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  1.  # 21

    Colocado por: altarNo sapo, por exemplo, vende-se casas usadas iguais à minha desde 140.000 a 150.000
    Vendem-se , não.
    Estão à venda!
  2.  # 22

    E nem vão baixar muito. As minhas razões para que não baixem:


    Dê tempo ao tempo. Neste momento ainda se estão a tentar escoar coisas construídas em terrenos comprados há anos, e que portanto têm incorporados os custos "à antiga".
    Daqui a uns tempos é possível que os preços dos solos caiam, e que isso arraste outros factores para baixo. A mão-de-obra também vai ser pressionada para baixo (desemprego oblige..)
  3.  # 23

    Colocado por: luisvvA mão-de-obra também vai ser pressionada para baixo (desemprego oblige..)
    Nesta parte é que não estou de acordo.
    Como o Estado precisa de receitas e com a fiscalização a apertar, vai é deixar de ser a balda que era:
    - Com imigrantes ilegais a ganhar 15-20€/dia;
    - Com pessoal a receber subsídio de desemprego e a trabalhar «no escuro» em biscates;
    - Com empresas sem alvará a construirem moradias;
    - etc.
    •  
      FD
    • 21 dezembro 2009

     # 24

    Colocado por: Luis K. W.É este o raciocínio típico do português-que-não-sabe-matemática, ou que não faz contas a longo prazo. :-))

    É tão simples e claro como água...

    Aliás, as contas que quem quer vender e não consegue faz, optando por arrendar, ainda são piores.
    O princípio é o normal: prestação do banco = renda da casa.

    Ora o que é que isto vai originar? Que quem arrenda a casa só possa ser quem não a consegue comprar... se não a consegue comprar é porque o banco disse que não. São muito raras as pessoas que arrendam quando podem comprar pelo mesmo preço - a tal história de que "pelo menos estou a pagar uma coisa minha".
    Se o banco disse que não é porque existe algum risco de incumprimento.
    O que é que vai acontecer, alguém adivinha? Está-se a arrendar a pessoas de risco que, em princípio, em algum momento, vão deixar de pagar a renda.

    Para mim, o oposto do que normalmente se faz é muito melhor: arrendar mais barato e mais rápido mas com garantias de cumprimento.

    Exemplo. Tenho uma casa que custa 100.000€ e que não consigo vender. As minhas opções são:
    -> somo todos os custos (prestação + seguros + condomínio + IRS + IMI + taxa de saneamento) e digo que esse é o valor da renda (600€)
    -> somo todos os custos e "faço de conta" que estou a constituir um PPR, retirando 10% ou 20% do total (480€)

    Na segunda hipótese, posso escolher a quem quero arrendar, porque sendo a renda mais baixa, terei mais pretendentes e, como tal, fico com menos risco de incumprimento.
    Ao mesmo tempo arrendarei a casa rapidamente eliminando os custos relacionados com o facto de estar a pagar ao banco e não estar a receber. Se o arrendatário decidir sair, voltarei a arrendar rapidamente porque, mais uma vez, a renda será das mais baratas disponíveis no mercado. Da mesma forma, sei que vou arrendar a pessoas que vão permanecer na casa durante mais tempo porque sabem que não arranjarão mais barato.

    A curto prazo perde-se (algum) dinheiro mas, a longo prazo ganha-se. E não esquecer que se arrendar por um valor inferior, pagarei menos IRS.
  4.  # 25

    Colocado por: FDE não esquecer que se arrendar por um valor inferior, pagarei menos IRS.
    O problema, FD, é que quando as pessoas pagam mais 800€ de IRS por terem um rendimento 4.000€ superior, acham que estão a perder dinheiro (só vêem o dinheiro que pagam, esquecendo-se do que recebem a mais).
  5.  # 26

    Nesta parte é que não estou de acordo. Como o Estado precisa de receitas e com a fiscalização a apertar, vai é deixar de ser a balda que era: Com imigrantes ilegais a ganhar 15-20€/dia; com pessoal a receber subsídio de desemprego e a trabalhar «no escuro» em biscates; Com empresas sem alvará a construirem moradias;


