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  1.  # 1

    Colocado por: AMVP
    E a sua opcao, nao a pode e generalizar para os outros.


    Onde é que eu generalize?
  2.  # 2

    Colocado por: HAL_9000habitação condigna para todos


    Defina condigna, sff.

    E o direito à habitação é diferente de ser proprietário.
  3.  # 3

    Colocado por: ricardo.rodriguesDefina condigna, sff.
    Pelo menos com as condições mínimas de salubridade e conforto.

    Colocado por: ricardo.rodriguesE o direito à habitação é diferente de ser proprietário.
    Estou perfeitamente ciente disso, assim como estou ciente que o valor das rendas por norma acompanha a valorização ou desvalorização dos imoveis, daí que o argumento se mantenha. (na maioria das situações em Portugal, acaba por ficar mais barato comprar que arrendar, excluindo naturalmente as pessoas que pagam 40 eur de renda porque o estado assim o determinou).
  4.  # 4

    Colocado por: HAL_9000com as condições mínimas de salubridade e conforto.


    Ok, concordo. Mas sendo mínimas, já serão um pouco abaixo da expectativa do que cada um gostaria de ter (sobretudo em áreas das divisões).

    Depois há o grande tema da localização. Ninguém quer gastar várias horas por dia em deslocações para o trabalho.
  5.  # 5

    Colocado por: ricardo.rodriguesvárias horas por dia em deslocações para o trabalho.


    Aqui não há direitos constitucionais... E concordo parcialmente com o anteriormente exposto do vs nível salarial. Nem os funcionários públicos se safam (por exemplo é um dos motivos da dificuldade em colocar professores nas escolas do Algarve).
  6.  # 6

    Colocado por: ricardo.rodriguesE concordo parcialmente com o anteriormente exposto do vs nível salarial. Nem os funcionários públicos se safam (por exemplo é um dos motivos da dificuldade em colocar professores nas escolas do Algarve).
    Tudo bem, mas tendo ou não habitação condigna, o problema da localização mantém-se. Ou acha que alguém vai montar a barraca no marquês de Pombal, assim como a habitação de cariz publico dificilmente se centraria nas zonas mais nobres. E contudo os países nórdicos, têm programas de habitação públicos, em que é paga uma renda em função do tipo de casa e média salarial, e parece ser um sistema que funciona bastante bem. Aqui fazem-se autoestradas com portagens a preço de ouro para garantir lucros a algumas empresas. São formas diferentes de aplicar o dinheiro público (ou aquele que vamos buscar à europa de mão estendida).
  7.  # 7

    Colocado por: HAL_9000então são para quem?

    Para quem as paga.

    Colocado por: HAL_9000Como é que este desfasamento entre o valor de mercado dos imóveis e o ordenado médio dos portugueses se coaduna com a nossa constituição onde postula que qualquer cidadão deve ter direito a uma habitação condiga

    Porque sugere que estes aspectos são ​incompatíveis ou irreconciliáveis?

    Não pode uma habitação ser condigna se não for num local moda, extremamente procurado por portugueses e estrangeiros, quiçá até de luxo?
    Temos tanta falta de população no interior...

    Colocado por: HAL_9000E contudo os países nórdicos, têm programas de habitação públicos, em que é paga uma renda em função do tipo de casa e média salarial, e parece ser um sistema que funciona bastante bem. Aqui fazem-se autoestradas com portagens a preço de ouro para garantir lucros a algumas empresas.

    Fugindo ao tema inicial, este é um problema grave na nossa cultura enquanto população e que se reflecte nas administrações que elegemos.
    Existem diversos exemplos do que menciona, embora curiosamente sejam normalmente em países mais ricos e menos opulentos. Coincidência?

    De qualquer forma, não faz sentido quebrar o mercado (sobretudo quando é alimentado por capital externo) quando poderíamos resolver duas problemas com uma única solução.
  8.  # 8

    Colocado por: pguilhermePara quem as paga.
    o pguilherme descobriu a pólvora. portanto os preços são aceitáveis?


    Colocado por: pguilhermeNão pode uma habitação ser condigna se não for num local moda, extremamente procurado por portugueses e estrangeiros, quiçá até de luxo?
    Temos tanta falta de população no interior...
    Obviamente que não tem que ser num local da moda. O problema é que o interior está despovoado por culpa da falta de estratégia governamental em aproveitar todo o território nacional. De que me vale eu conseguir comprar uma moradia T5 por 150k em S. Pedro Sul, pedido no meio do distrito de Viseu, se depois as únicas ofertas que existem por lá é a pagar o ordenado mínimo, e nem chega para todos. Além disso, o pguilherme por curiosidade consulte os preços que estão a pedir por algumas moradias no interior do país e vai ver que se calhar não estão tão baratas como pensa.

    Colocado por: pguilherme Porque sugere que estes aspetos são ​incompatíveis ou irreconciliáveis?
    São incompatíveis pois como pode ter uma habitação condigna se não a consegue pagar?



