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  1.  # 181

    Colocado por: JoelMO estado nao ser exemplo para nada é o seu argumento? e a responsabilidade de cada um nao existe? Temos de estar à espera do estado para tudo?

    A responsabilidade de cada um tambem pode ser em funcao dos que nao tem terrenos, ou nao? Ou o proprietario florestal nao pode ter lucro sobre o seu espaco, apenas quiem tem casas?
  2.  # 182

    Ainda bem que muito se fala neste tópico.
    Espero que também a comunicação social dê o ênfase que este assunto merece, que já devia ter começado a dar até.
    Talvez pedir ao Bruno de Carvalho para fazer um post polémico sobre este assunto ajudasse..

    Brincadeira à parte, eu sou dos que moram nas zonas afectadas pelos incêndios de Outubro (Vi, completamente impotente, a frente que vinha da serra da estrela e Seia juntar-se com a frente que vinha de Oliveira do Hospital a poucos kms de casa), mas pelo menos a frente que vinha do lado de Tondela e Carregal do Sal não avançou, senão era como no filme, tínhamos a "perfect storm".

    Também sou daqueles que andou anos à procura de casa para comprar, e em Agosto de 2016 fechei negócio. Tem as áreas que gostava, uma localização pacata, fora do centro Urbano mas em Zona Urbana de Baixa densidade, com uma bela vista para a Serra da Estrela, em zona elevada.
    Não fui muito esquisito, e era esta mesmo (vi dezenas de casas anteriormente).
    Tem também um eucaliptal do lado Norte, e Pinhal a Poente.

    Ia eu basear a escolha de uma vida condicionado pelas árvores? Podia fazê-lo, mas então nunca na vida ia ter nada do género, porque com um defeito ou outro, nunca nada ia ser suficientemente bom.

    Para quem refere "Há e tal, mas os pinheiros já lá estavam, os eucaliptos também, e agora vou ter que os cortar?"
    Ora, se pensarmos bem, desde o inicio dos tempos, sempre se desbravou terreno para construir e fixar povos e povoações.
    Mas, o que fixa a população em determinado local?
    É um pinhal? Um Eucaliptal?
    Isto é tudo muito bonito, mas Portugal não é só o litoral, onde está concentrada a riqueza e organismos do pais.

    O que se passa é uma total desgovernação e desinteresse de proprietários, que muitas vezes são herdeiros, e fica sempre bem numa conversa dizer "há e tal eu tenho 2 hectares no interior, aquilo é um espetáculo", mas depois não sabe onde são as extremas, e passam-se 10 anos que não vai lá.

    Por outro lado, quando até há gente que podia comprar os ditos terrenos, e manter tudo limpo e cuidado, evitando problemas, os preços são feitos como se da baixa da cidade se tratasse (aconteceu comigo!), continuando a haver uma completa falta de interesse em cumprir a legislação, ou pelo menos, fazer o que os antigos faziam: limpar.

    As horas daquela noite fatídica de 16 Outubro, em que depois de passar a maior intensidade do incendio a 500m de minha casa, vindo de Sul, a minha vizinha não mas consegue pagar.
    Mas graças a mim, que estive na rua até amanhecer, numa cadeira virada para o pinhal dela, com os aspersores ligados a regar o matagal, silvas e tudo que lá está, bem como a apagar fagulhas que caiam, nada ardeu. E isso a senhora não me consegue pagar. Mas conseguiu pedir mais dinheiro por aquela tira de terro do que um terreno urbano com a mesma área, no centro da cidade.
    E lá estão, pinheiros e eucaliptos, viçosos e verdinhos, a 8 metros da parede do meu quarto. Árvores com 30 metros de altura, que nas noites de vendaval ouço a baterem os troncos uns nos outros, e a pensar quando vêm parar em cima de mim, mas assim é que é bonito.
    É o eucalipto que paga IMI, que é empresário, que oferece emprego, que gasta o ordenado que recebe nas compras locais, que investe, que faz a economia da generalidade das pessoas andar, que pôe pão na mesa todos os dias.
    Ou serão as pessoas?
    Não sei, às vezes baralho-me.. tal é a opinião acérrima dos defensores do "há e tal está em zona de construir, tem arvores à volta, construíste lá porque quiseste!"
    Sim, mas sou obrigado a manter zona pavimentada à volta de casa, lenhas e combustíveis afastados, materiais ignífugos, etc etc.. e do outro lado, não há deveres?
    A conclusão a que chego é que não, é só direitos..

