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  1.  # 21

    Colocado por: RUIOLIA malta que vem de Espanha, a maioria tem entre 30 e 40 anos. Todos eles apresentam um documento que atesta a sua formação base (e reciclagem) para o trabalho, seja pedreiro, eletricista, canalizador... quem definiu os cursos, conteúdo programático, carga horária, formadores, entidades formadoras... foram os sindicatos, entidades patronais e governos regionais/ nacional.

    São máquinas de produtividade (fazem com a qualidade que lhes pedem), super organizados, bem apresentados, se tirarem o capacete, o colete e as botas vão almoçar ao centro comercial e ninguém diz que trabalham nas obras. Não almoçam na obra sentados numa lata, têm WC com limpeza diária, arranja-se alguém para lhes tratar da roupa. Quando não havia COVID, se ficassem no fim de semana na zona da obra, ao domingo alugavam uma carrinha para ir passear ou à praia, quando a localização da obra o favorece, vêm de avião e não em carrinhas... eles só têm de se preocupar com a obra, alguém trata de toda a logística, claro que assim produzem muito mais, são necessários menos trabalhadores especializados, porque eles não perdem tempo a fazer coisas que qualquer indiferenciado faz.
    Duvido que trabalhem mais de 8 horas por dia, debaixo de chuva, que peguem em pesos brutos, etc etc
    Com essas condições se calhar ja haveria mais quem quisesse trabalhar nas obras, mas se as obras ja estao caras, mais caras ficariam
  2.  # 22

    Colocado por: DR1982
    Lógico, de que outra forma pode ser? Tem de ser bom servente para poder passar a oficial!
    Da forma que sugere, breve só tinhamos oficiais nas obras saidos dos cursos e a massa e os tijolos tinham de vir ter ao andaime por wifi 😀


    E um curso não pode ter componente prática?
    Pra mim teria de ter muito mais componente prática que teórica, obviamente, mas se calhar faz falta a um pedreiro entender o porque de não poder estar sempre a juntar um água de massa para ela durar mais tempo.
    Quais as consequência que isso teria na obra.
    Quando e porque usar um traço de 3/1 ou 4/1.
    etc etc
    Concordam com este comentário: Caravelle
  3.  # 23

    Não há mão de obra para as obras em formação muito simplesmente porque os ordenados são baixos.

    Imaguine que tenho 20 e ral anos entre ir para as obras e para uma fábrica ou hipermercado trabalhar qual iria optar? Pelas obras não seria certamente, um ordenado igual ou inferior piores condições de trabalho, não estou a ver qual o espanto de não haver mão de obra, o problema é que se subimos ao ordenado inicial também temos que subir ao ordenado dos mais velhos, algo que não haveria problema em ser feito, o único promaior é que teríamos que subir ao preço por m2, sem esquecer que muitos ganham X mas decontam Y o que ajuda a baixar o preço, só está a trabalhar em Portugal nas obras na sua grande maioria ou quem já tem uma idade é não está para se chatear a imigrar porque já tem a vida feita ou os que imigraram e correu mal porque foram pela mão de empresas portuguesas que os exploraram ou aqueles que não se dão longe da família, porque qualquer trolha ganha muito mais lá fora e trabalha muito menos, um artista mais ou menos tira ao negro em França no mínimo 150 paus faz 4 sábados são 600 ao fim do mês.

    Ninguém quer as obras porque se recebe mal as condições de trabalho são fracas e agora juntamos nos últimos anos DO muito exigentes que nada precebem e que querem uma casa como a das revistas mas gastar pouquinho querem tudo e mais alguma coisa mas querem o orçamento ao M2, e depois acabamentos XPTO.

