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  1.  # 21

    A farmácia do Norte Shopping nunca pode ser exemplo comparativo para as outras farmácias. Essa é um caso aparte de tudo o resto. assim como as farmácias hospitalares.
    Quanto à propriedade tem o meu acordo, não subscrevo a lei antiga que limitava a propriedade ao farmacêutico.
    Para mim o mais importante foi a liberalização da propriedade. A partir daqui que se façam cumprir os requisitos de quadros de pessoal, pelo menos.

    Quanto aos laboratórios, concordo que eles não controlem toda a cadeia do medicamento, desde o desenvolvimeto até à venda ao público, até por uma questão de, digamos, clareza. (não sei se isso é mesmo assim!!!). Estamos a falar de saude pública
  2.  # 22

    Colocado por: Pedro Azevedo78
    Colocado por: Luis K. W.Há algum serviço (publico ou privado) de âmbito nacional que funcione tão bem como as farmácias?

    Funcione tão bem em que sentido? Haver muita escolha? Terem os medicamentos que se lhes pede? Que há assim algo de especial no funcionamento de uma farmácia? As padarias funcionam igual, e há muitas mais para escolher... :)
    É uma questão de gestão de stocks.
    Você vai a uma loja de materiais de construção e pergunta qual o prazo de entrega de determinado mosaico. Se não o tiverem em armazém (que é o mais natural) a resposta será: «primeiro temos de fazer a encomenda à fabrica e depois é que sei qual o prazo de entrega». Quando vem a resposta da fábrica, nunca lhe dizem que vai levar mais de 1 mês. É sempre «uma semaninha a 10 dias», e depois é o que se sabe.
    Com medicamentos na farmácia, se não há para entrega imediata, vai haver dentro de poucas horas.

    Além disso, as Farmácias melhoraram muito a imagem, a eficiência no atendimento, etc.
    Por exemplo: já é raro ver-se - eu nunca mais vi - bonecada e outros artigos que não estejam ligados à saúde, à venda nas Farmácias.

    Para terminar, as Farmácias têm fornecido serviços gratuitos à sociedade que só uma "rede" (associação) com uma direcção suficientemente respeitada poderia implementar, como o da «troca de seringas».
    Lembro-lhe que as Farmácias portuguesas RECOLHERAM (e mandaram incinerar) milhares de seringas usadas por mês durante anos, sem que o Estado comparticipasse nos custos.
    Da mesma forma, o apoio a doentes asmáticos pode já ter salvo algumas vidas.
  3.  # 23

    Depois das intervenções do Giba esta tem sido a discussão mais hilariante dos últimos dias. Pensei que já não houvesse quem defendesse, com a excepção óbvia dos farmacêuticos, o regime existente de propriedade de farmácias. E mais ainda: defender o papel "respeitado" da ANF. E porque não propor a Mafia Siciliana para prémio Nobel da Paz?
    Ninguém tem comprado medicamentos que não necessitam de receita médica nos supermercados? Eu já, porque poupo dinheiro, e já devia poder fazê-lo há muitos anos.
    Afinal o que queremos ser? Uma sociedade de livre iniciativa e de concorrência aberta, ainda que bem regulada; ou queremos continuar com o condicionamento industrial e o corporativismo, de que esta legislação aplicada às farmácias é, claramente, um resquício?
  4.  # 24

    J. Fernandes
    Quem decidiu o que deve ou não deve ser de venda exclusiva em farmácia, foi o Estado. Se o Estado decide que os «medicamentos» que nao necessitam de receita médica podem ser vendidos pelas empresas que engordam o Belmiro (primo do Pedro?), em vez de por milhares de profissionais (3 mil farmácias?) espalhados por todo o País, lá terá as suas razões... (mas isso já foge ao que as farmácias mais vendem, que são, sobretudo, produtos com preços tabelados).

    O «condicionamento industrial» acabou, mas não acabaram os condicionamentos à actividade industrial. :-)
    A questão da propriedade das Farmácias é/era uma das condicionantes "estranhas", mas teve vantagens. Permitiu haver uma ANFarmácias forte, com uma capacidade mobilizadora e uma estratégia clara de defesa dos seus associados e... dos utentes! Uma ANF que denuncia os conluios entre a industria farmaceutica e os médicos.

