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  1.  # 1

    Colocado por: two-rok

    Fiquei arrepiado só de ler isso. Não sei como há pessoas com lata para fazer isso...

    Sobre este assunto dos orçamentos, nunca cobrei. Mas já aconteceu algumas vezes, não ficando com os trabalhos, as pessoas perguntarem se me devem alguma coisa pelo meu tempo. Cai bem e dessa forma, não se fica com aquela sensação de que às vezes apenas fomos um meio para atingir um fim.


    Contado na primeira pessoa. E se não pagasse na hora chegava nota de honorários pelo correio. Entraste, sentaste-te, comeste tempo do outro lado, ainda que não tenhas sido orientado como desejavas.

    Também é uma visão um bocado fria na medida em que a "prestação de serviços" não existe, mas são mentalidades diferentes.

    Às vezes também nos caem clientes que nos comem uma boa metade da tarde ou da manhã, sem nada que fazer, pela simples razão de que é de borla e temos que andar a despachá-los, quando se fosse a pagar, resolviam o que tinham a resolver e depois iam à vida deles.
    Concordam com este comentário: two-rok
  2.  # 2

    Colocado por: JoelMLata para cobrarem tempo que usaram? Para estar esse tempo numa reunião ainda que para chegar à conclusão que não é a área dele (melhor do que dizer que sim e fazer um mau trabalho), perdeu de estar a trabalhar noutros trabalhos/processos ...

    Entendo que por cortesia muitas vezes não cobrem mas não acho que seja "lata" se cobrarem!


    Provavelmente quando saiu de Portugal também já pensava assim, certo? Duvido...

    Colocado por: JoelMEu no meu trabalho tenho de registar as 7h diárias de trabalho num software com os diversos projectos, se o tempo que por exemplo, passo ao telefone não for contabilizado, chego ao fim do dia e tenho 1h a menos, quem é que a vai pagar? Desconto no meu salário ao fim do mês?


    Tendo em conta que não sou eu que lhe pago o salário, faça como entender. Se fosse meu funcionário e estivesse 1h diariamente ao telefone a tratar de assuntos exteriores ao trabalho, aí sim, pode crer que lhe descontava no salário, porque o meu tempo também mereceria respeito. :P
  3.  # 3

    Acho que ele está a falar de telefonemas de trabalho.
    Concordam com este comentário: Anonimo1710, ADROatelier
  4.  # 4

    Tenho algumas questões.

    Se há empresas que querem cobrar o orçamento, porque é que há empresas que pagam para dar orçamentos e não se queixam?
  5.  # 5

    A meu ver acho que depende dos orçamentos. Pedi 4 há uns meses atras pras obras da minha casa, só 1 me respondeu. Não sei até que ponto é que se tivesse pago recebia logo os orçamentos... mas tbm depende quanto custasse cada um. Se fossem 5/10€ secalhar não me importava de pagar. Mais do que isso só se fosse um orçamento xpto com medidas e quantidades discriminadas, mas ai já tamos a falar de um documento diferente penso eu.

    Tenho pedido orçamentos por alto para comparações e quando escolher quem me vai fazer o trabalho, se necessário discriminar melhor tudo não me importo de pagar, porque para mim nessa altura à partida já não mudarei de ideias, e estarei só focada nesse prestador de serviços. Ainda hoje fui pedir um orçamento pra mobilia da cozinha, e quero algo ainda por alto pra comparações e por isso simplificamos alguns detalhes e partimos do principio que será o cenário pior; mais tarde quando avançar já será diferente, secalhar até com uma visita para tirar medidas pra nada falhar, e por isto sim, não me importo de pagar. Mas secalhar ai ja passa de orçamento a "projeto" e isso na minha opiniao deve ser sempre remunerado.
    • RCF
    • 9 outubro 2018 editado

     # 6

    Colocado por: Skinkx

    No estrangeiro já tive um familiar a ter que pagar a um advogado por entrar, sentar-se e ouvir do outro lado que ele (o advogado) não era a pessoa mais adequada para resolver a questão em apreço, pois não era especialista.

    Pagou a conta de 80 € apresentada e não reclamou. "Lamento mas não posso ajudá-lo. Ainda assim são 80 € pelo meu tempo". Basicamente é isto.