    Dê tempo ao tempo. O desemprego faz milagres. Da mesma forma que os preços dos solos tenderão a descer, os restantes factores também serão pressionados.
  6.  # 27

    pois, essa coisa de arrendar é muito lindo, e dava para pagar a prestação desta casa "velha" que não consigo vender

    mas o pior é que teria que pedir 190.000 euros na totalidade ao banco pela compra da nova casa

    isso só faz quem tem dinheiro, uma boa poupança, para dar de entrada pela nova casa

    tenho algum dinheiro, mas ainda assim insuficiente, continuava a precisar de pedir bastante ao banco

    a minha poupança poderia ser mais, se eu não tivesse 2 filhos

    solução ? ter filhos muito tarde, ou nenhum, ir juntando dinheiro

    Os jovens hoje em dia também estão em muitos maus lençóis
    • luisvv
    • 21 dezembro 2009 editado

     # 28

    Colocado por: Luis K. W.O problema, FD, é que quando as pessoas pagam mais 800€ de IRS por terem um rendimento 4.000€ superior, acham que estão a perder dinheiro (só vêem o dinheiro que pagam, esquecendo-se do que recebem a mais).


    Exemplo:
    Determinado prédio tem uma renda de uma antena, 6000 euros/ano. Dividido pelos 10 condóminos, cerca de 600 a cada, que abatem nas despesas e reduzem a quota mensal.
    Confrontados com a obrigação de declararem esse rendimento, a 1ª reacção (de todos e cada um deles..) foi: "mas eu não recebi nada, isso é do condomínio!"; a 2ª reacção foi: " então vale mais acabar com a antena" (juro-vos..):
    •  
      FD
    • 21 dezembro 2009

     # 29

    Colocado por: altarisso só faz quem tem dinheiro, uma boa poupança, para dar de entrada pela nova casa

    Não é bem assim. Sempre pode fazer uma segunda hipoteca.

    Se a casa vale (é avaliada pelo banco) 132.000€ e só deve, por exemplo, 75.000€, faz a segunda hipoteca pelo valor que o banco lhe quiser emprestar e usa esse dinheiro para comprar a nova.
    Você é que tem que ver a que é que está disposto.

    Exemplificando:
    -> casa vale 100
    -> você deve 50
    -> o banco empresta sobre 80% do valor da casa, 80
    -> 80 (empréstimo) - 50 (o que já deve) = 30
    -> fica com 30 líquidos

    Os problemas são alguns:
    -> taxa de esforço
    -> duas prestações, uma com risco associado

    Mas, desde que no banco estejam dispostos e você tenha um risco baixo, é possível conseguir um bom compromisso - mas é sempre preciso que o banco queira.
  7.  # 30

    Eu vivia numa moradia em banda com 180m2, e como sempre tive o sonho de ter uma moradia de 4 frentes, assim que surgiu uma boa aportunidade de negócio comprei um terreno com 540m2 (18m frente). Depois de procurar a melhor solução em termos de arquitectura e construção coloquei a minha moradia à venda e só depois de a vender é que comecei a andar com o projecto (não gosto de "pôr o carro à frente dos bois"). Depois de muitas visitas tanto a título particular como através de imobiliárias, acabei por vender a título particular ao fim de 5 meses, mas também fiz por isso já que os senhores que compraram a moradia tinham um apartamento para vender ou arrendar e eu propus-lhes ficar no apartamento deles até a minha moradia ficar pronta a habitar (entre preparar o projecto, ser aprovado, e a construção, etc.. julgo que deve demorar cerca de 18 meses), por um valor acima do de mercado, nesta zona o aluguer de um t2 ronda os 300€ e eu pago 400€, o que fez toda a diferença entre vender ou não, mas se virmos bem o que eu vou gastar a mais nesses 18 meses não passa de um desconto na venda da casa de 1800€, ou seja, vendi a casa por 135000€ mas faz de conta que vendi por133200€. Quando eu for para a minha casa os senhores podem sempre voltar a alugar ou então se o mercado estiver melhor podem até vender. De salientar que o valor da prestação do empréstimo que eles pagam do apartamento é 225€ portanto fizeram um óptimo negócio. De frizar também que uma moradia como a que eu vendi, nesta zona ronda os 150000€. A minha experiencia diz-me que tudo se vende desde que tenhamos noção do mercado e façamos alguns sacrificios.

    Desculpe o longo comentário, mas acho que pode ser útil e se enquadra perfeitamente na discussão.

