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    • AMVP
    • 8 outubro 2020

     # 1

    Colocado por: Tanialexandra
    Na geração anterior realmente era uma quase


    Que idade tem essas pessoas hoje? Só para perceber a que geração se refere.
    • AMVP
    • 8 outubro 2020

     # 2

    Colocado por: TanialexandraA parte engraçada é que o meu marido, namorado na altura, foi aprender a profissão do meu pai com ele, serralheiro mecânico de máquinas industriais, e hoje em dia ganha bem mais que a mulher engenheira eletrotécnica (ainda em início de carreira, mas ainda assim tão cedo acho que não o apanho).


    Pois... Sou mãe de um adolescente que não consegui convencer a optar por aprender uma profissão no secundário, pelos vistos o ensino ainda anda.pior nessa via e os professores não aconselham essa escolha e como eu sou só a mãe, é bom de adivinhar a escolha.
    Mas, mesmo tendo incentivado essa escolha sempre lhe disse para ir para o ensino superior, sai-se diferente, pelo menos quando é de qualidade. Com Bolonha já tenho as minhas dúvidas, mas enfim é o que há.
    • AMVP
    • 8 outubro 2020

     # 3

    Colocado por: treker666Fico satisfeito por ser a excepção, mas conto-lhe o que é a regra! Fui ao MacDonalds e fiz o meu pedido no take away. O montante a pagar era de X.YY€
    Perguntei ao jovem se queria .YY€ para facilitar os


    Tb podia estar cansado. Essa é outra, deveríamos encarar o erro de um outro modo, em vez de se criticar negativamente devia-se ver como uma oportunidade de aprender. Não se deve errar mas a verdade é que faz parte da vida e do processo de aprendizagem.
    • AMVP
    • 8 outubro 2020

     # 4

    Colocado por: JoelManda pessoal por aqui que devem ser os suprassumos da area em que trabalham... só eles é que trabalham duro, que merecem receber alto salario (o que têm é injusto) e que todo o resto são uns inuteis.

    Há de tudo. E verdade que há pessoas que não sabem fazer trocos, espero que sejam poucas mas há é um facto.
    Tb é um facto o que diz, diria que e por aqui e por todo o lado.
    Mesmo ao nível da educação, eu desconhecia que se podia ser professor do primeiro ciclo sem ter matemática desde o 9 ano, isto para mim não faz sentido algum.
  1.  # 5

    Colocado por: JOCORSegui os seus 2 últimos comentários com interesse, mas,já agora, diga aqui quais foram, no seu entender


    Antes de mais quero deixar bem claro que não tenho nenhum odio de estimação pela geração anterior, apenas pelos comentários desagradáveis que muitos fazem sobre a geração actual. Posto isto, muito resumidamente acho que a geração anterior (claro que não foram todos) foi realmente aquela que quis tudo e não pensou no dia de amanhã. Foi a geração que não se importou em fazer as coisas pela porta do cavalo se isso os favorece-se, e muitos deles foram autênticos chicos espertos. Se houve geração que não pensou na geração seguinte foi realmente essa, porque não existem almoços grátis e tudo se paga. Eles ainda pagam em parte mas o verdadeiro peso caiu em cima de quem veio a seguir que ainda estava a entrar no mercado de trabalho quando a bomba relógio explodiu, ao contrário de quem já se tinha estabelecido na vida.

    Colocado por: treker666Esquece-se de referir que a geração anterior à dos seus pais teve taxas de juros brutais e nem por isso deixaram de fazer o esforço de adquirir a habitação. Claro que muitos tiveram de prescindir de cinema, jantares fora etc. Mas lutaram pelo que pretendiam.


    A geração anterior aos meus pais sofreu bastante, longe de mim dizer o contrário. No entanto não generalize, conheço n jovens que lutam diariamente por uma vida melhor, que têm 2 trabalhos, que tentam conjugar os horários com formações em áreas em que talvez consigam algo melhor, e no final do mês não sobra dinheiro nem para cinemas nem jantares. E com muitas restrições lá vão conseguindo meter um pouquinho de parte para alguma eventualidade, mas o sonho de algum dia comprarem casa e formarem família fica cada vez mais distante. A grande diferença é que actualmente ter vontade de trabalhar, ser poupado e excluir qualquer gasto não essencial não chega na maioria das vezes. O emprego é escasso, é mal pago e preçário...e os sacrifícios pessoais acabam por dar em nada...