    Até vejo neste caso algo de positivo - o advogado teve a seriedade de dizer que a resolução do assunto não estava ao seu alcance. Podia era não ter cobrado nada...
    Em Portugal, o mais provável seria:
    1.º - o cliente pagaria, igualmente;
    2.º - o advogado não lhe dizia que não estava ao seu alcance resolver o assunto, enrolava o assunto e passado algum tempo, cobrava-lhe novamente... e o assunto arrastava-se...
  6.  # 7

    Que grande confusão que para aqui vai...

    Colocado por: nielskySe há empresas que querem cobrar o orçamento, porque é que há empresas que pagam para dar orçamentos e não se queixam?



    De um modo geral, todos vendemos o nosso tempo - mesmo quem aparentemente vende apenas bens, mesmo quem não se apercebe de que o faz.
    A tradição e as especificidades de cada actividade levam a que esse tempo seja cobrado de forma transparente em certos casos, ou dissimulada noutros. Qualquer das abordagens é legítima, desde que haja um encontro de vontades.

    Não há nada de intrinsecamente errado na ideia de um empreiteiro entender que deve cobrar o tempo que gasta a fazer um orçamento, da mesma forma que também não vejo nada de errado no entendimento contrário.

    No fim do dia tudo se resume a opções estratégicas: cobrar por orçamento significa limitar à partida o número de potenciais clientes, mas também elimina os turistas dos orçamentos; paralelamente permite elaborar o orçamento com mais rigor e dedicar-lhe tempo adequado. A desvantagem é que a quantidade de clientes dispostos a pagar por orçamento é provavelmente muito baixa.

    Por outro lado, não cobrar orçamentos significa que uma parte significativa são para deitar para o lixo, mas que se espera que alguns vão resultando. A desvantagem é que se num dado período a taxa de aceitação for abaixo da esperada, os próximos orçamentos serão necessariamente inflaccionados, o que tende a criar um ciclo vicioso.

    Para ajudar à festa, o que pode ser viável em determinada zona e/ou determinada actividade pode perfeitamente revelar-se desastroso noutro local/actividade.

    Resumindo e concluindo: é experimentar. Há tantos exemplos de actividades/negócios que sofreram revoluções, porque alguém resolveu fazer diferente do que sempre se fez ...


    Colocado por: SkinkxTambém é uma visão um bocado fria na medida em que a "prestação de serviços" não existe, mas são mentalidades diferentes.


    Colocado por: two-rokFiquei arrepiado só de ler isso. Não sei como há pessoas com lata para fazer isso...


    Lá está: as pessoas repetem aquela ladainha do "Tempo é dinheiro" mas nem pensam no que dizem. Um advogado ou um médico geram rendimento exclusivamente pela venda do seu tempo..
    Concordam com este comentário: two-rok
  7.  # 8

    Colocado por: JoelM

    Em que país vive?
    Num país onde muitos arquitectos nunca fizeram um PE, um MQ, e por aí além
  8.  # 9

    Colocado por: luisvvQue grande confusão que para aqui vai...


    Aqui não vai confusão nenhuma.
    Nos grandes projectos públicos os cadernos são pagos, logo as empresas pagam para dar orçamento. É óbvio que aqui estamos a falar em obras de milhões.
    Sei bem como funcionam, algumas empresas compram os cadernos mas não se dão ao luxo de gastar tempo porque já sabem para quem vai a obra.

    Quanto ao pagar os orçamentos, a nossa sociedade ainda nao está para aí virada. A seriedade das empresas estão cada vez mais em baixo.

    Portanto esse é um custo que os clientes terão de pagar de forma implícita e não explícita, ou seja, quem mandar executar um determinado trabalho é quem pagará.
    • VCAC
    • 9 outubro 2018 editado

     # 10

    Eu penso que será muito dificil implementar a cobrança dos orçamentos por parte dos construtores...

    O que poderia ser implementado (e que facilitaria bastante, penso eu) seria a filosofia da entrega de um mapa de quantidades como sendo um documento "obrigatorio" em fase de licenciamento, como são as memorias descritivas, peças desenhadas, termos de responsabilidade.

    Sendo obrigatório, todos os gabinetes de arquitectura teriam de o contemplar no orçamento ao cliente, pois faria parte integrante da instrução do processo, e estariam assim todos em "pé de igualdade".

