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    • ik
    • 15 maio 2017

     # 21

    Luís estou muito longe de ter os seus conhecimentos de leis e tudo que seja mercado imobiliário. Mas diga me como um assalariado consegue essa proeza?
    • tc82
    • 16 maio 2017 editado

     # 22

    eia lá em cima. "Então as vaquinhas não ficam bem, aqui NA SALA?".
    É que eu não conheço nenhuma actividade económica que não precise de um imóvel...!
    Por exemplo, se o JoaoMag7 for veterinário, o que é que o impede de dormir no consultório ?

    Tudo muito bonito na teoria... mas eles aparecem à porta o pessoal nem sabe onde se meter.
    Assumindo que ate é uma imobiliária e facilmente justificaca existência do imóvel. Acha que é assim tão dificil para as finanças comprovar que o mesmo está a ser utilizado para habitação dos sócios?
    Relativamente ao iva bem sei que é auto liquidação mas você tambem sabe que a liquidação é um dever a dedução é um direito. Ou seja, lá porque líquida nao quer dizer que tenha direito a deduzir.
    Mesmo assumindo que até consegue dar enquadramento legal à coisa faz sentido manter uma empresa para a vida? Vai compensar o custo benefício?
    E tenha em conta que estamos a falar de uma moradia. E ja agora se nao tiver lucros para utilizar o pec sabe o que acontece nao sabe?
  1.  # 23

    Colocado por: tc82Mesmo assumindo que até consegue dar enquadramento legal à coisa faz sentido manter uma empresa para a vida? Vai compensar o custo benefício?
    Não fui eu quem conseguiu dar enquadramento legal à coisa.
    Limitei-me a utilizar um "pedido de esclarecimento" (creio que ainda não se chamava "consulta vinculativa") de um "DDT" da época (uma enorme empresa de construção com sede no Norte) à Direcção Geral de Finanças. Posso adiantar que também envolvia duas empresas: uma empreiteira-geral de construção, e outra que era dona do terreno.

    Isto foi há muuitos anos. Fiz as contas há poucos meses. Ao longo destes anos, só em IRS, os sócios pagaram menos cerca de 1,2 Milhões de euros do que pagariam se tivessem feito a coisa "normalmente". E em IVA (que a empresa "dona de obra" não pagou à empreiteira-geral por causa do "iva por conta do adquirente") foram outros 1,5 Milhões - que levariam muitos anos a ser recuperados - se alguma vez o fossem.

    Colocado por: tc82mas eles aparecem à porta o pessoal nem sabe onde se meter.
    Para isso é que existem MBA's.
    Ok...! Não é para isso. :-)
    Se nos vamos meter numa embrulhada fiscal-contabilística, temos de estar preparados para o embate com o desmesurado poder discricionário da nossa Administração Fiscal.
    Três anos após esta operação "fiscal/contabilística" ter sido montada, a empresa teve fiscalizações por dois anos consecutivos. Das duas vezes, andaram durante mais de um mês a ver os documentos (relevantes) todos.
    Já naquela altura, a malta da inspecção das Finanças estava bem preparada!!
    Mas, como estava tudo muito bem feito (as actas de Assembleias Gerais assinadas por todos os intervenientes; Contratos de Promessa de Compra e Venda (com os sócios) assinados notarialmente; os depósitos bancários coincidentes com todos os recibos; etc. etc. ), no final deixaram tudo como estava.

    Colocado por: tc82E ja agora se nao tiver lucros para utilizar o pec sabe o que acontece nao sabe?
    Como expliquei em cima, esta firma deu um total de 1,3 milhões de lucro nos últimos 20 anos. Não é nada de extraordinário, mas sempre são 65mil/ano...

    Colocado por: ikMas diga me como um assalariado consegue essa proeza?
    Não digo (porque não estou a ver como). :-)
    Como expliquei em cima, isto é para quem tenha uma actividade comercial/industrial lucrativa!
    (até pode ser um professor universitário que receba o vencimento por uma unipessoal!)
    • ik
    • 16 maio 2017

     # 24

    Ok Luis, mas o autor do tópico parece ser um assalariado para ponderar a criação da empresa

    Por isso eu disse logo no inicio que não fazia sentido!

    Tirando isso, aquilo que diz pode fazer sentido para quem já tem empresa e já é obrigado a pagar todos os custos que a mesma obriga
    Concordam com este comentário: Luis K. W.
  2.  # 25

    Colocado por: Luis K. W.Não é nada de extraordinário, mas sempre são 65mil/ano...


    Para onde é que envio o meu nib? :D

    Pronto. Grandes capitais é uma coisa mas não deixa de ser um risco.
    Já se sabe que muitas famílias de bem tem as suas propriedades em empresas e aqui à uns anos era vê-los mete-las em fundo para fugir ao IMI mas depois a AT fechou a torneira e já ninguém tem fundos.
  3.  # 26

    Colocado por: tc82Já se sabe que muitas famílias de bem tem as suas propriedades em empresas e aqui à uns anos era vê-los mete-las em fundo para fugir ao IMI mas depois a AT fechou a torneira e já ninguém tem fundos.
    Por acaso, o nosso objectivo não era "fugir" a impostos. E sempre pagámos os IMI (ex- Contribuição Autárquica).

    Eu explico melhor: eu sigo a cartilha do grande mestre Miguel Cadilhe. :-)
    Para quem não se lembra, ele foi ministro das Finanças da Múmia Cavaco Silva. Foi ele quem modernizou o nosso regime fiscal.
    Quando era ministro, Miguel Cadilhe alterou durante seis meses os valores de isenção da SISA (actual IMT).
    Passou-a de gradual, durante esses 6 meses ficavam isentos até aos (creio) 10mil contos de transacção. E daí para cima eram os habituais 10%.
    Durante esse período, ele fez uma permuta de um seu apartamento por outro nas torres das Amoreiras. A diferença de valores era de 9.900 contos e ficou, por isso, isento de Sisa.
    E foi daí que veio a expressão: "chicoespertice"! :-)
    Foi tudo legal.... mas muito pouco ético. Porque a lei que o beneficiou foi alterada durante APENAS esse período por ele próprio!!

    Ele veio, depois, justificar a sua jogada imobiliária à televisão.
    O Sr Ministro das Finanças Miguel Cadilhe disse qualquer coisa no estilo (adaptado por mim):
    "OS PORTUGUESES SÃO UMA BESTAS PORQUE NÃO APROVEITAM OS BURACOS NA LEI FISCAL A SEU FAVOR".

    E, desde então, eu sigo este ensinamento religiosamente. Procuro buracos na lei fiscal para - dentro de toda a legalidade!!! - pagar a menor quantia de impostos possível.
  4.  # 27

    O passatempo preferido do meu professor de fiscalidade era descobrir lacunas na lei e ligar aos amigos da AT a contar-lhes :)
  5.  # 28

    Chama-se planeamento fiscal. Tenho uma Pós-Graduação em fiscalidade e era uma das cadeiras do curso, apresentar uma forma de determinada operação pagar menos impostos.

    No caso do Luis K. W. parece-me que fizeram o mais lógico, dada a dimensão do empreendimento.
  6.  # 29

    Colocado por: tnjpparece-me que fizeram o mais lógico, dada a dimensão do empreendimento.
    E foi há mais de 20 anos.
    Nessa altura, tudo o que cheirasse a *pagamento de menos impostos que o normal* era cognominado de "fuga ao fisco" (!!).

    Neste caso, fala-se de 23% de um investimento de 200k.
    Dá para pagar muitos custos em busca de alternativas, e ainda sobra imenso dinheiro.
 
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