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    • srma
    • 3 agosto 2009

     # 41

    Em termos de tendências, parece que, finalmente, esta última começa a desenvolver-se. Irónico, o futuro da construção está no passado.


    O que se lamenta é que a moda não tenha começado mais cedo! Mas é como se costuma dizer mais vale tarde do que nunca!
  1.  # 42

    Colocado por: srma
    Em termos de tendências, parece que, finalmente, esta última começa a desenvolver-se. Irónico, o futuro da construção está no passado.


    O que se lamenta é que a moda não tenha começado mais cedo! Mas é como se costuma dizer mais vale tarde do que nunca!


    As razões para isso davam matéria que chegue para vários doutoramentos. Posso adiantar mais uma ironia: Para muita gente, a arquitectura vernacular significava um passado de pobreza e vida dura, que procuravam esquecer. Hoje, ter uma casa recuperada na província é sinal de status...
    • srma
    • 3 agosto 2009

     # 43

    Colocado por: AugstHill Posso adiantar mais uma ironia: Para muita gente, a arquitectura vernacular significava um passado de pobreza e vida dura, que procuravam esquecer.


    É um velho hábito português, eu costumo chamar-lhe repúdio pelas origens, parece que se continua a acreditar que aquilo que não se vê é porque não existe!
  2.  # 44

    Não sei se será repúdio, ou se será apenas português. Acho natural, do ponto de vista sociológico, que aqueles que conseguiram uma vida melhor, depois de anos de miséria, recusem os modelos a que, instintivamente, associam um passado de dificuldades.
  3.  # 45

    Estou de acordo com AugstHill. Alias sempre achei que não era por acaso que, na altura em que as pessoas deitavam abaixo as casas de pedra velha para fazer grandes casa novas sempre que podiam, deixavam ficar os canastros, recuperavam-nos e deixavam-nos bem à vista. É que eles sempre representaram uma certa riqueza e estatuto social, sinal de que os proprietarios tinham terras, provavelmente uma junta de vacas, tinham "bens ao sol", como diria Fernão Lopes.

    E a proposito do novo paradigma, acabo de passar por uma casa à beira da estrada em que alguém fez um excelente trabalho de integração do granito da casa original (simplicissima) com uma parte nova que achei bastante bonita (incluindo uma varanda com um sombreament que acho que vou copiar!). Tirei fotografias, mas esqueci-me do cabo para descarregar noutra casa. Logo que o tiver ponho-as aqui, porque achei uma excelente (dificil e arrojada) mistura de novo e antigo.
  4.  # 46

    Colocado por: srmaOra ai está, isto é que é Serviço Publico, obrigada Fernando e continue. Diria que as suas resenhas históricas começam a tornar-se um belissimo hábito dominical!

    PS - Já de tour é que não se voltou a falar!!!!


    está dificil para tours ultimamente, mas temos tempo para planear :) eu de organizador não dou :)
  5.  # 47

    é um modo mau de estar na minha opinião, nem tudo que é grande e vistoso tem valor ou mais valor que algo mais discreto e pequeno, a generalidade do povo ainda não percebeu isso, mas penso que já mudamos"" algumas mentalidades, mas há um grande caminho pela frente, por vezes é decepcionante, mas ainda há pessoas que dão valor às rugas"", e ao que representam.
    • srma
    • 3 agosto 2009 editado

     # 48

    Não sei se será repúdio, ou se será apenas português. Acho natural, do ponto de vista sociológico, que aqueles que conseguiram uma vida melhor, depois de anos de miséria, recusem os modelos a que, instintivamente, associam um passado de dificuldades.


    Reconheço que nunca tinha pensado na questão sob esse ponto de vista e sinto-me tentada a dar-lhe a razão, junte-se a nossa flexibilidade em acolher o que vem de fora (e em determinados contextos não acho que essa caracteristica seja negativa) e temos o belissimo panorama que anda pela paisagem "ubanistica" portuguesa, resta-nos ao menos a esperança de ver as coisas a comecarem a mudar. Também tenho visto umas coisas interessantes nas minhas andanças pelo pais, tenho que começar a andar com a máquina fotografica para quando as encontrar as colocar por aqui, isto porque tambem nos compete a nós - termos não só uma atitude critica com o que está mau (eu confesso que tenho essa tendência) mas tambem elogiar o que é bom - e como o Fernando tão bem o tem feito nestas discussões.
  6.  # 49

    Aproveito este post (espero que o amigo Fernando Gabriel não se importe) para divulgar um pouco história de Silves, outrora capital do Reino Arabe na Peninsula Ibérica.

