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  1.  # 41

    Obrigado Fernandes. Tenho uns filtros e isso dificulta a circulação natural...
    Não conhecia os HRUs, mas não sei se os preços que vi justificarão o investimento para Portugal.
    Mas este tema do Passive House parece-me bem.
    Aliás, estou em processo de compra de um terreno para construir uma(s) moradia(s), e vou dar muita atenção a este tema. Tudo o que seja poupar energia parece-me muito bem, mas é preciso recuperar o investimento ;-)
    Joaquim
  2.  # 42

    Este projecto que apresento está relacionado com o aproveitamento dos esgotos das "águas quentes": Banhos, Máquinas de Lavar a Loiça, Máquinas de Lavar Roupa, etc.

    Basicamente funciona do seguinte modo:

    O equipamento recebe por uma tubagem os esgotos de "águas quentes". Numa tubagem paralela passa a água fria da alimentação da rede. Dois circuitos isolados. Existe um terceiro circuito isolado que faz a ligação entre a água quente do esgoto e a água fria da alimentação da rede. Este terceiro circuito é que faz a passagem de calor entre os dois sistemas.

    Não sei se já existe à venda, mas aqui vai o link do projecto:

    http://www.lowheat.iphe.org.uk/index.html

    É um conceito parecido ao da ventilação com recuperação de calor, mas para águas residuais.

    Cumps
  3.  # 43

    A Lívia Tirone tem feito uns quantos edifícios como estratégias solares passivas. Acho que o primeiro foi um condomínio para os lados de Galamares
    • mkk
    • 6 agosto 2009

     # 44

    Boa tarde,

    Tenho acompanhado este tópico, e hoje resolvi apresentar as minhas ideias.

    Estou neste momento com o projecto para construção de uma casa, na zona do porto. Estamos na fase das especialidades, e tenho "bombardeado" os arquitectos e engenheiros com informações de coisas que gostava que eles avaliassem, nomeadamente de características associadas à casa passiva.
    Tenho lido tudo que encontro e penso que é complicado filtrar e avaliar este tipo de coisas.
    Partilho de muitas as ideias aqui discutidas. Neste momento a minha maior questão é tentar fazer um sistema eficiente e não muito caro. Penso que alguns dispositivos e "espessuras" usadas a norte, serão aqui um desperdício (até possivelmente contra-producentes).
    Os conceitos relacionados com a casa passiva foram projectados para outro tipo de climas e há ainda muito poucos casos concretos... além disso acho que o que eu preciso, no Porto, não será o mesmo que precisam no algarve....
    Contudo, como muito de vós acredito que, se funciona lá, também há-de funcionar cá :) resta saber o que é que devemos alterar.
    O meu objectivo é conseguir ter um sistema que seja muito eficiente, e não muito caro... se possível que faça com que a casa seja tão eficiente que uma salamandra a biomassa chegue para gerar o calor necessário :)
    Neste momento, e depois de muitas análises, a minha inclinação vai para um sistema com as seguintes características:
    - Boa orientação/exposição solar - esta parte já está "projectada", e não é perfeita, uma vez que a casa será inserida numa zona completamente urbanizada, mas é razoável.
    - Boas características de circulação de ar/ventilação (o desenho da casa tem vários "fluxos" pensados, de acordo com a estação do ano, inclusive uma "clarabóia", na zona mais alta de casa que deverá servir para saída do ar quente, durante o verão).
    - Bom isolamento. Projectado pelo exterior (estilo capoto) Neste momento está a ser decidida a espessura, entre os 8 a 10 cm. Especial cuidado nos pilares e em todos esses detalhes (a Engª de termina é bastante meticulosa... ainda bem :))
    - Vidros triplos, e caixilharia de gama alta (o que realmente importa é que não haja pontes térmicas"). Teremos portadas de madeira, pelo interior... ainda a serem pensadas, mas gostava que tivesse isolamento, no seu interior.
    - Ensombramento das zonas mais expostas, no verão - em principio através de grandes "toldos" eléctricos, que no inverno estarão recolhidos.

