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  1.  # 221

    Colocado por: CMartinFaço é uma pergunta, se a si, como engenheiro, o cliente pede para lhe fazer de forma a que seja prejudicial para o trabalho (projecto) do J.Fernandes e, por conseguinte, do do cliente, o que opta o J.Fernandes por fazer ?

    Eu nunca disse que os técnicos devem abdicar das suas responsabilidades para não desagradar aos clientes, o que disse foi que devem ser dadas as explicações que o cliente pedir e ouvir as sugestões que este tiver para dar, mesmo que, em muitos casos tenha que se lhe dar resposta negativa.

    Alguém que diz que sim a tudo para não desagradar ao cliente é um mau profissional e irresponsável.
    Concordam com este comentário: desofiapedro, Jota5
  2.  # 222

    Nos últimos comentários, ficou bem explicito o que acontece muitas vezes a um Arquitecto.

    Basta que pensemos no seguinte:
    Geralmente não vamos a um médico dizer-lhe que falámos com o amigo ou vizinho e que com ele funcionou e se funcionou com ele, há de funcionar neste caso.
    Também não dizemos: receite-me este medicamento porque eu sei que é o melhor para mim.

    Nas poucas situações em que tal acontece, basta pensar na reacção do médico...

    O Arquitecto é pouco respeitado na nossa sociedade, pelo cliente e pelos seus pares.
    Há arquitectos arrogantes e abusadores? Haverá, sim senhora. Não obstante, também há clientes que consultam e não querem ouvir.
    A maior parte das pessoas só contrata um arquitecto/engenheiro porque a lei assim o obriga.

    O exercicio de qualquer profissão não está desligado do contexto socio-cultural.
    A quantos clientes se preconiza dada solução que não é cumprida? Muitas vezes só quando existem problemas graves, embargos, coimas é que reconhecem, interiormente, que tinham sido alertados.

    Ainda assim, claro que há clientes que reconhecem a mais valia de um arquitecto/engenheiro e usufruem do seu trabalho. Fazem valer a pena exercer.
    Concordam com este comentário: José Barnabé, Anonimo1710
  3.  # 223

    Colocado por: ADROatelierA maior parte das pessoas só contrata um arquitecto/engenheiro porque a lei assim o obriga.

    Esta é uma grande verdade.
    Concordam com este comentário: Anonimo1710, BM_18
  4.  # 224

    Eu, como arquitecto, gostava de poder ganhar metade do que ganha uma imobiliária, mesmo que para isso tenha o dobro da responsabilidade (que não será só o dobro, será muito mais).

    Eu tenho no meu percurso profissional, um cliente que sabia "bem o que queria". Tenho pena de não ter sido mais "bruto" na altura. Hoje olho para a obra e acho que ele ficou a perder (e isto não teve nada a ver com os honorários). Muitas vezes os clientes não sabem o que querem. Cabe ao arquitecto ajudar nesse sentido. Quando o consegue, ambos ficam a ganhar, especialmente o cliente.

    Os clientes têm "um sonho" que querem ver realizado. O arquitecto só tem de descobrir qual é e desenha-lo.
    Concordam com este comentário: José Barnabé, zedasilva
  5.  # 225

    Colocado por: paulovalenteMuitas vezes os clientes não sabem o que querem.

    Eu diria que muitas vezes os clientes não sabem expressar aquilo que querem.
    Cabe ao arquiteto/psicólogo tentar perceber o que na realidade quer aquele cliente.
    Isto não se consegue em 100h dedicadas a um projeto, quer queiramos quer não, o arquiteto tem que ganhar dinheiro, tem que ter lucro com o seu trabalho.
    É com os lucros que poderá investir. Investir em formação, investir em material, que serão o garante de melhores serviços prestados.
  6.  # 226

    Colocado por: zedasilvaEu diria que muitas vezes os clientes não sabem expressar aquilo que querem


    É isso pá!! Não estava a conseguir expressar o que queria dizer...
  7.  # 227

    Então seria uma mais valia existir projectos standard em que o cliente que queria uma casa personalizada iria pagar o real custo de uma solução criada só para ele com as características que ele pretende resumindo poderia alguém que colocasse o sonho dele em papel e para isso pagaria a um arquitecto as horas que devem ser muitas para o fazer, quem quisesse um casa básica em que provavelmente na sua zona iria ver uma dúzia delas iguais teria os projectos standard.