    Siga com eucalipto, isso é que é bom... estamos na era do digital, mas o eucalipto é que é!
    E depois quero 5 litros de água para regar as alfaces, para a salada da minha filha, e vou comprá-la ao supermercado, se quiser!

    É tudo muito bonito caros amigos, mas falar e viver cá.. até vos posso garantir que há eucaliptais em que os donos vem fazer a plantação, e voltam 10 anos depois para os cortar. É justo? E pagam impostos? E desses impostos, que taxa fica para a prevenção dos incêndios?
    Toda a gente se queixa, ardeu-me isto, ardeu aquilo, preciso de subsidio..
    Pois, mas o triste com a casa que ardeu, que nem tinha seguro contra incêndios, fica sem ela.. e o proprietário acede a fundos para nova plantação, etc etc..

    Plantem sim, mas cumpram com o estipulado.
    Ah e tal assim não dá rendimento - muda de cultura.
    Ah e tal fica caro limpar os terrenos - olhem se eu comprar um carro com jantes de 20 polegadas também sei que não vou comprar pneus a 90 euros!

    Isto é com cada um..!

    Epah, não têm posses para cuidar, cedam, aluguem, façam cooperativa, uma reserva de caça, vendam aos Chineses, Angolanos, qie quer que sejam, mas cumpram!

    Porque quem se lixa no meio disto tudo, é quem não tem culpa nenhuma! Porra!
    Concordam com este comentário: Skinkx, crab, Filipe R. Carvalho, Sandra dos Santos
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Skinkx, crab
  3.  # 183

    Começa a ser cansativa a necessidade de responder a distorção de argumentos, mas vamos lá de novo:

    Colocado por: JoelM
    Tudo arde, mas nem tudo tem a mesmo reação à ignição de foto e nem tudo tem a mesma capacidade para propagar esse mesmo fogo!


    Repito: reunidas as condições prévias, tudo arde. Chega a ser ridícula a insistência na demonização do eucalipto, quando em 3 dos últimos 6 anos o sobreiro e azinheira juntos representam entre 15 a 24% da área florestal ardida, p.ex.
    Há trabalhos científicos que mostram que mais que a espécie dominante, em concreto, importa a existência ou não de um conjunto de condições que propiciam a propagação do incêndio: continuidade horizontal, continuidade vertical, etc;



    Resumindo a sua posição em relação a manter a floresta limpa é que nao é necessário porque só morre gente em casos pontuais (os outros anos eram só bombeiros), e a cultura do eucalipto é a uma que pode rentabilizar a nossa floresta, é isso?


    A minha posição é simples: relacionar 100 mortos, maioritariamente civis, apanhados no meio de uma catástrofe raríssima, com os eucaliptos é desonesto; referi-los numa conversa de café, en passant, como se fossem eventos regulares, é desonesto; ignorar estudos, relatórios, dados estatísticos oficiais e desqualificá-los com base numa observação meramente pontual ou anedótica, é ridículo; sugerir que o trabalho académico que apresente resultados contrários à nossa fé está viciado, é desonesto; imaginar que é possível fazer cumprir leis parvas é parvo.

    Esta é só uma pequena parte da minha posição, claro, mas para já chega.
    Concordam com este comentário: treker666
    • jmcxl
    • 23 fevereiro 2018

     # 184

    Acho curioso invocar-se a necessidade da existencia de eucaliptais para rentabilizar a floresta.
    Antigamente a floresta era rentavel sem eucaliptos. Mas quem a tratava sabia que as coisas tinham o seu tempo e criavam-se montados, que por via da platação desfasada, garantiam rendimento todos os anos.