    Neste momento, a nossa "maior dúvida" é a questão do aquecimento.... e na verdade eu estou inclinada para não ter aquecimento central... se os modelos (do comportamento térmico) demonstrarem que as necessidades são muito baixas, o que gostava de ter era umas 2 salamandras a pellets, uma das quais funcionasse como "extra" para aquecimento de água quente. Penso que era bom era ter algumas condutas de ar, que espalhassem o ar quente pela casa... mas nada de muito sofisticado.
    Outra coisa que estou a tentar planear é ter um "painel a ar perfurado" para fazer o pré-aquecimento do ar, para fazer alguma ventilação, durante o inverno (nos sites das passivas, devido ao elevado isolamento, aconselham a haver ventilação mecânica). (temos o lugar perfeito para isso, e construído de raiz, não deve ser muito caro)

    Tudo indica que, devido à ventilação natural e ensombramento, não precisamos de arrefecimento mecânico.

    Já falei aos engenheiros da hipótese de termos um HRV (penso que neste tópico chamam HRU, ou seja um recuperador/permutador de calor), mas não sei se se justifica... se calhar umas condutas, e umas ventoinhas, bem projectadas (entrada de ar pé-aquecido no referido painel, passagens estratégicas com permutação no acumulador de calor e nas salamandras...) poderão ser o suficiente.

    Os arquitectos são um pouco cépticos, ao facto de não haver aquecimento central, por isso, por precaução estou a considerar a hipótese de fazermos pré-instalação de aquecimento... no caso de termos frio, podemos sempre comprar radiadores e uma caldeira :)

    Como disse estamos em "avaliação, e não está a ser fácil, para os engenheiros... acho que uma boa parte das minhas "propostas" são bastante novas, para eles. Espero brevemente ter resultados concretos dos simuladores.
    E claro, há sempre a questão do orçamento, por isso estamos a tentar fazer um sistema simples e eficiente...

    Acham que estou a "sonhar"? Bem, em breve saberemos se os engenheiros consideram as minhas ideias exequíveis ;)

    Peço desculpa pelo long post... mas tinha de ser :)

    M.
  4.  # 45

    Poderia mostrar alguns exemplos de:

    - Boas características de circulação de ar/ventilação (o desenho da casa tem vários "fluxos" pensados, de acordo com a estação do ano, inclusive uma "clarabóia", na zona mais alta de casa que deverá servir para saída do ar quente, durante o verão).


    e

    Outra coisa que estou a tentar planear é ter um "painel a ar perfurado" para fazer o pré-aquecimento do ar, para fazer alguma ventilação, durante o inverno (nos sites das passivas, devido ao elevado isolamento, aconselham a haver ventilação mecânica). (temos o lugar perfeito para isso, e construído de raiz, não deve ser muito caro)


    Obrigado
  5.  # 46

    Colocado por: ginja1. Não é verdade que o isolamento só retarda a entrada de calor. Lembrem-se se conhecer caves ou R/C meio enterrado. As divisões são quentes no inverno e frescas de verão.

    Cuidado com isto... Quando diz quente no inverno significa que a temperatura no interior da cave é superior ao exterior, e quando diz fresca no verão é porque a temperatura na cave é inferior ao exterior... até aqui tudo normal.

    Mas isto não se deve propriamente a isolamento mas sim ao facto de não existirem grandes flutuações de temperatura debaixo de terra... acontece o mesmo num poço, numa mina... e aqui não há isolamento a não ser o "isolamento" natural da terra que no fundo não é isolamento pois transmite a sua temperatura amena ao meio, seja ele uma cave ou um poço.

    Compreendo a base da sua comparação... mas isto é bem diferente em termos práticos de uma casa bem isolada e com temperaturas extremas no exterior, quer sejam negativas ou positivas. Os resultados serão com certeza diferentes dos obtidos numa cave.