    Quanto ao «Corporativismo»... não é isso que fazem todas as Ordens profissionais? E a Apifarma, que parece agir como a cabeça de um cartel ?

    Para dizer a verdade, prefiro uma ANF que defende a venda de genéricos, que defende que as receitas sejam feitas pelo princípio activo (como já se faz nos hospitais), e a substituição pelo farmaceutico do medicamento prescrito pelo genérico equivalente, do que empresas multinacionais de farmácias (geralmente ligadas indústria farmaceutica) que preferirão vender o que os médicos mais vezes prescrevem : o medicamento mais caro do mercado para cada princípio activo - e que levarão o lucro da sua actividade em Portugal para os seus países de origem (ilhas Caimão, etc.).

    É claro que a ANF cresceu, aumentou o seu poder, e criou medos e invejas. E o engraçado é que invadiu o espaço do "inimigo". Tem empresa de factoring e um fundo imobiliario, tem uma empresa de distribuição, uma rede de farmácias (na Polónia) a meias com a Jerónimo Martins(!), subsidia um laboratório independente, tem 30% da maior holding privada de saúde do País, etc. E, segundo consta, até tem uma sociedade com uma empresa produtora de genéricos...
  5.  # 25

    Colocado por: Luis K. W.o Belmiro (primo do Pedro?)

    eh, eh... apanhou-me... :)
  6.  # 26

    Caro amigo Luís,
    Tenho sempre em boa consideração os seus comentários aqui neste fórum, mas deixe-me dizer-lhe que nesta discussão sobre farmácias a sua opinião surpreendeu-me pela negativa. Mas é sua e legítima.
    Acho que a questão é simples e, usando o seu exemplo: se a ANF pode ter 30% da maior holding de saúde do País (nada contra), porque é que uma holding de saúde ou de outra área qualquer, não pode ter uma cadeia de 20 ou 30 farmácias espalhadas pelo país?
  7.  # 27

    Colocado por: J.FernandesAcho que a questão é simples e, usando o seu exemplo: se a ANF pode ter 30% da maior holding de saúde do País (nada contra), porque é que uma holding de saúde ou de outra área qualquer, não pode ter uma cadeia de 20 ou 30 farmácias espalhadas pelo país?

    Exacto. Esse é o busílis desta questão.
  8.  # 28

    Colocado por: J.FernandesAcho que a questão é simples e, usando o seu exemplo: se a ANF pode ter 30% da maior holding de saúde do País (nada contra), porque é que uma holding de saúde ou de outra área qualquer, não pode ter uma cadeia de 20 ou 30 farmácias espalhadas pelo país?
    Obrigado pelas simpáticas palavras.

    Sinceramente, eu não tenho a mania que tenho sempre a razão. E sei que me engano muitas vezes. Mas neste caso...

    Em relação à sua pergunta é mais ou menos como perguntar porque é que um banco pode ter uma cervejaria e uma cervejaria não há-de poder ter um banco? Pelos vistos depende do que o Estado, naquele momento, tiver decidido qual a lei de propriedade a aplicar.

    Eu defendo que o facto de a propriedade de cada farmácia *ter sido* exclusiva de farmaceuticos *FOI* benéfica para haver uma grande distribuição geográfica, e (por essa e por outras) benéfica para os utentes.

    Tal como teria sido benéfica para os utentes uma política semelhante para as clínicas dentárias (talvez não fossemos o país mais desdentado da Europa, e não houvesse dentistas portugueses desempregados a serem aliciados a emigrar para o Reino Unido).

    Os ventos de mudança sopram do lado da liberalização da propriedade... esperemos que os utentes saiam beneficiados (acreditam mesmo nisso?).

    A verdade é que me arrepia a ideia que a indústria farmaceutica não tenha qualquer oposição forte - que neste momento só é protagonizada pela ANF.
  9.  # 29

    Colocado por: Luis K. W.Eu defendo que o facto de a propriedade de cada farmácia *ter sido* exclusiva de farmaceuticos *FOI* benéfica para haver uma grande distribuição geográfica, e (por essa e por outras) benéfica para os utentes.