    E ai o arquitecto teria sempre a opção de dar a escolher ao DO se queria um projecto á medida ou não.
  8.  # 228

    Colocado por: rsvaluminioEntão seria uma mais valia existir projectos standard

    Já existem!
    As casas pré fabricadas e outras modernices que por ai vão surgindo.
    Concordam com este comentário: rjmsilva, Anonimo1710
  9.  # 229

    Os projetos de arquitetura não entram no domínio publico ao fim de uns anos?
  10.  # 230

    Colocado por: rsvaluminioE ai o arquitecto teria sempre a opção de dar a escolher ao DO se queria um projecto á medida ou não.

    O arquitecto só não faz isso se não quiser... Haver ou não esses projectos standard, depende do contexto local... por exemplo em zonas como odivelas, Loures e Seixal, possivlemete é facilimo ter já projectos no porttfolio que darão pouco trabalho a adaptar.. pois muitos lotes e loteamentos tem configurações e regras muito similares!!!

    A minha realidade é diferente, nunca repeti um projecto de uma moradia unifamiliar para um paricular... é sempre personalizada.
  11.  # 231

    Colocado por: JoelMHá por aqui gente que pensa que os arquitectos que por aqui andam têm de sujeitar a toda e qualquer circunstância porque afinal "eles" precisam do trabalho logo têm de se sujeitar!

    Colocado por: JoelMpensam e podem pedir o que quiser, o cliente paga (também) se quiser... onde está a duvida?


    Não há dúvida, é assim que funciona, portanto não entendo a indignação, quando vou orçamentar um trabalho só vou se quiser, e orçamento o valor que quiser é o cliente só aceita se quiser, não vou lá orçamentar 4000euros por ex. e depois vir para os fóruns dizer que o cliente não me dá o devido valor e que merecia receber o dobro por aquele trabalho
  12.  # 232

    No meu trabalho eu sei o meu valor, sei o que posso fazer e quanto vale o que faço, mas no final quem me atribui um valor é o cliente, eu posso achar que o meu trabalho vale 20euros a hora, mas se não tiver clientes que me pague esse valor, então é porque no final não é esse o meu valor real.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, J.Fernandes, nbastos, Jota5, NTORION
  13.  # 233

    Colocado por: Ivo F.No meu trabalho eu sei o meu valor, sei o que posso fazer e quanto vale o que faço


    Eu não sei o meu valor, porque na verdade eu trabalho a partir do nada. Se eu fosse vendedor de laranjas era fácil, compro a "x", vendo a "y". Mas como eu vendo "tempo" estou lixado. E todos acham que o tempo é barato.
    Aí a imobiliária tem o trabalho facilitado, ganha uma percentagem sobre o imóvel.
  14.  # 234

    Colocado por: ADROateliere pelos seus pares.
    infelizmente é verdade
    Colocado por: ADROatelierFazem valer a pena exercer.
    tb é verdade e ainda bem
  15.  # 235

    Colocado por: Ivo F.No meu trabalho eu sei o meu valor, sei o que posso fazer e quanto vale o que faço, mas no final quem me atribui um valor é o cliente, eu posso achar que o meu trabalho vale 20euros a hora, mas se não tiver clientes que me pague esse valor, então é porque no final não é esse o meu valor real.


    Colocado por: paulovalenteEu não sei o meu valor, porque na verdade eu trabalho a partir do nada. Se eu fosse vendedor de laranjas era fácil, compro a "x", vendo a "y". Mas como eu vendo "tempo" estou lixado.


    Exacto. Uma coisa é vender o que é palpável, o que o cliente vê. O produto vendável do arquitecto é o seu tempo, a ideia, e a arquitectura. E o cliente nem sempre a sabe entender para a poder calcular, ("pôr") em números. Aos DOs que aqui estão, como o fazem, quando recebem o preço para o projecto de arquitecto, o que vos faz achar se é um bom ou mau preço já agora ?
  16.  # 236

    Colocado por: ****Como se calcula um projecto hoje em dia ao cêntimo , sendo que o mercado , está em constante mutação todos os dias , matérias primas que aumentam, entre outras condicionantes , hoje a conjuntura actual é desfavorável à construção , cada vez mais as artes estão a desaparecer, associados a isso um conjunto de factores como a imigração, etc