    Cumps
    • mkk
    • 7 agosto 2009 editado

     # 47

    No nosso caso acho que tem a ver com a disposição das aberturas, de forma a provocar “correntes/movimentação” de ar, de forma passiva. O exemplo que falava: temos uma janela comprida, no topo do piso superior. Esta janela deverá estar aberta, no verão, no final do dia (e possivelmente de noite). Uma vez que o calor se acumula juntos aos tectos, nas zonas mais altas da casa, ao abrir esta janela e uma do andar de baixo, o ar circulará naturalmente, criando um fluxo em que entra ar fresco (sobretudo se abrir uma janela a norte) e sairá o ar quente acumulado (como explica o J.Fernandes, em relação às entradas de ar, num post acima). Na minha “futura” casa, uma vez que a maioria da casa é térrea, foi criado um pátio interior, que terá também a função de refrescar a casa (criando circulação de ar). Na verdade não “entendo” muito disto. Entendo o básico da termodinâmica (o ar quente sobe, o ar frio desce), e como isto provoca a circulação de ar. Os arquitectos que projectaram a casa é que se preocuparam com isto, muito antes de eu conhecer os conceitos da casa passiva. Mas depois constatei que a circulação de ar é muito importante, de tal modo que normalmente nos modelos apresentados eles colocam muitas vezes circulação mecânica, controlada, porque a natural pode ser difícil de conseguir (tem a ver com o desenho da casa, o local, a orientação, etc.).
    Anexei uma imagem, mas verá melhor se consultar as página 5 e 10 deste pdf, que ilustra estes princípios.
    Penso que para ter uma casa passiva, é muito importante o desenho, há coisas que têm de ser pensadas de raiz: orientação, aberturas, circulação de ar, ensombramento, isolamento, etc. Não quer dizer que seja impossível fazer isto como um a”add-on”, como se se fosse pensar no chão, ou nas janelas… Feito de raiz será certamente mais eficaz, mais económico, e precisará de menos “tecnologia”.
    Nisso tive sorte, os meus arquitectos pensaram de raiz em algumas destas coisas, e têm alguma abertura, para incorporar novas soluções.

    Em relação ao painel perfurado, foi uma ideia que vi em fóruns, e tentei investigar… neste momento há marcas que comercializam este tipo de painéis (a mais conhecida)

    Resumidamente, trata-se de um painel que serve para pré-aquecer o ar, que depois é injectado na casa. A diferença, em relação aos painéis mais comuns é que este painel é perfurado e não é feito em materiais “reflectores” (é o que eles chamam “unglazed transpired panel”), tornando-se logo por aí mais barato. Consiste numa “caixa” formada pela parede e por um painel em metal ou plástico (são igualmente eficientes o que pode ser diferente é a sua duração), pintados de escuro, e perfurados. Os furos poderão ter diâmetros e espaçamentos diferentes, havendo alguns estudos sobre diferentes eficácias. Na parte superior da caixa haverá uma abertura, com uma ventoinha (se se activará por x segundos, em intervalos de tempo regulares), que leva o ar para dentro de casa (uma imagem em anexo, para ilustrar). O princípio é que o calor se acumula na superfície da chapa, e depois é sugado para o painel (onde aquecerá mais), e depois para dentro de casa. Envio também um estudo acerca de todos este parâmetros (distância entre a parede e a chapa, diâmetro e espaçamento dos furos, velocidade da ventoinha, etc). Tenho mais coisas... se lhe interessar posso enviar.

    Se tiver qq dúvida em concreto, com que eu já me tenha deparado, posso tentar ajudar :) mas também sei o que tenho apanhado por aí. Há um outro colega do fórum que anda também a pensar em construir um painel destes, e foi aliás por ele que tomei conhecimento da sua existência. Penso que é uma solução interessante, sobretudo se feita de raiz, porque poderá ser integrada na fachada.. pode-se “disfarçar” e poupa-se o custo do revestimento naquele sitio. A minha ideia era que substituísse o que na documentação de casas passivas eles chamam de buffer, porque estes buffers "roubam" espaço da casa...