    FEIRA MEDIEVAL 2009 - SILVES

    Dias: 08 – 16/07/2009


    A Feira Medieval de Silves é hoje um evento de referência nacional… para além do seu carácter lúdico e turístico, revela ainda um cariz cultural único. Ao longo dos seus nove dias contará uma estória, através da história, de factos vividos pelos seus povos e que estiveram na origem das gentes de hoje.
    A escolha dos séculos XI, XII e XIII deve-se sobretudo, ao facto de serem estes os séculos que melhor representam a pluralidade da(s) nossa(s) cultura(s), afirmada e explicada pelas conjunturas de prosperidade e crise, pelos contactos étnicos que motivaram a troca de experiências entre muçulmanos, os cristãos, e ainda os judeus.
    No ano de 1053, Silves é conquistada por Al-Mu'tadid, Rei de Sevilha, seu filho Al-Mu'tamid, ao lado de Ibn Ammar, um poeta local, haveria de imortalizar esta cidade, com os seus belos poemas, dos quais se destaca a célebre “Saudação a Silves”.
    Os preciosos achados arqueológicos confirmam o período compreendido entre os séculos XI e XII como o mais belo, poético e rico da cidade de Silves, com noites vividas em festas, nos pátios e salões onde a beleza se misturava com a música, a poesia e a dança. Xelb, como então se chamava, era frequentada por artistas, poetas, juristas, historiadores e cientistas da época… e igualmente por ricos mercadores.
    Nos meados do século XII, Ibn Qasi organiza e chefia um movimento religioso e político, os Muridas, intitulando-se Mahdi (o Messias que há-de vir no fim do mundo para salvação dos homens).
    Em 1189, inaugura-se um novo capítulo na história da cidade, quando esta é atacada por D. Sancho I de Portugal, com o auxílio dos homens que partiam para a III Cruzada do Oriente, entre eles o imperador da Alemanha, Frederico Barba Roxa, o Rei da França, Filipe Augusto e o Rei de Inglaterra, Ricardo Coração de Leão. Depois duma luta aguerrida e a cidade cercada, os muçulmanos renderam-se pela sede.
    A conquista da cidade pelos cristãos foi alcançada por D. Paio Peres Correia, com a ajuda dos Cavaleiros da ordem de Santiago de Espada, entre 1242 e 1246, e antes da conquista definitiva do Algarve por D. Afonso III, que atribui o primeiro Foral a Silves e mais tarde em 1269, o mesmo D. Afonso III concedeu aos mouros forros de Silves, Tavira, Loulé e Santa Maria da Faro com outro foral.
    Estes são alguns dos factos marcantes da cidade nestes séculos que irão, juntamente com muita fantasia, ser contados e representados nos nove dias da edição de 2008 da Feira Medieval de Silves. Esperando, dar continuidade ao sucesso alcançado em anos anteriores.
    A azáfama nas ruas do centro histórico será constante, respirando-se uma atmosfera com características particulares, num ambiente e cenário únicos, em que centenas de bancas com diferentes produtos partilharão o espaço com tabernas onde as iguarias da época apelarão a todos, pelo cheiro no ar.
    As ruas ganham uma cor e luminosidade próprias e o ambiente recriado é único e memorável para quem nos visita.

    (texto retirado do site www.cm-silves.pt)
      27.jpg
  7.  # 50

    Claro que não vasco pelo contrario, eu não conheço silves há sitios do algarve que não conheço, mais uma para o meu livro de fazer"" :)
  8.  # 51

    Colocado por: Fernando GabrielClaro que não vasco pelo contrario, eu não conheço silves há sitios do algarve que não conheço, mais uma para o meu livro de fazer"" :)


    Venha e iremos almoçar...
  9.  # 52

    Colocado por: vasco tome
    Colocado por: Fernando GabrielClaro que não vasco pelo contrario, eu não conheço silves há sitios do algarve que não conheço, mais uma para o meu livro de fazer"" :)


    Venha e iremos almoçar...


    obrigado vasco, se for para esses lados eu aceito
    obrigado
    • srma
    • 9 agosto 2009

     # 53

    Certa que o Fernando não se importará, junto aqui alguma informação sobre as Aldeias de Xisto (sé estive na Aldeia da Pena, valeu a pena... recomendo)!