    Colocado por: pguilherme
    De qualquer forma, não faz sentido quebrar o mercado (sobretudo quando é alimentado por capital externo) quando poderíamos resolver duas problemas com uma única solução.
    Não pretendo quebrar o mercado, no sentido de o estado o regular. Falo sim em haver alternativas (ex. programas de habitação públicos) condizentes com os nossos rendimentos, o que naturalmente levaria em algum tempo a um ajuste do mercado. Se não em alguns anos passamos a ser um país em que as casas são para turistas estrangeiros que vêm para cá gozar a reforma porque conseguem aqui ter um bom poder de compra.
  9.  # 9

    Colocado por: zed
    Aplicando o coeficiente de desvalorização da moeda estão-lhe a oferecer 250K em dinheiro de 2005. Em 16 anos teve uma valorização de 3,24% anuais acima da inflação, ignorando todas as despesas que teve com a casa.

    Está caro? Que valorização achava a adequada para pra a sua casa e zona?
    Concordam com este comentário:pguilherme


    Sim está caro.

    A casa em 2005 foi adquirida por 150K. Como disse no seu comentário, e fazendo fé que fez bem os cálculos, estão a oferecer 250k de dinheiro de 2005, portanto "somente" mais 100k do que aquilo que foi adquirida nesse ano. É como se alguem em 2005 pagasse 250k pela mesma casa, pois já esta a ter em consideração o coeficiente de desvalorização da moeda.

    Gostava de entender também um pouco o racional de como é que é considerado normal, um imóvel que é usado e desgastado ao longo do tempo, ter valorizações acima da inflação, presumindo que se mantem tudo o resto constante (envolvência etc) . Valoriza porque sim?
  10.  # 10

    Colocado por: Positive_99Valoriza porque sim?
    Nop valoriza por diversas razões: há mais procura, há menos oferta, a construção está mais cara, as pessoas estão mais disponíveis para fazer créditos mais elevados e por maior período de tempo, se o vizinho vendeu por 200k e tinha a casa toda mal amanhada, então a minha vale mais. etc etc etc
    • prcsc
    • 16 junho 2021 editado

     # 11

    Colocado por: HAL_9000Nop valoriza por diversas razões: há mais procura, há menos oferta, a construção está mais cara, as pessoas estão mais disponíveis para fazer créditos mais elevados e por maior período de tempo, se o vizinho vendeu por 200k e tinha a casa toda mal amanhada, então a minha vale mais. etc etc etc


    ...o espaço físico é finito, principalmente limitado nas localizações mais desejadas.
    Concordam com este comentário: ricardo.rodrigues
  11.  # 12

    Colocado por: HAL_9000Nop há mais procura, há menos oferta,


    Aqui a minha opinião diverge de muitas pessoas. Sendo o mercado imobiliário um mercado imperfeito pelas suas características inerentes deveria ser objeto de regulação mais estrita, exatamente para prevenir que os preços sejam ditados quase exclusivamente pela a lei da oferta e da procura. Acresce ainda que uma casa é um bem imprescindível e o direito à habitação está plasmado na constituição. É curioso que a sociedade portuguesa aceite sem qualquer questão que o mercado da saúde - outro bem imprescindível cujo mercado é também ele pelas suas características imperfeito - fortemente regulado, mas o da habitação já não, como muitas opiniões neste forum refletem.

    Colocado por: HAL_9000 a construção está mais cara


    Não é este certamente um factor preponderante no aumento que os preços das casas conheceram nos últimos 5 anos. Acresce ainda que o aumento dos preços dos materiais é recente e consequência de circunstâncias excecionais, enquanto o aumento vertiginoso dos preços das casas em Portugal se verifica há pelo menos 5 anos, encontrando-se atualmente em máximos históricos. O custo com a mão de obra conheceu tambem aumentos nos últimos anos mas também não explicam a magnitude do aumento dos preços das casas em Portugal. Os custos da construção não serão certamente um fator preponderante no aumento dos preços das casas em Portugal. A consulta do seguinte gráfico aponta para um aumento de sensivelmente 2% ao ano nos custos da construção em Portugal (https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php?title=File:Annual_growth_rates,_construction_cost_indices_for_new_residential_buildings,_2005_-_2019,_unadjusted_data_October_2020.png), quase a par do aumento da inflação. Assim diria que o impacto da construção é pequeno.

    Colocado por: HAL_9000 as pessoas estão mais disponíveis para fazer créditos mais elevados e por maior período de tempo


    As pessoas estão disponíveis ou as pessoas vêem-se obrigadas? A atual política monetária e a elevada disponibilidade do crédito, estes sim têm sido um dos principais fatores para o aumento do imobiliário (e não só...). A questão é que a situação já ultrapassou a razoabilidade. E em que baseio a minha opinião? Em pouco é verdade. Mas tenho conhecimento de casos pontuais de pessoas que incorrem em taxas de esforço de 40% só para poderem comprar casa. Taxas de esforço de 40% num contexto de taxas de juro negativas. Certamente não achará também razoável que a geração atual se veja obrigada a endividar-se 40 anos para poder pagar uma habitação, quando nem há 25 anos se conseguia ter uma casa paga em 20 anos.

