A simplificação passa também pela evolução tecnológica.

    Hoje um carro é mais fácil de conduzir, mas para isso tb precisa de mais sistemas e mais complexos.

    Os smartphones são muito mais complicados de usar do que um flip phone, mas isso não foi impedimento para o avanço, que trouxe vantagens significativas.

    Creio que a simplificação camarária se deveria focar mais nas avaliações dos projectos do que tentar simplificar demasiado o formato da coisa. Até porque, mesmo sendo mais complexo, permite uma maior integração com todos os intervenientes do projecto.

    E os construtores instantaneamente perdiam a postura de “se há MQT então leva com uma percentagem em cima”, porque sendo obrigatório em todos os projectos, nivelaria a procura.
  5. Colocado por: pguilhermeE os construtores instantaneamente perdiam a postura de “se há MQT então leva com uma percentagem em cima”,
    isto é um pau de dois bicos, ja tive alguns que não dão preço sem MQT, acho que o segredo é o tipo de MQT
  6. Eu, se fosse construtor, faria o mesmo.
    Estar a dar preços sem MQT implica medir tudo, tomar decisões sobre materiais, abordagens, etc., o que, das duas uma:
    - Oferece/cobra o trabalho de orçamentação
    - apresenta preço e corre o risco do DO, mesmo sem fundamentação, dizer que queria de outra forma

    Mas se todos tiverem MQT deixa de haver a diferenciação de preços só por esse facto.

    Mas sim, acredito que actualmente hajam MQT de qualidades diferentes e essas diferenças possam ter impacto em que os recebe/interpreta
  7. Colocado por: pguilhermeEu, se fosse construtor, faria o mesmo.
    Estar a dar preços sem MQT implica medir tudo, tomar decisões sobre materiais, abordagens, etc., o que, das duas uma:
    - Oferece/cobra o trabalho de orçamentação
    - apresenta preço e corre o risco do DO, mesmo sem fundamentação, dizer que queria de outra forma

    Mas se todos tiverem MQT deixa de haver a diferenciação de preços só por esse facto.

    Mas sim, acredito que actualmente hajam MQT de qualidades diferentes e essas diferenças possam ter impacto em que os recebe/interpreta
    Eu acho que o segredo é ser objetivo, o MQT deve salvaguardar os pontos verdadeiramente importantes e dar alguma liberdade ao empreiteiro em pontos menos problematicos para mostrar alguma flexibilidade
  8. Um mero “ou equivalente” não é suficientemente flexível?

    De qq forma, se não for um empreiteiro chave na mão, um MQT espartano pode ser insuficiente.
  9. Colocado por: pguilhermeUm mero “ou equivalente” não é suficientemente flexível?

    De qq forma, se não for um empreiteiro chave na mão, um MQT espartano pode ser insuficiente.
    isso, um equivalente onde não é problemático e sem o “equivalente” onde não convem haver margem para erros
  10. Soa bem.

    Apesar de bem explícito, na estrutura já tive diversas sugestões de alterações, duas delas para me fazer poupar em materiais (que sou eu que coloco), mas acho que se cansaram de ouvir “o projecto é para cumprir” 😅
    Concordam com este comentário: DR1982
  11. Colocado por: pguilhermeprecisa de mais sistemas e mais complexos


    O que eu acho é que a Câmara já pede demasiada coisa sem sentido nenhum, que não contribui em nada para a agilização dos prazos, da aprovação dos processos, muito menos para a boa construção das edificações. Deveriam focar-se no que lhes compete.

    Podiam por exemplo, avaliar em duas fases. Dar um OK ou rejeitar esquemas simples de implantação, volumetria, cércea... e áreas. Dar luz verde a isso para que se possa dar inicio aos trabalhos. Mesmo que faltem outros elementos (secundários), que possam ser entregues mais tarde um pouco... que em nada comprometem o respeito pelas regras urbanísticas.

    Agora imagine ter que entregar BIM ou MQT à câmara para projectos simples? Para quê?
    Para que demorem 3 anos a aprovar?

    Os técnicos, donos de obra e empreiteiros deveriam estar concentrados em trabalhar para que a obra seja bem feita.
    Em vez de estarem tão ocupados com as loucuras municipais...
  12. Colocado por: N Miguel OliveiraDeveriam focar-se no que lhes compete.

    Porque não pode/deve a CM, para avaliar as questões urbanísticas, adoptar um processo unificado que poderia consolidar não só os projectos camarários, mas com isso também promover uma maior transparência no sector (com a normalização dos MQT), quiçá forçar uma validação e quantificação de questões estruturais, isolamentos e pontes termicas, etc?
    Seria um contributo positivo para o sector.

