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  1.  # 521

    Boa noite,

    Gostaria de partilhar com vocês aquilo que vejo como uma possível solução para a pandemia e problema económico consequente. (Embora desta pandemia já vai um bocado tarde).

    Eu chamo-lhe "Dois coelhos com uma cajadada só"


    Se eu pudesse fazer alguma coisa para ajudar a acabar com esta pandemia e salvar a economia a nível mundial, julgo que mandava toda a população não essencial para casa de quarentena.

    Ficavam apenas os serviços essenciais - pessoal hospitalar, forças de segurança, exército, serviços de água e saneamento, gás, eletricidade, comunicações, apoio social, bombeiros, agro-indústria (agricultura + pecuária + pescas), indústria transformadora alimentar de primeira necessidade e distribuição. E mais um ou outro serviço essencial que não me ocorreu de momento.
    Isto daria o quê? 5% da população a trabalhar fora de casa.
    Os outros 95%, não essenciais durante o decorrer da pandemia iam para quarentena.

    Fazia um shut-down na economia, isto é, congelava as dívidas todas a partir da declaração da pandemia pela OMS, e congelava igualmente os ordenados. Era mais ou menos como se o dinheiro nesse período não existisse. Seria como se tivesse havido um "freeze" durante o período do surto e até ser declarado a nível mundial o fim da pandemia.


    Nesse período todas as pessoas viveriam de pacotes básicos de alimentação, cujos custos seriam suportados pelos estados.
    Afinal os estados neste período também não pagariam os seus funcionários não essenciais à economia de "guerra" e poderia canalizar esses recursos financeiros ou empréstimos futuros na base da alimentação de toda a população.
    Creio eu, e vejo por mim, que quem está de quarentena em casa não precisaria de muito mais para viver do que a alimentação e higiene.

    Quanto à distribuição da alimentação à população em casa, deixaria a solução da melhor forma de o fazer a cargo das entidades competentes, atendendo que teria de ser levado em linha de conta o risco mínimo de contágio. Um misto de entrega domiciliária e saída ordenada de casa "à vez" dum membro da família que se dirigiria a um local determinado pelas autoridades (supermercado mais próximo, depósito de víveres, etc).



    No fim do surto, que creio que acabaria mais rápido do que as meias-medidas, que os governos ocidentais estão a tomar neste momento, ao sabor dos números correntes, e como as empresas não se tinham endividado, retomaria a economia com menos problemas. os estados também se teriam endividado ao mínimo, em comparação com aquilo que vai acontecer futuramente.

    O principal problema dos modelos para impedir que a economia imploda é que a variável "dívida" nunca é retirada da equação. Desta forma ele poderia ser retirada da equação momentaneamente e pelo período da pandemia.

    Não esquecer que isto é um problema mundial comum, uma luta igualmente comum a todos os estados, difere da guerra por isso mesmo, uma vez que não existe um confronto entre estados, mas sim uma batalha de TODOS os estados contra um inimigo comum - a pandemia.

    Neste momento as pessoas a nível mundial estão preocupadas com duas coisas, doença (agora) e desemprego (depois).

    Da forma que apresento, creio que a solução radical de limitar os movimentos das massas ao máximo contribuiria para um mais rápido controlo da pandemia.

    Isto só funcionaria se fosse a nível mundial, talvez mesmo até a nível europeu, pois as dívidas das nações, quer sejam dos estados, quer sejam dos seus cidadãos estão ramificadas mundialmente.
    E todos teriam de aceitar "congelar" a dívida por tempo igual para todos, assim como os assalariados, teriam de aceitar de ter rendimentos pelo período da pandemia, com o suporte básico assegurado pelos estados.

    Doutro modo não vejo grande solução, nem modelos económicos que se ajustem ao problema que virá a seguir à pandemia - a possível derrocada da economia!

    A solução não é perfeita, nem haverá de futura soluções perfeitas, pois por mais que se queira infelizmente em qualquer modelo económico há sempre alguém que "fica para trás".

    O meu modelo é mais intrincado, mas isto é a sua base.


    os meus dois cêntimos!
    • eu
    • 22 março 2020

     # 522

    Colocado por: pguilhermeE a cadeia de fornecimento para as Farmácias, Hospitais, Padarias e Supermercados?


    Há muita gente que pensa que os produtos aparecem nos supermercados por magia.
    • hangas
    • 22 março 2020 editado

     # 523

    Já agora um update, uma vez que comecei a partilhar uma situação pessoal aqui em que havia suspeita de covid.

