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    • Giba
    • 17 outubro 2009 editado

     # 1

    Inacreditável, vergonhoso, inadmissível

    Imagine:

    Que você tenha solicitado um financiamento para aquisição de casa própria no mês de Agosto/2009. O banco em causa “Millennium” tenha feito a avaliação do imóvel e conceda-lhe 85% de financiamento sobre a garantia real avaliada em € 185.500,00.

    Que as condições apresentadas pelo banco para o reembolso tivesse como base o indexante euribor à 3 meses acrescido de um spread de 1,5%.

    Que a título de adiantamento sobre o capital aprovado tenha disponibilizado € 16.000,00 para que você sinaliza-se o imóvel em causa.

    Agora imagine que na hora da entrega de toda documentação necessária para formalização da escritura, receba a informação que seu processo tem que ser reapreciado, pelo facto de ter passado 60 dias da autorização. Seu spread outrora de 1,5% passa a ser de 4%.

    Agora imagine: O seu rendimento, sua entidade patronal, seus encargos, seu património, sua mulher, seu agregado familiar, seus amigos, o imóvel que pretende comprar, enfim tudo igual a 60 dias atrás. Apenas uma diferença o banco pretende cobrar o dobro da renda mensal!

    Pergunto:

    1-Admite-se?
    2-Não corresponderá o aumento de + 2,5% do spread um atentado aos planos orçamentais deste agregado familiar?
    3-Nesta circunstância o regulador não deveria multar o banco? E por no olho da rua o administrador, o presidente e a PQ o pariu?
    4-O cliente, desgraçado que precisa do financiamento, não deveria processar o banco? E ganhar a causa?
    5-Estarei errado em pensar que o banco agiu de uma forma irresponsável.
    6-Para o futuro serão procedimentos como este que irão implementar maior desenvolvimento?

    Nota: Não sou o cliente, não promovi a mediação. Sou o dono da casa que o desgraçado comprou!

    Do meu ponto de vista essa situação é simplesmente inadmissível! Alguém tem que por cobro a este procedimento tecnocratamafioso.

    Giba.
  1.  # 2

    Temos que agradecer aos responsaveis do Banco de Portugal que andam cegos, e quem paga a factura é sempre o mesmo....
  2.  # 3

    O "desgraçado" do comprador que dirija uma queixa ao Departamento de Supervisão Bancária do Banco de Portugal!! RÁ-PI-DO!

    E depois venha cá contar-nos o que se sucedeu.

    (um áparte. Isto é típico dos portugueses: queixarem-se, bufarem, insurgirem-se, dizer mal, etc..., mas NUNCA se queixarem COMO e ONDE devem...).
    • naar
    • 17 outubro 2009

     # 4

    Colocado por: Luis K. W.O "desgraçado" do comprador que dirija uma queixa ao Departamento de Supervisão Bancária do Banco de Portugal!!RÁ-PI-DO!

    E depois venha cá contar-nos o que se sucedeu.

    (um áparte. Isto é típico dos portugueses: queixarem-se, bufarem, insurgirem-se, dizer mal, etc..., mas NUNCA se queixarem COMO e ONDE devem...).


    E neste caso, faz o contrato com o Banco ou aguarda decisão do BPortugal?
  3.  # 5

    .
    • eu
    • 17 outubro 2009 editado

     # 6

    Isso cheira-me a história muito mal contada...
  4.  # 7

    Também me parece que a história está mal contada, por alguma razão o comprador terá desistido da compra e deu essa desculpa.

    Se o MBCP lhe adiantou dinheiro para o sinal deve ter sido com base em algum contracto, certo?

    Os bancos actualmente têm bastante mais cuidado com o factor risco, agravando o spread de acordo com isso, mas passar de 1,5% para 4% é surreal...

    Aperte com o comprador, siga a sugestão do Luis KW e exiga o comprovativo da queixa no Banco de Portugal.
    • Neon
    • 18 outubro 2009

     # 8

    Bom dia

    Concordo com as observações de que isto é muito estranho.

    1,5% para 4% é um assalto até mesmo para aquilo que os bancos já nos habituaram.

