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  1. Colocado por: AMG1. Baixando reformas ou aumentando salários. Eu não tenho qualquer dúvida sobre a que devo apoiar.
    Eu também não. A questão é que desde que comecei a votar todos os partidos querem aumentar os salários (reais, em poder de compra)...Acha que foi isso que aconteceu nos últimos 20 anos? O próprio AMG1 atrás deu a resposta.

    Sendo assim qual tem sido o resultado prático de apoiar o aumento dos salários?
    • AMG1
    • 28 fevereiro 2024
    Colocado por: HAL_9000O meu ponto é só este. Desde que não seja o OE a pagar isto, por mim está tudo ótimo.
    Quanto ao estar devidamente aprovisionado, eu quero acreditar que sim, mas na verdade quando um beneficiário do fundo se reforma, não se sabe exatamente se vai auferir a refor por 20, 30 ou 40 anos.


    Eu também não sei....
    Quando em 2005 deixaram de se aceitar novas inscrições de FP na CGA, ficou logo previsto que seria o OE a suportar o défice futuro da CGA, ou na altura também se vendeu que o "Fundo estava devidamente aprovisionado para fazer face as responsabilidades existentes e futuras"? Foi feita alguma reforma para aproximar mais o valor das prestações que assegura ao valor das contribuições que recebe?
    Nessa altura estava mais interessado em gajas do que em política, pelo que genuinamente não me lembro se na altura houve algum mediatismo em torno dessa mudança ou não.


    A responsabilidade dos fundos de pensões privados, como os dos bancos, só cessam com a morte do pensionista, tal como acontece com a Segurança Social. Essa responsabilidade deve estar bem calculada, existem formulas proprias para o fazer, e devidamente provisionadas. Se assim fôr não tem com que se preocupar com o fundo da CGD.
    Eu sou beneficiario de um desses fundos e não estou mesmo nada preocupado, até porque para alem da informao regular, existem comissoes de acompanhamento onde os beneficiarios estão bem representados e onde se decide até a política de investimento. Esta industria está muito habituada a prestar contas.
    Quanto ao processo de inclusão dos benefiarios da CGA na SS, não o conheço de todo.
    • AMG1
    • 28 fevereiro 2024
    Colocado por: HAL_9000Eu também não. A questão é que desde que comecei a votar todos os partidos querem aumentar os salários (reais, em poder de compra)...Acha que foi isso que aconteceu nos últimos 20 anos? O próprio AMG1 atrás deu a resposta.

    Sendo assim qual tem sido o resultado prático de apoiar o aumento dos salários?


    O meu salario nunca foi pago pelo estado, logo nunca votei a pensar em quem me ia aumentar o salário.
    Os aumentos que tive foram sempre negociados com quem o pagava e não creio que alguma vez tenham pedido qualquer ajuda ao estado, independentemente do partido que estivesse no poder.
    Os salarios, com excepção do SMN, não sobem por iniciativa do governo, mas por negociação entre empregadores e trabalhadores e por mim é assim que deve continuar.
    Se o trabalhador se acha mal pago, o caminho é procurar melhor, se não encontar isso pode ser sinal de que afinal não está mal pago.
    Obviamente que nem todos temos a mesma capacidade negocial e por isso uns conseguem mais do que outros. Depois temos a contratação coletiva que deve cumprir o seu papel e que infelizmente não o tem feito como devia. Do meu ponto de vista é aqui que se deve apostar e onde os governos podem influenciar alguma coisa e tambem não o têm feito, muito pelo contrário. Em cima disto tudo ainda temos o mais importante, só podemos ganhar mais se o trabalho que fizermos valer o suficiente para poder ser melhor pago. Não é segredo para ninguém que muitas das nossas empresas conseguem rentabilidades miseráveis pelo que não admira que só possam pagar salários miseráveis. É tudo isto que temos de mudar, não é só o partido do governo...antes fosse só isso, porque seria muito mais fácil.
  2. Colocado por: HAL_9000Fazendo investimentos com o fundo, Raspadinhas? Quermesses? rifas? com o que quiserem desde que não seja via OE.


    Você é engraçado. Só destila inveja neste tópico.
  3. Colocado por: HAL_9000também não sei....
    Quando em 2005 deixaram de se aceitar novas inscrições de FP na CGA, ficou logo previsto que seria o OE a suportar o défice futuro da CGA,


    Ou dinheiro do OE ou transferências da SS. Não há outra forma.