    O que aconteceu foi que uma quantidade de "patos-bravos" desbarataram todo esse potencial arboreo sustentado, para plantar arvores de rendimento rapido (pinheiro e eucalipto).
    Agora que sem veem "encurralados" choram porque veem que para mudar vao estar 30 anos sem rendimento. Não tivessem cometido o erro inicial.
    Não pode valer tudo para ganhar dinheiro. Diversificar a nossa floresta tem agora, obviamente, um preço a pagar.
  4.  # 185

    Colocado por: luisvvComeça a ser cansativa a necessidade de responder a distorção de argumentos, mas vamos lá de novo:



    Repito: reunidas as condições prévias, tudo arde. Chega a ser ridícula a insistência na demonização do eucalipto, quando em 3 dos últimos 6 anos o sobreiro e azinheira juntos representam entre 15 a 24% da área florestal ardida, p.ex.
    Há trabalhos científicos que mostram que mais que a espécie dominante, em concreto, importa a existência ou não de um conjunto de condições que propiciam a propagação do incêndio: continuidade horizontal, continuidade vertical, etc;




    A minha posição é simples: relacionar 100 mortos, maioritariamente civis, apanhados no meio de uma catástrofe raríssima, com os eucaliptos é desonesto; referi-los numa conversa de café, en passant, como se fossem eventos regulares, é desonesto; ignorar estudos, relatórios, dados estatísticos oficiais e desqualificá-los com base numa observação meramente pontual ou anedótica, é ridículo; sugerir que o trabalho académico que apresente resultados contrários à nossa fé está viciado, é desonesto; imaginar que é possível fazer cumprir leis parvas é parvo.

    Esta é só uma pequena parte da minha posição, claro, mas para já chega.


    E a lei é parva porque eu digo, faltou o parágrafo final.
  5.  # 186

    Colocado por: Skinkx
    Desonestidade é querer desconstruir uma realidade evidente, em pequenos grupos de pintelhos, como se fossem dissociáveis uns dos outros. Isso sim, é desonesto.
    Falar na porra da Islândia, como se o verão mediterrânico tivesse mais algum paralelo no planeta? Só mesmo alguém profundamente desonesto (ou desconhecedor, é escolher) podia fazer esse paralelismo.


    Precisamente por isso fui buscar a Islândia, para expor o ridículo do seu argumento: os fogos no país de origem dos eucaliptos...



    Mas para concluir, para não o deixar quebrar a ligação entre floresta densificada de eucaliptos e o elevado número de fogos/baixas humanas/danos patrimoniais, continuo à espera dos dados que apontam que os mesmos fogos florestais em TOM e no Alentejo provocam os mesmos danos que provocam na Beira, por exemplo. O mesmo país, as mesmas condições climáticas, as mesmas condições orográficas nalguns casos, simplesmente um povoamento florestal completamente distinto, desde a densidade ás espécies.


    E aí está você a misturar as conhecidas serras do Alentejo, com os seus declives acentuados propícios à propagação de incêndios, com a planície da Beira Interior....

    enfim, um artista português..
  6.  # 187

    Colocado por: Skinkx
    Como se não houvesse espécies a serem exploradas que têm esse período de rotatividade e até mais.
    Afinal, os carvalhos vêm de onde, são importados da Lua? O pinho, cai do céu? O castanho, é eucalipto bronzeado?


    Claro que há - mas não foram plantados hoje, nem ontem. Foram-no em tempo e condições diferentes - e muitos dos que arderam podem daqui a 30 ou 40 anos estar a produzir de novo, porque se regeneram, se entretanto não arderem de novo.