    Colocado por: treker666mas não se aplica ao BE por exemplo e bem vemos a postura dos mesmos na politica e as consequências dos mesmos na destruição de emprego no pais. No entanto, os jovens lá estão batidos. Wishful thinking!


    Tenho que admitir que tem razão nesse aspecto, pelo menos no que ia vendo de antigos colegas meus. Já eu sou conhecida noutros fóruns por andar sempre às turras com o pessoal de esquerda, no entanto também não tenho um partido com que me identifique e apoie, voto no que no meu ver é o mal menor.

    Colocado por: treker666(naquele momento lembrei-me logo de uma outra discussão aqui do fórum acerca do ordenado mínimo ser baixo mas ainda assim elevado para muito boa gente. Aquele era um deles)


    Caro treker, mais uma vez não vamos generalizar, o que não faltam em Mc Donald's e restantes superfícies comerciais são pessoas inteligentes e com capacidade para muito mais. Toda a gente já apanhou alguém nas mais diversas áreas que lhe fez pensar "com tanta gente capaz a precisar de emprego dão emprego a este/a", e no entanto não vou pensar que toda a gente que lá trabalha é assim. E gente assim existe em todas as gerações, e não vamos entrar na questão do nível de escolaridade, porque há coisas que é simplesmente questão de senso comum.

    Colocado por: AMVPQue idade tem essas pessoas hoje? Só para perceber a que geração se refere.


    Estou a falar de pessoas ali entre os seus cinquenta e tais, sessenta.

    Colocado por: AMVPMas, mesmo tendo incentivado essa escolha sempre lhe disse para ir para o ensino superior, sai-se diferente, pelo menos quando é de qualidade. Com Bolonha já tenho as minhas dúvidas, mas enfim é o que há.


    Neste momento depende muito da área. Não é chegar e escolher algo só porque se gosta. Eu também gostava de belas artes e acabei por seguir uma área completamente diferente, e não me arrependo minimamente de ter seguido eng. eletrotécnica e de computadores. Quanto ao Bolonha, deixa mais responsabilidade a cargo do aluno, é pressuposto que vão ser dedicadas x horas extra de estudo e trabalho em casa. Dependo da dedicação de cada um saem profissionais melhores ou medianos, mas claro que isso depois também tem influência no mercado de trabalho, já por si escasso.
    • AMVP
    • 8 outubro 2020

     # 6

    Colocado por: TanialexandraEstou a falar de pessoas ali entre os seus cinquenta e tais, sessenta.


    Bem me parecia, para a geração posterior à essa já passou por muitas dos problemas actuais.

    Colocado por: TanialexandraQuanto ao Bolonha, deixa mais responsabilidade a cargo do aluno, é pressuposto que vão ser dedicadas x horas extra de estudo e trabalho em casa. Dependo da dedicação de cada um saem profissionais melhores ou medianos, mas claro que isso depois também tem influência no mercado de trabalho, já por si escasso.


    Desculpe mas não concordo consigo. O antes de Bolonha tb colocava a responsabilidade nos alunos, afinal é ensino superior e nenhum profedor anda a tomar conta do aluno.

    Por exemplo, fiz duas pos-graduações, uma antes e outra depois de Bolonha e senti bem a diferença entre os dois sistemas.

    A dissertação de mestrado, implicou uma revisão da bibliografia que não tem correspondência com o que é exigido no pós Bolonha. Na minha opinião é mau, implicava um tipo de trabalho que nos fazia evoluir.
  2.  # 7

    Colocado por: JoelMhá pessoal que acha que o seu pequeno mundo é mesmo representativo da realidade de um país ou geração...

    Há sempre opiniões diversas, tal como há aqueles que acham que as opiniões dos outros de nada valem. São tb demonstrativos de muito...

    Colocado por: JoelManda pessoal por aqui que devem ser os suprassumos da area em que trabalham... só eles é que trabalham duro, que merecem receber alto salario (o que têm é injusto) e que todo o resto são uns inuteis.

    LOL. A geração actual?!?

    Colocado por: AMVPTb podia estar cansado. Essa é outra, deveríamos encarar o erro de um outro modo, em vez de se criticar negativamente devia-se ver como uma oportunidade de aprender. Não se deve errar mas a verdade é que faz parte da vida e do processo de aprendizagem.