    Aliás, há outra forma, que seria extinguir a CGA e transferir tudo para a SS, mas acaba por ser uma operação Cosmetica, porque os encargos são os mesmos.
  4. Bom dia!
    Vivo numa casa geminada com outra. O vizinho colocou a caldeira do aquecimento junto da parede que divide as duas casas. A caldeira faz muito barulho que se propaga para dentro da minha habitação. É um inferno! Ainda esta noite, quase que não dormi nada.Ele tem hipótese de a colocar na parede oposta que dá para uma rampa de garagem, tal como fiz com a minha. Já falei com ele, mas ainda me responde de forma grosseira. Não sei o que hei-de fazer. Já chamei uma vez a polícia, mas ele nem lhes abriu a porta. O que me aconselham? Obrigada.
  5. Colocado por: Helena PereiraBom dia!
    Vivo numa casa geminada com outra. O vizinho colocou a caldeira do aquecimento junto da parede que divide as duas casas. A caldeira faz muito barulho que se propaga para dentro da minha habitação. É um inferno! Ainda esta noite, quase que não dormi nada.Ele tem hipótese de a colocar na parede oposta que dá para uma rampa de garagem, tal como fiz com a minha. Já falei com ele, mas ainda me responde de forma grosseira. Não sei o que hei-de fazer. Já chamei uma vez a polícia, mas ele nem lhes abriu a porta. O que me aconselham? Obrigada.


    Eu acho que deviam tirar a reforma ao seu vizinho.
  6. Colocado por: AMG1O meu salario nunca foi pago pelo estado, logo nunca votei a pensar em quem me ia aumentar o salário.
    O AMG1 sabe bem que não foi ao sentido literal que aludi. O AMG1 é que falou em apoiar uma das duas soluções elencadas, imagino eu que se referia a apoiar medidas ou estratégias governativas, ou não?
    O estado pode não me pagar diretamente o salário, mas tem uma influência bastante preponderante quer na criação das condições que permitem um maior ou menor desenvolvimento económico e criação de riqueza, na quantidade de dinheiro que nos fica no bolso após pagar os impostos, condições laborais que temos, etc.
    Colocado por: AMG1Os aumentos que tive foram sempre negociados com quem o pagava e não creio que alguma vez tenham pedido qualquer ajuda ao estado, independentemente do partido que estivesse no poder.

    Colocado por: AMG1Obviamente que nem todos temos a mesma capacidade negocial

    O que vale é que o AMG1 levanta a questão e dá a resposta. O poder de negociação de um quadro qualificado, não é o mesmo do de um trabalhador braçal.
    Depois há outras questões, que têm a ver com a conjuntura económica, com as leis laborais, com a cultura empresarial, que bloqueiam ou diminuem de forma significativa o poder negocial dos trabalhadores, mas eu penso que o AMG1 sabe bem disso.
    Colocado por: AMG1Se o trabalhador se acha mal pago, o caminho é procurar melhor, se não encontar isso pode ser sinal de que afinal não está mal pago.
    Procurar melhor é o que os nossos jovens, sobretudo os mais qualificados estão a fazer....fora de Portugal. Apesar de, a confiar nas suas palavras; aqui nem estarem a ser mal pagos :).

    Colocado por: AMG1Depois temos a contratação coletiva que deve cumprir o seu papel e que infelizmente não o tem feito como devia. Do meu ponto de vista é aqui que se deve apostar e onde os governos podem influenciar alguma coisa e tambem não o têm feito, muito pelo contrário.
    Totalmente de acordo neste ponto.

    Colocado por: AMG1Não é segredo para ninguém que muitas das nossas empresas conseguem rentabilidades miseráveis pelo que não admira que só possam pagar salários miseráveis.
    Já neste discurso….tenho algumas reservas.
    Nos dois últimos anos os sectores da banca, e das petrolíferas tiveram lucros históricos, sabe-me dizer se o refletiram devidamente na remuneração aos trabalhadores?
    Outra coisa que não entendo é: Os nossos hiper estão tão ou mais caros que os Espanhóis, e Franceses. Sendo assim porque é que os seus funcionários não auferem os mesmos rendimentos que nos dois países mencionados? Somos menos produtivos cá?
    Será que os funcionários dos hotéis em Lisboa recebem o mesmo que os seus colegas de profissão de Madrid ou Barcelona?
  7. Colocado por: rjmsilvaSó destila inveja neste tópico.
    Agora que partiu para a ofensa pessoal, sente-se melhor rjmsilva? O Rui sente que o seu ponto de vista ficou validado por dizer que eu destilo inveja? É esse o seu argumento sem rebate possível?
    Já por diversas vezes troquei argumentos com o rjmsilva em diversos tópicos, não me lembro de algum dia ter partido para a ofensa pessoal. Já o Rui, não é a primeira vez que o faz. Acho que lhe fica mal, e não lhe confere a razão que acha que tem, muito pelo contrário até.