    Mais um longo post :P
    • lfd
    • 11 agosto 2009 editado

     # 48

    Boa noite,

    Fico contente por este meu post estar a reunir tão boas ideias. Peço desculpa por não ter dito nada ultimamente.
    Andei estas últimas semanas a tentar descobrir como adaptar a Passive House a Protugal, ou pelo menos desenvolver algo com um conforto térmico semelhante de forma passiva.

    Antes de mais nada devo avisar que não sou arquitecto, nem engenheiro civil nem nada relacionado com a construção. Sou apenas uma pessoa curiosa, que quer construir uma boa casa sem se vir a arrepender que poderia ter feito algo em condições e não o fez. É possível que os desenhos tenham vários erros ou coisas que não são possíveis. Peço desculpa também pelos múltiplos posts.
    Estudei 3 aspectos, nomeadamente:

    1) Estrutura – como adaptar as técnicas de construção existentes em Portugal a uma Passive House. Para este fim desenhei 3 secções de uma casa nova (fundação, janela, e sotão) para ver se seria possível realizar esta adaptação (não liguem muito às cores e faltam em vários os rebocos).
    a. Fundação: o lado esquerdo do desenho é o exterior, lado direito o interior da casa; fundação prolongada para o exterior para suportar EPS de 25 cm (neste caso, porém poderá ser um valor menor se assim o entenderem); Isolamento pelo lado interior em XPS para eliminar ponte térmica pela fundação (que poderia resultar em bolor nos rodapés interiores); láminas drenantes e telas para proteger o EPS sob o solo; quebra (2cm) no reboco exterior para evitar humidades ascendentes; XPS de alta resistência a compressão sob alvernaria de tijolo para eliminar humidades ascendentes, etc;
      Fundação.png
    • lfd
    • 11 agosto 2009

     # 49

    b. Janela interior: isolada a toda a volta com XPS de alta resitência a compressão (evitar pontes térmicas) revestido com tela (para tornar hermético); janela PVC (esqueçam o aluminio) de vidro duplo com protecção térmica; EPS pelo lado exterior; estore desce pelo lado interior;
      Janela Interior.png
    • lfd
    • 11 agosto 2009

     # 50

    c. Janela exterior: só para verem o aspecto de terem a janela cerca de 30 cm para dentro; automaticamente temos palas de 30cm no topo e 30 cm nas laterais para sombreamento; pela simulação do skechup não tem um impacto demasiado penalizador no inverno, mas bastante bom no verão (principalmente as face lateral que protege a janela do por do sol);
      Janela Exterior.png
    • lfd
    • 11 agosto 2009 editado

     # 51

    d. Sotão: placa com abobadilhas de EPS; XPS pelo exterior; tela reflectora sobre o XPS exterior para reduzir radiação (é uma tela metalizada semelhante às que se colocam nos vidros da frente do carro quando se vai à praia para proteger do calor); pelo lado de dentro lã de vidro (isola menos do que o EPS mas é bastante superior em termos acusticos, nomeadamente para quando chove lá fora) com estrutura de madeira a suportar a lã de vidro e que serve de base ao tecto falso; para finalizar telha de cor clara (beje) para reflectir mais energia; placa de fibra de abeto para isolar borda do telhado, colocada durante a cofragem.

    2) Ventilação – sistema central com recuperador de calor. Espaço para colocar as tubagens sob tecto falso. Retira ar das casas de banho e da cozinha (zonas mais humidas) e injecta ar novo nos quartos e sala. Colocação de grelhas nas portas para facilitar passagem de ar entre divisões (com tela no interior para isolamento acústico).

    3) Custos – ok, isto é onde tive mais problemas. Tem mais EPS que um sistema capoto normal, mas a mão de obra envolvida deverá ser mais ou menos a mesma. Por outro lado só tenho uma única parede de alvernaria o que reduz considerávelmente o custo da parede (alguém sabe dizer se o tecnotijolo é realmente mais barato de colocar tendo em custos a redução de argamassa e de mão de obra necessária).