    Nada como justificar tudo a uma equação insolúvel, como se só pudéssemos plantar eucaliptos, como se só os eucaliptos dessem rendimento. Mas depois afinal pagam-se mal, não dá para limpar os terrenos, criam-se matos e acumulação de detritos que, num ano normal, talvez só matem alguém que, com sorte, até é bombeiro.

    Quando entramos no domínio das convicções, cada um tem as suas.

    Está enganado, ninguém diz que só o eucalipto dá rendimento, você é que só fala do eucalipto. Eu já referi uma vez ou duas que, surpresa, não é uma questão de espécie arbórea, é antes uma questão de gestão. Terras geridas tendem a não arder, mas para serem geridas tem que haver perspectiva de lucro. Ponto.
  7.  # 188

    Colocado por: luisvv

    Precisamente por isso fui buscar a Islândia, para expor o ridículo do seu argumento: os fogos no país de origem dos eucaliptos...




    E aí está você a misturar as conhecidas serras do Alentejo, com os seus declives acentuados propícios à propagação de incêndios, com a planície da Beira Interior....

    enfim, um artista português..


    https://pt.wikipedia.org/wiki/Eucalyptus

    "São, em termos gerais, árvores e, em alguns raros casos, arbustos, nativas da Oceania, onde constituem, de longe o género dominante da flora.

    Adaptados a praticamente todas as condições climáticas, os eucaliptos caracterizam a paisagem da Oceania de uma forma que não é comparável a qualquer outra espécie, noutro continente."


    https://en.wikipedia.org/wiki/Bushfires_in_Australia

    Black Saturday bushfires
    173 fatalidades, 2,029+ houses, 2,000 other structures

    Junta-se o clima desfavorável a árvores mais propensas a incêndios florestais e temos um cenário ideal para o fogo.
  8.  # 189

    Colocado por: luisvv

    Precisamente por isso fui buscar a Islândia, para expor o ridículo do seu argumento: os fogos no país de origem dos eucaliptos...




    E aí está você a misturar as conhecidas serras do Alentejo, com os seus declives acentuados propícios à propagação de incêndios, com a planície da Beira Interior....

    enfim, um artista português..


    O que ardeu na Beira Litoral (Leiria/Aveiro) em Outubro, é caracterizado maioritariamente por terrenos planos e de excelentes acessos.

    Eu tenho um amigo que tem um discurso muito similar ao seu. No caso dele eu percebo, tem relações profissionais com as celuloses, ou por osmose ou por convicção, lá absorveu o que ouve do outro lado.

    Eu não sou contra tirar rendimento da floresta (como se pode ser?) mas tem que haver ordenamento e regras, não pode ser a lei do bota pra lá eucaliptos e vou lá daqui a 10 anos buscar um maço de notas.

    Se querem ter eucaliptos nas mesmas condições das celuloses, vou dizê-lo pela terceira vez para que fique claro, eu bato palmas e apoio. Não podendo ter essas condições, talvez seja melhor pensar noutras espécies.

    Mas isto é discussão que para já é precoce. O que não é precoce é a necessidade de limpar nas imediações de casas e estradas, tão pouco é negociável. Porque é disso que fala o tópico, que ainda ninguém falou em proibir o eucalipto, tão somente de impor algumas condicionantes/responsabilidades a proprietários e somente em locais muito específicos.
    • jmcxl
    • 23 fevereiro 2018 editado

     # 190

    Colocado por: luisvvpara serem geridas tem que haver perspectiva de lucro


    Sempre houve lucro na floresta autoctone portuguesa.
    Mas de ha uns anos para cá os "patos bravos" resolveram desbaratar tudo para substituir por especies de lucro facil.
    Agora ... ardeu... se tiverem de as retirar (assim o espero) vao passar dezenas de anos até tudo estar reposto e a floresta voltar a ser rentavel, como era no tempo dos nossos avós.
  9.  # 191

    Colocado por: luisvv
    Está enganado, ninguém diz que só o eucalipto dá rendimento, você é que só fala do eucalipto.Eu já referi uma vez ou duas que, surpresa, não é uma questão de espécie arbórea, é antes uma questão de gestão.Terras geridas tendem a não arder, mas para serem geridas tem que haver perspectiva de lucro. Ponto.