    Sim, é verdade. Mas não me pareceu, percebi que não estava habituado a fazer cálculos, hoje em dia a maioria paga com cartão, ainda mais devido ao covid. MAs não foi caso único, foi apenas o mais recente. Eu sei que uma amostra pessoal não é exemplificativa do estado do país mas a par de outras, serviu de base para a opinião que dei, que é meramente isso, uma opinião.

    Colocado por: TanialexandraPosto isto, muito resumidamente acho que a geração anterior (claro que não foram todos) foi realmente aquela que quis tudo e não pensou no dia de amanhã.

    Não houve qualquer geração que o tenha feito, todas as gerações anteriores, com maior ou menor retrocesso, trataram de garantir o seu futuro da melhor forma que conseguiram. Em toda a história houve gerações que sofreram com as decisões dos seus pais ou avós.
  3.  # 8

    Colocado por: AMVPBem me parecia, para a geração posterior à essa já passou por muitas dos problemas actuais.


    Sim sem dúvida, tenho exemplos na familia disso, também tiveram problemas de falta de emprego, embora não tanto, exceptuando a crise de 2008. Nessa altura embora não fosse exigida entrada o acesso ao crédito habitação não era fácil porque os bancos fecharam a torneira, mas pelo menos arrendar um T1 numa zona sem nada de especial não custava mais de 500€ por mês... simplesmente a situação foi-se agravando e quem chegou depois ainda apanhou pior.

    Colocado por: AMVPDesculpe mas não concordo consigo. O antes de Bolonha tb colocava a responsabilidade nos alunos, afinal é ensino superior e nenhum profedor anda a tomar conta do aluno.


    Não posso discutir isso consigo uma vez que não tive a experiência pré Bolonha, baseio-me simplesmente no que alguns professores foram comentando. Tive cadeiras com uma carga enorme e uma taxa de reprovação igualmente grande. Os professores diziam sempre o mesmo, eram 2 ou 3 cadeiras que foram condensadas numa, mas nem por isso se pôde cortar muito no programa individual de cada uma.

    Quanto à exigência, lá está, sou leiga no assunto e não tenho termo de comparação, mas não duvido do que diz.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
    • AMVP
    • 9 outubro 2020

     # 9

    Colocado por: Tanialexandrasimplesmente a situação foi-se agravando e quem chegou depois ainda apanhou pior.


    Concordo plenamente consigo.
  4.  # 10

    Colocado por: Tanialexandra
    Na geração anterior realmente era uma quase garantia, e o que aconteceu é que muitos dos actuais pais com essa memória pensaram que os seus filhos teriam uma melhor vida se se formassem. Pelo menos era a ideia do meu pai, que sempre me disse para estudar para não ter que trabalhar tanto como ele. A parte engraçada é que o meu marido, namorado na altura, foi aprender a profissão do meu pai com ele, serralheiro mecânico de máquinas industriais, e hoje em dia ganha bem mais que a mulher engenheira eletrotécnica (ainda em início de carreira, mas ainda assim tão cedo acho que não o apanho).


    Se emigrar facilmente obtém um bom ordenado como engenheira eletrotécnica, e neste momento mesmo sem emigrar existem bastantes oportunidades trabalhando remotamente.
  5.  # 11

    Colocado por: pedrocipriSe emigrar facilmente obtém um bom ordenado como engenheira eletrotécnica, e neste momento mesmo sem emigrar existem bastantes oportunidades trabalhando remotamente.


    Estou bem dentro do assunto mas agradeço a sugestão. Eu nunca disse que ganhava mal, disse apenas que ganhava menos que o meu marido. Não se pode deduzir que ganho mal apenas pelo facto de um serralheiro ganhar mais que uma engenheira, ele é que ganha acima da média (mas trabalha para isso). Conheço quem ande por aí a impermiabilizar terraços e a comprar automóveis de 80k a pronto e propriedades por este país fora.

    Felizmente temos uma vida confortável e desafogada e está longe dos nossos planos emigrar, dificilmente saía do meu país a não ser que precisasse mesmo. Lá está, a não ser em caso de necessidade não há dinheiro que me pague estar longe da família, dos amigos, do clima do meu país, da gastronomia, de sair à rua e poder falar a minha língua, dos netos crescerem com os avós, brincarem com os primos...
    Concordam com este comentário: Wilga
    • MVA
    • 9 outubro 2020

     # 12

    Colocado por: JoelMIsto é cada história da carochinha... Mesmo bom para embalar meninos!