    Já agora e só por curiosidade uma parede de 25 cm de EPS e 22cm de tijolo teria um U inferior a 0,13 W/(ºC.m2). E o que significa este valor, perguntam vocês? Significa que por cada grau de diferença entre o exterior e o interior da casa, e por cada metro quadrado a casa perde/ganha cerca de 0,13 W.

    Exemplo: (muito simplificado, ignorando ganhos solares e convecção térmica) lá fora estão 0ºC, dentro da casa estão 22ºC, logo a diferença são 22ºC. Isto dá 22x0.13 = 2.98W/m2 ou seja a casa perde 3W de energia por metro quadrado de parede.

    Uma parede segundo o RCCTE que para a minha zona tem um U mínimo (não me lembro ao certo mas deve ser perto) de 1,4. A mesma parede respeitando o RCCTE teria uma perda de 31W por m2 quadrado de parede (grande diferença).

    Fiz por alto as contas para a minha casa (tendo em conta as janelas, e o chão, ignorei as portas, numa folha de excel), se sem considerar ganhos solares dava-me qualquer coisa como uma necessidade energética de 2,5 KW/h no inverno para manter a casa a 22ºC contra 14KW/h para a minha casa segundo o RCCTE (mais uma vez estou a ignorar os ganhos solares e as actividades humanas no interior da casa).

    2,5 KW/h, com o sol a bater na casa, mais computador ligado, electrodomésticos, cozinhar, tomar banho de agua quente, etc. Quase que não tem gastos energéticos de aquecimento... posso aquecer a casa apenas como o secador do cabelo :p

    Peço desculpa os múltiplos posts, mas era para ter as imagens para vossa referência.

    lfd
      Sotão.png
    • mkk
    • 11 agosto 2009 editado

     # 52

    Parece-me ter aqui um óptimo estudo! Eu confesso que não fui muito ao detalhe porque "arranjei" quem fizesse este tipo de trabalho (arquitectos e engenheiros - ficou incluído no trabalho "normal").
    Penso que era óptimo se conseguisse inserir todas estas características num simulador, desta forma, além de ter uma noção dos ganhos totais, poderia fazer alterações (ex.: mudar ligeiramente a estrutura do EPS, ou colocar tipos diferentes de parece (tijolo, tijolo térmico, betão, etc), e fazer uma análise mais detalhada dos custos/benefícios de cada opção (ou seja, ver no que vale mais a pena investir, partindo do principio que tem limitações de orçamento, como quase todos nós :)). Há um "básico" gratuito aqui (é o excel... parece-me é trabalhoso de preencher).

    Uma questão, que não entendi do meu post: a sua casa está já desenhada (ou seja, redesenhada, uma vez que será uma remodelação)? Penso que o desenho é muito importante (orientação, tamanho das aberturas, circulação de ar, etc). Ao redesenhar a casa todos estes princípios deviam ser tidos em conta (pelo menos a parte das aberturas e da circulação será possível alterar). Pelo que li, com um bom desenho e orientação, até poderá eventualmente poupar em materiais...

    Por último: acerca da sua janela: ponderou as diferenças entre vidros duplos e triplos? É que o que me disseram (vale o que vale :)) é que em janelas grandes, é bem melhor investir o dinheiro no vidro triplo - o argumento é que a maior parte da superfície da janela é vidro, ou seja, se tiver um U alto, terá mais ganhos - e que, será preferível optar por vidro triplo, com uma boa caixilharia de alumínio (uma que tenha o interior com corte térmico), do que duplo em PVC (suponho que trilpo com PVC seria ainda melhor, e mais ao norte colocam também umas películas de baixa emissão, para limitar as perdas, no inverno - chama Low-e glazing) . No fundo gostava de saber se avaliou as 2 opções, e porque considerou que a dupla em PVC seria melhor.

    Já agora, da minha parte agradeço, ter criado este post, e que do meu interesse que ajuda a divulgar e debater estas ideias, ainda novas por aqui.
    Estou ansiosa por ter o meu "modelo final", e sobretudo por ver se será eficaz - mas isto ainda vai demorar!!

