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  1.  # 41

    Em relação ao que aqui foi exposto sobre obras públicas, há algumas opiniões que não estão inteiramente corretas. Mas não julgo certo continuar o off-topic.

    Então, diria que a forma mais correta seria, projeto de licenciamento de arquitetura, após aprovação são elaborados os de especialidades e so depois destes aprovados é que se desenvolvia um projeto de execução, arquitetura e especialidades, incluindo mapa de quantidades e caderno de encargos.

    Um dos problemas é que na maioria das vezes o dono de obra não quer esperar mais tempo e após as aprovações na câmara quer logo avançar.

    Tenho o exemplo de um amigo que fez agora um ano que o arquiteto começou a desenvolver o projeto. As especialidades só foram aprovadas no final do ano e ele já andava desesperado com um mapa de quantidades semi elaborado, a pedir orçamentos.
  2.  # 42

    O mal da maioria dos Donos de Obra é que, quando têm o projeto de arquitetura aprovado na Câmara Municipal, pegam no projeto e começam logo a procurar empreiteiro para lhes fornecer orçamentos. Isto está totalmente errado!!! A parte das especialidades, principalmente a de betão armado, podem ter um peso bastante relevante, só olhando para a arquitetura.

    Os empreiteiros, em vez de esperaram pelas especialidades ou perguntarem por estas, dão logo preço. Claro, depois isto têm que dar asneira, porque o suposto era custar "x" e afinal vai custar "y". Alegam que estavam a pensar de uma forma a estrutura da casa e afinal no projeto de especialidades vem outra, é sempre assim....

    Daí volto a dizer, os gabinetes tem de fazer o seu papel e lembrar as estes Donos de Obra, que é sempre necessário um bom projeto de execução e um mapa de quantidades para depois sim, os Donos de Obra consultarem os empreiteiros.

    Senão for assim feito, o que vai acontecer é que em vez dos Donos de Obra receberem orçamentos dos mapas de quantidades executados nos gabinetes, mapas credíveis e em concordância entre arquiteto e Dono de Obra, vão receber orçamentos com 1 ou 2 folhas A4, em que um orçamento de um empreiteiro fala uma coisa e outro fala de outra, com valores muito diferentes.

    Depois queixam-se que a culpa é do gabinete e do empreiteiro.

    É a vida!!!!
    Concordam com este comentário: DIFERAGE
  3.  # 43

    Mas os gabinetes não estão isentos de culpas - não se ofendam que não serão certamente todos iguais - e muitos arquitetos não têm noção da realidade e optam por soluções que depois vão custar uma fortuna ao dono de obra.

    Exemplo disso são vãos enormes, revestimentos a pedra ou zinco, betão à vista, etc., que o dono de obra não tem noção de quanto custam a mais.

    Sei que são tudo despesas a somar e já se sabe que dono de obra não quer gastar com projeto, mas a figura de um revisor do projeto, como o há em obra pública, poderia ser muito útil ao dono de obra. Muitos arquitetos querem fazer um projeto para encher o olho, para se publicitarem e, muitas vezes, não aceitam que dono de obra peça para alterar.
    Concordam com este comentário: enf.magalhaes
  4.  # 44

    Colocado por: mandrongoa figura de um revisor do projeto, como o há em obra pública, poderia ser muito útil ao dono de obra.

    É por isso que defendo qua a fiscalização deve ser contratada logo após a definição da arquitetura e que deve ser um profissional externo à equipa de projeto.
    Ainda que não seja da sua competência, deve o fiscal servir de revisor do projeto e conselheiro do DO.
    Concordam com este comentário: sousa tavares, bertomed, mandrongo
  5.  # 45

    Colocado por: mandrongomuitos arquitetos não têm noção da realidade e optam por soluções que depois vão custar uma fortuna ao dono de obra.

    Como foi dito aqui no fórum por alguém, se reservar um pequeno prémio a dar ao arquitecto caso o mesmo consiga fazer um projecto que não fuja (muito) ao seu orçamento, poderá ser um incentivo a que o mesmo tenha em atenção as escolhas que faz.


