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  1.  # 61

    Aliás, veja o fórum, Pedro, é tudo às aranhas nos acabamentos depois :o)
  2.  # 62

    CMartin

    não discordando da sua perspetiva apenas faço uma pergunta: posto isso acerca do que o design de interiores se propõe fazer ( atenção é em obra nova portanto de raiz), qual o MQT que segue para fazer a adjudicação ao empreiteiro geral da obra? o do projeto de arquitetura e especialidades mas sem essas tais "coisas"," tintas e materiais de revestimento, portas, rodapés, roupeiros, cozinhas (enfim, carpintarias), móveis e loiças, manípulos, guardas, tectos falsos, iluminação" e depois entra na equipa o tal designer de interiores e compilam todo o documento MQT unico que depois vai a concurso de empreitada, ou como é ?
  3.  # 63

    Colocado por: CMartinSão vertentes diferentes em que o design de interiores trata o ambiente (o todo: tintas e materiais de revestimento, portas, rodapés, roupeiros, cozinhas (enfim, carpintarias), móveis e loiças, manípulos, guardas, tectos falsos, iluminação), tudo isso que mencionou, só não mexe em estrutura, mas pode propor estrutura, com aval do arquitecto ou engenheiro, (projectista da obra).
    Se não for assim, o dono de obra fica encarregue ou entregue a si próprio nestas escolhas.


    Sinceramente, isso é deturpar por completo o trabalho e a essência da arquitectura. Quando faço um projecto de arquitectura, isso tudo são decisões basilares do projecto de execução de arquitectura, ou mesmo não havendo projecto de execução pleno, dos conceitos gerais orientadores do todo.
    Compreendo isso quando tenhamos um hotel, agora numa obra de raiz!?
    Xiça. Façam lá isso nas remodelações...

    Eu não projecto caixas sem conteúdos... Quem andas às aranhas, normalmente é por não querer pagar mais um pouco.
    Concordam com este comentário: marco1, ADROatelier, CMLS265
  4.  # 64

    Atenção que eu não posso dizer que fui completamente 'abandonado' na questão dos acabamentos.
    Foi-me pedido, aquando dessa fase, um conjunto de ideias/materiais que eu gostasse, para dar como exemplo.
    Como remodelei por completo o apartamento onde vivo há cerca de 4 anos, num estilo de acabamentos que quero 'levar' para a futura casa, foi-me muito fácil definir alguns tipos de materiais, nomeadamente portas, armários, torneiras, louças, etc...
    Onde tenho mais dificuldade é nas escolhas de acabamentos que um apartamento não tem (e uma moradia sim), nomeadamente revestimentos exteriores, projecto paisagistico (que tenciono procurar algures (há algum aqui no fórum?), iluminação exterior, etc...

    E sempre que peço simulações ou alternativas de materiais, a resposta é demorada (ou nem vem).

    Mesmo com as minhas escolhas, foram-me sugeridas algumas alternativas e enviado alguns links de materiais.
    Agora ir a show rooms e afins, não. Acho que aqui por Lisboa isso não se aplica muito, pelo tempo que tal obriga (penso eu)
  5.  # 65

    Colocado por: Pedro Barradas

    Quem andas às aranhas, normalmente é por não querer pagar mais um pouco.



    Olhe que não foi nada disso, Pedro.
    Aliás, depois de tudo o que tenho lido aqui pelo fórum, fui 'autenticamente' depenado no que paguei pelo meu projecto.
    Talvez culpa minha que consultei 3 ou 4 empresas, e os valores foram todos bem puxados (e bem para cima de 20k, arquitectura e especialidades).
    Pelo que a questão do pagar pouco não se coloca...
  6.  # 66

    mas estava incluído projeto de execução ou não??
  7.  # 67

    Colocado por: marco1mas estava incluído projeto de execução ou não??


