Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 1

    Quando fiz negócio da minha casa, a certificação para a qual a parte elétrica foi trabalhada foi de 20.7kVA em trifásico. Sucede que na altura da certificação da instalação elétrica a EDP apercebeu-se de que o loteamento estava certificado para 10.35kVA por casa.

    Tudo indica que o promotor do loteamento quis poupar literalmente uns cobres e não reforçou devidamente o ramal para contemplar 20.7kVA por cada uma das 12 casas que fazem parte do loteamento.

    O mais caricato é que as casas que foram construídas anteriormente conseguiram essa certificação, até que alguém na EDP se lembrou de consultar a certificação do loteamento propriamente dito.

    Com esta história só consegui certificar a instalação elétrica com 10.35kVA. Isto traz-me três questões:

    1) não havendo de facto nada contratualizado entre mim e o construtor, não há forma de exigir que seja feito o que for necessário para a certificação para 20.7kVA, certo?

    2) atendendo às restrições impostas pelo ramal, será sequer possível esperar que os 10.35kVA sejam fornecidos em monofásico? Ou estarei limitado a trifásico para essa potência?

    3) numa circunstâncias destas os custos de um eventual reforço do ramal terá de ser suportado pelos moradores, ou a EDP poderia tomar a iniciativa de assegurar esse reforço?
  2.  # 2

    E os 10.35kVA não lhe chega bem!!!? para que quer trifásico!!?

    Se quer mais power, você é que tem de pagar o reforço de ramal....
    Concordam com este comentário: aacc
  3.  # 3

    Pedro, eu não preciso de eletricidade trifásica, nem é essa a minha questão. A ideia de certificar a instalação para 20.7kVA, mesmo não precisando dessa potência inicialmente, era apenas salvaguardar a evolução da instalação elétrica.

    Não vai ser preciso passar muitos anos para que a eletrificação do parque automóvel seja uma realidade e não estou a ver duas viaturas a carregar durante a noite, mais todo o restante equipamento elétrico (ar condicionado, bomba de calor, etc) a funcionar sob uma instalação de 6.9kVA.

    De qualquer forma, se neste momento conseguir elevar a potência contratada até 10.35kVA (que, para já, até nem é para equacionar, vou começar pelos 6.9kVA e ajustar se for necessário), já não é mau de todo. No entanto, se o ramal não suporta 20.7kVA em trifásico, não sei até que ponto é que suportará 10.35kVA em monofásico, assumindo que o limite está na secção dos condutores individuais de fase.
  4.  # 4

    Pode certificar a instalação da edificação para os 20.7kVA, isso não quer dizer que vá requisitar essa mesma potencia ( isso é outro assunto).
    Desde já acho um disparate prever o quadro com trifásico numa moradia "normal"... realtivamente ao caregamento automóvel.. pode é deixar a entrada do quadro preparada para isso. mas meta monofasica a alimentar a casa.... pois com 10.35kVA, chega e sobeja, os 6.9kVA, idem...

    O ramal, se necessitar de aumentar potência mais tarde, é que tem de ver isso com a EDP distribuição.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Nortenho
  5.  # 5

    Eu já electrifiquei o meu parque automóvel, tenho 2 carros eléctricos. Só não tenho BC, optei pela biomassa para aquecimento central e AQS.
    Tenho contratados 6,9kva, não acho necessário contratar mais, mesmo que tivesse um terceiro carro eléctrico.

    Tenho 1 carregador que comunica com o quadro eléctrico e usa apenas a potencia disponível para carregar. Desta forma aproveita sempre a potencia maxima sem que o quadro vá abaixo. No entanto, no uso regular ambos os carros carregam a 10A e ainda sobram 10A para a casa.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas, Nortenho
  6.  # 6

    Esta questão da certificação está uma bela confusão (na minha casa).

    Como referi anteriormente, estava tudo pronto para a certificação de 20kVA. As primeiras casas do loteamento ficaram assim certificadas, mas a EDP descobriu agora que o loteamento está projetado para 10.35KVA por lote.

    No meio disto tudo fico sem saber que responsabilidade tem o construtor na garantia de ligação à rede eléctrica. O processo de certificação foi inicialmente submetido para os 20.7, mas como o processo bateu na EDP, voltou à estaca zero e passaram-se uns meses até estar tudo resolvido para a certificação a 10.35.