    São 24 as Aldeias do Xisto distribuídas pela Região Centro, num território de enorme beleza que oferece experiências únicas.
    Encante-se com estas 24 aldeias tradicionais, escondidas entre serras de vegetação frondosa e as suas casas feitas de xisto, a rocha mais abundante na região. As várias tonalidades desta pedra, também usada nos pavimentos das ruas estreitas e sinuosas, misturam-se de forma perfeita nas cores da paisagem natural.
    Xisto
    Xisto é o nome genérico de vários tipos de rochas metamórficas facilmente identificáveis por serem fortemente laminadas. Em linguagem popular, em Portugal é também conhecida por "lousa" (e, por extensão, designa-se como "terra lousinha" aos solos com base xistosa).
    A argila metamorfizada, devido ao aumento de pressão e temperatura (metamorfismo), torna-se primeiro um folhelho e em seguida, ao continuar o metamorfismo, passa a ardósia, que vira filito, que finalmente passa a xisto. Ou seja, a sequência de formação é argila - folhelho - ardósia - xisto - gnaisse.
    O xisto e a arquitectura
    A arquitectura das aldeias serranas tem como principal elemento o xisto, predominante na geologia da serra. Na construção das casas é ligado por argamassas de argila ou simplesmente apoiado por sobreposição, sendo esta última técnica frequente no caso dos currais, espaços para guarda de animais. Para a estrutura das coberturas é utilizada madeira de castanho e pinho revestida depois com colmo e lagetas de xisto, mais recentemente com telha de canudo. As portas, janelas e soalhos do piso superior são igualmente construídos em madeira. Este piso era amplo e escuro, com bancos compridos e uma lareira cujo calor era aproveitado para secar a castanha disposta num tecto falso de ripas de madeira – o “caniço”. Geralmente as construções estão intimamente ligadas ao acidentado do terreno que lhes serve de suporte, apresentando um ou dois pisos e muitas vezes sobrepondo-se entre si. Criam-se assim formas irregulares que lhe conferem uma imagem singular pela sua diversidade e riqueza. Era costume encontrar à porta das casas entre uma e três pedras em bico que serviam para afastar o mal.
    Rede das Aldeias do Xisto
    A Rede das Aldeias do Xisto é um projecto de desenvolvimento sustentável, de âmbito regional, liderado pela ADXTUR- Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, em parceria com 16 Municípios da Região Centro e com mais de 70 operadores privados que actuam no território, tendo inclusive uma gestão participada no Projecto da Rede de Praias Fluviais.
    São 24 aldeias espalhadas pelo Pinhal Interior Norte e Sul no Centro de Portugal, sendo que dez delas estão situadas na Serra da Lousã.
    • Arganil
    o Benfeita
    • Castelo Branco
    o Martim Branco
    o Sarzedas
    • Figueiró dos Vinhos
    o Casal de São Simão
    • Fundão
    o Barroca
    o Janeiro de Cima
    • Góis
    o Aigra Nova
    o Aigra Velha
    o Comareira
    o Pena
    • Lousã
    o Candal
    o Casal Novo
    o Cerdeira
    o Chiqueiro
    o Talasnal
    • Miranda do Corvo
    o Gondramaz
    • Oleiros
    o Álvaro
    • Pampilhosa da Serra
    o Fajão
    o Janeiro de Baixo
    • Penela
    o Ferraria de São João
    • Proença-a-Nova
    o Figueira
    • Sertã
    o Pedrógão Pequeno
    • Vila de Rei
    o Água Formosa
    • Vila Velha de Rodão
    o Foz do Cobrão
    Turismo
    Experiências únicas esperam por si neste território preservado. Canoagem no rio, passeios na floresta ou uns momentos de descontracção nas praias fluviais de água puríssima são algumas das opções que vai encontrar, para umas férias activas em contacto com a natureza. Mas também há monumentos, castelos e museus para visitar e pequenos restaurantes onde pode saborear as delícias da gastronomia regional, confeccionadas segundo receitas que passam de geração em geração. Nestas aldeias mágicas, o tempo corre devagar e apetece partilhar as histórias, artes e tradições dos seus habitantes. O saber antigo mostra-se no artesanato de linho ou de madeira.
    Na produção gastronómica, no artesanato, no alojamento e na animação cultural, as Aldeias do Xisto destacam-se pela apresentação de produtos, serviços e profissionais de excelência. Das coisas da terra fazem-se novos produtos. Um rio faz-se pista de canoagem. Uma floresta faz-se trilho para caminhadas. Uma tradição antiga transforma-se num evento cultural único. Há praias fluviais de água puríssima, monumentos, castelos e museus para ver. Dá gosto falar com as pessoas e partilhar as suas tradições, artes e histórias. E com base no imaginário rural criam-se objectos de design inovador disponíveis na Rede de Lojas das Aldeias do Xisto.
    Faça parte do desafio. Descubra uma Região que é um tesouro nacional através da Rede das Aldeias do Xisto.