    E para dar resposta a isto, quer-se tornar igual o que é por definição diferente.

    Quando todas as terras são geridas, a espécie é quase indiferente. Quando as terras não são geridas, o eucalipto torna-se mais perigoso que todas as árvores que conheço, precisamente pela velocidade de propagação.

    Ou também vai negar isto?

    Eu arrisco dizer que nos incêndios de Outubro, se não tivéssemos eucaliptos, jamais os fogos teriam percorrido as distâncias que percorreram, mesmo com o vento que estava, porque [do meu conhecimento] só a casa de eucalipto tem aquela capacidade de galgar quilómetros de frente de fogo tão rapidamente.

    O problema não é nem nunca foram as terras geridas, mas sim as que não são geridas. E aí o eucalipto é predominante e logo o eucalipto, que apresenta maior perigo em caso de incêndio. Isto é como nos materiais de construção, nenhum deles se incendeia sozinho, mas em caso de incêndio cada um tem uma resposta diferente ao fogo e a do eucalipto inspira muito mais cuidados.
  10.  # 192

    Colocado por: pauloagsantos

    as possiveis mais valias? desde quando o comprador tem que suportar as mais valias do vendedor?


    Desde que o comprador assim o aceite... negocios podem ser feitos de muitas formas, desde que de acordo com ambas as partes... eu até posso pedir para que o comprador me pague umas ferias nas caraibas.
    Concordam com este comentário: clasus
  11.  # 193

    Colocado por: miguelcristovaoNão sei, às vezes baralho-me.. tal é a opinião acérrima dos defensores do "há e tal está em zona de construir, tem arvores à volta, construíste lá porque quiseste!"
    Sim, mas sou obrigado a manter zona pavimentada à volta de casa, lenhas e combustíveis afastados, materiais ignífugos, etc etc.. e do outro lado, não há deveres?

    É ou não verdade que construiu porque quis? É! Ponto final.
    Se eu construir frente ao mar, sei que estou sujeito a levar com a maresia e as suas consequências bem como a erosão costeira ou ainda em certos casos, água do mar a bater-me à porta. As pessoas têm que ponderar essas situações e caso aceitem têm de viver conscientes das possíveis consequências.

    Colocado por: JoelMPode ter o lucro que quiser, como qualquer negócio que tem de cumprir regras!

    Quando se planta eucaliptos ou pinheiros, pelo menos no meu caso, as pessoas que lá andam colocam fios e tiram medições para deixar as árvores espaçadas. Por norma, eu peço para alargar um pouco mais os caminhos para puder um trator lá passar e efectuar a limpeza. As regras existem e devem de ser cumpridas mas também têm que fazer sentido. Não me diga que é um cidadão exemplar porque não deve de cumprir todas as regras.
    Alguém mais atrás dizia que não era preciso plantar novamente os eucaliptos que ele arrebentavam de novo. É verdade e se assim não fosse, esta actividade não era economicamente viável. Tenho memória de um caso em que a madeira foi vendida e tive muito pouco lucro porque cavar o terreno e efectuar a plantação engoliu quase todo o dinheiro. Se juntar as limpezas que paguei, então não devo ter tirado lucro nenhum.

    Colocado por: jmcxlMas de ha uns anos para cá os "patos bravos" resolveram desbaratar tudo para substituir por especies de lucro facil.

    Quem não prefira ter lucro fácil de maneira legal que atire a primeira pedra!!!!!

    Colocado por: SkinkxEu arrisco dizer que nos incêndios de Outubro, se não tivéssemos eucaliptos, jamais os fogos teriam percorrido as distâncias que percorreram, mesmo com o vento que estava, porque [do meu conhecimento] só a casa de eucalipto tem aquela capacidade de galgar quilómetros de frente de fogo tão rapidamente.