    Não necessitava de ser um documento descritivo ao pormenor com marcas, por exemplo do tipo:
    Sanitas.....3un
    Móvel/lavatorio (eventualmente dimensões)...3un
    Base duche (dimensões)...2un
    Banheira (dimensoes)....1un
    ...
    Por aí...

    Talvez seja mais facil (e útil) ir por aí.
    Talvez passássemos a ter valores de empreitadas mais concretos e justos (quer para o DO quer para o construtor), do que o tipico valor de xxxx€/m2
  9.  # 11

    Colocado por: JoelM

    E os que sabem fazer se explicarem ao cliente ele vai entender e vai pagar, é isso que me está a dizer?
    Muitos sim. Como diz o Riscos além de toda a explicação técnica é preciso mostrar ao cliente que um PE, MQ, etc se pagam a eles próprios com o que vai poupar em obra.
  10.  # 12

    Agora ouvir dum eng civil como eu ouvi que com PE ou sem ele a diferença eram uns 200 euros porque o PE e MQ já saiam do Cype, ou ouvir um arquitecto a dizer que não se mencionam marcas num PE, MQ mas apenas que é do tipo X ou Y sem mencionar marcas um gajo fica maluco para não dizer pior
    Concordam com este comentário: NTORION
  11.  # 13

    e quando damos orçamentos sabendo que não se vai ganhar a obra, porque eles apenas precisam de numero, é irrelevante o valor apresentado, vale a pena perder tempo com esses?
  12.  # 14

    Continuo a defender o pagamento do mapa de quantidades bem elaborado e detalhado, seja pago pelo D.O, vindo este incluído com o projeto ou então este ser feito a nível particular (por um técnico profissional).
    Como técnico, tenho feito vários nestas duas situações, mas na última situação, quando tenho contato direto com o D.Os, explico-lhes a importância do documento, tendo quase 95% dos D.Os que falei, aceitarem a minha sugestão. É preciso pensar que muitos D.Os são "leigos" em relação à construção, não percebem nada, sendo nós "técnicos" a explicar o que é melhor para eles, pois estes só olham ao valor final da proposta.
    Os restantes 5% não o fazem, vindo depois a arrepender-se, pois são lhes entregue mapas de medições e orçamentos sem nenhum critério, uns falando num tipo de "coisas" a aplicar na sua obra e outros a aplicar "outras coisas", ficando os D.O confusos, pedindo ajuda ao projetista para a melhor opção.
    Quanto ao mapa de quantidades e orçamento executado pelos Empreiteiros (estes devem diluir o preço do tempo perdido da execução do mapa de quantidades e orçamento, na apresentação da proposta ao D.O).
  13.  # 15

    Colocado por: luisvvLá está: as pessoas repetem aquela ladainha do "Tempo é dinheiro" mas nem pensam no que dizem. Um advogado ou um médico geram rendimento exclusivamente pela venda do seu tempo..


    Tinha-me escapado o pormenor de ter-se passado no estrangeiro.

    Colocado por: Arnnogueirae quando damos orçamentos sabendo que não se vai ganhar a obra, porque eles apenas precisam de numero, é irrelevante o valor apresentado, vale a pena perder tempo com esses?


    Não vá mais longe. Há pouco tempo terminou um processo desses onde estive envolvido. No início parecia tudo muito sério. Mas a cada fase de orçamentos, havia sempre um dos concorrentes que só enviava o orçamento poucos minutos antes de acabar o prazo. Pensei eu: "Estes gajos são o típico tuga que deixa tudo para a última hora."

    Ora eu estava certo, mas no fundo estava errado, se por um lado eles eram os típicos tugas, não era por deixarem para o fim. Era mesmo porque, muito possivelmente, eles eram previamente informados por alguém sobre que valores deveriam colocar nos orçamentos.

    Ainda assim, detectei VÁRIAS incongruências em alguns orçamentos (incluindo aqueles que ganharam o concurso, claro), nomeadamente a falta de ferragens oscilo-batentes e o gás argon na caixa de ar (só aqui nestas 2 diferenças voaram 2 ou 3 mil euros), avisei quem de direito, fizeram orelhas moucas. Alguém recebeu algo que não devia, e por causa disto houveram mais 4 empresas que andaram a perder tempo em 4 ou 5 fases de orçamento que houveram.

