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  1.  # 1

    no dia 3 de agosto tive que revogar um cheque de 15000 euros de um sinal , já com contrato de promessa, para um apartamento em que descobri que estava a ser burlado pelo vendedor, pois convenceu-me que o banco me iria dar credito e eu burro cai na cantiga dele, fui me informar a uma imobiliária, infelizmente só depois de ter assinado o contrato, pois ele conseguiu me convencer que o banco me iria dar crédito sem problemas e que os problemas do predio iriam todos ser resolvidos, elevadores que não funcionam, cimento a cair das varandas, problemas com o condominio, etc e disseram-me logo que nenhum banco me iria dar o credito que eu precisava para aquele apartamento, minimo 50000 euros. qual a gravidade da situação? fico à espera que ele aja contra mim ou consulto já um advogado?
  2.  # 2

    Devia ter consultado um advogado ANTES de assinar o contrato.

    Aliás, para quem não tem experiência firmada, deve-se consultar um advogado ANTES de assinar QUALQUER contrato.

    Se fosse a si, eu ia a correr consultar um. Isto porque penso que a melhor defesa é o ataque - isto é, antes que ele o acuse de não honrar um contrato, acuse-o você (em cartinha escrita pelo seu advogado) de má-fé, tentativa de burla, etc., ameace-o com um processo por tentativa de extursão, etc.
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  3.  # 3

    O apartamento fica às portas da Figueira da Foz, Vila Verde, Salmanha, é um quinto andar com umas bonitas vistas sobre o rio Mondego e afastado da confusão da cidade, não liguei aos problemas do prédio e o fulano dizia que isso tudo iria ser resolvido e se eu quisesse arranjar o apartamento, por uns 7000 a 10000 euros ficava impecável. conversa puxa conversa, acabei por dizer que tinha 15000 euros no banco, ora , era o que ele queria ouvir, convidou-me logo para ir almoçar com ele. Disse que era um bom negógio, que mo vendia por 65000 mas depois se eu o quisesse vender o venderia no minimo por 80000, mas o negócio teria que ser feito já hoje, pois perdia o risco de perder o negócio, eu encantado com as vistas, mas nós não vivemos das vistas, me deixei enganar, pois ele só estava interessado no meu dinheiro, e nesse mesmo dia ele conseguiu que eu assinasse um contrato e passar um cheque de 15000 como sinal, só fui pedir opinião depois de ter feito esta grande burrice e acabei por não dar ordem ao banco para por o dinheiro à ordem, no dia seguinte ele tentou logo depositar o dinheiro no seu banco, mas claro, não conseguiu. Começou logo com ameaças que se eu não pusesse o dinheiro à ordem o cheque seguia para o banco de Portugal e eu nunca mais conseguiria comprar casa, que as informações que me deram, era tudo mentira, só para eu não fazer negócio com ele, mas eu não cedi. O advogado dele já me telefonou a dizer que ele vai agir, porque não tentei chegar a um acordo com ele, eu expliquei-lhe que ele o que queria era o dinheiro na sua conta e que só me tinha dito mentiras, disse-me que voltava a ligar mas ainda nao o fez. Será que devo ligar ao advogado dele a dizer se ele for avante, eu tenho provas contra ele (acho eu)? Banco que não dá crédito, má vizinhança nos arredores, alguns inclusive estão presos.
  4.  # 4

    Meu amigo, se você assinou o CPCV tem todos os motivos para estar atrapalhado, pode acusá-lo de tudo e mais alguma coisa, mas o facto é que você assinou um contrato e como tal o "vendedor" tem a faca e o queijo nas mãos para o entalar e bem.

    Boa sorte e não perca tempo em contactar o advogado.
    • aeglos
    • 9 agosto 2009 editado

     # 5

    Meu caro,

    meteu-se numa boa embrulhada.. vá a um advogado ONTEM..