    Será que foi só mesmo isso que causou todos aqueles incêndios? Veja o início deste vídeo.
  12.  # 194

    Colocado por: JoelM
    O estado nao ser exemplo para nada é o seu argumento? e a responsabilidade de cada um nao existe? Temos de estar à espera do estado para tudo?

      Diga isso às pessoas que têm casas paredes meias com propriedades por limpar. Certamente é mais fácil fazer uma queixa na GNR ou na CM para notificar o dono do que levantar o traseiro do sofá e ir limpar o mato à volta da casa para SUA segurança.
    •  # 195

      Ó clausus, claro que há mão incendiária, aliás, diz-se que muitos desses fogos tiveram origem em queimadas de pastores, convencidos que estavam que vinha lá chuva no furacão. Mas nem toda a mão incendiária, mesmo com o auxílio do vento, conseguia dar ao fogo a dimensão que teve... a mão incendiária origina alguns focos, mas a partir daí é o fogo que traça o seu próprio destino.

      _______________

      E desculpe lá, mas esse "construiu porque quis" é um insulto a qualquer pessoa que tenha uma casa perto de uma floresta. pode não se ter apercebido nem deito com maldade, mas isso é um bocado injurioso, um tipo temer pela sua vida toda e só ter vizinhos preocupados com a porcaria de umas árvores e do lucro que elas dão.

      isto aqui não se trata de ser um cidadão exemplar, que ninguém o é. Mas ao desrespeitar a lei, está a colocar em risco a vida de terceiros e não a sua.

      Por vezes, já o disse ontem, o discurso de proprietários de eucaliptos faz-me lembrar os fanáticos das armas na América: guns don't kill people, people kill people.

      Se não conseguimos ter controlo sobre as pessoas, pelo menos podemos tentar ter algum controlo sobre as árvores.
    •  # 196

      Colocado por: clasus
      Diga isso às pessoas que têm casas paredes meias com propriedades por limpar. Certamente é mais fácil fazer uma queixa na GNR ou na CM para notificar o dono do que levantar o traseiro do sofá e ir limpar o mato à volta da casa para SUA segurança.


      Então mas o dono corta e faz dinheiro com os eucaliptos e eu é que tenho o trabalho de limpar aquilo que é dele? Raio de mentalidade tuga, possa!

      Quem quer a carne que lhe roa os ossos, já o disse. E é por causa de mentalidades desrespeitadoras de proprietários que mais dia menos dia os eucaliptais vão começar a ser vandalizados... se quem planta respeita os outros, os outros também respeitam a plantação. Não havendo respeito, é de parte a parte.

      Ao construir também tem condicionantes em termos de proximidade a outras construções. É do mais elementar bom sendo que, para haver coexistência de floresta e parque habitacional, as mesmas regras se apliquem. Não podendo aplicar, proíbe-se as árvores em locais de potencial construtivo, ponto final, porque a habitação ainda é um direito constitucional e as pessoas precisam de perceber as prioridades.

      Tem que haver floresta, mas também tem que haver segurança para pessoas e bens.
    •  # 197

      Colocado por: clasus
      Diga isso às pessoas que têm casas paredes meias com propriedades por limpar. Certamente é mais fácil fazer uma queixa na GNR ou na CM para notificar o dono do que levantar o traseiro do sofá e ir limpar o mato à volta da casa para SUA segurança.


      Clasus

      até lhe digo mais, se eu tivesse que levantar o **** do sofá para ir limpar o pinhal/eucaliptal do vizinho, guardava para um dia de incêndio e ia lá limpar de moto-serra, limpando pela base.

      Na minha zona, quando houve um grande incêndio, houve uma fábrica em risco que andou de retro-escavadora a derrubar todos os eucaliptos dos vizinhos que podiam causar perigo. Da minha parte, pacífico.