    Informação retirada de www.terrasdeportugal.wikidot.com

    Mais informaçao no site www.aldeiasdoxisto.pt
    piodão
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Fernando Gabriel, AnaT
  10.  # 54

    claro que não pelo contrario :), já tinhamos falado um pouco dessas aldeias no outro topico, mais um caso"" lindissimo em portugal.
  11.  # 55

    Aldeias históricas já fui a Castelo Novo e Piódão.

    Das aldeias de xisto, já fui a Comareira, Pena, Aigra Nova, Aigra Velha, Cerdeira (provavelmente, a mais espectcular), Talasnal, Candas, Chiqueiro, Casal Novo, Gondramaz, Álvaro e Pedrogão Pequeno...

    (Piódão e Pena nas fotos abaixo...)

    Tenho mais algumas centenas, mas recomendo que vão lá ver e provar os Talasniscos com licor de bolota!

    Coisas da Casa
      piódão.JPG
      Pena.JPG
  12.  # 56

    Colocado por: j cardosoBoas

    Excelente roteiro. Resta-me acrescentar mais um local que merece inteiramente a visita: Penha Garcia, entre Idanha e Monsanto: a não perder.

    cumps
    José Cardoso


    REalmente mt engraçado penha garcia,
    desde os fosseis q la se encontram, os moinhos, e um excelente spot para se fazer escalada em rocha!!
    gostei muito de la!!

    Ja agora tb acrescento um local : Uma Aldeia que se chama AVÔ, tem um pequeno castelo deixado ao abandono, e neste terra reza a historia um dos nossos reis teve um caso... com quem n era supsoto lolol...
  13.  # 57

    Colocado por: vasco tome
    Colocado por: srma

    Complementamente off topic, mas esta fotografia é indescritivel!!!

    Muito boa esta fotografia..........


    de onde e esta foto?
  14.  # 58

    Igreija Mediaval no cimo do castelo , Castelo Mendo, Concelho de Almeida, Distrito da Guarda
  15.  # 59

    Penso que esta fotografia é da Benfeita:

    http://2.bp.blogspot.com/_6QjUigbr6pw/Sj5oVukjqSI/AAAAAAAAAhE/AFTSaMC6myk/s1600-h/river.jpg

    E eu que pensava que só na Suécia é que se podia mergulhar da estação de correios...
  16.  # 60

    Colocado por: nomic
    Colocado por: j cardosoBoas

    Excelente roteiro. Resta-me acrescentar mais um local que merece inteiramente a visita: Penha Garcia, entre Idanha e Monsanto: a não perder.

    cumps
    José Cardoso


    REalmente mt engraçado penha garcia,
    desde os fosseis q la se encontram, os moinhos, e um excelente spot para se fazer escalada em rocha!!
    gostei muito de la!!

    Ja agora tb acrescento um local : Uma Aldeia que se chama AVÔ, tem um pequeno castelo deixado ao abandono, e neste terra reza a historia um dos nossos reis teve um caso... com quem n era supsoto lolol...


    Onde fica a aldeia avô, beira baixa? há fotografias disso?
 
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