    Absolutamente, e também queria falar nisso, já agora, porque quando mais lá atrás se mencionou o ganho financeiro do DO em contratar um arquitecto pois poupa em gastos (evitar redundâncias na construção e ter em mãos alguma ou maior previsibilidade dos custos) o outro ganho ou o ganho "maior" ainda será o traduzir o seu dinheiro (que gasta de uma forma ou de outra, ou bem ou mal) num investimento.
    O antonylemos é que foca isso bem : o dinheiro gasto pelo dono de obra numa arquitectura é não uma despesa é um investimento - num produto de arquitectura que será a sua construção.
    É lirismo isto que penso ou percebe-se a diferença ?
  17.  # 237

    Colocado por: CMartinÉ lirismo isto que penso ou percebe-se a diferença ?


    É as duas coisas.

    Claro que eu (ainda para mais sendo arquitecto) considero um investimento.
    Mas muitos técnicos (bastantes mesmo) têm trabalho porque a lei obriga a que alguém tenha de assinar. Prédios desenhados de uma maneira em que eu fico a pensar que com um desenho bom (normal) acho que o DO ganharia pelo menos mais 10% no preço de venda.

    O que o arquitecto consegue (aquele que se dão ao trabalho) é de às vezes sacar um coelho da cartola (metaforicamente).
    Aquela outra discussão que por aqui anda do arquietcto que construiu no Porto a 100k é uma delas. Tal como muitas outras, obras primas de arquitectura, que a partir de um sitio mau, se constroi um edifício bom ou mesmo brilhante.
    O Bak Gordon desenhou duas "moradias" no logradouro de um quarteirão em Lisboa. O Samuel Torres de Carvalho conseguiu dentro de um quarteirão no centro de Lisboa, meter um hotel de 5 estrelas, ainda por cima com bom aspecto. Coisas que o arquitecto "chapa 5" não consegue.

    https://www.archdaily.com.br/br/01-12707/2-casas-em-santa-isabel-bak-gordon-arquitectos
    https://www.stc-arquitetura.com/project/63-Hotel-Memmo-Principe-Real
  18.  # 238

    Colocado por: ****Quantos DO queriam aquela casa ?
    mesmo muito poucos... os carros ja precisavam de ter garagem e não abrigo.. os quartos serem suites.. as cozinhas ilha central a sala de jantar uma mesa pra 10 pessoas, as paredes não podiam ficar a nu... o piso ser em ... os ... as ...

    e sim é um excelente trabalho do Nuno, mas se formos a contabilizar as horas que ele gastou para conseguir aquilo, mesmo um cliente que quisesse a mesma coisa, já não iria servir. digo eu , nao sei, mas imagino...

    que para conseguir aquele trabalho foram necessárias mts mas mts horas mesmo...
    Concordam com este comentário: Anonimo1710, Pedro Barradas
  19.  # 239

    Colocado por: ****Os clientes se deixarem o arquiteto trabalhar e perceberem das suas limitações financeiras , e volto a dizer para fazer arquitetura com pouco dinheiro é preciso concessões, uma delas é reduzir áreas, o nunogouveia é um exemplo de arquitetura contida , funcional e a um preço condizente com as limitações! Quantos DO queriam aquela casa ?
    Concordam com este comentário:JoelM

    Eu queria aquela casa e vivia muito bem. Chegava e sobrava.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  20.  # 240

    existe uma ideia errada que para conseguir um projecto assim, com um orçamento reduzido o projecto tb tem de ser barato. aquilo que vejo no mundo real é que os projectos baratos saiem caros ou derrapam. Comes e calas, nem quem contratas vai querer perder mt tempo com aquilo para n perder dinheiro (de aí muitas vezes aparecem aqui DO com problemas com os arquitectos que recusam reformular projectos etc.. ). Não estou a dizer que num projecto caro tb não aconteça, mas a probabilidade é menor.
    isto porque a ir ao barato estamos a raspar o fundo da panela, ao pagar mais, em principio já eliminamos o torrado do fundo, (embora possamos encontrar ainda algum) e já se pode escolher algo com mais qualidade à partida e não comer apenas o que nos põem no prato.
 
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