    Bons projectos para todos.
    •  
      MRui
    • 21 dezembro 2009

     # 31

    Colocado por: luisvvComo dizia o presidente da APEMIP, 75% dos imóveis só estão à venda nas cabeças dos seus donos, tais são os preços.

    No caso dos usados, eu diria 99%.
    •  
      MRui
    • 21 dezembro 2009

     # 32

    Colocado por: luisvvDaqui a uns tempos é possível que os preços dos solos caiam

    Neste momento não há muitos terrenos para construir (refiro-me a lociais que contam para o totobola) e as empresas que se dedicam a urbanizar terrenos para venda de lotes estão paradas a aguardar o fim da crise. Quando voltarem a urbanizar vai ser a preços superiores aos actuais.

    Isto não é a minha opinião, é o que me dizem os administradores dessas empresas.
  8.  # 33

    Colocado por: MRui Neste momento não há muitos terrenos para construir (refiro-me a lociais que contam para o totobola) e as empresas que se dedicam a urbanizar terrenos para venda de lotes estão paradas a aguardar o fim da crise. Quando voltarem a urbanizar vai ser a preços superiores aos actuais


    Isso logo se vê. É preciso ver quanto tempo se aguentam parados - porque ao contrário do que parece ser a expectativa generalizada, não se trata de uma nuvem passageira, mas de uma quebra potencialmente prolongada. O motor da construção é o crédito, e sem crédito não se vende nem compra.
  9.  # 34

    (refiro-me a lociais que contam para o totobola)

    Não sei o que considera locais que contam para o totobola, mas eu acho que para comprar é das melhores alturas. Pelo menos eu só agora, ao fim de 10 anos a procurar é que consegui comprar um lote a meio caminho de 2 cidades (6 km de Santa Maria da Feira e 6 km de Ovar) a um preço que eu penso ser o justo para um lote com 540m2 (18mx30m).
  10.  # 35

    SusaGuedes,
    Gostei da sua intervenção mas ...
    Colocado por: susaguedes... até a minha moradia ficar pronta a habitar (entre preparar o projecto, ser aprovado, e a construção, etc.. julgo que deve demorar cerca de 18 meses),...

    Quem lhe disse isto?
    O Arquitecto que vai levar 18meses a conseguir concluir e aprovar o projecto?
  11.  # 36

    Eu não disse que o arquitecto ía levar 18 meses a concluir o projecto, disse sim que ía levar 18meses até que a moradia estivesse pronta, incluindo o projecto e a aprovação.
  12.  # 37

    não percebi se achou muito ou pouco tempo????
  13.  # 38

    Colocado por: luisvv
    O motor da construção é o crédito, e sem crédito não se vende nem compra.


    Nas casas da gama média-baixa ( abaixo de 200.000 euros ) é um bocado parecido com pescadinha de rabo-na-boca

    Eu tive quase um comprador, mas este tinha uma casa à venda por 70.000, ele não vendeu a dele e portanto não comprou a minha, e por minha vez eu não comprei a nova

    mesmo os que estão abaixo da cadeia, aquela de 70.000 ou 60.000, os bancos não emprestam a quem quer comprar. 70% disso equivale a muitas famílias terem um bom pé de meia para conseguirem comprar

    E já viram os Spreads ? tudo à volta de 1 % ???

    Tive colegas que venderam/compraram no início de 2009.....agora as coisas mudaram muito

    As empresas de construção não vendem, os trabalhadores da construção civil andam no desemprego
    •  
      MRui
    • 21 dezembro 2009

     # 39

    Colocado por: susaguedesNão sei o que considera locais que contam para o totobola

    Eu não considero nada, o "mercado" é que considera.

    Colocado por: susaguedesnão percebi se achou muito ou pouco tempo????

    Sei que a pergunta não era para mim, mas... digamos que é um prazo optimista.
  14.  # 40

    Colocado por: susaguedesnão percebi se achou muito ou pouco tempo????
    Pouco, claro.
    Digamos que os 18meses não é nada de extraordinário, mas só se tudo correr bastante bem.
    A moradia que construí mais depressa (uns 8 meses) foi a que teve um projecto que levou mais de 2 anos a ser elaborado e aprovado.
    Mas era de uma enorme simplicidade (arquitectónica) e numa autarquia em que a eficiência até afligia!
 
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