      Dois erros no entanto: derrubaram mais do que era necessário (IMO) para ter um cordão de segurança bem definido e derrubaram eucaliptos dos vizinhos que confrontavam com o terreno da fábrica, mas ficaram em pé alguns eucaliptos que estavam dentro do próprio parque da fábrica e como tal propriedade da fábrica :-)

      Isto é Portugal no seu melhor. Mas para exemplificar, no dia em que tiver que limpar o terreno do vizinho para manter a minha segurança... não tem problemas, eu limpo. Posso é limpar da maneira que eu acho melhor :-)

      Cada um tem que zelar minimamente pelo que é seu. Se a nossa propriedade acumula matos que colocam de alguma forma em risco a segurança de terceiros, a responsabilidade de limpeza desses matos é nossa e não dos terceiros.
      • jmcxl
      • 23 fevereiro 2018

       # 198

      Colocado por: clasusQuem não prefira ter lucro fácil de maneira legal que atire a primeira pedra!!!!!


      Mas o que se passa por acaso é legal? Nem de bom senso é, quanto mais legal.
      Não é legal nem nunca foi.
      Só que todos assobiavam para o lado enquanto o petroleo verde pingava.
      Agora que os poços arderam é que choram.
    •  # 199

      Colocado por: JoelMSe quem constrói uma casa tem de respeitar regras (por exemplo afastamento ao vizinho, altura da hatiçao, etc) porque que quem planta eucaliptos e pinheiros nao haveria de seguir também regras?

      Existem regras e acredito que as empresas que fazem as plantações as sigam, por isso, não vá por aí.

      Colocado por: JoelMNinguém referiu que o que causou os incêndios foram os eucaliptos, apenas que os eucaliptos propagam os incêndios com maior velocidade e sao bem mais combustíveis que outras espécies!

      Como o Luis disse anteriormente, o material que existe no chão é muito mais importante que a árvore.

      Colocado por: JoelMmas se eu tenho o meu terreno limpo e tiro o cú do sofá para o fazer, porque o meu vizinho não faz o mesmo? Sou escravo do meu vizinho agora?

      Estou a falar na generalidade dos casos. Se você o faz, parabéns e há que reconhecer isso. No entanto, a maioria das pessoas só diz que o dever é do vizinho e, por isso, não se importa com mais nada mesmo tendo mato à porta de casa e as possíveis consequências.

      Colocado por: SkinkxSe não conseguimos ter controlo sobre as pessoas, pelo menos podemos tentar ter algum controlo sobre as árvores.

      Conseguir, consegue-se. É só o estado e todas as pessoas com tomates e mudar as penas aplicadas aos incendiários e às pessoas que lucram com os incêndios. Como você disse "Doa a quem doer".
    •  # 200

      Mas eu não me importo com penas mais pesadas para os incendiários, só que há fogos de razão natural e outros, onde a mão é humana, que não são premeditados.

      Não conseguindo acabar com os incêndios e tendo pulverizado a ilusão de que é com bombeiros e helicópteros que vamos acabar com isto, acho que se pode concluir que podemos e devemos começar a ter outro tipo de controlo sobre aquilo que efectivamente é perigoso, que é a biomassa.

      Quanto às empresas que plantam respeitarem as regras... bem, acho que há qualquer coisa sobre distâncias a linhas de água e a barragem da Aguieira só não tem eucaliptos dentro de água porque os vasos não se conseguem lá segurar. É como em tudo, o que não falta são pessoas a desrespeitar.

      Por exemplo, tenho propriedades agrícolas na família que deveriam estar salvaguardadas em termos de distâncias mínimas a eucaliptos... depois dos fogos, meteram eucaliptos quase em cima das estremas, quando não podiam. Se não é legal, se não têm autorizações de plantação, se mesmo assim os plantaram em local onde não podiam, que tipo de estratégias restam a um cidadão cumpridor da lei, se o ICNF não se desloca ao local?

      Isto é tudo muito lindo...
     
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