    Relativamente à acusação, obviamente que não posso concordar com ela. Não me importa nada as condições de reforma, pré-reforma, dispensa paga, reserva, etc… de ninguém, desde que não tenham de me vir ao bolso para manter esses “direitos adquiridos”. A partido do momento em que me vêm ao bolso, prejudicando o meu bem-estar e o bem-estar da minha família, desculpe lá, mas sinto-me legitimado a ter uma posição formada sobre o assunto.
    As minhas críticas não têm a ver com inveja, mas com justiça. O que não pode acontecer é em nome de uma solidariedade inter-geracional (que deve sempre existir), estar a exigir a uma geração que está no ativo um esforço completamente desproporcional para manter “direitos adquiridos” que são insustentáveis e dos quais nunca vão beneficiar.
    Tem de se promover uma equidade inter-geracional entre o esforço contributivo exigido aos trabalhadores passados e atuais e os benefícios atribuídos aos pensionistas atuais e futuros.
    No seu entender existe um limite em termos de % de PIB que pode ser canalizado para cobrir o défice da CGA, a partir do qual têm de se operar reformas. Ou mantém-se tudo como está e o OE para o que tiver de pagar?
    Volto a perguntar, quando em 2005, de operou esta mudança de regime contributivo dos FP, ficou logo claro para todos os contribuintes desde logo que seria o OE a suportar eventuais défices da CGA, ou também foi vendida a ideia que o fundo estava devidamente capitalizado para assegurar as pesões presentes e futuras?
    • Carvai
    • 28 fevereiro 2024 editado
    Colocado por: HAL_9000Outra coisa que não entendo é: Os nossos hiper estão tão ou mais caros que os Espanhóis, e Franceses. Sendo assim porque é que os seus funcionários não auferem os mesmos rendimentos que nos dois países mencionados? Somos menos produtivos cá?
    Será que os funcionários dos hotéis em Lisboa recebem o mesmo que os seus colegas de profissão de Madrid ou Barcelona?

    Se a VW pagasse aos operários da AutoEuropa o mesmo que paga nas fábricas na Alemanha, esta já não existia. E os carros lá montados até são vendidos mais caros em Portugal.
  8. Colocado por: Carvai
    Se a VW pagasse aos operários da AutoEuropa o mesmo que paga nas fábricas na Alemanha, esta á não existia
    Quer com isso dizer que os trabalhadores cá são menos produtivos que os da Alemanha?
  9. Colocado por: HAL_9000gora que partiu para a ofensa pessoal, sente-se melhor rjmsilva? O Rui sente que o seu ponto de vista ficou validado por dizer que eu destilo inveja? É esse o seu argumento sem rebate possível?


    1400 posts e o seu registo é sempre o mesmo. Todos os outros são privilegiados.

    Ninguém lhe está a ir ao bolso. Você paga os impostos que tem que pagar. Os governos eleitos decidem o que fazer a esse dinheiro.
  10. Colocado por: rjmsilva1400 posts e o seu registo é sempre o mesmo.
    Se não gosta passe ao lado. Reparo que o seu registo também não deixa de ser consistente.

    Colocado por: rjmsilvaTodos os outros são privilegiados.
    Leia lá outra vez os meus posts, vai ver que na minha opinião não são nada todos.

    Colocado por: rjmsilvaOs governos eleitos decidem o que fazer a esse dinheiro.
    Precisamente. O propósito do tópico não era trocar opiniões, se decidem bem ou mal? Eu considero que decidem mal, e sendo assim obviamente que sinto que me estão a ir ao bolso, e tendo em conta que isto chegou aos 1400 posts como disse, não devo ser o único.
  11. Colocado por: HAL_9000Quer com isso dizer que os trabalhadores cá são menos produtivos que os da Alemanha?