    Abraxus
    • Giba
    • 18 outubro 2009

     # 9

    Naturalmente tudo na vida depende do ângulo que visualizamos as coisas, do meu ponto de vista vejo a actual situação como um pesadelo, nada mais natural em virtude de sentir-me literalmente prejudicado pela forma nada “ honesta” que o tal banco MILLENNIUM aplicou ao desgraça do cidadão que “pensa” comprar meu imóvel.

    Gostei do que foi dito pelos intervenientes até o momento.
    Concordo com todas opiniões, até eu no primeiro momento, pensei tratar-se de uma mentira ingenuamente idealizada, mas verifiquei através de vias fidedignas do próprio banco que a alteração no spread fora exigida pelo back Office.

    Da vontade de mandar tudo a M, mais especificamente o regulador!

    Giba
  5.  # 10

    Eu, como muitos imagino, tenho visitado este forum para aprender algumas coisas, pelo que a minha participação é limitada aos meus(parcos) conhecimentos:

    Tendo algum conhecimento de causa dos procedimentos internos dos bancos, concordo com outros utilizadores que já disseram: "algo está mal explicado". Um banco não altera um spread de 1,5% para 4% à toa, apenas porque passaram 60 dias. Parece-me que o cliente terá feito uma simulação com base nos elementos que forneceu ao gestor de conta.
    Ora o que acontece tantas vezes, é que a pessoa esqueceu-se de alguns pormenores: problemas com o fisco, estar na lista de devedores do Banco Portugal, ter outros créditos pendentes (em mora), uma taxa de esforço que aumenta (com o leasing do carro, ou das férias).

    Essas coisas só são detectadas no back-office, o gestor de conta faz as contas com o que o cliente apresenta.

    Bem percebo que a si, que conseguiu vender numa altura tão conturbada isto seja um revés, mas talvês não seja mau de todo...
    • Giba
    • 18 outubro 2009

     # 11

    Tendo algum conhecimento de causa dos procedimentos internos dos bancos, concordo com outros utilizadores que já disseram: "algo está mal explicado". Um banco não altera um spread de 1,5% para 4% à toa, apenas porque passaram 60 dias. Parece-me que o cliente terá feito uma simulação com base nos elementos que forneceu ao gestor de conta.


    Bem percebo que a si, que conseguiu vender numa altura tão conturbada isto seja um revés, mas talvês não seja mau de todo...


    Não esta nada mau explicado: O cliente não fez simulação nenhuma, o banco com base em toda a documentação analisada, bem como as demais pesquisas e “investigações” concedeu anteriormente um crédito com uma determinada condição. Simplesmente passados 60 dias alterou tudo de uma maneira abusiva.
  6.  # 12

    Colocado por: GibaNão esta nada mau explicado: O cliente não fez simulação nenhuma, o banco com base em toda a documentação analisada, bem como as demais pesquisas e“investigações”concedeu anteriormente um crédito com uma determinada condição. Simplesmente passados 60 dias alterou tudo de uma maneira abusiva.


    Neste momento, um spread de 4% é dar a recusa de crédito de uma forma """educada""" (não consigo por aspas que cheguem...). Eu percebo o quanto injusto é, mas se pensa que com base nos reais elementos do comprador o spread não corresponde a uma realidade, há que fazer queixa ao BdP, e seguir para outras hipoteses... para além dos bancos da praça, sugiro-lhe o "Caixa Galicia", do que tenho ouvido tem condições interessantes.
  7.  # 13

    Boa tarde,

    Se a casa teve avaliação, se ao cliente lhe foi consedido um crédito de sinal (10%), teve de haver uma carta de aprovação do crédito com todos os requisitos e condições acordadas entre o banco e o cliente. Quando o processo de empréstimo chega á carta de aprovação, o cliente tem as condições nela inscritas asseguradas por 15 dias, ou seja se a escritura não for feita até ao limite desse prazo o banco pode alterar as condições. Porque é que a escritura ainda não se fez?
    • Giba
    • 19 outubro 2009

