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  1.  # 61

    Colocado por: srmaE repare que com isto não estou a defender condutas de desobediência à lei, o que estou a dizer é que lei não devia estar assim redigida nem deve impor este tipo de coisas.


    Então? A lei devia apenas impôr aquilo que não nos custa? Entendo (Acho até que não devia haver essas coisas das leis).
    Quando não nos incomoda, viva a lei. Quando nos obriga a alguma coisa, é uma chatice!
  2.  # 62

    Colocado por: O.MartinsAbsurda pelosimplesfacto do Luís não usar uma cadeira de rodas?


    Absurda pelo simples facto de eu ser crescidinho e saber avaliar as minhas (e da minha família) necessidades, melhor que o O.Martins ou o legislador - e de, naturalmente, estar disposto a aceitar as consequências dos meus actos.
  3.  # 63

    Colocado por: luisvv
    Colocado por: O.MartinsAbsurda pelosimplesfacto do Luís não usar uma cadeira de rodas?


    Absurda pelosimplesfacto de eu ser crescidinho e saber avaliar as minhas (e da minha família) necessidades, melhor que o O.Martins ou o legislador - e de, naturalmente, estar disposto a aceitar as consequências dos meus actos.


    Isto é tão absurdo que eu não vou sequer continuar a discussão! Faça como quiser. Você tem de facto o livre arbítrio de fazer o que quiser, arcando, obviamente, com as responsabilidades de tudo isso. Se fosse um c aso real eu sei bem como resolveria as coisas consigo. Como não é, e estamos simplesmente a divagar não vale a pena comentar esse "Das paredes para dentro construo como quiser".
  4.  # 64

    Colocado por: O.MartinsEntão? A lei devia apenas impôr aquilo que não nos custa? Entendo (Acho até que não devia haver essas coisas das leis).
    Quando não nos incomoda, viva a lei. Quando nos obriga a alguma coisa, é uma chatice!


    Ao contrário do que julga o O.Martins, a lei não serve para nos "incomodar", mas antes para regular a vida em comum. E deve ser o menos intrusiva possível.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: srma
    • srma
    • 5 agosto 2009

     # 65

    Isto é tão absurdo que eu não vou sequer continuar a discussão! Faça como quiser. Você tem de facto o livre arbítrio de fazer o que quiser, arcando, obviamente, com as responsabilidades de tudo isso. Se fosse um c aso real eu sei bem como resolveria as coisas consigo. Como não é, e estamos simplesmente a divagar não vale a pena comentar esse "Das paredes para dentro construo como quiser".


    Portanto, das paredes para dentro (que são suas, para satisfazerem as suas necessidades e pagas por si) manda o estado porque vc não tem capacidade para decidir por si do que é que precisa e que de forma o pode fazer.
  5.  # 66

    srma

    até podia concordar consigo nisso "no dentro das nossas paredes" mas então devia ser anexado uma clausula a essa habitação por pressuposto, que era proibir a sua eventual futura transacção. Imagine como ficaria o mercado em tres tempos...
    • srma
    • 5 agosto 2009

     # 67

    Colocado por: marco1srma

    até podia concordar consigo nisso "no dentro das nossas paredes" mas então devia ser anexado uma clausula a essa habitação por pressuposto, que era proibir a sua eventual futura transacção. Imagine como ficaria o mercado em tres tempos...
    m

    Mas proibir porquê? Quando adquire um bem, seja de um pacote de arroz seja de uma casa, toma uma decisão de consumo e ao optar por x e não Y fá-lo porque o x se adequa às suas necessidades certo? Com as casas é a mesma coisa, se eu acho que o WC para pessoas com necessidades especiais é importante para mim, decido excluir todas as outras que não as têm, certo? Alias é como hoje em dia, se na sua casa vivem 20 pessoas, quando vai comprar um casa exclui todos os T0 à partida.
  6.  # 68

    Colocado por: srma
    Isto é tão absurdo que eu não vou sequer continuar a discussão! Faça como quiser. Você tem de facto o livre arbítrio de fazer o que quiser, arcando, obviamente, com as responsabilidades de tudo isso. Se fosse um c aso real eu sei bem como resolveria as coisas consigo. Como não é, e estamos simplesmente a divagar não vale a pena comentar esse "Das paredes para dentro construo como quiser".