    Sim
  8.  # 68

    Colocado por: Pajovaz

    Sim


    • Programa Preliminar;
    • Programa Base;
    • Estudo Prévio;
    • Licenciamento ou Comunicação Prévia;
    • Projecto de Execução - 3300 euros;
    •  
      CMartin
    • 16 outubro 2020 editado

     # 69

    Colocado por: marco1CMartin

    não discordando da sua perspetiva apenas faço uma pergunta: posto isso acerca do que o design de interiores se propõe fazer ( atenção é em obra nova portanto de raiz), qual o MQT que segue para fazer a adjudicação ao empreiteiro geral da obra? o do projeto de arquitetura e especialidades mas sem essas tais "coisas"," tintas e materiais de revestimento, portas, rodapés, roupeiros, cozinhas (enfim, carpintarias), móveis e loiças, manípulos, guardas, tectos falsos, iluminação" e depois entra na equipa o tal designer de interiores e compilam todo o documento MQT unico que depois vai a concurso de empreitada, ou como é ?

    Tenho actualmente 4 casas em nova construção, de raíz, para as quais estou a fazer essas definições, assim de grosso modo : materiais de revestimento e acabamento, carpintarias, louças e afins, iluminação, cozinhas e isso.
    Não específico quantidades. Apenas, quando o material não está previsto (por exemplo, adiciono um revestimento de parede que não estava contemplado no projecto de arquitectura, cálculo a quantidade necessária, e apresento orçamento, para o DO poder adquirir através de mim, se o empreiteiro não o colocar sobre a sua alçada, por exemplo, o que é raro).
    A MQT por vezes existe, por vezes não, apenas uma lista de materiais. Para mim, basta a lista de materiais (mas muitas vezes, trabalho sem ela..), que, como vos disse, menciona "tipos", "torneira tipo Grohe até valor "y", revestimento piso tipo flutuante até valor "k", etc.
    Quando apresento o projecto de design de interiores e decoração, estão definidos todos os elementos propostos e que dele fazem parte.
    O empreiteiro depois faz caber dentro do seu trabalho, os materiais, louças, pontos de iluminação, etc, mandando vir os mesmos e integrando-os na obra, durante a construção, de acordo com o meu projecto apresentado, e aprovado pelo D.O.
    A decoração claro, mobília e peças decorativas, trato sózinha com o D.O.
    •  
      CMartin
    • 16 outubro 2020 editado

     # 70

    Colocado por: Pedro Barradas

    Sinceramente, isso é deturpar por completo o trabalho e a essência da arquitectura. Quando faço um projecto de arquitectura, isso tudo são decisões basilares do projecto de execução de arquitectura, ou mesmo não havendo projecto de execução pleno, dos conceitos gerais orientadores do todo.
    Compreendo isso quando tenhamos um hotel, agora numa obra de raiz!?
    Xiça. Façam lá isso nas remodelações...

    Eu não projecto caixas sem conteúdos... Quem andas às aranhas, normalmente é por não querer pagar mais um pouco.
    Concordam com este comentário:marco1

    :o) Não discordo do que diz, e eu própria fiquei um pouco admirada com o primeiro pedido que me fizeram para estes trabalhos, mas já me é corrente e natural procuraram-me para o fazer. A arquitectura é o todo, incluíndo o design de interiores. Penso que antigamente, este trabalho cabia realmente à arquitectura. Outro exemplo, um prédio habitacional, com arquitecto, e estou a trabalhar com o investidor (que é quem constrói) no design de interiores, o investidor foi aconselhado pelo empreiteiro a ter esta ajuda, se não, andavam os 2 a escolher os materiais, ao gosto :o)
    Sou eu que ando com os clientes nos Showrooms.
    Baseio-me mas plantas, alçados, enfim, no projecto da arquitectura, para adequar os estilos de arquitectura e design de interiores. Até a decoração leva isso em mente, vem fechar o todo. Se o arquitecto estiver disponível para isso, trabalhamos, eu e ele em equipa. Se não tiver essa disponibilidade, cabe-me a mim, quanto muito, com o empreiteiro, e dono de obra, fazer com que o design de interiores se realize de acordo com a arquitectura projectada, num projecto de design de interiores e decoração, ou apenas do primeiro (é raro, geralmente, contratam o todo).
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas
    •  
      CMartin
    • 16 outubro 2020 editado