     # 14

    Caro HParreira

    Aprecio a forma contida de seu comentário “se ao cliente foi concedido um crédito de sinal, teve de haver uma carta de aprovação, tem as condições nela inscrita assegurada por 15 dias, porque é que a escritura ainda não se fez?” Depreende-se que o comprador (o tal desgraçado) encontra-se em falta, visto que o banco DEVERIA CUMPRIR com o acordo inicial.
    Fico um pouco indignado com a forma prudente como o assunto é abordado. Em conversa com algumas pessoas próximas e de meu relacionamento pessoal, dizem apenas que o banco tem toda a legitimidade para agir da forma que procedeu, pense embora o facto de todas as pessoas afirmarem tratar-se de uma atitude reprovável. Naturalmente fico inflamado e pergunto as pessoas: Da maneira pacífica como abordam este assunto parece-me que o banco teria legitimidade em passar o spread de 1,5% para 10% ou 25% porque não para 31%?
    O azar do desgraçado foi o banco não ter sugerido o spread de 4% a 2 meses atrás. Simplesmente o desgraçado não teria taxa de esforço para suprir o pagamento das rendas mensais! O que me dizem disto?

    Giba Indignado.
    •  
      FD
    • 19 outubro 2009

     # 15

    Esta táctica, e respectivos testemunhos, começa a ser recorrente...
  8.  # 16

    E que tal o "desgraçado" perguntar noutros bancos para ver o que lhe dizem?
  9.  # 17

    1-Admite-se?

    Formalmente, sim. A carta de aprovação tem prazo de validade.

    2-Não corresponderá o aumento de + 2,5% do spread um atentado aos planos orçamentais deste agregado familiar?


    Esse spread é uma forma de banco dar a entender que deixou de ter interesse em financiá-lo. Portanto, alguma coisa se alterou desde a data da aprovação.

    3-Nesta circunstância o regulador não deveria multar o banco? E por no olho da rua o administrador, o presidente e a PQ o pariu?

    ...

    4-O cliente, desgraçado que precisa do financiamento, não deveria processar o banco? E ganhar a causa?
    Os prazos, sempre os prazos...

    5-Estarei errado em pensar que o banco agiu de uma forma irresponsável Para o futuro serão procedimentos como este que irão implementar maior desenvolvimento?/

    Por muito que custe, o desenvolvimento não tem nada a ver com uma venda ou compra de casa.
    • mafgod
    • 19 outubro 2009 editado

     # 18

    @Giba

    tem a certeza absoluta que tudo se passou como o comprador lhe disse?
    Então um banco avança com um adiantamento do empréstimo para a compra de uma casa?
    Para mais nesta altura em que tentam minimizar os riscos?
    Que garantias tinha o banco de que o cliente iria de facto comprar?
    Creio que é mais desculpa do comprador que afinal fez mais umas contas e chegou à conclusão que não pode ou então viu outro mais acessível e arranja esta desculpa para não perder o sinal.
    Quando tratei do empréstimo o banco só me concedeu o dinheiro após a escritura e nada mais.
  10.  # 19

    uma dúvida: onde param os 16000??
    eu não percebo nada de bancos mas pode o banco "dar" 16000 para determinado adiantamento de um negócio e sendo esse pagamento efectuado e depois desistir de financiar esse negócio, estando esse adiantamento já pago ( gasto)?????? quem é que vai "pedir" os 16 ao vendedor???ou melhor até em contratos de promessa compra e venda exige-se o dobro do sinal em caso de incomprimento do CPCV.
    Tudo muito estranho.....
    • Giba
    • 19 outubro 2009

     # 20

    Colocado por: GonçaloE que tal o "desgraçado" perguntar noutros bancos para ver o que lhe dizem?


    Este é o procedimento lógico que o comprador esta neste momento à realizar, mas fico F…”#»”@** pelo simples facto de que o acto impune permanece escandalosamente subtraído de qualquer acção concertada e com energia suficiente para punir e delapidar o património financeiro do tal banco! Já nem quero citar o nome , seria publicidade gratuita para quem não merece!
 
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