    Portanto, das paredes para dentro (que são suas, para satisfazerem as suas necessidades e pagas por si) manda o estado porque vc não tem capacidade para decidir por si do que é que precisa e que de forma o pode fazer.


    Não vale a pena gastar o seu latim comigo, sobre esta matéria. Se está frustrado/revoltado com o estado dirija-lhe as suas criticas. Eu, por não ter qualquer função como legislador (nem ter nada contra esta lei que até entendo), nada mais posso fazer senão abanar a cabeça e ir-lhe dizendo "sim... sim... tem toda a razão. As leis que nos dão trabalho são uma chatice."
    • srma
    • 5 agosto 2009 editado

     # 69

    Não vale a pena gastar o seu latim comigo, sobre esta matéria. Se está frustrado/revoltado com o estado dirija-lhe as suas criticas. Eu, por não ter qualquer função como legislador (nem ter nada contra esta lei que até entendo), nada mais posso fazer senão abanar a cabeça e ir-lhe dizendo "sim... sim... tem toda a razão. As leis que nos dão trabalho são uma chatice."


    O mais engraçado é que eu nem sequer o estou a tentar convencer de nada, quanto muito estou a expor o meu ponto de vista e pese possa ser acusada de pedantismo não resisto a citar George Shaw ""Alguns homens vêem as coisas como são, e perguntam: Por quê? Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: Por que não?"
  7.  # 70

    Colocado por: srma
    ""Alguns homens vêem as coisas como são, e perguntam: Por quê? Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: Por que não?"


    Tudo bem. E depois há aqueles que fazem, e aqueles que pensam no que poderiam ter feito.

    Respeito quem agarre numa bandeira e se dirija às massas a pedir força e voz para mudar uma lei.
    Não respeito quem faz 2 projectos, um para construir (contra a lei) e outro para servir de fachada e aprovação na câmara porque "a câmara aqui nunca vistoria nada" e se "algum vizinho fizer queixa leva com um ferro no costado".

    Seja por esta, ou por qualquer outra lei.
  8.  # 71

    srma

    parece-me uma pessoa inteligente e não custa muito perceber que se houvesse uma desregulamentação isto no sector da construção ( vamos só falar no seu interior) voltariamos fácilmente por imperativos de mercado ao inicio do século 20 por exemplo com casinhas com quartos sem janelas entre outras coisas. isto porque quem construiu achou que não precisava de luz natural e ventilação no seu quarto, só que entretanto decidiu ir morar para outra casa e vendeu esta, ah e tambem decidiu ser promotor imobiliário e fazer umas centenas destas casinhas e como tinha clientes com pouco muito pouco dinheiro começou a fazer umas barraquinhas e teve sucesso.
    e por ai adiante....dai eu ter dito que ao menos essa casinha dele ao gosto dele e sem os tais requisitos normativos não pudesse ser comercializável. espero que tenha precebido este ponto de vista que não é válido como é evidente para o arroz.
    • srma
    • 5 agosto 2009

     # 72

    Colocado por: O.Martins
    Colocado por: srma
    ""Alguns homens vêem as coisas como são, e perguntam: Por quê? Eu sonho com as coisas que nunca existiram e pergunto: Por que não?"


    Tudo bem. E depois há aqueles que fazem, e aqueles que pensam no que poderiam ter feito.

    Respeito quem agarre numa bandeira e se dirija às massas a pedir força e voz para mudar uma lei.
    Não respeito quem faz 2 projectos, um para construir (contra a lei) e outro para servir de fachada e aprovação na câmara porque "a câmara aqui nunca vistoria nada" e se "algum vizinho fizer queixa leva com um ferro no costado".

    Seja por esta, ou por qualquer outra lei.