    Se as CM demoram tempo, é um problema que, na minha opinião, deveria ser tratado especifica e concretamente.
    Aliás, nem creio que sejam os desafios técnicos (de formato digital) que sejam a causa das demoras, logo, com essa sobre-simplificação estar-se-ia a aplicar um penso rápido para curar uma dor de cabeça.

    Nem todas as CM são iguais. Onde estou, os projectos foram aprovados em menos de 1 mês, e o mesmo para a licença de construção.

    Colocado por: N Miguel OliveiraMesmo que faltem outros elementos (secundários), que possam ser entregues mais tarde um pouco... que em nada comprometem o respeito pelas regras urbanísticas.

    Não sei que elementos possam ser, mas com a nossa cultura, isto parece-me uma má ideia.
    Se é preciso, que se entregue. Se não é preciso, não se pede.

    Mas contar que se os proponentes entreguem elementos necessários apenas numa fase posterior, para além da complicação operacional (aumentar o numero de fases), creio que fosse levantar problemas com a entrega atempada desses elementos.
    Se as CM demorarem um tempo razoável na avaliação, também não vejo vantagem em fragmentar o processo e acelerar a entrega só do início do projecto, só para se continuarem posteriormente a desenvolver outros elementos que podem ou não ter impacto no que já foi entregue...

    Para mim, era BIM em toda a linha.
  13. Ou podíamos adoptar um modelo à americana para a construção em que o papel da câmara é meramente de informar antes e fiscalizar depois. Em vez de estarmos anos à espera da aprovação de N projectos, nada de entregar papelada. Mera comunicação de princípio e fim de obra com inspecção de todos os pormenores antes da emissão de licença de habitação. Feito.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, VizinhoDoLado
  14. Colocado por: pguilhermePorque não pode/deve a CM, para avaliar as questões urbanísticas, adoptar um processo unificado que poderia consolidar não só os projectos camarários, mas com isso também promover uma maior transparência no sector (com a normalização dos MQT), quiçá forçar uma validação e quantificação de questões estruturais, isolamentos e pontes termicas, etc?
    Seria um contributo positivo para o sector.


    O contributo maior que podiam dar era agilizar os processos.
    Não era dificultar ainda mais o que é relativamente simples.

    O que descreve não é do âmbito municipal, nem sei se tem que ser.
    O município deve é defender a comunidade face ao que se vai construir e às intenções do dono de obra, salvaguardando o respeito das leis previamente estabelecidas. Deve ainda "planear" o futuro da vivência e infraestruturas, fomentando que se construa mais ou menos... ali e acolá. Se o projetista e construtora trabalha com BIM ou não... deveria ser uma decisão mais dos Donos de Obra em vez duma imposição da câmara, na minha opinião.
  15. Colocado por: pguilhermeNão sei que elementos possam ser, mas com a nossa cultura, isto parece-me uma má ideia.
    Se é preciso, que se entregue. Se não é preciso, não se pede.

    Mas contar que se os proponentes entreguem elementos necessários apenas numa fase posterior, para além da complicação operacional (aumentar o numero de fases), creio que fosse levantar problemas com a entrega atempada desses elementos.
    Se as CM demorarem um tempo razoável na avaliação, também não vejo vantagem em fragmentar o processo e acelerar a entrega só do início do projecto, só para se continuarem posteriormente a desenvolver outros elementos que podem ou não ter impacto no que já foi entregue...

    Para mim, era BIM em toda a linha.


    Muitos processos atrasam-se pois são necessários acertos de áreas, documentos doutras entidades... ou pequenas correções meramente burocráticas, ou do foro informático, que em nada interferem com a avaliação das regras urbanísticas... coisas que poderiam perfeitamente ser entregues à posteriori, durante a obra por exemplo. Pessoalmente sinto que perde-se tanto tempo nas câmaras com assuntos que não interessam nem ao menino Jesus. Mas também há as que aceitam que se entreguem certas coisas, um pouco mais tarde... Acho surreal que se perca tanto tempo para licenciar uma moradia por exemplo, uma construção que é relativamente simples na maioria dos casos. Isto claro para não falar das inúmeras vezes que um "defeito" ou "dúvida" poderia ser esclarecido com um telefonema de 30 segundos... Como quando por exemplo pedem uma informação que já constava do projecto entregue.