    A questão que gostaria de ver esclarecida é: não é obrigação do construtor garantir este processo junto da EDP? É que eu fiz a escritura e vim morar para a casa sem que o processo de certificação fosse concluído (julgava eu que estava concluído, mas quando fui passar o contador para meu nome apercebi-me do estado atual das coisas) e o construtor alega que o problema da EDP e da certificação não é dele, porque ele já tinha uma "pré-certificação" (seja isso lá o que for) da instalação elétrica da casa a jusante do contador.
  7.  # 7

    Na minha opinião, os 10,35kVA para cada lote são bem razoáveis para habitação.

    Já promovi alguns loteamentos e sei o que isso é. Passa-lhe pela cabeça a fortuna que a EDP iria cobrar pela disponibilização dos 20,7kVA em cada um dos lotes?
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
  8.  # 8

    Colocado por: Nortenho
    ...Não vai ser preciso passar muitos anos para que a eletrificação do parque automóvel seja uma realidade e não estou a ver duas viaturas a carregar durante a noite, mais todo o restante equipamento elétrico (ar condicionado, bomba de calor, etc) a funcionar sob uma instalação de 6.9kVA...

    Eu tenho lá em cada duas viaturas. Um tem mais de 10 anos e outro vai a caminho dos 10 anos. Um a gasolina e outro a diesel.
    A correr bem durante os proximos 10 anos não estou a pensar em mudar de carro.
    Só se os governos através dos lobbys inflacionem o preço dos combustíveis e IA sobre as viaturas de CI e se lembrem que querem tudo eléctrico. Impossivel e utópico.
    Para quê estarem a sofrer por antecipaçao?
    Os carros electricos não passarao de uma alternativa como são os de gasolina, diesel ou hibridos. Com excepçao dos diesel que serão cada vez mais proibitivos.
    E nao podemos esquecer que com este caminho de castigar a classe media com impostos, a termos de trabalhar cada vez mais, sem aumentos, trocar de carro será cada vez mais um privilégio só para os ricos. Quero ver a industria automóvel a contornar isto.
    Eu gosto de ver os deputados do bloco de esquerda e do PCP a defender os pobres e oprimidos e a taxar cada vez mais o capital. Qualquer dia o capital foge e eles vão taxar o ar que respiramos.
    Para quê estar preocupado com a potencia, quando existem problemas bem maiores que podem afetar o nosso modo de vida.
  9.  # 9

    Agradeço os vossos comentários e compreendo o que dizem.

    De qualquer forma, em relação à questão:

    não é obrigação do construtor garantir este processo junto da EDP?

    Faz sentido um construtor vender uma moradia (finalizada, chave na mão) sem que a ligação à rede elétrica esteja salvaguardada?

    Indo ao extremo, é legítimo / legal a venda de uma moradia que nunca tenha sequer sido ligada à rede de abastecimento de eletricidade?
  10.  # 10

    Colocado por: Nortenhonão é obrigação do construtor garantir este processo junto da EDP?

    A Câmara municipal só aprova projectos que tenham um pedido de viabilidade aprovado pela EDP. Consulte o seu processo na Câmara municipal e veja o que lá está.
    Concordam com este comentário: ghost12
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Nortenho
  11.  # 11

    Quando a licença de habitabilidade foi emitida, era suposto haver certificação para 20kVA (uma "pré certificação", como o contrutor lhe chavou, que suponho que seja o termo de responsabilidade do eletricista). Foi só após o processo dar entrada na EDP é que se aperceberam que afinal não era possível certificar por essa potência porque o loteamento está certificado para outro valor.
  12.  # 12

    Colocado por: PicaretaA Câmara municipal só aprova projectos que tenham um pedido de viabilidade aprovado pela EDP.


    Isso não é verdade.... Por aqui ninguém pede tal coisa.. Era bonito, era...
  13.  # 13

    Colocado por: NortenhoPedro, eu não preciso de eletricidade trifásica, nem é essa a minha questão. A ideia de certificar a instalação para 20.7kVA, mesmo não precisando dessa potência inicialmente, era apenas salvaguardar a evolução da instalação elétrica.
    Não vai ser preciso passar muitos anos para que a eletrificação do parque automóvel seja uma realidade e não estou a ver duas viaturas a carregar durante a noite, mais todo o restante equipamento elétrico (ar condicionado, bomba de calor, etc) a funcionar sob uma instalação de 6.9kVA.
    De qualquer forma, se neste momento conseguir elevar a potência contratada até 10.35kVA (que, para já, até nem é para equacionar, vou começar pelos 6.9kVA e ajustar se for necessário), já não é mau de todo. No entanto, se o ramal não suporta 20.7kVA em trifásico, não sei até que ponto é que suportará 10.35kVA em monofásico, assumindo que o limite está na secção dos condutores individuais de fase.