    No outro dia estive a falar com um colega meu sobre isso.
    Acho que os portugueses são dos mais produtivos da europa ao nivel do kg produzidos/hora, n peças montadas/hora, m2 de parede assente/hora... não é à toa que somos conhecidos pelo desenrascanso.
    Mas depois essas coisas produzidas valem muito pouco o que leva a que a nossa produtividade seja em €/hora seja muito baixa.
    A juntar a isso parece que o país quer apostar é no turismo que pouco valor acrescentado gera.
  12. Colocado por: Dias12Mas depois essas coisas produzidas valem muito pouco o que leva a que a nossa produtividade seja em €/hora seja muito baixa.
    Eu percebo isso, contudo estavamos a falar de uma fábrica da Volkswagen, que terá fábricas semelhantes na Alemanha, e em outros países da europa. Neste caso as coisas produzidas deveriam ter um valor semelhante.

    O mesmo para o exemplo dos hiper e hoteis que falei, Nesses casos específicos, não me faz grande sentiso o argumento da fraca produtividade.
  13. Colocado por: HAL_9000Eu percebo isso, contudo estavamos a falar de uma fábrica da Volkswagen, que terá fábricas semelhantes na Alemanha, e em outros países da europa. Neste caso as coisas produzidas deveriam ter um valor semelhante.

    Aqui o problema não é a produtividade, a questão é porquê ter uma fábrica a milhares de Kms dos locais de fornecimento da maioria dos componentes e a outros tantos dos locais de venda do produto final. Se não fossem os salários mais baixos acham que a fábrica ainda existia?
  14. Colocado por: CarvaiSe não fossem os salários mais baixos acham que a fábrica ainda existia?
    Pronto era isso que estava a dizer ao AMG1, a produtividade ou rentabilidade nem sempre é o factor determinante para o valor dos salários.
    • AMG1
    • 28 fevereiro 2024
    Colocado por: HAL_9000O AMG1 sabe bem que não foi ao sentido literal que aludi. O AMG1 é que falou em apoiar uma das duas soluções elencadas, imagino eu que se referia a apoiar medidas ou estratégias governativas, ou não?
    O estado pode não me pagar diretamente o salário, mas tem uma influência bastante preponderante quer na criação das condições que permitem um maior ou menor desenvolvimento económico e criação de riqueza, na quantidade de dinheiro que nos fica no bolso após pagar os impostos, condições laborais que temos, etc.


    O que vale é que o AMG1 levanta a questão e dá a resposta. O poder de negociação de um quadro qualificado, não é o mesmo do de um trabalhador braçal.
    Depois há outras questões, que têm a ver com a conjuntura económica, com as leis laborais, com a cultura empresarial, que bloqueiam ou diminuem de forma significativa o poder negocial dos trabalhadores, mas eu penso que o AMG1 sabe bem disso.
    Procurar melhor é o que os nossos jovens, sobretudo os mais qualificados estão a fazer....fora de Portugal. Apesar de, a confiar nas suas palavras; aqui nem estarem a ser mal pagos :).

    Totalmente de acordo neste ponto.

    Já neste discurso….tenho algumas reservas.
    Nos dois últimos anos os sectores da banca, e das petrolíferas tiveram lucros históricos, sabe-me dizer se o refletiram devidamente na remuneração aos trabalhadores?
    Outra coisa que não entendo é: Os nossos hiper estão tão ou mais caros que os Espanhóis, e Franceses. Sendo assim porque é que os seus funcionários não auferem os mesmos rendimentos que nos dois países mencionados? Somos menos produtivos cá?
    Será que os funcionários dos hotéis em Lisboa recebem o mesmo que os seus colegas de profissão de Madrid ou Barcelona?