    Isso tem alguma coisa a ver com a exclusividade de propriedade ou com as outras regras de rácios entre habitantes e farmácias?
    Está a misturar coisas...
    Já agora, porque não uma lei de 1 café para cada 1000 habitantes, um talho para cada 3000, um empreiteiro para cada 5000??
    Desculpe Luis mas este tipo de "regras" ultrapassa-me. Devo ser muito "liberal"....
  10.  # 30

    Pedro.
    Tem a ver com *todas* as regras para o exercício da «farmácia de oficina» (é assim que se chama?).
    É como se o facto de a licenciatura ser essencialmente paga pelo Estado (isto é, com o dinheiro dos nossos impostos) legitimasse que este exigisse, em contrapartida, que se cumpram essas regras de que resultOU que os maiores beneficiários foram os utentes (Isto dito assim, até faz passar o salazarismo por um regime quase comunista). :-))

    ACTUALMENTE o Estado define um número clausus para entrada de estudantes em certos cursos (deviam ser um máximo de 1100 por ano em Medicina - eu compreenderia se fosse um MÍNIMO...). Isto não tem também algo a ver com rácios? Ou será para defesa dos médicos que já se encontram a exercer?

    E não há QUOTAS para as mulheres nas listas eleitorais (aqui eu sou contra!)?

    Uma vez que todas as farmácias vendem os mesmos medicamentos ao mesmo preço, e como se trata de uma questão de saúde pública, porque não haver regras que definam a localização de farmácias? Em que é que os portugueses beneficiarão se houver 15 farmácias no Centro Comercial Colombo, e nenhuma na Venda Nova? Em que é que a saúde pública sai beneficiada se algumas das tais 15 farmácias venderem menos do que se estivesse localizada na Amareleja?
    •  
      FD
    • 14 julho 2009 editado

     # 31

    Luís,

    Você está a fazer algo muito errado, parece-me que está a endeusar a ANF. A ANF combate a industria farmacêutica, a ANF combate os médicos, a ANF recolhe seringas, a ANF recolhe raio X, temos farmácias em todo o país, não faltam medicamentos em stock...

    Os hipermercados Continente combateram os fornecedores de alimentos que exageravam no preço, negociou-os para ficarem mais baratos ao público, o Continente combateu os pequenos retalhistas que nos vendiam as coisas mais caras, o Continente ajudou a combater os fogos sem ajuda do estado, o Continente ajudou as crianças com a Leopoldina e sem ajuda do estado, o Continente e o Modelo existem em todo o país, nunca faltaram alimentos em stock...

    Percebe o que eu quero dizer? Isso não é feito em nosso prol, isso são relações públicas, gestão de imagem e buzz, nada mais. A ANF fez o que qualquer empresa séria e competente faria - defendeu a sua posição, o seu mercado, a empresa e os seus accionistas - nada disso de que fala é bem intencionado ou louvável, é uma tentativa de criar uma imagem favorável no público para que a opinião pública diga que sim, que os moldes pelos quais as farmácias funcionam estão correctos e não devem ser mudados.

    Mas, o problema é que vivemos numa economia de mercado livre (supostamente) e esta regulação do mercado por parte do governo é, quanto a mim, excessiva e injustificável.
    Falo das farmácias como falaria de outra coisa qualquer, não tenho nenhum ódio de estimação. Por exemplo, também acho a regulação da abertura de superfícies comerciais idiota. Se as empresas querem abrir um centro comercial ao lado de outro façam-no! Se houver mercado, é bom para toda a gente. Se não houver mercado, algum terá que fechar e as empresas responsáveis aprenderão uma lição e não voltarão a fazer a façanha. É exactamente como nós: crescemos a cair e algum dia deixaremos de o fazer - se tivermos os nossos pais sempre ao lado a agarrarem-nos, nunca havemos de aprender a cair e quando tal acontecer, seremos mais velhos e o tombo será muito maior e fará muitos mais danos.
  11.  # 32

    FD,
    Concordo consigo, excepto quando diz que a abertura de grandes superfícies comerciais não devia ser regulada. Este é dos poucos casos em que acho que deve haver regulação e ainda mais rigorosa (menos licenciamentos) do que a que existe actualmente. Digo isto devido à alteração radical nos fluxos de movimento dos locais onde estão construídos e, consequentemente, engarrafamentos em ruas que não estavam preparadas para tal, desertificação de centros das cidades, etc. Ou seja, principalmente em cidades de média dimensão, é necessário um estudo aprofundado antes dos licenciamentos, para não se provocarem alterações bruscas do tecido urbano.
    O urbanismo não pode ser deixado ao livre arbítrio do mercado, tem de ser planeado.
    Depois, não há-de faltar muito para que, com esta fartura toda de cc´s, muitos deles comecem a fechar portas e lá teremos mais umas ruínas abandonadas e uns guetos...
  12.  # 33