    Um empreteiro em França disse me o seguinte

    Dentro de pouco tempo o saber fazer não vai ter preço, vamos ter todos muito dinheiro mas não vamos ter quem trabalhe, e muitos até queriam saber fazer mas o que custa não é saber é apreender.
    • DR1982
    • 7 março 2021 editado

     # 24

    Colocado por: Tyrande

    E um curso não pode ter componente prática?
    Pra mim teria de ter muito mais componente prática que teórica, obviamente, mas se calhar faz falta a um pedreiro entender o porque de não poder estar sempre a juntar um água de massa para ela durar mais tempo.
    Quais as consequência que isso teria na obra.
    Quando e porque usar um traço de 3/1 ou 4/1.
    etc etc
    Entao e quem seriam os serventes?
    Sabe onde trabalho ha quem faça cursos de pedreiro, alternam entre teoria e dias de prática em obra, mas chegam a nossa beira como serventes!
  4.  # 25

    Colocado por: Anonimo06082021

    Poupavam no ginasio por exemplo.
    Com o que oferece a construção em Portugal ninguém quer obras, estou farto delas...
  5.  # 26

    Colocado por: DR1982Entao e quem seriam os serventes?
    Sabe onde trabalho ha quem faça cursos de pedreiro, alternam entre teoria e dias de prática em obra, mas chegam a nossa beira como serventes!


    E começavam como serventes à mesma!
    Mas já iam com algum conhecimento. Não era o on-job training que é a única modalidade existente em PT. A qualidade do serviço era logo outra. E a remuneração também. E se calhar a motivação também.
  6.  # 27

    Colocado por: Tyrande

    E começavam como serventes à mesma!
    Mas já iam com algum conhecimento. Não era o on-job training que é a única modalidade existente em PT. A qualidade do serviço era logo outra. E a remuneração também. E se calhar a motivação também.
    Faz falta é melhorar as condições no geral para quem trabalha nas obras, isso sim!
    E os ordenados acompanhar... experimentem pagar 1500€ a um oficial com todos os direitos em 8 horas diarias e nao falta mao de obra em Portugal
  7.  # 28

    Colocado por: Anonimo06082021

    Mas isso não vai melhorar a qualidade de construção.

    Que para mim cada vez é pior.
    Melhora, se os bons forem reconhecidos!
    Agora atualmente a diferença de ordenados nao incentiva a querer ser bom
  8.  # 29

    Colocado por: Palhava

    https://www.fress.pt/formacao/oferta-formativa-certificada/


    Há mais, mas sobretudo vocacionadas para o restauro de mobiliário.


    Essa foi a que eu vi!
    Concordam com este comentário: Palhava
  9.  # 30

    Colocado por: Anonimo06082021Quer dizer que não sabem o que são umas galochas?..nem uma pá ou enxada

    Nem nunca estiveram dentro de um poço a fazer manutenção numa bomba.


    A realidade que conheço neste contexto são obras de interiores, não tem muito trabalho sujo, provavelmente o mais sujo é a equipa que vai fazer a proteção ao fogo das condutas.



    Colocado por: DR1982Duvido que trabalhem mais de 8 horas por dia, debaixo de chuva, que peguem em pesos brutos, etc etc


    Fazem 12 horas, depois das 5 semanas de obra normalmente repousam até entrar noutra obra.



    Colocado por: DR1982Com essas condições se calhar ja haveria mais quem quisesse trabalhar nas obras, mas se as obras ja estao caras, mais caras ficariam


    Nem por isso, concorrem com empresas portuguesas e ganham no prazo e no preço, é uma questão de produtividade. Por exemplo, um trabalhador de aplicação de gesso cartonado produz na boa 1000€/dia (valor faturado ao DO), os ordenados rondam os 2k€/mês mais uns prémios de produtividade, ajudas de custo, etc. A ultima obra que acompanhei com uma empresa portuguesa, havia lá gajos que não produziam 100€/ dia (o DO controla a produtividade do empreiteiro, para questões de optimização e negociação). E depois são uns cabeças no ar e mal mandados (se é que alguém manda, metem lá pessoal+material+equipamentos e siga), uma vez ficou um gajo dentro de uma parede falsa, para sair de lá teve de partir aquilo ao pontapé... e porquê? quem os contrata só olha para o custo, não olha para a produtividade...
  10.  # 31

    Colocado por: RUIOLIsão obras de interiores
    Obras de interiores já é quase trabalho de escritório 😀
  11.  # 32

    Colocado por: Anonimo06082021Esse é um dos males da construção actual ,não são feitas para durar no tempo.


