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  1. Colocado por: rjmsilvaA maioria dos que pagam essas reformas foram criados e tiveram os estudos pagos pelos que tanto criticam quem recebe as reformas.

    Solidariedade intergeracional é isto mesmo.

    Diga-me lá como é que quer que se mantenha a mesma solidariedade intergeracional quando em 1970 havia 13 contribuintes da SS por cada pensionista e hoje são 3 contribuintes da SS por cada dois pensionistas.
    • AMG1
    • 22 julho 2023
    Colocado por: J.Fernandes
    Diga-me lá como é que quer que se mantenha a mesma solidariedade intergeracional quando em 1970 havia 13 contribuintes da SS por cada pensionista e hoje são 3 contribuintes da SS por cada dois pensionistas.


    Ja comparou a riqueza produzida pelos 13 activos em 1970 e a produzida por tres activos actualmente?
    • AMG1
    • 22 julho 2023
    Colocado por: J.Fernandes
    Para criar e desenvolver empresas competitivas e no geral para criar riqueza, o principal factor é o estado: se este não estorvar, não castrar a iniciativa privada e não se apropriar de uma tão grande fatia do dinheiro dos privados, as coisas seguem o seu rumo normal.


    Deve ser por isso que na Escandinávia, onde os estados tem uma presença fortissima na economia, a regulação é tremenda e os impostos sao os mais altos na UE, as empresas são arcaicas, os negócios em geral muito pouco inovadores e pouco rentaveis tal como os salarios que também sao baixissimos.
    Infelizmente a solução é bem mais complicada do que baixar impostos e reduzir o estado ao minimo. Claro que há quem acredite que isso chega e provavelmente ate chega para aumentar o produto, mas o tema era aumentar o produto e criar condições para reduzir a desigualdade relativa. Pois mas esta segunda parte fica sempre de fora da equação para quem acha que os impostos e o estado é que sao o problema.
    Quanto ao IRS na Alemanha, sei que eles tem um escalão de 42% (ou 42,5%) que vai dos 50 e qualquer coisa ate aos 200 e tanto. O que deverá ser o suficiente para que salarios acima dos 70/80k e até aos tais 200 e tal, paguem efectivente menos do que em Portugal, mas abaixo e acima disso já nao sera assim. Ou seja, a classe media alemã paga menos IRS do que a nacional, o que nao passa de uma evidência, dado o elevado numero de familias que em portugal nao paga nada, porque os rendimentos (pelo menos os declarados) mal chegam para subsistir.
    Depois convém não esquecer que a carga fiscal na Alemanha sera para aí uns 6 a 7 pp acima da nossa, alguém a esta a pagar, se nao forem os salários sera de outra qualquer forma.
    Concordam com este comentário: eu
  2. Colocado por: AMG1

    Ja comparou a riqueza produzida pelos 13 activos em 1970 e a produzida por tres activos actualmente?


    já comparou o custo com as pensões? a proporção não deve andar distante. Ganham mais, mas também os pensionistas recebem mais.
    Como é obvio e a olhar para as contas da SS o saldo vai para negativo, não para positivo, logo é claro que a riqueza produzida pelos 3 contribuintes não é suficiente para cobrir a pensão dos 2 pensionistas.
  3. Colocado por: AMG1na Escandinávia, onde os estados tem uma presença fortissima na economia

    Completamente errado. Os estados escandinavos podem-se dar ao luxo de ter um grande estado social, porque têm economias prósperas e competitivas, baseadas na iniciativa privada, num ambiente regulatório e laboral marcadamente liberal, ou seja, tudo o que não temos.

    Colocado por: AMG1os impostos sao os mais altos na UE,

    Outro mito. O facto das taxas marginais máximas serem de facto as mais altas, não invalida o facto de que a classe média paga menos impostos que em muitos outros países da UE. Quer um exemplo: veja quanto paga em IRS um salário médio português e veja quanta paga em IRS um salário médio dinamarquês!

    Colocado por: AMG1Depois convém não esquecer que a carga fiscal na Alemanha sera para aí uns 6 a 7 pp acima da nossa

    Sabendo que o salário médio anual em Portugal é de 21600€ e na Alemanha é de 55000€ (2022), diga lá onde é que o esforço fiscal é superior, se na Alemanha a carga fiscal for superior à nossa em 7 pp?
  4. Colocado por: AMG1Ja comparou a riqueza produzida pelos 13 activos em 1970 e a produzida por tres activos actualmente?