     # 71

    Colocado por: PajovazAtenção que eu não posso dizer que fui completamente 'abandonado' na questão dos acabamentos.
    É apenas uma expressão para me fazer entender. Geralmente, sim, existe uma lista de materiais, corrente, usada pelo construtor ou pelo arquitecto, para o projecto, mas sem definição (cores, texturas, acabamentos, tudo isso). Sou eu que os defino, com levantamento da arquitectura e de acordo com o gosto/preferências do dono de obra. Muitas vezes, não tenho a lista de materiais, não preciso dela, apenas preciso de definir os mesmos.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pajovaz
  9.  # 72

    CMartin, eu entendo.. mas não compreendo. Para mim, como arqutitecto não faz sentido. Pois eu não faço arrqitectura sem pensar no conteúdo, no todo.
    Posso lhe dizer que , 80% das habitações que idealizo, não é solicitado qq tipo de serviço acompanhamento de obra/ na escolha de materiais, é uma tristeza, pois nem dá vontade de tirar fotos... tal é a pobreza das escolhas no interior. e não é por que tenham escolhido materiais baratos, é mesmo pela mixordia, e/ou completa desadequação face o edifício. Nem tenho vontade de lá ir, não tenho orgulho, a mim afecta-me ;)

    Mas se existem colegas que chutam para o lado, mesmo que seja para ser um serviço pago.. isso, ainda me faz mais confusão. Não menos verdade temos pessoal que não tem paciencia para isso... epá , mas assim, dediquem-se a outras coisas.
    Concordam com este comentário: CMartin
    •  
      CMartin
    • 16 outubro 2020 editado

     # 73

    Colocado por: Pedro BarradasCMartin, eu entendo.. mas não compreendo. Para mim, como arqutitecto não faz sentido. Pois eu não faço arqitectura sem pensar no conteúdo, no todo.
    Posso lhe dizer que , 80% das habitações que idealizo, não é solicitado qq tipo de serviço acompanhamento de obra/ na escolha de materiais, é uma tristeza, pois nem dá vontade de tirar fotos... tal é a pobreza das escolhas no interior. e não é por que tenham escolhido materiais baratos, é mesmo pela mixordia, e/ou completa desadequação face o edifício. Nem tenho vontade de lá ir, não tenho orgulho, a mim afecta-me ;)

    Claro que afectará, bolas :o) É um desgosto. Era uma lacuna que havia e, assim, temos oportunidade de a colmatar. Seja qual for a razão de existência da lacuna. Há necessidade.

    Colocado por: Pedro BarradasMMas se existem colegas que chutam para o lado, mesmo que seja para ser um serviço pago.. isso, ainda me faz mais confusão. Não menos verdade temos pessoal que não tem paciencia para isso... epá , mas assim, dediquem-se a outras coisas.

    Muitas vezes, não têm, perdem a paciência, a partir de dar por terminada a arquitectura.
  10.  # 74

    Colocado por: CMartinMuitas vezes, não têm, perdem a paciência, a partir de dar por terminada a arquitectura.

    Assim, não é fazer Arquitectura... São máquinas de fazer bonecos...
    Concordam com este comentário: CMartin
  11.  # 75

    Eu já fico parvo, com as discussões aqui no Forum, Os donos de obra, sem apoio no que concerne a escolha de materiais exteriores, Há um mundo de soluções, para todos os preços...
    Acho que muitos já nem sabem a diferença do que é uma pedra natural de um porcelânico, dos preços, das espessuras que um e outro tem , dos pesos, das características técnicas de cada um, sem amostras reais - gabinetes, sem nada, sem bibliotecas de materiais (verdadeiros- madeiras, pedras, plásticos, pavimentos, revestimentos) é tudo virtual, texturas de bibliotecas de imagem... e depois que se lixe... é bonito no 3D.
  12.  # 76

    Colocado por: Pedro BarradasEu já fico parvo, com as discussões aqui no Forum, Os donos de obra, sem apoio no que concerne a escolha de materiais exteriores, Há um mundo de soluções, para todos os preços...
    Acho que muitos já nem sabem a diferença do que é uma pedra natural de um porcelânico, dos preços, das espessuras que um e outro tem , dos pesos, das características técnicas de cada um, sem amostras reais - gabinetes, sem nada, sem bibliotecas de materiais (verdadeiros- madeiras, pedras, plásticos, pavimentos, revestimentos) é tudo virtual, texturas de bibliotecas de imagem... e depois que se lixe... é bonito no 3D.