    Eu considero-me liberal e a favor da regulação do mercado pelo próprio mercado, mas há sectores em que, também penso, que o estado deve ter uma atitude reguladora.
    Preço livre dos combustíveis: deu no que deu (parece que ficamos todos melhores!!!).
    Este é só um exemplo.
    Já agora apoie-se a liberalização do mercado da água, depois veremos a quem ficaremos entregues e, o preço que passaremos a pagar por ela.
    Eu não convivo muito bem com os grandes grupos a monopolizarem o mercado, quanto mais em sectores essenciais para todos nós.
    Observem quem passa a controlar os negócios mais apetecíveis.
  13.  # 34

    Colocado por: antónio_001Preço livre dos combustíveis: deu no que deu (parece que ficamos todos melhores!!!).

    Apesar de tudo, há bombas que não estão "amarradas" às grandes gasolineiras, onde o preço é bem mais interessante e tentam competir dessa forma. Se o preço fosse tabelado, nem isso havia...
    A não ser que o preço fosse tabelado por baixo, e depois lá ia o estado (com o nosso dinheirinho...) pagar o que faltava às gasolineiras... Algo de género de SCUTS e certas travessias de certas pontes... Nunca por lá passo, mas pago como quem as usa diariamente...
  14.  # 35

    O urbanismo não pode ser deixado ao livre arbítrio do mercado, tem de ser planeado.
    Depois, não há-de faltar muito para que, com esta fartura toda de cc´s, muitos deles comecem a fechar portas e lá teremos mais umas ruínas abandonadas e uns guetos...


    Evidentemente, parte do princípio de que o planeamento central é mais eficiente que o resultado das decisões de cada um de nós - o que está longe de provado.

    Mais, se os Centros comerciais fecharem, fecham, qual o problema? Sobrevivem os melhores e mais aptos, e os restantes serão reconvertidos para outros usos..
  15.  # 36

    Colocado por: luisvvMais, se os Centros comerciais fecharem, fecham, qual o problema? Sobrevivem os melhores e mais aptos, e os restantes serão reconvertidos para outros usos..

    Assim já parece o Luís... :) lol
  16.  # 37

    Eu considero-me liberal e a favor da regulação do mercado pelo próprio mercado, mas há sectores em que, também penso, que o estado deve ter uma atitude reguladora. Preço livre dos combustíveis: deu no que deu (parece que ficamos todos melhores!!!).

    Se por melhores significa que passou a pagar um valor mais próximo do valor de mercado, em vez de o pagar via impostos, sim, pode dizer que estamos melhores.


    Já agora apoie-se a liberalização do mercado da água, depois veremos a quem ficaremos entregues e, o preço que passaremos a pagar por ela.

    Se calhar passaria a pagar um preço que reflectisse o custo efectivo do seu tratamento e distribuição, o que incentivaria o seu uso consciente, em vez de pagar um preço artificialmente baixo, compensado via impostos e taxas municipais.
  17.  # 38

    Vendo farmácia
  18.  # 39

    Luisvv,
    O que quis dizer é que a abertura de um grande centro comercial mexe com tanta coisa e com tanta gente - tráfego de ruas, estacionamento, desertificação de centros de cidades - que é do interesse de todos que este processo seja planeado e regulado.
  19.  # 40

    Colocado por: J.FernandesLuisvv,
    O que quis dizer é que a abertura de um grande centro comercial mexe com tanta coisa e com tanta gente - tráfego de ruas, estacionamento, desertificação de centros de cidades - que é do interesse de todos que este processo seja planeado e regulado.


    Repito: evidentemente, parte do princípio de que o planeamento central é mais eficiente que o resultado das decisões de cada um de nós - o que está longe de provado.

    Como é evidente, a instalação de um centro comercial num local com maus acessos seria meio caminho andado para a falência, pelo que não seria expectável que tal acontecesse de forma generalizada.
 
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