    De qualquer maneira fica-lhe a lição.. não é propriamente normal, para uma pessoa com posses "normais", comprar uma casa na primeira visita, e muito menos assinar contratos e passar cheques passado umas horas (?!). Por outro lado que raio lhe disse ele para o convencer que o banco lhe dava de CERTEZA crédito a SI? Não me diga que era o Ricardo Espírito Santo? ou o Fernando Ulrich? :)

    Pela reacção de ameaça de ir para o Banco de Portugal e ter advogado a ligar-lhe, já se viu bem que não há nenhum mal entendido - ele quer MESMO sacar-lhe o dinheiro, não há a hipotse de mal entendidos, visto que se passado 1 dia partiu o verniz todo... ui ui.
  5.  # 6

    Mas que grande alhada em que você se meteu homem.
    Penso que já lhe disseram tudo o que haveria para dizer e sobretudo o consultar um advogado para ontem uma vez que como disse o Luis a melhor defesa é o ataque, e se fica á espera que tudo lhe caia em cima vai acabar você por sair-se mal.

    Desejo-lhe boa sorte na resolução do caso, e se conseguir provar a tentativa de burla, extorsão, má fé etc, talvez seja a melhor arma que conseguirá e assim ver-se livre desse contrato e quem sabe livrar outros possíveis clientes de tal situação.

    Agora um conselho para futura aquisição de imóvel, nunca se mostre demasiado interessado mesmo que seja aquilo que procurava, nunca diga que tem dinheiro no banco mesmo que lhe perguntem directamente ou indirectamente, depois de visitar o imóvel vá ao local nas suas folgas ou férias se fôr o caso a diferentes horas ver o ambiente do local, se houver um cafézito ao pé melhor, e sobretudo não vá na conversa do fazer o negócio já porque senão corre o risco de alguém o fazer primeiro, porque na altura em que estamos era mesmo um azar imenso isso acontecer, senão veja-os quase todos a queixarem-se que está muito mau para vender, os bancos não emprestam etc, e faça você primeiramente o circuito mas o inverso, pega nos papelinhos e vai ao seu banco e a mais alguns fazer uma simulação para saber o valor máximo que cada um lhe poderá emprestar, condições do empréstimo, taxas de juro etc, e depois já sabe qual o tecto máximo até onde poderá escolher casa.
    Se é certo que existem muitos vendedores desonestos, também é certo que a maioria não o será, no entanto quando contacta com eles a 1ª vez é muito difícil de conseguir distingui-los, daí que nada custa já saber estas informações de antemão, e sem que eles saibam que você já as sabe deixá-los falar e espalharem-se ao comprido, ou deixá-los falar e verificar que o que dizem mais ao menos corresponde á verdade.
    No entanto uma apreciação do local e do ambiente bem como dos moradores, deve ser tida sempre em conta antes de assinar seja aquilo que fôr, isto porque um local que ás 15 horas aparenta ser um local calminho e bom, pode ás 22 horas ou ás 24 horas ser um autêntico inferno.

    Cumps
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  6.  # 7

    Vejamos: o menino chega aqui, explica que não cumpriu um contrato assinado de livre vontade, e ainda lhe dão palmadinhas nas costas...

    Mas alguém acha estranho um comprador que recebe um cheque de sinal querer.......efectivamente recebê-lo? Mas está tudo doido ?
  7.  # 8

    Foi ver o prédio e quis assinar o contrato, agora aguente-se. Da próxima, seja mais responsável.
    • eu
    • 11 agosto 2009

     # 9

    Não há um período de reflexão em qualquer contrato?