    O miúdo teve alta ontem (ao fim de 2 dias e internamento) e já esta em casa a antibiótico.
    Testou negativo para Covid (e tb e para influenza).

    Ainda assim foi uma infecção viral do trato respiratório inferior (Bronchiolitis).
    O raioX acusou uma pequena nevoa que atribuíram a um principio de pneumonia que foi tratada com 2 doses de antibiotico IV, e continua o tratamento em casa por via oral.

    A questão da pneumonia deixou-nos obviamente preocupados. Mas dada a situação actual, e uma vez que testou negativo para covid deixou-me a pensar que se reagiu assim a um dos virus comuns, como reagiria ao SARS-CoV-2?
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu, nmex2, telhaduasaguas, Luis Santos Duarte
  2.  # 524

    •  
      marco1
    • 22 março 2020 editado

     # 525

    vrap.pm

    isso foi mais ou menos o que foi feito na china, coreia, por ai e que inevitavelmente a itália vai fazer

    por cá e noutros ainda não estão a ver o quão grave isto poderá ser e vamos ver se as meias medidas não vão sair caras

    vejo essencialmente é muita gente, gente a mais só a pensar no umbigo e economias como se fossem de repente todos inválidos e que sem o pilim dado á boca, é só drama., ou seja a agirem e estarem focados que o inimigo nº1 e imediato não é bem o corona, é a subsistência daqui a um mês
  3.  # 526

    Não sei se se tem lido sobre o "flatten the curve" ? É a estratégia que estão a seguir. Se não, por favor leiam a respeito, pode-se achar que não existe estratégia nenhuma e que, é no fórum que a vamos descobrir. O flatten the curve é usada em circunstâncias diversas (até económicas) e neste caso, do coronavírus. Baixa os índices (de casos tratando-se do coronavírus) mas aumenta geralmente a duração.
    Penso que o enfermeiro Magalhães o referiu algures atrás, quando disse que se tentava baixar os números de casos de forma a poder torná-lo a todos tratáveis no actual SNS, sem sobrecarga. É esse o plano existente, em Portugal e em todo o mundo. Flatten the curve.
    Concordam com este comentário: hangas, eu
  4.  # 527

    O fechar um País traz para além de repercussões económicas, consequências sociais que podem ser bastante disruptivas (abrangendo até a saúde mental dos indivíduos, aumentando factores como criminologia, etc). Facto este pelo qual tem-se igualmente referido que um shutdown completo não é possível, nem desejável. Tem que se continuar a ser sustentável, economicamente, sim que é muito (!) importante, mas não apenas.
    Repito esta é a questão vista de uma forma global, não apenas em Portugal. Parece-me que não se está a inventar a roda.
    Concordam com este comentário: J.Fernandes, hangas, eu
  5.  # 528

    Colocado por: CMartinNão sei se se tem lido sobre o "flatten the curve" ? É a estratégia que estão a seguir. Se não, por favor leiam a respeito, pode-se achar que não existe estratégia nenhuma e que, é no fórum que a vamos descobrir. O flatten the curve é usada em circunstâncias diversas (até económicas) e neste caso, do coronavírus. Baixa os índices (de casos tratando-se do coronavírus) mas aumenta geralmente a duração.
    Penso que o enfermeiro Magalhães o referiu algures atrás, quando disse que se tentava baixar os números de casos de forma a poder torná-lo a todos tratáveis no actual SNS, sem sobrecarga. É esse o plano existente, em Portugal e em todo o mundo. Flatten the curve.


    "flatten the curve"? Não era isso que dizia o Boris há uns dias atrás...
    Creio que não tem estado atento ao que se passa na Itália, Espanha e França...

    Estratégia? lol
    O plano é... não há plano!
    Nem sequer há máscaras nos hospitais!
    Concordam com este comentário: Bricoleiro
  6.  # 529

    Julgo que o receio é que as medidas actuais possam não ser suficientes para reduzir a curva, que poderá acontecer se a propagação for mais rápida que a contenção.
    Neste caso, não ajuda o facto da contagem de novos casos não ser real, mas sim apenas o nº de casos identificados. Pessoas assimptomática, ou de sintomas muito ligeiros, podem continuar a espalhar o bicho?
    Concordam com este comentário: CMartin
  7.  # 530

    Há razões científicas e históricas que levam às estratégias seguidas em situações como estas. Que depois se vão adaptando conforme se vão verificando o seu sucesso ou insucesso "no terreno".
  8.  # 531

    Colocado por: CMartinO fechar um País traz para além de repercussões económicas, consequências sociais que podem ser bastante disruptivas (abrangendo até a saúde mental dos indivíduos, aumentando factores como criminologia, etc). Facto este pelo qual tem-se igualmente referido que um shutdown completo não é possível, nem desejável. Tem que se continuar a ser sustentável, economicamente, sim que é muito (!) importante, mas não apenas.