    Verdade, hoje engana -se muito tolo pelo 3D sem sombra de dúvidas.

    As pessoas fazem muito as casas para fazer parecer, em vez de ser para se sentirem bem.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
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      CMartin
    • 16 outubro 2020 editado

     # 77

    Colocado por: Pedro BarradasAcho que muitos já nem sabem a diferença do que é uma pedra natural de um porcelânico, dos preços, das espessuras que um e outro tem , dos pesos, das características técnicas de cada um, sem amostras reais - gabinetes, sem nada, sem bibliotecas de materiais (verdadeiros- madeiras, pedras, plásticos, pavimentos, revestimentos) é tudo virtual, texturas de bibliotecas de imagem... e depois que se lixe... é bonito no 3D.

    Entendo que esteja a referir a técnicos, que trabalham dessa forma, sem conhecer os materiais ? Pois, é capaz, não sei. Penso que dificilmente se pode propor, sem se conhecer ? Tem que se estudar, ir aos fornecedores, showrooms e fabricantes ver e sentir os materiais, se preciso for, acumular amostras. Mas isto, acho que tem a ver com a forma de trabalhar, um trabalho mais comercial terá talvez menos esse sentido ou preocupação. Não é o meu segmento de mercado esse, não me identifico com esse tipo de trabalho, com base em bonecos sem estarem devidamente fundamentados. Crio ambientes, e o ambiente, na minha opinião, tem muito que se lhe diga. O que mais aprecio, pelo qual mais me guio, é pela arquitectura e pelos perfis dos donos de obra, que são singulares e fornecem-me a minha linha condutora, para o resto. É muito pessoal e específico, no meu entender.

    No entanto, isto depende, e também no meu entender, do modelo de negócio, não temos como criticar, ou pelo menos eu não tenho, o mercado responde às necessidades do dono de obra, e, muitas vezes, o projecto é efectivamente maioritariamente comercial. Prazos curtos e rápidos, budgets, tudo isso, entra na equação de qual o tipo de trabalho que o dono de obra mais precisa : mais comercial ou mais personalizado. Cabe ao dono de obra avaliar o que mais precisa no seu caso, o que mais lhe convém, e ter resposta do mercado às suas necessidades específicas. Como existe a massificação da arquitectura, existe a massificação do design de interiores e de decoração, mas falamos de segmentos de mercado diferentes, do da arquitecura "pura e dura", a arquitectura pela arte.
    •  
      CMartin
    • 16 outubro 2020 editado

     # 78

    Colocado por: RMasilva1980As pessoas fazem muito as casas para fazer parecer, em vez de ser para se sentirem bem.
    Em parte discordo disto, quanto muito poderia dizer que se fazem casas para parecer (o que também é natural, porque a casa é personalizada à imagem e vontade do dono de obra e quer-se bonita, o mais bonita possível, o que estará a referir como o "parecer") mas existe sim a preocupação com o sentir, o viver-se da obra e da arquitectura, se assim não fosse, não seria necessário um trabalho como o meu, nesta perspectiva RMa : eu não encaro o trabalho de design de interiores e de decoração como apenas visual, antes como uma experiência ou uma vivência da casa que pode ser proporcionado através da estética, e, como são da área, sabem que a estética não se limita ao que se vê de agradável.
  13.  # 79

    Colocado por: marco1não discordando da sua perspetiva apenas faço uma pergunta
    Em que sentido, minha perspectiva marco1?
  14.  # 80

    Colocado por: Pedro BarradasEu não projecto caixas sem conteúdos... Quem andas às aranhas, normalmente é por não querer pagar mais um pouco.
    Também não é assim, o projecto de design de interiores e ou de decoração, são pagos, Pedro, claro, a quem os faz.
 
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