    Como já o disse várias vezes ao longo desta discussão, estou completamente de acordo consigo! Não se entenda que pelo facto de discordar com o conceito legal - e de facto não concordo - entendo que existe legitimidade para violar regras e leis que estão em vigor.
    • srma
    • 6 agosto 2009

     # 73

    Colocado por: marco1srma

    parece-me uma pessoa inteligente e não custa muito perceber que se houvesse uma desregulamentação isto no sector da construção ( vamos só falar no seu interior) voltariamos fácilmente por imperativos de mercado ao inicio do século 20 por exemplo com casinhas com quartos sem janelas entre outras coisas. isto porque quem construiu achou que não precisava de luz natural e ventilação no seu quarto, só que entretanto decidiu ir morar para outra casa e vendeu esta, ah e tambem decidiu ser promotor imobiliário e fazer umas centenas destas casinhas e como tinha clientes com pouco muito pouco dinheiro começou a fazer umas barraquinhas e teve sucesso.
    e por ai adiante....dai eu ter dito que ao menos essa casinha dele ao gosto dele e sem os tais requisitos normativos não pudesse ser comercializável. espero que tenha precebido este ponto de vista que não é válido como é evidente para o arroz.


    Vamos lá ver, a mim o que me parece é que o Estado deve providenciar para que as pessoas com pouco, muito pouco dinheiro tenham opções que não contrariem os minimos da dignidade humana e quando digo providenciar não digo que deve oferecer casas, parece-me que deve proprorcionar as condições necessárias para que essas situações não aconteçam, ou seja, que estejam criadas as condições sociais e económicas para que a sociedade se possa desenvolver e evoluir favoravelmente. Sou anti-intervencionismo económico publico - salvo situações de excepção como as que se vivem actualmente, mas favorável à criação de estratégias e designios nacionais que favoreçam a criação dessas condições, Tambem defendo que o estado deve promover a redistribuição de riqueza de forma a abranger as franjas de população mais carenciadas, daí a imporem-nos regras que alguem, num qualquer gabinete ministerial de lisboa se lembrou que é politicamente correcto, vai - sob o meu ponto de vista - uma grande, enorme distância.

    E obrigada, não sei se sou inteligente ou não, mas pelo menos tento sempre procurar outro ponto de vista para alem do meu.
  9.  # 74

    Eu também acho que o Estado se intromete demasiado na nossa vida. Posto isto, e tentando olhar para estas questões, do lado de fora, podemos considerar o seguinte:
    Uma licença de habitação funciona como um certificado. Que garante ao comprador a aquisição de um bem em que, entre outras coisas, estão garantidos padrões mínimos de habitabilidade, conforto e segurança. Que não vai gastar uma fortuna para ter uma temperatura de conforto, que o tecto não lhe vai cair em cima, que não vai ficar electrocutado quando ligar um interruptor, que não vai ficar intoxicado por fugas de gás, que continua a ter pressão de água no duche quando alguém abre a torneira da cozinha, que consegue fugir em caso de incêndio e, mais recentemente, que consegue facilmente adaptar a casa às suas necessidades se vier a sofrer de limitações físicas.
    No caso das acessibilidades, já nos anos 80 se tentaram introduzir no RGEU alterações nesse sentido. Nunca entraram em vigor por pressão dos promotores imobiliários. E o que sucedia é que as pessoas com deficiência, sem posses para mandar construir uma moradia adaptada, não encontravam no mercado habitações adaptadas.
    A filosofia do Estado que nos governa é esta, porque é assim que somos. Pedimos subsídios, apoios, enfim, olhamos para o Estado como nosso pai. Enquanto não conseguirmos crescer e emancipar-nos, dificilmente as coisas poderão mudar.
    E finalmente, recomendo a leitura de uma BD (ou Novela Gráfica, que é mais politicamente correto), chamada SOS Felicidade, de Griffo e Van Hamme.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: lobito
  10.  # 75

    Colocado por: AugstHill
    Pedimos subsídios, apoios, enfim, olhamos para o Estado como nosso pai.

    E muitos olham para o estado como sendo um pai que deve dar tudo e ainda mais e que deve criar apenas regras [legislação] que proteja eles próprios e os seus interesses, que as regras [legislação] que eventualmente não os favoreça directamente deve ser banida, visto que são regras que não lhes convém. Se o pai [estado] não retira essas regras [legislação] que não serve os seus interesses próprios já se questionam porque motivo o pai [estado] deve criar regras [legislação], quando afinal já devíamos viver em 'liberalismo' de modo a que as 'crianças' criem regras à sua boa vontade e maneira...