    Está a pensar de forma errada, se acha que precisa dos 20,7kVa
    Para já tem de ver o que pagou, pagou a certificação/baixada para os 10,35 ou os 20,7? Quando o empreiteiro faz isso, por vezes para poupar dinheiro pede a baixada para os 10,35 .
    Depois, as casa têm de ser mais eficientes, pensar em ter módulos FV e baterias para reduzir os consumos e potências instaladas.
    Da mesma forma os carros têm de evoluir para sistemas de carregamento mais rápidos, menos potência, mais autonomia.
    É impossível, pensar em casas com dois carros electricos nas condições actuais. Actualmente a grande maioria dos PT não aguentariam 1 carro a carregar por habitação.
  14.  # 14

    Colocado por: Pedro BarradasIsso não é verdade....

    Não é verdade aí no deserto :-))
    Por aqui é verdade.
  15.  # 15

    Mas se não é obrigatório conectar a edificação à rede... essa exigência por parte das CM, não faz sentido. As pessoas podem ter um sistema off-grid se assim desejarem.
    Onde está essa obrigação de demonstrar a viabilidade de conexão à rede durante a fase de licenciamento de edificaçãona Lei? gostava de saber...
  16.  # 16

    Por cá também é verdade.

    Colocado por: Picareta
    Não é verdade aí no deserto :-))
    Por aqui é verdade.
  17.  # 17

    Colocado por: callinas
    Está a pensar de forma errada, se acha que precisa dos 20,7kVa
    Para já tem de ver o que pagou, pagou a certificação/baixada para os 10,35 ou os 20,7? Quando o empreiteiro faz isso, por vezes para poupar dinheiro pede a baixada para os 10,35 .
    Depois, as casa têm de ser mais eficientes, pensar em ter módulos FV e baterias para reduzir os consumos e potências instaladas.
    Da mesma forma os carros têm de evoluir para sistemas de carregamento mais rápidos, menos potência, mais autonomia.
    É impossível, pensar em casas com dois carros electricos nas condições actuais. Actualmente a grande maioria dos PT não aguentariam 1 carro a carregar por habitação.


    Não foi por via de poupar dinheiro, porque o pedido inicial foi para 20.7kVA (confirmei isso num balcão da EDP). Foi precisamente nesse pedido que o processo esbarrou.

    O problema que descreve (não ser possível ter dois carros elétricos por habitação) até pode vir a ser verdade, mas a intenção é pelo menos garantir que terei tudo o que é necessário quando esse momento chegar e a infraestrutura de distribuição de eletricidade o permitir. Pelo menos do quadro para dentro de casa está tudo feito para suportar 20kVA em trifásico.

    Mas à parte disso, o que mais me importa aferir neste momento são mesmo as obrigações legais de cada uma das partes, mas também já percebi que mesmo aí não estamos a falar de ciência exata.
  18.  # 18

    Colocado por: callinas
    Está a pensar de forma errada, se acha que precisa dos 20,7kVa
    Para já tem de ver o que pagou, pagou a certificação/baixada para os 10,35 ou os 20,7? Quando o empreiteiro faz isso, por vezes para poupar dinheiro pede a baixada para os 10,35 .
    Depois, as casa têm de ser mais eficientes, pensar em ter módulos FV e baterias para reduzir os consumos e potências instaladas.
    Da mesma forma os carros têm de evoluir para sistemas de carregamento mais rápidos, menos potência, mais autonomia.
    É impossível, pensar em casas com dois carros electricos nas condições actuais. Actualmente a grande maioria dos PT não aguentariam 1 carro a carregar por habitação.


    Pelo que percebi, a limitação é na alimentação do lote. Quando o loteamento foi construído foi pedida a potência de 10,35kVA para cada lote e o ramal dimensionado em conformidade com isso.



    Colocado por: Picareta
    Não é verdade aí no deserto :-))
    Por aqui é verdade.


    Por aqui também é feito esse pedido de viabilidade junto da EDP quando entra o projecto na câmara.
  19.  # 19

    ghost12, exatamente, foi precisamente isso. Por mero acaso (ou falta de zelo da EDP), as primeiras duas ou três moradias construídas foram certificadas com 20.7kVA, até que alguém se apercebeu que os lotes só poderiam receber 10.35kVA.
 
0.0226 seg. NEW