    M.
    • lfd
    • 12 agosto 2009

     # 53

    Relativamente as janelas em Alumínio vs PVC acho que já existe um post enorme o fórum sobre este assunto pelo vou ser breve. Vou falar apenas das minhas impressões pessoais e espero não criar uma batalha neste post.

    1 - a elevada condutividade térmica do alumínio, nomeadamente (em W/(m.ºC), quanto menor melhor):
    ar 0,025; madeira 0,04 a 0,4; PVC 0,19; cimento 0,29; vidro 1,1; betão a 1,7; alumínio (ligas) 120 a 180 (não falta a virgula, é mesmo cento e vinte e cento e oitenta). Por algum motivo o dissipador do meu CPU é um bloco em alumínio. Podem por isolante no interior e 3 cortes térmicos mas a própria estrutura servirá de ponte térmica.

    2 - Garantia: tenho um colega que está a trocar as janelas de casa e ele tem recebido entre 15 a 20 anos de garantia nas de PVC, mas o melhor que recebeu por alumínio foi 5 anos. Alguém dá 20 anos numa de alumínio?

    3 - Preço: esse mesmo colega tem recebidos orçamentos inferiores para PVC do que para alumínio. Acredito que isto tem haver com o facto do PVC poder ser injectado para um molde complexo (por exemplo caixilhos com 5 camaras internas, da mesma maneira que um tijolo tem as aberturas internas), enquanto que o aluminio tem de ser dobrado. Estou a especular, pois não sei como se fabrica uma janela em PVC ou em alumínio.

    4 - Muita da informação que tenho reunido sobre casas passivas, passive haus (tanto da Alemanha, Reino Unido e Irlanda) só usam uma coisa: PVC.

    Além do facto do preço e da garantia, foi este último ponto que me faz tender para o PVC. Quer dizer, nós em Portugal achamos que o melhor em climatização é o chão radiante e salamandras e ar condicionados, enquanto eles já constroem casas passivas em climas muito mais agrestes. Se eles tendem para o PVC deve ser por algum motivo, certo?
  6.  # 54

    Ifd,
    . Paredes exteriores com um só pano de tijolo e isolamento de 25cms? - demasiado isolamento e pouca inércia térmica
    . Os estores devem trabalhar pelo lado exterior para - estando fechados - evitar efeito de estufa no Verão
    . Revestir com isolamento térmico á volta de caixilharia de PVC ou alum. com corte de ponte térmica, é uma inutilidade, estes materiais já garantem que não há pontes térmicas
    . As fundações não são em geral, responsáveis por pontes térmicas - a camada de terra que as cobre, garante, em princípio, o amortecimento suficiente das variações de temperatura
    . As "palas" propostas poderão funcionar bem ou não, tudo depende da orientação da fachada e da latitude da obra
    Concordam com este comentário: two-rok
    • mkk
    • 12 agosto 2009

     # 55

    Os argumentos acerca da caixilharia em PVC parecem-me lógicos, e concordo que lá para o norte percebem muito mais que nós acerca disto.
    Em parte concordo com o J.Fernandes, acerca do isolamento de 25 cm. Na verdade não sei se ele é realmente exagerado, o que acho é que não deve aplicar os standards da Alemanha cá, tipo "chapa 5". Li em alguns sites que para o mediterrâneo, tudo o que seja acima de 15 cm é exagero. O que eu diria é que é "desperdício": repare, se a partir de 15 cm os ganhos forem mínimos, se calhar mais vale investir em vidros triplos, ou noutras inovações. Ou simplesmente não gastar, porque por isolamento demais também não é nada ecológico (este produtos têm formas de fabrico nada ecológicos, e não são bio-degradáveis).
    No meu caso, o que tento ter é "a medida certa", nem de mais, nem de menos, dentro do orçamento, claro.
    Por isso referia que era bom fazer uma simulação, para lhe dar uma noção real do das melhores opções.
    Já agora: sabe que, se tiver de colocar um projecto na câmara (se alterar o exterior penso que tem de ter) terá de ter um projecto de térmica (nas especialidades) e se este for bem feito deve avaliar isto. É com base neste projecto e numa vistoria que depois atribuem a classificação energética da casa...
    • dmarch
    • 7 setembro 2009 editado