    É incrível a capacidade de algumas pessoas procurarem argumentos, buscando mundos e fundos, a tentar dar a volta, quando na verdade apenas tentam defender o seu umbigo e os interesses instalados que pretendem que continuem...
    Bem se há pessoas capazes de mandar matar milhões de pessoas só para defesa da raça 'superior' [e ao mesmo tempo ficar com os seus pertences...]...
    Também é de esperar que exista muitas mais pessoas capazes de defender os seus interesses instalados e a ficarem revoltados com alguma coisa que vá contra o que pretendem.. Não importando quem afectam ou a quem causam prejuízo. O que interessa é ser tudo à maneira deles e enquanto assim estiver tudo bem, caso contrário.. É mundos e fundos..
  11.  # 76

    Bom, parece-me que o objectivo é opinar sobre o projecto, conforme solicitado pelo Telmo e não divagar. Para ser sincero acho que o projecto está fraquinho, embora haja as condicionantes iniciais. De facto não gosto da entrada, logo com uma parede em frente e depois um corredor que dá para uma casa de banho. A escada tambem esta mal posicionada, no meio da casa, a sala na verdade é muito estreita, parecendo um corredor, depois para quê quatro portas na cozinha? já que está a fintar a lei, porque não leva a lavandaria para a garagem, libertando espaço onde é necessário para actividades mais nobres. Quanto ao 1º andar está razoavel.
    Conclusão para mim, alterava radicalmente o projecto, mas gostos não se discutem.
    Boa sorte.
  12.  # 77

    Também é de esperar que exista muitas mais pessoas capazes de defender os seus interesses instalados e a ficarem revoltados com alguma coisa que vá contra o que pretendem.. Não importando quem afectam ou a quem causam prejuízo. O que interessa é ser tudo à maneira deles e enquanto assim estiver tudo bem, caso contrário.. É mundos e fundos..


    Depreendo que neste contexto se refira aos arquitectos e à sua luta pela exclusividade ?
  13.  # 78

    Colocado por: luisvv



    Você continua obcecado pela exclusividade dos arquitectos. Nós continuamos à espera que você descreva esse tal sistema em que ninguém tem exclusividade. É para quando?
    • srma
    • 6 agosto 2009

     # 79

    É incrível a capacidade de algumas pessoas procurarem argumentos, buscando mundos e fundos, a tentar dar a volta, quando na verdade apenas tentam defender o seu umbigo e os interesses instalados que pretendem que continuem...
    Bem se há pessoas capazes de mandar matar milhões de pessoas só para defesa da raça 'superior' [e ao mesmo tempo ficar com os seus pertences...]...


    Sem o pretender ofender e citando a sua aparente incompreensão pela capacidade de algumas pessoas procurarem argumentos e presumindo que não se inclui nesse grupo de pessoas, deixe cita-lo novamente a propósito de outra questão que apesar de nada ter a ver com o que se discute, tem a mesma percepção de fundo que não compreende, concretamente
    “P.s:
    Agradeci o comentário mais uma vez quando na verdade queria citar..
    [é a 3ª vez, acho que o FD puderia pensar em colocar noutro sitio/afastar o icone do 'agradecer' do icone do 'citar', dá tendencia a enganarmo-nos]

    Ora esta questão do agradecer quando se quer citar, que eu saiba só lhe acontece a si, nenhum dos outros participantes se queixa de coisa parecida, o que a si no caso lhe parece correcto - porque vc se engana - é que por causa do seu engano o administrador deste fórum altere os ícones simplesmente porque vc se engana mesmo que isso não aconteça a mais ninguém - a lógica que preside a seu raciocínio é exactamente a mesma que aquela que não compreende, pese embora não tenha o mesmo sentido, alcance e objectivos.

    Também é de esperar que exista muitas mais pessoas capazes de defender os seus interesses instalados e a ficarem revoltados com alguma coisa que vá contra o que pretendem.. Não importando quem afectam ou a quem causam prejuízo. O que interessa é ser tudo à maneira deles e enquanto assim estiver tudo bem, caso contrário.. É mundos e fundos..