    O que interessa: a TSU foi aumentando ao longo destes 50 anos e vai continuar a aumentar no futuro, e não vai chegar, as pensões vão ter que diminuir.
  5. E tudo isto vai piorar com os robôs e a IA a substituir os humanos. E a esperança de vida a aumentar e consequentemente os custas da saúde. E cada vez mais FP a reformar-se com valores muito acima da média (toda a gente acha que tem direito ao topo da carreira).
    E não é um problema exclusivo de Portugal. Todos os Países europeus vão passar por isso mais tarde ou mais cedo.
    Solução? Não faço a mínima ideia tal como todos os actuais dirigentes políticos e económicos.
  6. Colocado por: CarvaiSolução?

    Os robôs vão ter que começar a pagar impostos
    Concordam com este comentário: eu
  7. Colocado por: Pickaxe
    Os robôs vão ter que começar a pagar impostos

    Sim, pagam em cripto moedas...
    • AMG1
    • 22 julho 2023

    Completamente errado. Os estados escandinavos podem-se dar ao luxo de ter um grande estado social, porque têm economias prósperas e competitivas, baseadas na iniciativa privada, num ambiente regulatório e laboral marcadamente liberal, ou seja, tudo o que não temos.


    Nem eu disse o contrario. Só que tudo isto é possivel com uma carga fiscal muito mais elevada do que a nossa. Ou seja, ao contrario do que você afirmou é possível ter uma economia "próspera e competitiva" e simultaneamente impostos até mais elevados do que os nossos.
    Quanto ao ambiente laboral, marcadamente liberal...sim e não. Sim porque o estado assume boa parte dos custos desse "liberalismo" laboral (flexisseguranca, diz-lhe alguma coisa?). Não, porque a regra (quase a totalidade) da força de trabalho está abrangida por contratos colectivos de trabalho e mesmo os contratos individuais estão sujeitos a regras apertadas.
    Depois, também não me parece que um pais cujo estado emprega práticamente 30% dos activos seja um pais em que o estado não tenha uma presença forte na economia. Em portugal são metade disso e para você já são demais.
    • AMG1
    • 22 julho 2023
    Colocado por: J.Fernandes
    Outro mito. O facto das taxas marginais máximas serem de facto as mais altas, não invalida o facto de que a classe média paga menos impostos que em muitos outros países da UE. Quer um exemplo: veja quanto paga em IRS um salário médio português e veja quanta paga em IRS um salário médio dinamarquês!

    Para confirmarmos que é um mito ponha lá aqui os números. Até pode aproveitar para colocar um salario baixo, um medio e um alto, poque assim ficamos todos a saber a dimensão do mito. Não se esqueça é de colocar todos os impostos que incidem sobre o salário de um dinamarquês.
    Já nem valerá a pena pensarmos nos impostos sobre a propriedade, porque claro os imóveis e até os carros, pagarem mais impostos na Dinamarca do que em Portugal, também não passa de um mito.
    Como se sabe, os 50% do PIB que o estado dinamarques cobra em impostos e taxas caem do céu, não são pagos pelos dinamarqueses.
    Concordam com este comentário: eu
  8. Colocado por: CarvaiE cada vez mais FP a reformar-se com valores muito acima da média (toda a gente acha que tem direito ao topo da carreira).
    isso não era mais antes? Bastava aparecerem no trabalho x anos para lá chegarem?
    • AMG1
    • 22 julho 2023
    Colocado por: J.Fernandes
    Sabendo que o salário médio anual em Portugal é de 21600€ e na Alemanha é de 55000€ (2022), diga lá onde é que o esforço fiscal é superior, se na Alemanha a carga fiscal for superior à nossa em 7 pp?


    Portanto você utiliza, taxas de imposto, carga fiscal e esforço fiscal, conforme lhe da mais jeito para validar a sua posição, embora saiba que são coisa muito diferentes.
    O tema era taxa de imposto, lembra-se?
    Se fala de esforço fiscal, como você bem sabe, os trabalhadores portugueses têm o 4º ou 5 maior esforço fiscal da UE e a razão disso, todos a conhecemos: somos poucos a pagar. Basta ver a proveniência da receita de IRS para perceber isso.
  9. Colocado por: HAL_9000isso não era mais antes? Bastava aparecerem no trabalho x anos para lá chegarem?