    Óbviamente que não estava a pensar em nenhum partido/governo, mas numa solução para o problema. Tal como escrevi não concordo que o estado possa ou deva fixar salarios, para além do smn, mas claro que como também disse deve criar condições para facilitar a negociação entre trabalhadores e empresas, que levem a um aumento dos salários.
    Por vezes parece que o HAL_9000 acha que o estado deve ser assim uma espécie estado soviético, que tudo pode e tudo deve, mas apenas naquilo que lhe convém. Por exemplo, neste tema das pensões. O HAL_9000, como considera que o estado não vai ter condições de lhe pagar uma pensão igual à que paga aos actuais pensionistas, acha que o estado deve reduzir desde já as pensões dos actuais reformados. Ou seja, o estado não deve defraudar as suas justas aspirações a ter uma pensão decente, mas já pode romper o compromisso que tem com os reformados que estão a receber o que lhes atribuiram com base nas contribuições que já fizeram.
    Nenhum direito vale mais do que o outro e quando são conflituantes têm de ser arbitrados. Se a questão se colocar, como aconteceu nos tempos da Troyca, a solução é (e bem) dividir os sacrificios por todos de forma o mais equitativa possivel sabendo nós, porque não vivemos em marte, que essa distribuição será sempre injusta para alguns.
    Numa coisa você tem razão, mas é também aquela em que temos todos, o estado deve procurar evitar situações de injustiça relativa entre activos e pensionistas, ou entre qualquer outro grupo social e isso nem sempre acontece...pois os governantes são só uma emanação do povo que governam, nada mais do que isso.
    Não pense que para mim não possa vir a fazer sentido reduzir pensões, mas para já e ao contrário de si, estou muito, mas mesmo muito longe de concluir que isso é uma inevitabilidade, mas isto sou eu que sou dificil de convencer, ou pelo menos preciso de mais do que um montão de treta bem embrulhada em conversa mole, vendida como se fosse ciência incontestada, quando amiúde não passam de opiniões e não raras vezes a mera expressao de interesses até pouco disfarçados.
    Agora quanto à subida dos salários, o que um futuro governo pode fazer (e já não era pouco) seria reequilibrar os termos da negociação colectiva, mas olhe que também não era isso que ia garantir automaticamente aumentos de salário para ninguém. Esses aumentos tem de emergir da negociação entre as partes e a iniciativa dessa negociação já se sabe de quem tem de ser, se os trabalhadores não tomarem a inicitiva, bem podem esperar sentados.
    Claro que há empresas que podem pagar muito melhores salários do que pagam, mas esses casos não me preocupam. Se podem e não pagam, isso só significa que os seus trabalhadores não se acham mal pagos, senão reivindicavam-nos.
    Preocupam-me as outras, as PME onde está a esmagadora maioria do emprego, que salvo honrosas excepções, boa parte delad têm modelos de negócio pouco eficientes e uma gestão incapaz de as fazer sair dessa situação. Muitas são mesmo incapazes de criar riqueza suficiente para pagaram salarios melhores, aliás, nalguns casos só sobrevivem mesmo devido aos baixos salários.
    Confesso que não percebo onde quer chegar com a demagogia (desculpe lá se a palavra é demasido forte) dos Bancos ou de outras grandes empresas não dividirem com os seus trabalhadores os lucros fabulosos, quando o HAL_9000 sabe perfeitamente que são essas empresas que, em regra, tambem pagam melhor aos seus funcionários.
    Salarios elevados e sustentaveis só podem resultar de rentabilidades elevadas, por isso o ideial seria que todas tivessem altas rentabilidades, mas não embarco na treta de que bastava isso para começarem logo a pagar melhor. Essa alteração ocorre no mercado e na capacidade (e habilidade) negocial de cada uma das partes envolvidas e o estado deve interferir o menos possivel nisso, define as regras e deixa os jogadores jogar o jogo, depois até pode intervir como árbitro em situações muito específicas, mas que devem ser mesmo muito pontuais e apenas justificáveis quando estiverem em causa abusos de direito por qualquer das partes, ou prejuizo injustificaveis de terceiros.
    Nas democracias liberais, o estado até pode ser mais ou menos interventivo na economia, mas em nenhum caso se deve substituir aos actores em presença, até porque com isso esta a cercear a liberdade desses actores agirem livremente na defesa dos seus legitimos interesses. As democracias do norte da europa não foi a fixar salários que se tornaram nas economias mais produtivas e também não é por isso que deixam de os ter bem mais elevados do que os nossos.
    • AMG1
    • 28 fevereiro 2024
    Colocado por: HAL_9000Pronto era isso que estava a dizer ao AMG1, a produtividade ou rentabilidade nem sempre é o factor determinante para o valor dos salários.


