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  1.  # 21

    Só para que conste:

    Eu comprei o terreno através de imobiliária, onde no anuncio referia que o terreno era para construção. Os ex proprietários também informaram a imobiliária que sim, que era para construção. Os donos conheciam-me, e o dever moral deles , ao saberem que eu ia vender a minha casa, para construir naquele terreno, e sabendo agora que eles tinham em seu poder documentos que provavam que o terreno estava em reserva agrícola, era dever moral deles informar-me dessa situação. Eu, nunca iria fazer o mesmo a ninguém. Assistir ao entusiasmo que eu e a minha família estávamos com todo o processo, de cumprir o sonho de viver na minha aldeia junto à minha família para os poder auxiliar um dia, saber de todas estas intenções e mesmo assim deixar seguir o negócio, é malandrice e falta de honestidade. É querer ganhar dinheiro fácil e passar "a batata quente a outro".

    Uma coisa é, realmente, saber agora que é preciso mais cuidado e informar-me de tudo isso antes. Outra coisa é perceber aqui pelos comentários, que a maioria de vós pensa como os vendedores e que não vê mal nenhum neste ato.

    A mim, sempre me ensinaram valores e a ser honesto. Não somos todos sempre honestos, isso seria "tapar o sol com a peneira", mas numa situação destas, saber que um casal jovem , no inicio de vida, venda a casa para comprar um terreno e investir todas as poupanças nisto, conhecer a família dos compradores e deixar que o negócio se desenrrole... ir ao terreno antes da compra com um dos ex proprietários, ver os limites do terreno, informar que eu ía ali fazer o sonho de sempre, e deixar que isso tudo aconteça, escondedo a informação que já tinham sobre o terreno estar em RAN, para mim só tem uma palavra: aldrabice.

    Não venho aqui para que me seja dada razão, venho aqui expor um caso, que acontece a tanta gente. Mas, que não devia acontecer. Bastava no momento da escritura ser obrigatório a apresentação dessa declaração camarária. Se é obrigatório nas casas, porque não o é nos terrenos?

    Dou encerrada esta discussão, pedido à administração do forum que elimine esta minha discussão.
    • Nelhas
    • 12 março 2020 editado

     # 22

    Colocado por: night028Outra coisa é perceber aqui pelos comentários, que a maioria de vós pensa como os vendedores e que não vê mal nenhum neste ato.


    Totalmente falso. O acto é reprovável e deve ser condenado.
    Não vi ninguém a dizer o que afirma.


    Agora voçe quer , com o devido respeito, ouvir palavras que o façam sentir que não teve absoluta culpa nenhuma nisto e que a culpa é toda dos outros.

    Mas ao mesmo tempo contradiz-se.

    Voçe arrisca a sua vida e da sua família, as suas poupanças, a sua antiga casa e não toma CUIDADOS REDOBRADOS no sentido de se proteger?
    Confia nos donos que o conhecem e nos vendedores?
    A decisão mais importante da sua vida actual é deixada nas mãos de uns donos de um terreno e de um vendedor?

    Vai vender o seu imóvel sem a certeza absoluta que o terreno preenche todas as garantias para poder construir e construir com o dinheiro que têm?

    Até lhe digo mais.
    Imagine que pode construir. Vai ao arquitecto e ele informa-o que para fazer ali uma casa devido a x, y, z condições do solo vai ter de gastar 200 em vez de 50?

    Como seria?

    Espero que tudo corra pelo melhor e que consiga resolver este problema.
    Concordam com este comentário: nunos7, Adalberto Lameiras
  2.  # 23

    Se tudo se passou como relata, foi mesmo um acto bastante baixo, como diz, um acto de aldrabice...
    Quanto à eliminação do post, acho q não deveria de ser feita, pois quem ler isto fica, com mais um relato de com deve e não deve fazer as coisas, pelo menos q o q lhe aconteceu a si, possa abrir os olhos a futuros DO.

    Tem alguma documentação, onde lhe foi dito q o terreno era para construção?
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, Nelhas, Paramonte, Anonimo1710
  3.  # 24

    Já que há intermediação imobiliária, envolva-a na questão. Uma denúncia ao IMPIC não é de se dispensar. É bom que tenha guardado provas do anúncio.
  4.  # 25

    Colocado por: night028Eu comprei o terreno através de imobiliária, onde no anuncio referia que o terreno era para construção.

    As imobiliárias publicitam o que os proprietários querem, não tem obrigação nenhuma de ir à Câmara consultar o PDM.