    É surreal o nível de generalização que as pessoas fazem.
    Portugal não tem remédio e a culpa não dos jovens, mas sim dos cotas portugueses, que criticam tudo e todos.

    Surreal mesmo. Está bem assente em vários posts deste tópico porque é que não saímos da cepa torta, com a mentalidade que por cá predomina.
  6.  # 13

    Colocado por: KapadorA escravatura do seculo XXI: pagar para trabalhar. É assim na Remax, que se vangloria de ser a melhor empresa para trabalhar em Portugal, o que prova que todas estas classificações são falaciosas e desonestas.
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    Na Remax não se paga para trabalhar. O que lhe estão a cobrar são coisas estritamente necessárias para começar Será uma maneira de separar o trigo do joio, os que verdadeiramente estão interessados em trabalhar dos que apenas vão experimentar porque não têm mais nada para fazer.

    Como é que espera começar um negócio que envolve contactos sem cartões de visita?

    Como é que espera mostrar casas e contactar pessoas sem formação?

    É efectivamente uma das melhores áreas para trabalhar, mas apenas para quem tem estofo e quer realmente trabalhar.
    Concordam com este comentário: Pajovaz
  7.  # 14

    Colocado por: LMGuerreiro

    Na Remax não se paga para trabalhar. O que lhe estão a cobrar são coisas estritamente necessárias para começar Será uma maneira de separar o trigo do joio, os que verdadeiramente estão interessados em trabalhar dos que apenas vão experimentar porque não têm mais nada para fazer.

    Como é que espera começar um negócio que envolve contactos sem cartões de visita?

    Como é que espera mostrar casas e contactar pessoas sem formação?

    É efectivamente uma das melhores áreas para trabalhar, mas apenas para quem tem estofo e quer realmente trabalhar.



    Esta conversa é puro marketing.
    Concordam com este comentário: Quilleute
  8.  # 15

    Colocado por: LMGuerreiroe quer realmente trabalhar.

    Por acaso é exatamente ao contrário, só vai para agente imobiliário quem não tem vontade de trabalhar.
    Concordam com este comentário: Gambino, Quilleute, treker666
  9.  # 16

    Colocado por: TanialexandraVenho só aqui dar a perspectiva de uma "jovem" de 28 anos.

    Tenho vários familiares que emigraram há décadas atrás, regressaram depois e compraram um terreno por uma bagatela e foram construindo a sua casa eles próprios e com ajuda de familiares, pagando por fora a x e y para lá irem fazer uns trabalhos. Hoje em dia se quisesse construir uma casa igual à deles bem tinha que penar, primeiro porque já lá vão os tempos em que os terrenos eram baratos, principalmente porque agora não se pode comprar um terreno qualquer para construção, e segundo porque entre licenças, adjudicação de trabalhos às várias especialidades e às centenas de regras que têm que ser cumpridas o custo final não tem comparação possível. Até podia ter um terreno e muita vontade de ir para lá assentar tijolo, mas simplesmente não podia.

    Na geração dos meus pais houvesse vontade de trabalhar e havia sempre emprego, queriam ganhar um extra e facilmente arranjavam um biscate, e muitas das vezes a ganhar por fora. Já eu quando estava na universidade estive quase um ano à procura de emprego e não me fiz de rogada, até para empresas de condómino de limpeza de escadas procurei, mas são 50 cães a um osso.

    Na geração anterior um bom trabalhador era por norma valorizado e não tinha problemas a passar a efectivo, arranjavam-se empregos para a vida, hoje em dia na grande maioria dos casos até se pode ser um trabalhador exemplar, dar o litro pela empresa e no final de um ano e meio adeus porque não estamos a passar ninguém para a casa, e existem n pessoas prontas a ir ocupar o lugar no dia seguinte. Não falemos sequer da saga dos "temporários", que há pessoal a trabalhar há mais de 5 anos como temporário.

    Portanto boa sorte em situações precárias de emprego a conseguir um empréstimo para uma casa ou algo do género. Para não dizer que antigamente parece que só faltava darem empréstimos nas caixas da farinha 33. Houve uma altura, e inclusive conheço quem se tenha aproveitado, que pediam empréstimo para a casa e com uma notinha por fora lá vinha uma avaliação muito acima. O valor do empréstimo do banco (com a simpática taxa do crédito habitação em comparação aos outros créditos) ainda dava para mobilar a casa inteira e comprar um carrinho. Já a minha geração ou tem 15k ou 20k em mãos para a entrada ou nada feito. Comprei casa há mais de um ano e ainda não tenho mobília nas divisões todas, vamos comprando a pronto conforme vai dando.

