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1. • Gonçalo
   • 7 julho 2009

    # 1

   Então diga-me só mais uma coisa por favor: No caso que referiu de o cliente ter contratado as especialidades fora e ter havido zero compatibilização, como se resolveu a questão? Teve o Pedro de fazer esse trabalho? Esse trabalho é essencial? É que o arquitecto diz que essa parte pode ser dispensada, mas e se depois não houver compatibilização...? Isso não deveria ser responsabilidade do arquitecto que contratou a empresa?
   
   Resumindo, o que eu quero dizer é o seguinte:
   O arquitecto é responsável pelo projecto e pelo trabalho dos engenheiros que contrata, mas quer cobrar à parte um trabalho que faz parte dessa responsabilidade, dizendo ao mesmo tempo que esse trabalho é dispensável, mas que havendo falta de compatibilização poderão existir resultados menos satisfatórios.
   Ora bem, no que é que ficamos? É essencial ou não? Havendo a possibilidade de resultados menos satisfatórios parece-me ser algo bastante essencial? O arquitecto pode ser responsabilizado?
   Sinceramente este arquitecto pode ser muito bom e ter um grande nome, mas complicou tudo com o raio de contrato que me apresentou.
2. •  
     marco1
   • 7 julho 2009

    # 2

   gonçalo
   
   leia com atenção a Lei n31/2009 de 3 de junho
   
   é que embora ainda não esteje em vigor na totalidade mas tem lá as definições para as suas questões que já eram e são adoptadas agora no presente.
3. •  
     Pedro Barradas
   • 7 julho 2009

    # 3

   O que importa reter.. é que no fim.. os projectos acabam por não servir para a Obra... lá estará depois a alterar a desenrascar as coisas com o empreiteiro, os trabalhos a mais... eventuais incompatibilidades graves... por exemplo um ducto para Aguas residuasi domesticas e ou pluviais que deveria ter sido contemplado na arquitectura e.. não existe... havendo depois necessidade em obra de o prever e algum compartimento terá de ser "roubado"...
   
   Ou então alguma solução da Eng.ª não respeita a intenção formal da arquitectura ( por exemplo veja-se os inúmeros predios com os tubos de queda à vista, completamente desordenados e com deficiente integração no edificio)
   
   Outros casos, tem haver com o diálogo que necessita haver entre os projectistas ( ou o coordenador de prtojectos) e o dono de obra, para discutirem a localização por exemplo de, torneiras de serviço, tomadas de TV, SAT e Rede estruturada... aparelhos previstos para a rede de gás, ou não, o tipo de solução para as aguas quentes sanitárias ( será do tipo Termosifão ou circulação forçada), como vai ser feita a climatização ou não, etc.,etc...
   
   O trabalho de coordenação é essêncial e é OBRIGATÒRIO por Lei.( por isso existe um termo de responsabilidade do coordenador de projectos)...
   
   PS: só não entendo uma coisa.. voçê vai pagar esse dinheiro todo.. e ainda lhe dizem que o serviço de compatibilização/ coordenação não é essêncial.. repito, não entendo.
4. • Gonçalo
   • 7 julho 2009 ^editado

    # 4

   Ele só disse que o serviço de compatibilização não era essencial.
5. • Gonçalo
   • 7 julho 2009

    # 5

   Colocado por: Pedro Barradas... Não cobro nenhum valor à parte... está incluido nos honorários da arquitectura... é afectada uma parcela ( nunca fiz essas contas.. mas andará entre os 10 a 20%).. para as reuniões, trocas de informações/ dados técnicos, rectificações e revisões dos projectos em causa ( incluindo a própria Arquitectura se necessário)...

   
   
   Já agora, Pedro, essa percentagem de 10/20% que o Pedro diz que cobra é sobre o valor do orçamento da arquitectura, das especialidades...? Em que valor se baseia para cobrar esses 10/20%?
   Obrigado
6. •  
     Pedro Barradas
   • 7 julho 2009

    # 6

   .. O valor base depende do tipo de projecto e area bruta de construção estimada para a proposta de honorários...
   Mas indo para valores concretos.. nunca menos de 600€...
   
   acrescento... que o que interessa ao Cliente final é o preço final... portanto como é gerido ou não estas verbas é uma questão puramente comercial, pelo que é espectável que o serviço prestado ao cliente é sempre de qualidade.
7. • Gonçalo
   • 7 julho 2009

    # 7

   Ok, obrigado Pedro e obrigado Marco pela legislação. De facto no no Art 9º diz:
   
   