    Colocado por: night028Bastava no momento da escritura ser obrigatório a apresentação dessa declaração camarária. Se é obrigatório nas casas, porque não o é nos terrenos?

    Porque uma casa é para ser habitada, e tem que cumprir os requisitos legais, os terrenos podem servir apenas para criar mato.

    Você foi burlado por um conhecido, que merecia umas serrafadas no lombo. Se for para tribunal, eles vão alegar que desconheciam que o tereno estava em RAN, se tiver provas físicas e testemunhas para contestar isso é avançar para tribunal.
    Concordam com este comentário: Adalberto Lameiras
  5.  # 26

    Colocado por: newtoncJá que há intermediação imobiliária, envolva-a na questão. Uma denúncia ao IMPIC não é de se dispensar.

    Denunciar o quê?
  6.  # 27

    Colocado por: Picareta
    Denunciar o quê?

    Propaganda enganosa. Diz o user que a propaganda expressamante afirmava que era possível a construção.
  7.  # 28

    Colocado por: nunos7Quanto à eliminação do post, acho q não deveria de ser feita, pois quem ler isto fica, com mais um relato de com deve e não deve fazer as coisas, pelo menos q o q lhe aconteceu a si, possa abrir os olhos a futuros DO.

    Concordo e acrescento o erro que quase todos os compradores fazem, e isso vê-se bem neste forum, o único documento que as pessoas conhecem é a caderneta predial das finanças, que é dos que menos interesse tem.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas, Adalberto Lameiras, ZSOUSA, zed
  8.  # 29

    Colocado por: Picareta
    Denunciar o quê?


    Se meter a imobiliária em tribunal vai ser complicado para ela , já fui a tribunal com uma das grandes e teve de ficar ela com o imóvel . Devolveu o dinheiro claro .
  9.  # 30

    Nelhas, a leitura que faço dos comentários que vou lendo, é outra. É a de que o dever era meu, de me informar. Eu concordo e assumo que ao final de contas, eu falhei nesse ponto. Mas falhei, não por não querer ter trabalho, ou gastar dinheiro, mas pelo simples facto de não ter maldade nem ver maldade nestas coisas. Quem nunca passou por estas coisas, quem não tem conhecimento destes casos, é normal que deixe escapar as coisas.

    Os documentos que foram necessários para a escritura foram a caderneta predial atualizada e os registos. Eu vi isso tudo e em nenhum dizia que o terreno estava com a condicionante de reserva agrícola. A caderneta predial informar que é uma parcela de terreno urbano para construção de moradia. A escritura que eu fiz diz o mesmo. O arquiteto só se deparou com a situação, quando foi, no final do projeto, reuniu as plantas todas para unir ao projeto, a fim de o submeter à apreciação da camara. Aí alertou-me e é o que se sabe.

    Aqui o condenável é a frieza dos vendedores e as imobiliárias que ao fim de contas, sabem bem que não estão em incumprimento, não obrigam ninguém a comprar. Mas ao anunciar os terrenos, aí, a meu ver, erram, pois no anuncio constava que era terreno para construção (se eu agora questionar isso, obviamente que vão dizer que foi o que os ex donos lhes disseram e tal, e tinham a caderneta predial que também informava isso).

    Se formos a ver bem é o modo como isto tudo se processa que, a meu ver, está sempre mais do lado de quem quer ser desonesto.

    E não, não quero palavras como não tive absoluta culpa. Eu na minha pessoa acho que não tive total culpa. Os atos de má fé devem ser punidos, pois caso contrário viveríamos sempre a beneficiar quem age de má fé. Eu sei que tive culpa. Mas também têm que perceber que nós não nascemos todos ensinados, nem passamos por experiências na vida que nos façam tomar as devidas precauções.
    O próprio arquiteto manifesta que o caso é de uma total incongruência no que respeita ao PDM, o terreno ao mesmo tempo está no plano de urbanização, no limite do perímetro e afeto a uma zona de construção permitida, mas depois tem outra planta à parte, onde a mesma parcela está em RAN. Acho que seria tudo muito mais simples aos olhos de quem não percebe disto, o mesmo mapa não incluir zonas de construção, sobrepostas à RAN ou vice versa.