    Totalmente de acordo.
  9.  # 532

    Colocado por: eu

    Há muita gente que pensa que os produtos aparecem nos supermercados por magia.


    Não, não sou assim tão limitado...

    Tinha de haver transportes e produtores desses produtos.
    Mas isso é básico, não valia a pena estar a escrever.

    Eu por exemplo faço plástico para o ramo alimentar e sei (ao mais que acha stocks), não podemos parar (pelo menos por muito tempo)...
  10.  # 533

    Serve te de muito quando estiveres no caixão , as repercussões económicas mentais criminais ou outra coisa qualquer . Ainda não se mentalizaram do que está ai continuem a pensar em estabilidades financeira depressões ou ansiedades..
  11.  # 534

    Colocado por: pguilhermePessoas assimptomática, ou de sintomas muito ligeiros, podem continuar a espalhar o bicho?


    Sim.
    Concordam com este comentário: CMartin
  12.  # 535

    Colocado por: wuxingNão era isso que dizia o Boris há uns dias atrás...

    O Boris seguia outra estratégia, que seria o herding.
    Basicamente, tornar a comunidade imune em deixar o vírus livre para infectar. Mas, lá está, como "no terreno" provou-se que não se teria depois capacidade do SNS no Reino Unido para tratar de tantíssimos casos em simultâneo do vírus (falavam em 60 por cento da população infectada) teve que aderir ao flatten the curve, como todo o mundo.
  13.  # 536

    Colocado por: marco1vejo essencialmente é muita gente, gente a mais só a pensar no umbigo e economias como se fossem de repente todos inválidos e que sem o pilim dado á boca, é só drama., ou seja a agirem e estarem focados que o inimigo nº1 e imediato não é bem o corona, é a subsistência daqui a um mês

    E eu também vejo alguns que pensam que fechar um mês vai resolver o problema. Não vai.

    Fechar um mês é importante para que o número de casos não suba de maneira a ultrapassar a capacidade dos hospitais, mas o vírus vai continuar a circular por muito tempo e não há capacidade para o país estar parado dois ou três meses, pelo que teremos a dado momento de continuar a nossa vida e conviver com o vírus, o que, com as devidas precauções, principalmente dos mais suscetíveis, até é desejável, porque só se acaba com a pandemia quando houver imunidade de grupo, isto é, quando um número significativo da população já tenha sido em certo momento infetada. Pelo menos é o que tenho entendido dos artigos que tenho lido sobre isto.
    Concordam com este comentário: CMartin
  14.  # 537

    Colocado por: Reduto25Serve te de muito quando estiveres no caixão , as repercussões económicas mentais criminais ou outra coisa qualquer . Ainda não se mentalizaram do que está ai continuem a pensar em estabilidades financeira depressões ou ansiedades..

    Para si ou para mim talvez não, mas para quem governa o equilíbrio saúde-economia-social tem um significado irredutível. Em cada País. E para o Mundo.
    Concordam com este comentário: J.Fernandes
  15.  # 538

    Colocado por: CMartinPara si ou para mim talvez não, mas para quem governa o equilíbrio saúde-economia-social tem um significado irredutível. Em cada País. E para o Mundo.

    Obviamente. Friamente, a questão para um governo é esta: tem que se evitar o maior número de mortes possível, mas nem que morram 50.000 pessoas em Portugal, vão continuar a existir outros 10.000.000 de pessoas que precisam de comer.
    Concordam com este comentário: pguilherme
  16.  # 539

  17.  # 540

    Colocado por: Reduto25Serve te de muito quando estiveres no caixão , as repercussões económicas mentais criminais ou outra coisa qualquer . Ainda não se mentalizaram do que está ai continuem a pensar em estabilidades financeira depressões ou ansiedades..


    Exactamente, muita gente ainda está com a cabeça enterrada na areia...

    Aliás esta crise tem sido exemplar em pôr à vista o estado doente das nossas sociedades, só não vê quem não quer.
    Concordam com este comentário: void
 
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