    Não sei se mudou muito, a disparidade entre as reformas no privado e no publico continua enormes.
    Aparentemente os professores e os enfermeiros começaram a ser mais controladas mas noutros setores aparentemente nada mudou. Na tropa que conheci melhor nada mudou.
  10. Colocado por: AMG1

    Ja comparou a riqueza produzida pelos 13 activos em 1970 e a produzida por tres activos actualmente?


    Aumentando a produtividade dos que estão ativos.
  11. Colocado por: CarvaiNa tropa que conheci melhor nada mudou.


    Nada mudou, que você saiba. A maior parte dos que estão ao serviço atualmente já terão a pensão de reforma calculada de acordo com as regras da SS. A única vantagem continua a ser o acesso à reserva aos 55 anos e à reforma 6 anos mais cedo do que a idade legal de acesso à reforma.
    • AMG1
    • 22 julho 2023
    Colocado por: J.Fernandes
    O que interessa: a TSU foi aumentando ao longo destes 50 anos e vai continuar a aumentar no futuro, e não vai chegar, as pensões vão ter que diminuir.


    Meu caro, há 50 anos nem sequer existia segurança social, como a conhecemos hoje. O que havia eram as caixas de previdência, inicialmente por sectores de actividade e depois de índole regional. A abrangência universal só ocorreu já na democracia. A taxa social única, como a conhecemos hoje, incluindo: pensões, doença e desemprego, só ocorre já em meados dos anos 80 do sec. XX.
    O nosso sistema de pensões, na verdade tem dois regimes. O contributivo, aquele que abrange os que contribuiram enquanto activos e o não contributivo, que abrange aqueles que nunca descontaram, ou descontaram muito pouco, exactamente porque no passado a abrangência não era total. Este regime já é hoje pequeno, mas nas ultimas décadas teve muito peso. Basta ter conta p.e. a dimensão do assalariado agrícola em 1970, que era abrangido por um sistema próprio (casas do povo) para se perceber que o actual sistema pouco ou nada tem com o existente em 1970. Portanto, o nosso sistema absorveu toda essa manta de retalhos.
    Agora não há que esquecer que o nosso sistema, a semelhança de muitos outros, foi pensado para uma economia de mão de obra intensiva mas essa economia já não existe hoje, ou seja, não há como evitar: ou se alteram as regras de financiamento, ou se altera a natureza do sistema.
    E claro que quanto mais cedo se tomar uma decisão e se ponha a mesma em prática, menor será a "dor" para todos.
    Agora o que é que os nossos politicos sejam de esquerda ou de direita tem para nos dizer sobre isto: treta e mais treta!
    Uns querem-nos vender que não é preciso mudar nada, os outros que podemos mudar tudo e ficar melhor...só que não dizem como operam esse milagre.
    • eu
    • 22 julho 2023
    Colocado por: rjmsilvao acesso à reserva aos 55 anos

    Qual é a diferença entre reserva e reforma?
  12. Colocado por: eu
    Qual é a diferença entre reserva e reforma?


    Na reserva, os militares ainda podem ser chamados para prestar serviço, como aconteceu na altura do covid. Na reforma, só em casos mesmo muito excepcionais.
  13. Colocado por: CarvaiAparentemente os professores e os enfermeiros começaram a ser mais controladas mas noutros setores aparentemente nada mudou. Na tropa que conheci melhor nada mudou.
    Depois da introdução do SIADAP, penso que mudou.

    Por exemplo um TS teria de trabalhar cerca de 120 anos para chegar ao topo da carreira, se for sem avaliado na quota maioritaria. Agora claro, ainda existe muita gente que progrediu antes da existência dessas quotas que afunilam as progressões, e isso repercute-se nas reformas.

    Quanto aos militares e tendo em conta o número de generais que temos, eu tb diria que se mantém tudo igual.

    Colocado por: rjmsilva
    . A única vantagem continua a ser o acesso à reserva aos 55 anos e à reforma 6 anos mais cedo do que a idade legal de acesso à reforma.
    Não é uma vantagem de menosprezar. Conheço diversos militares na reserva, que na prática estão reformados. Isso permite-lhes gozar do merecido descanso numa idade em que ainda conseguem aproveitar.
 
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