    Colocado por: mandrongoMuitos arquitetos querem fazer um projeto para encher o olho, para se publicitarem e, muitas vezes, não aceitam que dono de obra peça para alterar.

    É claro que eles gostam de deixar a sua assinatura mas quem paga é o DO. Por isso, não podem não aceitar só porque sim. Havendo dialogo, diferentes soluções podem ser vistas, discutidas e aceites.
  6.  # 46

    Colocado por: clasusse reservar um pequeno prémio a dar ao arquitecto caso o mesmo consiga fazer um projecto que não fuja (muito) ao seu orçamento, poderá ser um incentivo a que o mesmo tenha em atenção as escolhas que faz.

    Não concordo!
    A obrigação do arquiteto é fazer um projeto que corresponda aos anseio do DO
    Isso é a mesma coisa que dizer-mos aos putos:
    - Se te portares bem compro-te um chupa
    Concordam com este comentário: anselmo
  7.  # 47

    Colocado por: zedasilvaobrigação do arquiteto é fazer um projeto que corresponda aos anseio do DO

    Obrigação é mas sabemos que alguns nem sempre têm isso em mente...
  8.  # 48

    Colocado por: clasusObrigação é mas sabemos que alguns nem sempre têm isso em mente...

    Eu até acho que tem, mas se dizem isso ao DO o projeto termina logo ali.
    Assim vai-se empaleando com a historia dos 150.000€ para 200m2 até o DO pagar o projeto, depois já não é problema deles.
    É por isso que um mapa de quantidades é de estrema importância para este tipo de situações.
    Com um bom mapa de quantidades e um bom técnico, é possível fazer cortes de forma a não comprometer o projeto e a qualidade construtiva e caber no orçamento do DO
    Concordam com este comentário: sousa tavares, Flavita, bertomed, mandrongo
    Estas pessoas agradeceram este comentário: IC
  9.  # 49

    Colocado por: zedasilva
    Eu até acho que tem, mas se dizem isso ao DO o projeto termina logo ali.
    Assim vai-se empaleando com a historia dos 150.000€ para 200m2 até o DO pagar o projeto, depois já não é problema deles.
    É por isso que um mapa de quantidades é de estrema importância para este tipo de situações.
    Com um bom mapa de quantidades e um bom técnico, é possível fazer cortes de forma a não comprometer o projeto e a qualidade construtiva e caber no orçamento do DO
    Para quem tem orçamentos limitados o MQ é ainda mais fundamental do que para quem tem mais fundo de maneio, digo eu.
    Concordam com este comentário: bertomed, NTORION, DIFERAGE
  10.  # 50

    Penso que à tudo como arquitetos. Uns mais sensíveis que outros nas questões de alterações solicitadas pelos Donos de Obra.

    Saliento também que é preciso fazer ver aos Donos de Obra o custo aproximado por m2 da construção na altura da execução do projeto, em termos de áreas, para eles terem uma noção do que podem gastar, pois como muitos de nós, recorremos aos empréstimos bancários, como a vida está a nível profissional, nada hoje é estável.
    Mas, continuo a dizer, o mais importante é ir ao encontro do idealizado pelos Donos de Obra, pois são estes que vão pagar a sua obra e vão lá viver.
    Concordam com este comentário: DIFERAGE
  11.  # 51

    Colocado por: jorgferrPara quem tem orçamentos limitados o MQ é ainda mais fundamental

    Bem verdade!
    Por vezes é preferível "gastar algum" para conseguir "poupar muito"
    Concordam com este comentário: jorgferr, antonylemos, IC
    • clasus
    • 12 janeiro 2018 editado

     # 52

    Colocado por: zedasilvaCom um bom mapa de quantidades e um bom técnico, é possível fazer cortes de forma a não comprometer o projeto e a qualidade construtiva e caber no orçamento do DO

    Não estando a tirar importância ao MQ, o projecto já devia de estar/ser de tal forma que já não deveria ser necessário fazer cortes (ou grandes cortes). Digo eu!
  12.  # 53

    Colocado por: zedasilvadizer-mos


    Desculpe a correção... dizermos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: zedasilva
  13.  # 54

    Colocado por: zedasilvaestrema


    Idem... extrema
    Estas pessoas agradeceram este comentário: zedasilva
  14.  # 55

    Também não concordo com o prémio ao arquiteto se valor da obra for cumprido. Para isso já o dono de obra lhe paga os honorários.
    Multas por soluções megalómanas ou por erros e/ou omissões, isso sim.