     # 56

    deve ser tido em conta que os alemães fazem este tipo de casas mas utilizão outro metodo constructivo... não se pode importar só metodo de isolamento e construir em alvenaria. Por norma a casa passiva tem um metodo de construção completamente diferente do que fazemos nós por cá, normalente com a seguinte constituição uma placa de madeira no interior, isolamento entre 25/35cm e outra camada de madeira no exterior ou seja a parede é quase só o isolamento... até porque não faz sentido construir paredes de 50/60cm nos dias que correm.

    Outra das vantagens deste metodo construtivo (penso eu que seja assim, corrijam-me se estiver errado) é que para uma normal habitação esta não precisa de grandes inércias térmicas, porque a temperatura é sempre constante onde todas as trocas de ar são controladas mecânicamente, quase não izistem perdas térmicas.

    já para um edifico de grandes dimenções como por exemplo uma escola é conveniente que a inércia térmica seja forte e ai sim por norma as paredes são feitas por uma parede em betão armado e no exterior novamente o tal isolamento térmico de 25/30cm e isto porque neste tipo de edificio é preciso manter o seu interior fresco, ou corre-se o risco de que o edificio aqueça demasiado devido ao elevado numero de utilizadores.

    Espero ter-me feito explicar

    cumps,
    Pedro do Ó
    Atenção que isto é o método
  7.  # 57

    Colocado por: J.FernandesIfd,
    . Revestir com isolamento térmico á volta de caixilharia de PVC ou alum. com corte de ponte térmica, é uma inutilidade, estes materiais já garantem que não há pontes térmicas
    .


    Suponho que aqui se estão a referir ao isolamento térmico pelo exterior ter de contactar com os caixilhos, para evitar pontes térmicas lineares
  8.  # 58

    Colocado por: lobitoEu estou interessada nisto:

    http://ochsner.com/

    em especial as Europa e, mais especialmente, a Mini WIP (porque me daria jeito ter a bomba separada do depósito de água). Ao que parece, é adequada a casas passivas, por exemplo. Vi num catálogo estrangeiro que custa cerca de 2000€ e mandei um mail para a climaconforto a perguntar se têm, e por que preço.

    A propósito de janelas, tenho a dizer que acho as janelas de vidro duplo portuguesas uns bacamartes comparados com muitas das que se usam em França ou na Bélgica. Provavelmente é um exagero.


    Boas.
    Já obteve resposta por parte da empresa Clima Conforto?
    Será que daria para acoplar a um painel solar para o ajudar no inverno.
  9.  # 59

    Colocado por: Ricardo Rocha
    Colocado por: lobitoEu estou interessada nisto:

    http://ochsner.com/

    em especial as Europa e, mais especialmente, a Mini WIP (porque me daria jeito ter a bomba separada do depósito de água). Ao que parece, é adequada a casas passivas, por exemplo. Vi num catálogo estrangeiro que custa cerca de 2000€ e mandei um mail para a climaconforto a perguntar se têm, e por que preço.

    A propósito de janelas, tenho a dizer que acho as janelas de vidro duplo portuguesas uns bacamartes comparados com muitas das que se usam em França ou na Bélgica. Provavelmente é um exagero.


    Boas.
    Já obteve resposta por parte da empresa Clima Conforto?
    Será que daria para acoplar a um painel solar para o ajudar no inverno.


    Não, nunca me responderam. Entretanto vi que há outra empresa, chamada Plurienergia

    http://www.plurienergia.pt/

    que comercializa também estas bombas de calor. Pelo que percebi, dão realmente para acoplar a um painel solar ou a outras fontes de energia.
  10.  # 60

    segundo o que a Clima Conforto me disse dá para acoplar os painéis solares...
 
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