    Claro que são um factor essencial, mas por si só, não determinam nada. Mas também não pode, nem deve, ser o governo a determinar a tabela salarial dessas empresas.
    Vamos la ver estes dois exemplos.
    Auto Europa. Acho que o Carvai disse tudo, os salários mais baixos em Portugal representam uma vantagem competitiva e sem essa vantagem haveria outras localizações para a VW colocar a fábrica. Depois este tipo de empresas, embora exporte muito, o contributo liquido para a economia fica-se pelos salarios, que tendem a ser bons, para os padrões locais, e na compra de alguns componentes à industria nacional, o lucro é obviamente exportado e a geogafia das sinergias possiveis são determinadas pela VW e não pela Auto Europa. Claro que na base destes grandes polos se desenvolvem serviços e industrias de apoio a estas unidades e que depois se podem autonomizar e isso até tem acontecido. A fileira automóvel já tem um peso bastante razoável na insdustria nacional, mas a Auto Europa é uma empresa alemã, os carros que vende continuam a ser alemães, ainda que produzidos/montados em Palmela. O que precisamos é de um carro Português, só assim teriamos acesso ao verdadeiro valor acrescentado resultante de produzir um carro.
    Ja com a grande distribuição, a situação é muito diferente. O seu negócio é comprar o mais barato que conseguem e vender o mais caro que podem, ou como costuma dizer a minha mulher, são meros merceeiros, iguais ao pai do Manelinho (da Mafalda) só que bem mais espertos.
    Eu não conheço o peso dos salários na estrutura de custos dessas empresas, mas não me custa nada admitir que esse peso será bem maior em Espanha ou em França do que em Portugal. Ora se os produtos sao vendidos ao mesmo preço, ou as empresas portuguesas são muito menos eficientes na operação do que as suas congéneres, ou piores compradoras, ou então têm melhores lucros. Confesso que não sei o suficiente do negocio para dizer qual a opção certa, mas admitindo que têm mais lucro do que as suas congéneres, parece óbvio que podem pagar melhor, então porque não o fazem?
    Porque pura e simplesmente, não precisam, já que continuam a ter disponivel a mão de obra de que necessitam pelo preço que estão dispostos a pagar. Haverá quem ache que o estado deveria neste caso intervir e obrigar as empresas a pagar mais, mas não é o meu caso.
    Os trabalhadores dessas empresas, se acham que estão a ser mal pagos, que se organizem para reivindicar o que considerarem justo e agirem em conformidade com a resposta que tiverem.
    Na sociedade existem interesses muito divergentes, sem que nenhum tenha de ser mais legitimo ou digno do que o outro. Depois todos sabemos que ninguém dá nada de borla a ninguém. Então porque razao haveriam as empresas da grande distribuição dar aumentos a quem não os exige, só se fosse por caridade cristã, que não me parece ser um bom argumento, para justificar aos acionistas lucros mais magros.
  15. Colocado por: AMG1Óbviamente que não estava a pensar em nenhum partido/governo, mas numa solução para o problema
    Qual solução? Aumentar salários? Nisso, penso que não haverá por aqui ninguém que discorde. O foco é como? O AMG1 também não o diz, assim parece a Mariana Mortágua.
    As estratégias governativas não têm qualquer influência nessa solução? A nossa economia está estagnada há 20 anos devido a estratégias governativas, ou por culpa das nossas empresas? Qual é a diferença entre Portugal e os países do leste europeu que têm crescido bem mais que nós? Acha isso poderá ter a ver com algumas políticas governativas ou será somente pelas estratégias empresariais?
    Colocado por: AMG1Tal como escrevi não concordo que o estado possa ou deva fixar salarios, para além do smn,
    Nem eu disse tal coisa.

    Colocado por: AMG1Por vezes parece que o HAL_9000 acha que o estado deve ser assim uma espécie estado soviético, que tudo pode e tudo deve, mas apenas naquilo que lhe convém.
    Desculpe lá AMG1, alguém além do estado pode operar reformas no sistema de pensões? Pois se é ao estado que compete a gestão da SS, só ele o pode fazer, é uma incumbência que lhe está atribuída pelos cidadão…Não sei de onde veio essa do estado soviético… Simplesmente manifesto o meu desacordo com a inércia do estado neste tema.