   Deveres do coordenador de projecto
   1 — Compete ao coordenador do projecto, com autonomia
   técnica, e sem prejuízo das demais obrigações que
   assuma perante o dono da obra, bem como das competências
   próprias de coordenação e da autonomia técnica de
   cada um dos autores de projecto:
   (...)
   c) Assegurar a adequada articulação da equipa de projecto
   em função das características da obra, garantindo,
   com os restantes membros da equipa, a funcionalidade e a
   exequibilidade técnica das soluções a adoptar, dentro dos
   condicionamentos e dos interesses expressos no programa
   do dono da obra;
   d) Assegurar a compatibilidade entre as peças desenhadas
   e escritas necessárias à caracterização da obra, de modo
   a garantir a sua integridade e a sua coerência;

   
   
   Ou seja, vai de encontro ao que me disseram e que eu pensava, não se podem separar estes dois deveres do coordenador (arquitecto)!!
8. • J.Fernandes
   • 7 julho 2009

    # 8

   Quando preciso de serviços de um arquitecto, peço dois preços em separado: só arquitectura, ou arquitectura e especialidades. isto para saber se me interessa mandar fazer as especialidades por minha conta. Agora uma coisa é certa, o arquitecto fazendo só a arquitectura ou fazendo tudo, é responsável pela coordenação dos projectos, é algo que já nem ele nem eu discutimos, já sabemos que está incluído no preço do projecto de arquitectura.
9. • AugstHill
   • 7 julho 2009 ^editado

    # 9

   A Lei 31/2009, entre outras coisas menores, obriga à realização de contratos escritos para a prestação de serviços na área de projecto (artº 7) o que permitirá desde logo minimizar os malentendidos, e esclarecer as obrigações de ambas as partes. Pelo que percebi, já não se vai contratar um arquitecto, mas uma empresa de projecto ou uma equipa projectista.
   Citando o imortal Morrissey, some girls are bigger than others, e os clientes não são todos iguais. Há os que cá vêm porque a ASAE lhes quer fechar o café, não percebem nada do assunto e temos de tratar de tudo (e o orçamento, naturalmente, tem se ser feito nesse pressuposto), e há os promotores que só querem é o projecto de arquitectura aprovado, deixe estar que o resto a gente trata, e quando vamos fazer as telas finais é que ficamos a saber como é que aquilo ficou.
   E eu aqui acho que somos nós, como empresa, que temos de ter capacidade de comunicação, de conseguir perceber o que pretende o cliente, transmitir claramente em que consiste o trabalho a realizar, o que está incluído, o que não está incluído, o que pode correr mal, o que acontece se correr mal... E quanto custa isso tudo, já agora.
10. • mgrocha
    • 7 julho 2009

     # 10

    Colocado por: J.FernandesPor alguma razão é que há o pedido de informação prévia, que no caso de parecer positivo é vinculativo para a Câmara. O arquitecto tem o dever de - usando este mecanismo ou outros - se comprometer contratualmente, com o cliente de que o projecto que entrará na C. M. será, com mais ou menos alterações, aprovado.

    
    
    Boas,
    Isto é verdade? No meu caso o Informação Prévia foi deferida, mas a Comunicação Prévia está dificil...
    
    Miguel
11. • AugstHill
    • 8 julho 2009

     # 11

    Difícil, em que sentido? Foi rejeitada? Passou mais de 1 mês e a câmara não diz nada?
12. • mgrocha
    • 8 julho 2009

     # 12

    Bom, em resumo:
    
    A Informação Prévia foi deferida a 03-10-2008.
    
    A Comunicação Prévia entrou no inicio do ano, porque o Arquitecto não tinha as especialidades prontas na altura, e até agora nada...passámos de um "ligue para a próxima semana" durante uns 4 meses para um "vai ser aprovado, deve estar a receber a comunicação" há coisa de 1 mês e para um "em principio não é aprovado" da semana passada.
    
    Tenho reunião amanhã na Câmara de Almada com responsável pelo urbanismo.
    
    Entretanto passei por 2 gravidezes das Arquitectas da CMA...O projecto inicial entrou em Março de 2008.
    
    Acho que tive o cúmulo do azar...azar com o Arquitecto (pela falta de acompanhamneto e pressão) e azar com a Câmara!
    