    Fica a lição e espero que sirva de exemplo para quem possa vir a querer comprar terrenos. Tenham muito cuidado.
  10.  # 31

    Colocado por: night028O arquiteto só se deparou com a situação, quando foi, no final do projeto,


    Isso é que eu acho estranho. Aqui e todos os colegas que conheço.. a 1ª coisa que se faz antes de começar o projecto de arquitectura é verificar o enquadramento urbanístico da pretensão.. até para saber com que regras iremos trabalhar...
  11.  # 32

    Colocado por: Pedro Barradas

    Isso é que eu acho estranho. Aqui e todos os colegas que conheço.. a 1ª coisa que se faz antes de começar o projecto de arquitectura é verificar o enquadramento urbanístico da pretensão.. até para saber com que regras iremos trabalhar...


    Ambos verificámos, já depois de ter o terreno comprado, como é óbvio, que o terreno estava em zona de construção e foi essas regras que cumprimos. O mal está aí, é que no mapa onde há essas regras o terreno está em zona de construção permitida, mas depois tem a condicionante RAN. E não reparámos nisso durante todo o processo até no final ser necessário reunir todas as plantas.

    Não estou a omitir nada, o processo foi exatamente assim. É uma situação estranha, já falei com vários arquitetos e até técnicos da área e realmente afirmam que a situação não é normal. O último pdm tem 2 anos, os últimos planos de urbanização têm 2 anos e segundo os arquitetos, esse lapso deveria ter sido reparado no momento da última retificação do PDM, ou seja, não incluir aquela parcela, nem a seguinte (são as duas ultimas antes de terminar a zona de contrução nessa área) bastava isso, para que tudo se verificasse a tempo. Mas não, a parcela está incluída na zona de construção, mas depois tem lá a particularidade da RAN, numa plana à parte.
  12.  # 33

    Tem sempre de se cruzar a planta de concidionantes com a de ordenamento... Pois mesmo em zonas urbanas, pode haver condicionantes (RAN, REN, ou outra coisa qq)
  13.  # 34

    Colocado por: night028O arquiteto só se deparou com a situação, quando foi, no final do projeto,

    Até o arquitecto falhou!
    Não viu as condicionantes antes de encetar os projectos.


    Agora é esperar que haja uma revisão do PDM e ir "batalhar" para as reuniões abertas à população.
  14.  # 35

    Deixo aqui outra questão.
    Será possível construir no local uma casa prá fabricada de madeira, ou modular? Será que essas soluções necessitam do mesmo processo de licenciamento?
  15.  # 36

    Colocado por: night028Será possível construir no local uma casa prá fabricada de madeira, ou modular? Será que essas soluções necessitam do mesmo processo de licenciamento?

    O procedimento e os requisitos tecnicos é igual ao de uma casa de construção tradicional. Portanto não, não pode.
    •  
      RRoxx
    • 12 março 2020

     # 37

    Eventualmente uma casa móvel.. eventualmente...
  16.  # 38

    Não é esse o entendimento da Comissão Nacional do Território, consequentemente das Camaras municipais.
    http://cnt.dgterritorio.pt/recomendacoes
  17.  # 39

    Aconteceu-me uma situação parecida há uns anos.
    Fiz um CPCV com um sr. para um terreno rústico, com a condição que só o compraria quando o projeto viesse aprovado.
    Fui informar-me à Câmara e podia construir uma casa "de agricultor". Dei 500eur de entrada, contratei um arquiteto e o projeto deu entrada na Câmara. 7 meses depois a Câmara chumbou o projeto numa carta que dizia que não se podia construir porque isto e porque aquilo.
    Na altura, estava em casa de um familiar, por favor, enquanto a casa não se construisse, porque na altura também vendi a minha...Como previ muitas chatices, mandei tudo para o ar. Desisti do terreno, pedi os 500eur de volta (na altura, até já eram 1.000, porque entretanto, tinha dado mais 500) e comprei uma casa modesta para lá morar temporariamente. 15 anos depois, aqui estou eu, com outro terreno comprado, numa localização e com umas condicionantes muito melhores do que as do outro...na altura, não achei graça nenhuma mas hoje só penso, "Há males que vêm por bem" e, "Deus escreve certo por linhas tortas". E claro, quando comprei este terreno, tive o triplo do cuidado que tive com o outro.

    Este terreno, consegue vendê-lo pelo preço que pagou, mesmo dizendo a verdade, que não dá para construir?
  18.  # 40

    Colocado por: pipocas4Este terreno, consegue vendê-lo pelo preço que pagou, mesmo dizendo a verdade, que não dá para construir?

    Duvido muito, terrenos q não dão para construir andam a ser vendidos a 1€ o metro em algumas zonas, e em alguns casos até menos...
 
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