    Colocado por: AMG1O HAL_9000, como considera que o estado não vai ter condições de lhe pagar uma pensão igual à que paga aos actuais pensionistas, acha que o estado deve reduzir desde já as pensões dos actuais reformados. Ou seja, o estado não deve defraudar as suas justas aspirações a ter uma pensão decente, mas já pode romper o compromisso que tem com os reformados que estão a receber o que lhes atribuiram com base nas contribuições que já fizeram.
    Primeiro, não me viu aqui defender que “o estado deve reduzir desde já as pensões dos actuais reformados.”, o que eu defendo é outra coisa:
    1- O sistema atual de pensões sendo insustentável (como as previsões apontam), tem de ser reformado. Ou pelo menos deve-se fazer um debate sério sobre como tornar o sistema sustentável.
    2- Terei defendido por aqui que não me faz sentido que as pensões sejam atualizadas à taxa de inflação, quando os rendimentos do trabalho não o são. Faria muito mais sentido que a atualização das pensões estivesse indexada ao aumento do salário médio, do que à inflação.
    Defender isto é muito diferente de defender cortes nas pensões.
    Depois segundo depreendo das suas palavras, o estado para não “romper o compromisso que tem com os reformados que estão a receber o que lhes atribuiram com base nas contribuições que já fizeram” pode colocar em causa o compromisso que também tem para com as gerações mais jovens, que estão sujeitas a um elevado esforço fiscal e, portanto, tem “justas aspirações a ter uma pensão decente” é isso?
    Eu ao defender uma reforma do sistema apenas pretendo que seja assegurada o mais possível uma equidade inter-geracional, e não beneficial alguma das gerações em Particular.

    Colocado por: AMG1Não pense que para mim não possa vir a fazer sentido reduzir pensões, mas para já e ao contrário de si, estou muito, mas mesmo muito longe de concluir que isso é uma inevitabilidade, mas isto sou eu que sou dificil de convencer,
    Certo, só que o AMG1 da mesma maneira que não acha que isso é uma inevitabilidade, também não apresenta nenhuma verdadeira solução. Fala em aumentar os salários, pois aí estamos de acordo. Mas e entretanto?

    Colocado por: AMG1Esses aumentos tem de emergir da negociação entre as partes e a iniciativa dessa negociação já se sabe de quem tem de ser, se os trabalhadores não tomarem a inicitiva, bem podem esperar sentados.
    Acha que os trabalhadores negoceiam pouco, é isso? Que não se sentem mal pagos? Nos últimos 5 anos, o que mais ouço dizer é : “os jovens emigram”, “os portugueses não querem é trabalhar” nesta ou naquela área, “as empresas têm dificuldade em atrair e reter talento”, etc…
    Isto tudo levou a aumentos significativos de rendimentos? Ou pelo contrário, levou a que se importasse mão de obra precisamente para manter os salários baixos? Ou levou a que a precarização se tivesse acentuado, precisamente para retirar poder negocial aos trabalhadores? As políticas governativas quer na emigração, quer na precarização laboral, não têm nenhuma influência?
    A negociação por si só, no nosso país, aparentemente também não garante aumentos salariais. Ainda que eu concorde consigo numa coisa, a negociação coletiva continua a ser uma das maiores armas para garantir melhores condições laborais e de remuneração.


    Colocado por: AMG1Confesso que não percebo onde quer chegar com a demagogia (desculpe lá se a palavra é demasido forte) dos Bancos ou de outras grandes empresas não dividirem com os seus trabalhadores os lucros fabulosos, quando o HAL_9000 sabe perfeitamente que são essas empresas que, em regra, também pagam melhor aos seus funcionários.
    O AMG1 estava a dizer que as empresas também não pagam melhor, porque têm fraca rentabilidade. Eu apenas perguntei se as empresas desses sectores partilharam a sua excelente rentabilidade de forma justa com os seus funcionários, foi só isso. O facto de serem as empresas que pagam melhor aos seus funcionários, não quer dizer que paguem bem, tendo por base a miséria que se ganha por cá.

    Colocado por: AMG1As democracias do norte da europa não foi a fixar salários
    A única pessoa que falou em fixar salários foi o AMG1, não eu. Mas diga-me uma coisa essas “democracias do norte da europa” tomaram algumas medidas estratégicas que levaram a que a sua economia se desenvolvesse como desenvolveu, ou limitaram-se a cobrar impostos e distribuir misérias, e por pura sorte as empresas tornaram-se altamente rentáveis?
 
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