    Na geração dos meus pais quem tinha um curso superior tinha emprego praticamente garantido, fazia carreira sem problema nenhum. Hoje em dia ter um curso superior não é nada de mais e cá em Portugal chegam a oferecer 800 ou 900 euros a um engenheiro. Entrem dentro de um pingo doce e vão perguntado aos jovens que lá estão a trabalhar as suas habilitações literárias, garato que saem de lá de boca aberta.

    Os meus pais quando se juntaram e saíram de casa dos pais arrendaram uma casa simpática por meia dúzia de tostões, hoje em dia pedem ordenados mínimos de renda, caução e não sei quantas rendas adiantadas.

    Tenho casais amigos mais velhos cujas esposas já andam a rondar os 35 anos, vêem os anos a passar e o sonho de serem pais a ficar cada vez mais distante. Em situações como a que descrevi quem é que no seu perfeito juízo tem um filho? Já lá vão os tempos do "cria-se à mesma, sem luxos mas cria-se". Hoje em dia o ensino obrigatório é o 12o ano, só a despesa agora em Setembro e Outubro em livros e material escolar está fora das possibilidades de muitos. Se for preciso antigamente ia-se trabalhar e os filhos ficavam com as avós ou numa ama por meia dúzia de tostões, hoje em dia a maioria das avós está a trabalhar, amas nem vê-las porque são denunciadas, e o custo dos berçários e infantários é de vir as lágrimas aos olhos. E tentem lá deixar uma criança de 2 anos sozinha em casa com uma de 6 como se via muitas vezes antigamente a ver se na semana a seguir não têm a SS à porta.

    Há toda uma geração actual a falar mal da geração actual, porque é só gandulhagem, mas o engraçado é que a geração dos malandros e que mais na droga andaram metidos é a que tem agora cinquenta e tal anos (os que lá chegaram). Até da taxa de divórcios falam como sendo algo da geração mais nova, quando na verdade todos os estudos apontam que embora seja algo que foi tornado comum na nossa geração a maior percentagem é precisamente da geração anterior que aguentou casamentos de fachada durante anos e só agora que se normalizou o divórcio ganharam coragem para saltar fora.

    Sim é verdade que a geração anterior também não teve uma vida fácil e teve que trabalhar para o que tem actualmente, mas também é verdade que hoje em dia vontade de trabalhar não chega e já não se fazem coisas pela porta do cavalo como antigamente. E mesmo quanto ao emigrar, já perdi a conta a quantos emigraram recentemente e voltaram com uma mão à frente e outra atrás porque os tempos mudaram e mesmo lá fora já não é a mesma coisa.

    Conheço uma personagem com idade para ser meu avô que criou fortuna com a sua empresa, a diferença é que os tempos eram outros e enganou centenas de funcionários que só quando chegaram à idade da reforma descobriram que o patrão nunca lhes tinha descontado um cêntimo para a SS, para não falar dos negócios mirabolantes que se gaba de ter feito em tempos e que hoje em dia felizmente seriam impossíveis. Ter uma fábrica cheia de maquinaria comprada em 2a mão e nenhuma delas com licença. Já um antigo colega de faculdade bastante proactivo que decidiu arregaçar as mangas e abrir a sua própria empresa luta diariamente para se manter à tona para conseguir respeitar todas a regras e regrinhas, e pagar tudo certinho.

    Agora eu pergunto, que culpa tem a minha geração para sermos chamados de preguiçosos que não querem trabalhar e não saem da casa dos pais quando na verdade herdámos uma economia num estado lastimável que foi completamente destruída pela geração anterior?

    Quanto a ganhar a vida como gamers, youtubers e influencers, nada contra, sempre surgiram profissões novas, estas são simplesmente as mais recentes. Se os jovens estão a conseguir fazer a vida deles assim porque não? Dá trabalho, não é agarrar numa câmara e começar a filmar, a concorrência é muita e conseguir cativar e manter os seguidores não é fácil. E não é algo que se faz ali em meia horinha...é preciso ter ideias para o conteúdo, grava-lo, editá-lo, e não falemos do investimento em material porque hoje em dia ninguém se safa com vídeos gravados no telemóvel...têm que ter câmaras de milhares de euros, luzes, bons computadores, licenças de programas de edição, ou mesmo pagar a editores, pagar por direitos de autor para poderem usar músicas nos vídeos...e garanto que todos aqueles que já chegaram ao patamar de viverem disso têm um contabilista ou aprenderam eles a fazer as coisas de modo a terem tudo certinho. Hoje em dia é um negócio como qualquer outro.