    Resta dizer que a reunião amanhã é sem o meu Arquitecto, está de férias...Prioridades :(
    
    Miguel
13. • AugstHill
    • 8 julho 2009

     # 13

    De acordo com o 36-A da Lei 60, só tem de liquidar as taxas e pode começar a obra
14. • zedasilva
    • 8 julho 2009

     # 14

    Ora aqui está um bom tema.
    Para se liquidar as taxas é necessário que a câmara diga qual o seu valor e as receba.
    E como se faz quando o municipio se recusa a tal?
15. • AugstHill
    • 8 julho 2009

     # 15

    Procede-se conforme o artº 113 (ver nº 3 e seguintes)
16. • NMG
    • 8 julho 2009

     # 16

    Caro MgRocha,
    Pelos vistos somos vizinhos...o meu projecto tambem foi em Almada. Não o quero desiludir...mas digo-lhe já que ir á reunião sem o arq. não é nada aconselhavel. Ele tem de ser responsável pelo projecto e ouvir ele proprio quais as razões do possivel indeferimento, para que as possa colmatar. Eu fiz de moço de recados com o meu e não resultou... O meu projecto demorou mais de um ano a ser deferido(14 meses só a arquitectura), e esteve quase a ser recusado. Até que me passei e armei um banzé na CMA e o chefe dos Arq. recebeu-me... passada uma semana estava aprovado!!! Conheço bem as arq.ªs da CMA...até os colegas dizem mal delas...posso garantir-lhe que no meu caso chegaram a dar o dito por não dito, e cada vez que o projecto vinha p traz, aparecia uma nova deficiencia...até que apareceu uma que eles já tinham mandado alterar...aí fui aos arames ...entrei por ali...e só fecharam a cma quando o tal chefe me recebeu. Infelizmente, ás vezes no nosso Portugal democrático, acontecem estas coisas...mas lá está, são as maiorias e os "reinados" desta e outras CM que são deles desde o 25 Abril, que os levam a actuar assim. Tenho dito.
17. • mgrocha
    • 10 julho 2009

     # 17

    Caro NMG,
    
    Tive que ir sem o meu Arquitecto visto que este por estar de férias não se diposnibilizou...prioridades.
    
    A reunião foi com a reponsável pelo urbanismo e com o técnico responsável. Tentei "bater-me" com o deferimento da Informação Prévia, mas os meus conhecimentos são escassos nestes temas.
    
    Foram, de facto, apontadas algumas deficiências ao projecto que também não consegui justificar mas percebi porque mais do me saber o que está mal solicitei que me esclrarecessem como ultrapassar a questão. Mas claro que ficou por justificar da parte deles como passou a Informação Prévia, embora com algumas recomendações e não passa a Comunicação Prévia.
    
    Apercebi-me, também, que o meu Arquitecto anda a fazer projectos "chapa 5" e que tem mais projectos que serão indeferidos pelo mesmo motivo. Disseram-me inclusivamente que as falhas são tão grosseiras que era impossivel que o projecto tenha sido feito por ele, dada a experência...
    
    Fiquei de ir lá com o Arquitecto quando ela voltar de férias.
    
    Mas pelo andar da carroagem tem que ser um projecto novo (arquitectura e especialidades - estrutura e águas e esgotos, pelo menos)
    
    A minha relação com o Arquitecto também já não é das melhores, porque a meu ver ele não pressiona o suficiente e estou a dar mais a cara pelo projecto eu do que ele. Para além disso suspendi o pagamento da última tanche que deveia ter pago qdo a comunicação prévia entrou e só lhe vou pagar com a aprovação, ele bem tentou nos primeiros meses mas mostrei-me intrasigente, e bem!
    
    Estou a ponderar até mudar de Arquitecto, se pudesse mudava certamente de Arquitecto e Câmara!
    
    Abraço,
    
    Miguel Rocha
18. • mgrocha
    • 10 julho 2009

     # 18

    Caros,
    
    Fica aqui o meu testemunho é muito importante saber escolher bem o Arq. se possivel com referências para não correrem o mesmo risco que estou a correr.
    
    Quanto ao pagamento deixem SEMPRE a % máxima possivel para aprovação do projecto.
    
    Cumprimentos,
    
    Miguel Rocha
19. •  
      Fernando Gabriel
    • 10 julho 2009

     # 19

    Colocado por: mgrochaCaros,
    
    Fica aqui o meu testemunho é muito importante saber escolher bem o Arq. se possivel com referências para não correrem o mesmo risco que estou a correr.
    
    Quanto ao pagamento deixem SEMPRE a % máxima possivel para aprovação do projecto.
    
    Cumprimentos,
    
    Miguel Rocha

    
    
    quais foram os erros grosseiros que apontaram ao projecto já agora se puder dizer
    cumps
20. • luisvv
    • 10 julho 2009

     # 20

    Resta dizer que a reunião amanhã é sem o meu Arquitecto, está de férias...Prioridades :(

    
    
    Eh pá, pois é, que chatice. Então o gajo não interrompe as férias para ir atender um cliente, onde é que já se viu ? Se calhar também não lhe atende telefonemas às 3 e 4 da manhã, só porque tem esse hábito horrível de, como é que lhe chamam... acho que é "dormir" ou uma coisa assim...