    Colocado por: HAL_9000 se o vizinho vendeu por 200k e tinha a casa toda mal amanhada, então a minha vale mais. etc etc etc


    Especulação. A par do credito fácil o outro fator que tem conduzido os preços das casas para máximos históricos. Consequência novamente de falta de regulação mais apertada.
    Concordam com este comentário: nrferreira, Holy_Grail
    • AMVP
    • 16 junho 2021

     # 13

    Colocado por: Positive_99Especulação


    Eu não concordo nada com o termo "Especulação", se as casas são vendidas ao preço que são é porque há quem paguem. Especulação poderia ser preços no mercado que visam influenciar o mercado mas que não se traduzem em operações concretas ou mesmo operações que visa unicamente aumentar os preços. Sim, tb devem existir mas não me parece que seja um número significativo.

    Quanto à construção nova, eu não sou da área mas parece-me que as exisgências são de tal ordem que não me parece possível fazerem-se casas adequadas ao bolso dos portugueses, independentemente da margem de lucro do construtor, é que me parece mesmo impossível.

    Quanto ao facto das casas se valorizarem mesmo quando são utilizadas, enquanto houver procura vai sempre ocorrer pois tal como já foi referido o espaço é finito.
  12.  # 14

    Colocado por: Positive_99
    A casa em 2005 foi adquirida por 150K. Como disse no seu comentário, e fazendo fé que fez bem os cálculos, estão a oferecer 250k de dinheiro de 2005, portanto "somente" mais 100k do que aquilo que foi adquirida nesse ano. É como se alguem em 2005 pagasse 250k pela mesma casa, pois já esta a ter em consideração o coeficiente de desvalorização da moeda.


    Ao contrário: 250k de hoje equivalem aos 150k de 2005,


    Gostava de entender também um pouco o racional de como é que é considerado normal, um imóvel que é usado e desgastado ao longo do tempo, ter valorizações acima da inflação, presumindo que se mantem tudo o resto constante (envolvência etc)


    O "presumindo" é que trama tudo. Mas também não pode esquecer que a inflação é uma média de inúmeras categorias, cujas variações são muito distintas.
  13.  # 15

    Colocado por: luisvvMas também não pode esquecer que a inflação é uma média de inúmeras categorias, cujas variações são muito distintas.

    Exacto, não é a inflação que dita o aumento dos preços, o aumento dos preços é que dita a inflação, que como bem disse é uma média.
  14.  # 16

    Colocado por: luisvv

    Ao contrário:250k de hoje equivalem aos 150k de 2005,



    O "presumindo" é que trama tudo. Mas também não pode esquecer que a inflação é uma média de inúmeras categorias, cujas variações são muito distintas.


    Colocado por: luisvv

    Ao contrário:250k de hoje equivalem aos 150k de 2005,



    Errado: 150K de 2005 são 188k de hoje, segundo esta calculadora: https://www.inflationtool.com/euro/2005-to-present-value?amount=150000

    Pelos vistos os calculos do outro user não estavam muito corretos.

    Se 150k de 2005 são 188k de hoje e se hoje oferecem 300k pelo mesmo imovel são 112K acima da inflação por um imovel usado com 16 anos.

    A inflação é uma media correcto. Ja coloquei a "inflação" dos custos de construção no meu outro post. Não perfaz o necessário para justificar os 112k de valorização.
  15.  # 17

    Colocado por: Positive_99Não perfaz o necessário para justificar os 112k de valorização.


    Agora procure explicação para a valorização da bitcoin...
    Concordam com este comentário: NLuz
  16.  # 18

    Colocado por: rjmsilva

    Agora procure explicação para a valorização da bitcoin...


    Especulação
  17.  # 19

    Colocado por: rjmsilva
    Exacto, não é a inflação que dita o aumento dos preços, o aumento dos preços é que dita a inflação, que como bem disse é uma média.


    Inflação é, por definição, o aumento dos preços, que reflete perda de poder de compra.

    Inflação não é uma consequência. É por definição o aumento dos preços.
  18.  # 20

    Colocado por: AMVP

    Eu não concordo nada com o termo "Especulação", se as casas são vendidas ao preço que são é porque há quem paguem. Especulação poderia ser preços no mercado que visam influenciar o mercado mas que não se traduzem em operações concretas ou mesmo operações que visa unicamente aumentar os preços. Sim, tb devem existir mas não me parece que seja um número significativo.


    Esta é uma falácia. Tratando-se de um bem essencial tem pouca elasticidade de preço. E exatamente por este motivo, à semelhança de outros bens essenciais, deveria ser objeto de maior regulação. Aquilo que o outro user referiu "se a casa do vizinho é x então a minha similar é y" trata-se exatamente disso: especulação.

    A sua definição de especulação esta errada. Especulação nada tem a ver com operaçoes concretas ou que não se concretizam. Especulação refere-se ao ato de comprar um bem com o unico proposito de no curto prazo vende-lo para realizar lucro, sem ter em devida consideração o valor fundamental do bem
 
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