    Em vez de andar aqui no fórum, consulte IMEDIATAMENTE um advogado.
  8.  # 10

    claro que ha . ele por lei pode rescindir qualquer contrato dentro do prazo que a lei preve. seja a compra de uma maquina de cafe, seja de uma casa desde que nao tenha usado.
  9.  # 11

    A ingenuidade neste caso é tanta, que isto quase parece história da carochinha...
    mas sendo verdade, lamento pelo que aconteceu, mas realmente ninguem o obrigou a assinar o contrato, porque o fez?
  10.  # 12

    Colocado por: catarinamclaro que ha . ele por lei pode rescindir qualquer contrato dentro do prazo que a lei preve. seja a compra de uma maquina de cafe, seja de uma casa desde que nao tenha usado.


    Qualquer contrato? Ai sim ?
  11.  # 13

    sim ...
  12.  # 14

    Realmente ninguém me obrigou, foi mesmo por ingenuidade. Descobri só mentiras dele, o apartamento afinal era da filha, que ele deve ter oferecido pois foi o construtor, que está à venda à anos e não dias, que conseguiria do banco mais crédito do que o dinheiro que eu estava a dar por ele, (essa foi a pior em que caí)etc.
    Depois disto tudo, telefonou à agência onde assinamos o contrato para ir lá entregar as chaves.
    Já consultei um advogado, vai lhe mandar uma carta onde lhe diz que ele agiu contra os principios da boa fé que vem no código civil, que não precisava me preocupar mais e respondendo a Eu e Catarinam, eu tinha um prazo para contestar, caso ele resolva agir, mas o advogado já me disse que isso é muito pouco improvável e não daria em nada.
    Dia 25 falo com o advogado outra vez.

    Cumprimentos a todos, daqui a uns dias digo então como é que ficou.
  13.  # 15

    Colocado por: catarinamsim ...


    E já agora, importa-se de indicar a fonte dessa informação?
  14.  # 16

    Colocado por: luisvv
    Colocado por: catarinamsim ...


    E já agora, importa-se de indicar a fonte dessa informação?


    Por acaso, tenho muitas dúvidas que este periodo de reflexão se aplique a CPCV.
    Alias, sinceramente até creio que não.

    Caso ele avançe tenho dúvidas que consiga provar essa questão da "boa fé". Diga como ficou é um caso muito interessante...
    •  
      FD
    • 12 agosto 2009 editado

     # 17

    Esse período de reflexão aplica-se a contratos de venda sempre que estes sejam realizados fora de local próprio (à distância).

    Instituiu-se essa excepção por causa dos vendedores de time-sharing (colchões, etc., etc.) que levavam as pessoas aos hotéis, embebedavam-nas e persuadiam-nas a assinar contratos quando estas não estavam com todas as suas faculdades mentais intactas.
    Mesmo que não as embebedassem, social e psicologicamente existe um mecanismo que permite que a assinatura desses contratos seja muito facilitada em ambientes "especiais".
    Na prática, o que fazem é uma lavagem cerebral em que as pessoas só se apercebem do erro algum tempo depois de sairem do local.

    O governo, na impossibilidade ou impractibilidade de proibir tais práticas, decidiu instituir esse período de reflexão.

    Esse vendedor não será também um vendedor de colchões ortopédicos ou de time-sharing? ;)
  15.  # 18

    FD,
    É, de certeza, um vendedor que sabe-a toda.
    Colocado por: karlosfaria... convidou-me logo para ir almoçar com ele...
  16.  # 19

    É por causa de tipos deste genero que temos que andar sempre com os olhos abertos.
    Já a minha avó dizia que cadelas apressadas parem os caes cegos, e no seu caso foi sido pressionado para dar uma resposta.

    Espero que corra tudo bem
  17.  # 20

    Já consultei um advogado, vai lhe mandar uma carta onde lhe diz que ele agiu contra os principios da boa fé que vem no código civil, que não precisava me preocupar mais e respondendo a Eu e Catarinam, eu tinha um prazo para contestar, caso ele resolva agir, mas o advogado já me disse que isso é muito pouco improvável e não daria em nada.
    Dia 25 falo com o advogado outra vez.


    Contou mal a história, ao advogado ou a nós.. .
 
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