    Discordo em parte com o que diz.

    O problema da maior parte dos jovens (eu tenho 40 anos, os 28 passaram há pouco) acha que por ter um curso superior tem obrigação de ganhar como ganha qualquer outra pessoa com o mesmo curso que trabalha na área.
    Esquecem-se que não têm conhecimentos, não têm experiência, não têm competências para além do curso (na sua maioria). Posso-lhe adiantar que tenho uma clínica veterinária e é de bradar aos céus algumas atitudes, comportamentos e práticas que vejo exercerem diariamente.

    Um outro problema é acharem que o curso que tiram lhes tem que garantir emprego na área. O cursos superiores são apenas mais uma competência que lhes devia permitir abrir horizontes e extrapolar essas competências, muitos sectores profissionais estão saturados, mas as pessoas podem sempre extrapolar, como já aqui alguém disse, os professores podem dar explicações, por exemplo.

    Também lhe queria dizer, como vai perceber à medida que for envelhecendo, que nem toda a gente é boa profissional e poucos são os que se destacam pela excelência. Esses sim, não ficarão na caixa do Mc Donalds muito tempo, passarão a gerentes ou chefes de loja (não conheço a hierarquia) e destacar-se-ão sempre dos demais. A maior parte das pessoas nas mais diversas áreas é apenas medíocre, mas com a sua mediocridade querem ter tudo aquilo que os que se esforçam, estudam e aplicam têm e conquistam com esforço. Tem aqui exemplos no forum, o João Dias ou o Anonimo06082021, mas qualquer outro profissional da mesma área quer levar mais dinheiro porque eles também cobram mais (não sei se é o caso nos 2 exemplos que dei).

    Por último, o seu marido é pouco provável que ganhe mais que a Tânia (aqui já estou a fazer uma suposição, não um ataque, não me leve a mal). O que deve acontecer, é que, como na maioria das empresas pequenas e muito pessoais, a malta confunde o dinheiro da empresa com o dinheiro do salário. Eu diria que ele tem trabalho e esforça-se (como disse em cima) e por isso ganha muito, mas duvido que o ordenado na folha salarial seja superior ao da Tânia.
    Concordam com este comentário: Gambino, Quilleute, DonaRute
  10.  # 17

    Colocado por: LMGuerreiroEu diria que ele tem trabalho e esforça-se (como disse em cima) e por isso ganha muito, mas duvido que o ordenado na folha salarial seja superior ao da Tânia.

    Até pode não ter salário e ganhar mais, seja em que métrica for.

    Posto isto, certamente terá a possibilidade de ajustar o seu próprio salário e sem conflitos e escalões de cargos.

    A exfiltracao de capital da empresa é sempre um desafio e via ordenado é das formas mais onerosas.
    Os benefícios associados são facil e largamente compensados com uma gestão mínima de investimentos.

    Há um mundo para além do salário.
  11.  # 18

    Colocado por: LMGuerreiroO problema da maior parte dos jovens (eu tenho 40 anos, os 28 passaram há pouco) acha que por ter um curso superior tem obrigação de ganhar como ganha qualquer outra pessoa com o mesmo curso que trabalha na área.


    Nunca pensei assim nem foi a educação que me deram. Um curso superior dá-me as bases em determinada área, o trabalho que eu desenvolvo a partir daí e o quanto conseguir evoluir é que me vai permitir ou não destacar do resto.

    Colocado por: LMGuerreiro
    Um outro problema é acharem que o curso que tiram lhes tem que garantir emprego na área


    Existem cursos mais restritivos que outros, dada a conjuntura do país na altura em que iniciei os meus estudos superiores optei por um curso que me desse bases num espectro alargado de competências. Mas é claro que é revoltante e ao mesmo tempo dá-me vontade de rir, ver como já vi, anúncios em que exigem experiência nas mais diversas sub áreas do meu curso, e ainda do curso de eng. mecânica e de eng. de controlo e automação, e no final oferecem 800 ou 900 euros brutos. E o problema é que cada vez se vêem mais ofertas dessas.