    Isso não implica nenhuma fase extraordinária. É um simples anexar certa informação ao processo, pois não põe em causa o cumprimento das regras. Algumas delas até poderiam ser entregues aquando das telas finais, antes da LAU... por exemplo.
  16. Colocado por: zemvpferreiraOu podíamos adoptar um modelo à americana


    Ora nem mais.
    Mesmo nos projetos maiores, é incrível ver o apoio dos Arquitetos municipais e alento que dão aos processos.
    Projectos que ocupam quarteirões inteiros que levam menos páginas que um simples licenciamento dum "barraquito" em Portugal.
    Nos casos em que o projecto vai a discussão pública, tendem a fazer ver à população as vantagens do desenvolvimento... preferem proteger os projectos em vez de atacá-los. Mas isso também costuma ter uma razão por detrás... existe um governo estadual que se sobrepõe ao municipal e que quer é ver obra feita. Sobretudo na regiões com severa escassez de fogos.

    Pelo norte de Portugal também há algumas câmaras assim mais disponíveis em ajudar, mas a maioria que nos tem tocado, é mais do tipo de atirar pedrinhas para o caminho... Quanto mais não seja para ganharem tempo :(


    Planeamento do futuro é coisa que tampouco existe... é ir mudando o PDM e pouco mais.

    Já algumas cidades americanas até exageram com os planos de pormenor e "metas" urbanísticas que fazem. Por vezes idealizam zonas num horizonte de 20, 30 anos, com um grau de pormenor que é de facto incrível. Mas lá está, é outro conceito. Os Arquitectos municipais estão a trabalhar para planear, sugerir, fomentar, em vez de fazerem de gabinete de censura da PIDE.
  17. Colocado por: zemvpferreiraOu podíamos adoptar um modelo à americana para a construção em que o papel da câmara é meramente de informar antes e fiscalizar depois. Em vez de estarmos anos à espera da aprovação de N projectos, nada de entregar papelada. Mera comunicação de princípio e fim de obra com inspecção de todos os pormenores antes da emissão de licença de habitação. Feito.

    Isso tb era uma possibilidade e em nada ia contra projectos em BIM. E provavelmente seria mais fácil fiscalizar com uma base em BIM do que fotocópias ou pdf.

    Colocado por: N Miguel OliveiraO contributo maior que podiam dar era agilizar os processos.

    Sim, de acordo. E acho que esse desafio, de tão importante que é, deveria ser atacado intencionalmente e não com um mero efeito secundário de algo que provavelmente não iria ajudar (só se os atrasos das CM se devessem a dificuldades técnicas).

    Colocado por: N Miguel OliveiraO que descreve não é do âmbito municipal, nem sei se tem que ser.

    Tem razão, as competências das CM não passam nem deviam passar pelas questões/vantagens que enumerei para o sector.
    No entanto, isto só surtiria efeito se fosse por decreto, uma obrigação de apresentar projectos em fomato BIM em todas as CM, em todo o tipo de obra.

    Ou seja, o trabalho, responsabilidade e âmbito das CM manter-se-iam e apenas passariam a aceitar determinado formato digital. O tipo de avaliação que fazem, os recursos (humanos e materiais) que têm para o fazer, podiam manter-se os mesmos, nem teriam que usar nenhuma das vantagens do BIM para a sua avaliação. Assim, não haveria impacto no tempo de aprovação.
    Creio que há (ou pelo menos havia até recentemente) CM que apenas aceitavam projectos em papel.

    Até digo mais, creio que seria muito útil, e aumentaria a produtividade, se houvesse uma unificação dos diversos entendimentos que normalmente variam entre CM. Pelo menos os projectistas não perdiam tanto tempo.
  18. Colocado por: N Miguel Oliveiradeveria ser uma decisão mais dos Donos de Obra em vez duma imposição da câmara, na minha opinião.

    É precisamente uma imposição que traria as vantagens do nivelamento.
    Esta imposição não deveria ser camarária, mas sim estatal, onde as CM (todas por igual) são meros instrumentos que apenas poderiam aceitar projectos em BIM.

    Colocado por: N Miguel OliveiraIsso não implica nenhuma fase extraordinária

    Parece bem. Não conheço bem o processo pelo que não posso opinar. E até retiro o que disse antes :)

    Colocado por: N Miguel OliveiraPelo norte de Portugal também há algumas câmaras assim mais disponíveis em ajudar, mas a maioria que nos tem tocado, é mais do tipo de atirar pedrinhas para o caminho... Quanto mais não seja para ganharem tempo :(

    Era isto que me referia. Esta heterogeneidade de realidades entre CM, os tempos de aprovação, as exigências individuais e, como diz, a facilidade em atirarem pedras no caminho.
    Atacar isto seria muito mais útil do que esperar que uma sobre-simplificação do formato do projecto consiga resolver isso, quando a causa não é técnica, mas sim humana.
 
0.4693 seg. NEW