    O mais engraçado no meio disto tudo, é que no outro dia tive de ir à Azambuja às instalações da transportadora que faz as entregas da SAPA de Espanha para Portugal, porque precisava (para ontem) de um material que estava encomendado, e no meio do caminho passo por uma localidade, que mal conheço e quando passo chamou-me à atenção um logotipo e logo depois o nome da empresa. Era a tal empresa que ganhou o concurso. Enquanto passava olhei lá para dentro: Uma chafarica sem escritório e onde se calhar fazem uma janela de cada vez porque não há área para mais. Eu fartei-me de rir sozinho, mas no fundo estes é que são espertos. Não têm carácter, mas sem se chatearem muito lá vão passando pelos intervalos da chuva.
    Concordam com este comentário: Arnnogueira
  14.  # 16

    Colocado por: nielsky
    Aqui não vai confusão nenhuma.


    Vai, vai. Já vamos em 11 páginas e as intervenções resumem-se a "eu acho que deve/não deve ser assim, logo os outros são uns chupistas". Para mim, é simples: o profissional tem a legitimidade de escolher se cobra ou não,o cliente tem direito de escolher se quer pagar, ambos terão que viver com as consequências.


    Nos grandes projectos públicos os cadernos são pagos, logo as empresas pagam para dar orçamento. É óbvio que aqui estamos a falar em obras de milhões.

    Esse procedimento serve exactamente para eliminar curiosos do processo, o que é exactamente uma das justificações para cobrar o orçamento.



    Portanto esse é um custo que os clientes terão de pagar de forma implícita e não explícita, ou seja, quem mandar executar um determinado trabalho é quem pagará.

    Não é bem assim, até porque já há quem cobre.
    Concordam com este comentário: joaosantos
  15.  # 17

    Colocado por: luisvvVai, vai. Já vamos em 11 páginas e as intervenções resumem-se a "eu acho que deve/não deve ser assim,


    mas se nao for assim, qual é o sentido do forum? bastava um topico com dois comentários.....

    tambem me parece nao haver confusao nenhuma, o que existe sao diferentes maneiras de pensar que julgo ser o que está a ser partilhado ao longo destas 11 paginas.....
    Concordam com este comentário: Anonimo1710
  16.  # 18

    Colocado por: luisvvo profissional tem a legitimidade de escolher se cobra ou não,o cliente tem direito de escolher se quer pagar, ambos terão que viver com as consequências.

    No fim acaba por ser quase indiferente para o profissional. Primeiro, porque este pode sempre recusar orçamentar o que não lhe interessa e segundo, porque cobra sempre os orçamentos incorporando o seu custo no preço de venda. Incorpora o custo da orçamentação, da publicidade, dos custos fixos, etc., etc.
    • VMC
    • 12 outubro 2018

     # 19

    Na maior parte dos casos em que se dá um orçamento não se sabe o resultado, não se se ganha a obra ou não, não se sabe se o orçamento servirá para alguma coisa, visto que muitas vezes o dono de obra apenas quer ter uma ideia do quanto poderá custar, outras vezes já tem empreiteiro escolhido, e por ai vai.

    Certo é que a maior parte dos clientes o que merecia era um orçamento feito na hora, com "um valor por alto" escrito numa bocado de papel de saco de cimento.

    No último mês, de seis orçamentos, ganhei um, outro o cliente agradeceu-me o tempo dispensado na elaboração do orçamento e iremos reunir em breve, os restantes 4 nem me mandaram à fava, o que diga-se de passagem é uma situação recorrente e usual.

    Mesmo um orçamento pequeno, € 10.000/15.000 poderá implicar o investimento de muitas horas. Horas essas que não são pagas, deixo de trabalhar, deixo de descansar, deixo de estar com a minha família, muitas vezes chateio fornecedores e no final o cliente nem é capaz de perder 1 minuto a escrever obrigado.

    Quanto a mim é tão simples quanto isto.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, Skinkx, desofiapedro, joaosantos, two-rok
  17.  # 20

    Colocado por: VMCmuitas vezes chateio fornecedores


    e depois são os fornecedores a chatear a perguntar se aquele pedido de cotação avança ou não.
    Concordam com este comentário: VMC, two-rok
 
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