    Pois não, desde que durem 10 anos está bom, até fazer 10 anos de certeza que foi tudo demolido e feito com outro layout e look. Poucas são as coisas feitas que não duram 10 anos, há uma monitorização apertada do departamento de manutenção, se uma solução/ marca/ empresa/ profissional fez algo que dá problemas recorrentes nos 10 anos, é fácil de resolver, acionamento do seguro decenal e nunca mais entra naquelas obras. A filosofia Lean é que as soluções têm de durar o tempo para que foram projetadas, se durar mais provavelmente é um desperdício.

    Uma vez fomos fazer uma obra num espaço que tinha um mezanino feito em betão armado, o tipo da consultora que estava a vender a vender aquilo como muito bom, estrutura muito resistente, nós a olharmos uns para os outros a pensar que se fosse metálico ou madeira era super fácil de demolir (que era o que se pretendia), assim foi um pincel porque só se podia fazer barulho e vibrações das X horas às X horas, transportar material noutro horário, local para o contentor não havia...quando podia ser só desaparafusar peças...
    • RUIOLI
    • 7 março 2021 editado

     # 33

    Colocado por: Anonimo06082021Uma das diferenças nas obras hoje é que há mais técnicos superiores do antigamente.


    E muito poucos a olhar para a produtividade/ estudo do trabalho...se eu posso fazer algo com a mesma qualidade em menos tempo...
  12.  # 34

    As casas que conheço nao andam a ser remodeladas a cada 10 anos, quanto muito trocam as mobilias ou a disposição das mesmas...
    Por isso, admiro tanto casas feitas em materiais que duram uma vida, e ainda assim casas capazes de se adaptar facilmente a vários cenários possíveis
  13.  # 35

    Colocado por: DR1982As casas que conheço nao andam a ser remodeladas a cada 10 anos, quanto muito trocam as mobilias ou a disposição das mesmas...
    Por isso, admiro tanto casas feitas em materiais que duram uma vida, e ainda assim casas capazes de se adaptar facilmente a vários cenários possíveis


    Quase qualquer casa dos anos 90/00 que andam aí precisam de obras. Principalmente (e não só) a nível de isolamento térmico (que é muitas vezes, inexistente).
  14.  # 36

    Colocado por: DR1982As casas que conheço nao andam a ser remodeladas a cada 10 anos, quanto muito trocam as mobilias ou a disposição das mesmas...


    e as lojas?
    • DR1982
    • 7 março 2021 editado

     # 37

    Colocado por: Tyrande

    Quase qualquer casa dos anos 90/00 que andam aí precisam de obras. Principalmente (e não só) a nível de isolamento térmico (que é muitas vezes, inexistente).
    Falamos de casas com 20/30 anos e nao 10.
    E ainda assim, as que foram bem construídas, com materiais que aguentam o passar dos anos, ainda estão aí para as curvas, capazes de ombrear com a maioria das casas de cartão que se fazem nos dias de hoje!

    Aqui na minha zona nao faltam casas em granito, com 20 e 30 anos, e mais, que parecem novas ao lado dos caixotes feitos de esferovite com 2 ou 3 anos
  15.  # 38

    Colocado por: RUIOLI

    e as lojas?
    As lojas concordo que devam ser feitas para meia duzia de anos
  16.  # 39

    O primeiro problema esta nos projetos o segundo esta no director de obra . Como o RUIOLI disse simplificar de resto anda tudo a brincar.

    A obra ja começa mal é um cose e corte que é uma miséria .
  17.  # 40

    Colocado por: Tyrande

    Essa foi a que eu vi!

    Carpintaria não têm.
 
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