    Defender os seus próprios interesses não é sob o meu ponto de vista ilegítimo, o que aqui está em causa é a quem compete essa responsabilidade e se o estado deve intervir na defesa de interesses minoritários ou individuais que não sejam fundamentais. Ora se a defesa do interesse por si não colidir isoladamente com interesses e direitos essenciais para os restantes indivíduos, será que estado deve ou não intervir na imposição de prerrogativas que não afectam liberdades fundamentais, o meu ponto de vista é que não o deve fazer, sob pena de desvirtuar a sua função natural que é de regulador social ao passo que outras pessoas consideram que o estado deve intervir mais aprofundamente na vida social, o que aqui se discute é qual a percepção que cada um nós tem relativamente ao grau de regulação devida ao estado.

    Já aqui alguém citou o caso do BPP e dos clientes que não podem resgatar os fundos de investimento que subscreveram e que por isso pedem responsabilidades ao estado, dizia-se a determinada altura que esses clientes subscreveram um produto de investimento e que não sabiam o que estavam a fazer. Por causa disso agora tem que entrar o estado para lhes pagar o que eles não souberam acautelar. Ora bem, saindo do quadrado do BPP (porque é um banco pequeno e sem expressão), imaginemos que um banco tipo CGD ou BCP entra em ruptura financeira, nesse cenário, pergunto eu, o estado deve ou não intervir e porquê? A minha resposta é simples, sim deve, quanto aos motivos, poder-se-à pensar que seria porque muitos e muitos portugueses (para não dizer a maioria) ficaria prejudicada por causa de uma ruptura desse género e que aqui haveria interesse colectivo a proteger, daí a justificação pela intervenção do estado. Ora o meu ponto de vista é que numa situação do género, o estado deve intervir, não para acautelar os depósitos do Sr. Manuel ou do Sr. António (ou os meus) mas simplesmente para permitir que o país não fique prejudicado nos ratings de risco internacionais e por uma razão muito simples, é que se assim não fosse, quando a empresa A fosse ao banco Y pedir um financiamento para investimento por exemplo numa nova fábrica, o banco Y como não tem capitais próprios para emprestar o dinheiro, vai ter que ir aos mercados internacionais pedir dinheiro emprestado e se esse banco y tiver capital português, como o pais está queimado por causa da ruptura (tipo lista negra de risco) das duas uma ou não consegue o empréstimo ou consegue-o mas muito mais caro e se o empréstimo para o investimento sai mais caro os produtos que essa fábrica produzir terão que ser vendidos mais caros, ora, quando vc – consumidor - quiser ir comprar esse produto em vez de pagar x, paga x mais Y e os clientes dessa fábrica se calhar se puderem ir a Espanha comprar o mesmo produto por x, não vão à fabrica portuguesa comprar por x + Y, com isso saímos todos prejudicados. Mas se esse risco - ou algum semelhante - não acontecer, então lamento mas o estado não tem que vir salvar os meus depositos, nem os do Sr. Manuel nem os do Sr. António, a decisão de optar por aquele banco ou por aquele produto foi minha e se no final a coisa correu mal, paciencia, são os riscos que qualquer decisão importa. Naturalmente que esta explicação é simplista e poderíamos juntar mais uma série de explicações técnicas mas acho que não é esse o objectivo deste fórum.

    Resta quanto a mim a ultima questão, e voltando ao caso do BPP, todos nós temos ouvido nos últimos tempos as vozes em prol da defesa dos interesses dos clientes que supostamente foram enganados – atenção que isto não é juízo de valor quanto às pretensões desses clientes – mas até agora não ouvi vozes a defenderem o contrário, ou se quiser a defender que o estado não pode nem dever intervir, que do que se trata é de uma questão de interesses individuais e direito privado e que portanto ao estado não cabe intervir. Claro que quando o estado – ou governo – se sente pressionado a tomar uma atitude e não existe na restante população qualquer manifestação em sentido contrário, a atitude normal é achar-se que se calhar a população em geral concorda com essa intervenção e agora pergunto eu porque será que neste país só têm vozes os descontentes, porque é que será que perante a contestação a alguma medida nunca – ou quase nunca – aparecem vozes a defender essas medidas?
    • srma
    • 6 agosto 2009

     # 80

    E perdoem-me a extensão dos meus comentários - eu bem que treino, mas capacidade de sintese não é um dos meus fortes!
 
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