    O trabalho especializado tem que ser remunerado de acordo, e nem estou a falar exclusivamente de quem tem cursos superiores, estou a falar das mais diversas áreas. Claro que existem patamares e quem se destaca sobe na escada, mas também não podem querer pagar pouco mais do que o ordenado mínimo por competências que a generalidade da população não tem.

    Não tenho nada contra quem trabalha em lojas no atendimento ao público, na restauração, etc, se fossemos todos médicos e engenheiros estávamos bem tramados. Eu inclusive tenho experiência no atendimento ao público porque trabalhei na área enquanto estudava, e sejamos sinceros, não há ali nada que não passe de senso comum, e os conhecimentos que a pessoa tem que ter não são nada de outro mundo. Até pode ser trabalho pesado, etc, em algumas situações, mas a nível de conhecimentos grande parte da população aprende a fazer aquilo em pouco tempo. Portanto é lógico que dadas as competências que desenvolvi (e continuo a devensolver), e o trabalho que desempenho, não posso aceitar em troca receber pouco mais do que quando andava a dobrar roupa...

    Colocado por: LMGuerreiroPor último, o seu marido é pouco provável que ganhe mais que a Tânia (aqui já estou a fazer uma suposição, não um ataque, não me leve a mal). O que deve acontecer, é que, como na maioria das empresas pequenas e muito pessoais, a malta confunde o dinheiro da empresa com o dinheiro do salário. Eu diria que ele tem trabalho e esforça-se (como disse em cima) e por isso ganha muito, mas duvido que o ordenado na folha salarial seja superior ao da Tânia.


    Não o levo a mal não se preocupe, de facto sei que não é comum, mas a verdade é que o meu marido traz 2k limpos (o que para muitos aqui no fórum até não é nada demais), para casa todos os meses (trabalha por conta de outrem e acredite que não há qualquer confusão entre o dinheiro da empresa e o salário, pois este tem um valor bem definido), e eu ainda estou algo longe de atingir esse patamar, até porque ainda me encontro em início de carreira. Por isso no final o ordenado na folha salarial dele é de facto mais alto que o meu. E é algo que não me espanta, pois o meu pai na mesma área, e apenas com a 4a classe trazia ainda mais para casa por mês. Se há coisa que sou é humilde e não tenho o mínimo problema em pedir a opinião de alguém como eles, profissionais com experiência com os quais só tenho a aprender. Não é como certos engenheiros que não aceitam a opinião de ninguém e ainda ficam ofendidos porque os engenheiros ali são eles. No final a coisa não corre bem, porque as coisas na realidade são diferentes das coisas no papel, e bem se arrependem de não ter dado ouvidos a quem não tem canudo.

    Colocado por: pguilhermeAté pode não ter salário e ganhar mais, seja em que métrica for.

    Posto isto, certamente terá a possibilidade de ajustar o seu próprio salário e sem conflitos e escalões de cargos.

    A exfiltracao de capital da empresa é sempre um desafio e via ordenado é das formas mais onerosas.
    Os benefícios associados são facil e largamente compensados com uma gestão mínima de investimentos.


    Tal como respondi acima ao user LMGuerreiro, o meu marido trabalha por contra de outrem numa empresa bem estabelecida, e não por conta própria. Tem um salário base bem definido.
  12.  # 19

    Colocado por: Tanialexandra

    Nunca pensei assim nem foi a educação que me deram. Um curso superior dá-me as bases em determinada área, o trabalho que eu desenvolvo a partir daí e o quanto conseguir evoluir é que me vai permitir ou não destacar do resto.



    Existem cursos mais restritivos que outros, dada a conjuntura do país na altura em que iniciei os meus estudos superiores optei por um curso que me desse bases num espectro alargado de competências. Mas é claro que é revoltante e ao mesmo tempo dá-me vontade de rir, ver como já vi, anúncios em que exigem experiência nas mais diversas sub áreas do meu curso, e ainda do curso de eng. mecânica e de eng. de controlo e automação, e no final oferecem 800 ou 900 euros brutos. E o problema é que cada vez se vêem mais ofertas dessas.

    O trabalho especializado tem que ser remunerado de acordo, e nem estou a falar exclusivamente de quem tem cursos superiores, estou a falar das mais diversas áreas. Claro que existem patamares e quem se destaca sobe na escada, mas também não podem querer pagar pouco mais do que o ordenado mínimo por competências que a generalidade da população não tem.