    Gosto da ideia de o fiscal aparecer logo no início. Como é alguém que mais à frente vai ser interveniente no processo, toda esta colaboração prévia irá familiariza-lo com o projeto e talvez facilitar-lhe o trabalho futuro. E, como tal, honorários nem venham a ser significativos em comparação com os de fiscalização e com as eventuais poupanças na execução.
  15.  # 56

    Há que dizer às pessoas que participam no fórum em temas de construção, reconstrução, demolições e afins, relacionados com a construção civil da importância que todos os técnicos têm e do que temos aqui debatido.
    • emad
    • 12 janeiro 2018 editado

     # 57

    Colocado por: mandrongoTambém não concordo com o prémio ao arquiteto se valor da obra for cumprido. Para isso já o dono de obra lhe paga os honorários.
    Multas por soluções megalómanas ou por erros e/ou omissões, isso sim.

    Gosto da ideia de o fiscal aparecer logo no início. Como é alguém que mais à frente vai ser interveniente no processo, toda esta colaboração prévia irá familiariza-lo com o projeto e talvez facilitar-lhe o trabalho futuro. E, como tal, honorários nem venham a ser significativos em comparação com os de fiscalização e com as eventuais poupanças na execução.

    Trabalhar para a cenoura é muito mais aliciante do que trabalhar apenas para o salário ou honorários pré estabelecidos.
    Eu defendo em todo o trabalho prémios por objectivos. Tem é de ser claros e exequíveis.
    Quem não gosta é porque tem medo de não os conseguir cumprir e não gosta de pressões.
    Numa obra que não hajam prazos e tectos para cumprir, da asneira. E claro que muitos profissionais gostam de trabalhar com margem. Porque os DO e que se f d em.
    Concordam com este comentário: antonylemos, jorgferr, clasus
    • emad
    • 12 janeiro 2018 editado

     # 58

    Já o disse aqui no fórum. Antes de começar a construção da minha casa tentei para além dos honorários negociados com o meu arquitecto, tentei fazer um.plano de metas e prémios.
    Ele simplesmente não quis aceitar.
    Com isto defendeu carpintaria lacada por toda a casa. Defendeu painéis de alumínio a forrar meia casa. Defendeu mármore nos wcs e cozinha. Janelas enormes.
    Isto facilmente me custou mais 25k. Se ele fosse inteligente, podia ter ganho mais 5k e eu 20k.
    Fiquei eu a perder. Porque ele com a minha obra ficou com um cartão de visita que convence qualquer futuro DO das valências técnicas e gostos dele.
  16.  # 59

    Colocado por: emadSe ele fosse inteligente, podia ter ganho mais 5k e eu 20k.


    Colocado por: emadele com a minha obra ficou com um cartão de visita que convence qualquer futuro DO


    Uma boa publicidade por vezes vale bem mais que 5K
    Concordam com este comentário: NTORION, Flavita
    • Skinkx
    • 12 janeiro 2018 editado

     # 60

    Colocado por: emadJá o disse aqui no fórum. Antes de começar a construção da minha casa tentei para além dos honorários negociados com o meu arquitecto, tentei fazer um.plano de metas e prémios.
    Ele simplesmente não quis aceitar.
    Com isto defendeu carpintaria lacada por toda a casa. Defendeu painéis de alumínio a forrar meia casa. Defendeu mármore nos wcs e cozinha. Janelas enormes.
    Isto facilmente me custou mais 25k. Se ele fosse inteligente, podia ter ganho mais 5k e eu 20k.
    Fiquei eu a perder. Porque ele com a minha obra ficou com um cartão de visita que convence qualquer futuro DO das valências técnicas e gostos dele.


    Mas foi você que lhe pagou o portfólio dele.

    Eu cobrava-lhe 5k para o deixar tirar fotografias: publicidade com a carteira dos outros é fácil.
 
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