    Não tenho nada contra quem trabalha em lojas no atendimento ao público, na restauração, etc, se fossemos todos médicos e engenheiros estávamos bem tramados. Eu inclusive tenho experiência no atendimento ao público porque trabalhei na área enquanto estudava, e sejamos sinceros, não há ali nada que não passe de senso comum, e os conhecimentos que a pessoa tem que ter não são nada de outro mundo. Até pode ser trabalho pesado, etc, em algumas situações, mas a nível de conhecimentos grande parte da população aprende a fazer aquilo em pouco tempo. Portanto é lógico que dadas as competências que desenvolvi (e continuo a devensolver), e o trabalho que desempenho, não posso aceitar em troca receber pouco mais do que quando andava a dobrar roupa...



    Não o levo a mal não se preocupe, de facto sei que não é comum, mas a verdade é que o meu marido traz 2k limpos (o que para muitos aqui no fórum até não é nada demais), para casa todos os meses (trabalha por conta de outrem e acredite que não há qualquer confusão entre o dinheiro da empresa e o salário, pois este tem um valor bem definido), e eu ainda estou algo longe de atingir esse patamar, até porque ainda me encontro em início de carreira. Por isso no final o ordenado na folha salarial dele é de facto mais alto que o meu. E é algo que não me espanta, pois o meu pai na mesma área, e apenas com a 4a classe trazia ainda mais para casa por mês. Se há coisa que sou é humilde e não tenho o mínimo problema em pedir a opinião de alguém como eles, profissionais com experiência com os quais só tenho a aprender. Não é como certos engenheiros que não aceitam a opinião de ninguém e ainda ficam ofendidos porque os engenheiros ali são eles. No final a coisa não corre bem, porque as coisas na realidade são diferentes das coisas no papel, e bem se arrependem de não ter dado ouvidos a quem não tem canudo.



    Tal como respondi acima ao user LMGuerreiro, o meu marido trabalha por contra de outrem numa empresa bem estabelecida, e não por conta própria. Tem um salário base bem definido.


    O trabalho tem de ser bem pago?!

    Olhe que não dizem isso por aqui noutros tópicos, pelo menos referente a algumas actividades...

    Eu sou insultado e acusado de tudo por ser médico e trabalhar no SNS e na privada e mais acentuadamente por dizer que ganho bem (na privada).

    Há quem sugira que corte a relva, lave corredores, há quem me proibisse de exercer, há quem me prendesse, há quem diga que sou mentalmente perturbado por dizer ser médico, há quem ache que me devia submeter a um teste de polígrafo para exercer a profissão, há quem sugira encostar-me num canto do hospital a ler o jornal...Mas o ideal mesmo é que eu deixe de ganhar bem! Aí é que ficavam tranquilos!

    Está a ver como muita gente concorda com a ideia de alguém ganhar bem?!...

    Muita gente acha que deve ganhar bem ela mesma. Assim que sabe que os outros ganham mais que ela fica apoderada por alguns dos sentimentos mais básicos do ser humano.
  13.  # 20

    Colocado por: Gambino

    O trabalho tem de ser bem pago?!

    Olhe que não dizem isso por aqui noutros tópicos, pelo menos referente a algumas actividades...

    Eu sou insultado e acusado de tudo por ser médico e trabalhar no SNS e na privada e mais acentuadamente por dizer que ganho bem (na privada).

    Há quem sugira que corte a relva, lave corredores, há quem me proibisse de exercer, há quem me prendesse, há quem diga que sou mentalmente perturbado por dizer ser médico, há quem ache que me devia submeter a um teste de polígrafo para exercer a profissão, há quem sugira encostar-me num canto do hospital a ler o jornal...Mas o ideal mesmo é que eu deixe de ganhar bem! Aí é que ficavam tranquilos!

    Está a ver como muita gente concorda com a ideia de alguém ganhar bem?!...

    Muita gente acha que deve ganhar bem ela mesma. Assim que sabe que os outros ganham mais que ela fica apoderada por alguns dos sentimentos mais básicos do ser humano.

    Eu achava que aqui o pessoal discordava era do seu conflito de interesses: exercer a sua profissão em horários sobreponiveis .
    Concordam com este comentário: Anonimo1710, macinblack, Quilleute, obraslx32, HAL_9000
 
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