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  1.  # 61

    Difícil de dizer. Não é um problema simples dada a dimensão dos mercados. Muitos analistas são da opinião que a União Europeia deve tomar medidas urgentes para regular o preço do CO2, pois isso está ao alcance deles e tem tido um papel tão importante quanto o preço do gás.
    Também há quem defenda que o próprio modelo de mercado marginalista, em que toda a energia é paga ao preço do mais caro, é que tem de ser repensado de forma a integrar a crescente importância das renováveis.
  2.  # 62

    Colocado por: ruicarlovTambém há quem defenda que o próprio modelo de mercado marginalista, em que toda a energia é paga ao preço do mais caro, é que tem de ser repensado de forma a integrar a crescente importância das renováveis.

    Isto parece-me elementar. Claro que mexer em ganhos garantidos de muita gente vai fazer doer, mas o princípio actual é ridículo :-(
    Isto em conjunto com a estabilidade no nuclear parece-me o caminho.

    Se uma central tem um custo constante de "X€/MWh" e normalmente opera com uma margem de lucro de "Y", porque é que tem de passar a ter uma margem de "10Y"? Sem ter alterado nada no que está a produzir e como o está a fazer?
  3.  # 63

    Colocado por: coelhinho78O problema da fusão é que faltam 30 anos e daqui a 30 anos ainda faltarão 30 anos.


    Ou como se costuma dizer, a fusão nuclear está sempre a apenas 30 anos de distância.
  4.  # 64

    Colocado por: ruicarlovDo ponto de vista unicamente do preço, o nuclear não é assim a bala mágica que vai resolver estes problemas. A França obtém cerca de 75% da sua energia de centrais nucleares. O preço da energia lá está o mesmo exagero do que no resto da Europa.
    Porquê?
    Porque a alternativa a usar nuclear é gás ou carvão, cujos custos estão astronómicos. Se produzir a gás custa 200€/MWh, então o nuclear pode-se dar ao luxo de vender a 190€/MWh pois continua mais barato do que as centrais gás e consegue assim colocar toda a sua energia no mercado, ganhando muito mais dinheiro do que vender a preços justos.

    O carvão não tem um custo astronómico, e a alta do gás é temporária, mas a verdade é que algo tem que assegurar a base do diagrama de carga. As renovaveis, pelas suas caracteristicas (o sol não brilha de noite, o vento não sopra sempre), não podem fazer esse papel (talvez daqui por uns anos, com a evolução das soluções de bateria como as da Tesla, mas mesmo assim parece-me dificil). O nuclear é a outra alternativa para assegurar a base, mas tem os seus próprios problemas (nem falo da segurança, mas uma central nuclear tem que ter uma certa dimensão mínima e tem de haver consumo suficiente para assegurar o escoamento da energia produzida, dado que parar um reactor nuclear tem muito que se lhe diga, e custa caro).

    Qual a solução? O ideal era ter tido calma e planear as coisas com tempo, coisa que a Europa não fez. Andar a antecipar o fecho de centrais a carvão para ganhar votos dá nisto, agora a base é toda gás natural e o preço do ultimo gerador a entrar (mercado marginalista) acaba por ser sempre o das centrais a gás. Agora é aguentar que isto passa, o preço do gás não vai continuar sempre em alta, há vários projectos em desenvolvimento no mundo que vão colocar no mercado quantidades significativas de gás natural nos próximos anos e a lei da oferta e da procura encarregar-se-á de equilibrar as coisas.
  5.  # 65

    Muitos dos preços de energia que se praticam hoje em dia no mercado de bolsa são especulativos.

    O que se passa é que muitos investidores, viram uma grande oportunidade de ter lucros sem grandes riscos e muito mais atrativos que outros investimentos. compram de manha a 10 e venda a tarde a 20.

    As principais comercializadoras, que possuem produção própria, conseguem depois melhores preços finais.

    Atualmente muitas comercializadoras retalhistas, que a principal fonte de compra de energia é o mercado de bolsa, estão com grandes dificuldades em cumprir as suas obrigações (Ex. pagamento dos custos à ERSE). Muitas delas, fazem contratos com os clientes e quando chega a altura de submeter no sistema os mesmos são bloqueados.
  6.  # 66

    Colocado por: AlexRibeiro
    O carvão não tem um custo astronómico, e a alta do gás é temporária, mas a verdade é que algo tem que assegurar a base do diagrama de carga. As renovaveis, pelas suas caracteristicas (o sol não brilha de noite, o vento não sopra sempre), não podem fazer esse papel (talvez daqui por uns anos, com a evolução das soluções de bateria como as da Tesla, mas mesmo assim parece-me dificil). O nuclear é a outra alternativa para assegurar a base, mas tem os seus próprios problemas (nem falo da segurança, mas uma central nuclear tem que ter uma certa dimensão mínima e tem de haver consumo suficiente para assegurar o escoamento da energia produzida, dado que parar um reactor nuclear tem muito que se lhe diga, e custa caro).

    Qual a solução? O ideal era ter tido calma e planear as coisas com tempo, coisa que a Europa não fez. Andar a antecipar o fecho de centrais a carvão para ganhar votos dá nisto, agora a base é toda gás natural e o preço do ultimo gerador a entrar (mercado marginalista) acaba por ser sempre o das centrais a gás. Agora é aguentar que isto passa, o preço do gás não vai continuar sempre em alta, há vários projectos em desenvolvimento no mundo que vão colocar no mercado quantidades significativas de gás natural nos próximos anos e a lei da oferta e da procura encarregar-se-á de equilibrar as coisas.


    Realço esta frase, até porque de certa forma tenho lidado com ela, há um projeto "megalómano" em curso no norte de Moçambique que pelas mais diversas razões pouco tem saído do papel, o andamento do mesmo agora está previso para o Q3 de 2022... -"para o ano é que é"...
  7.  # 67

    Colocado por: AlexRibeiro
    O carvão não tem um custo astronómico, e a alta do gás é temporária, mas a verdade é que algo tem que assegurar a base do diagrama de carga.


    Neste momento tem, tal como o gás. Todos os combustíveis têm subido muito de preço: petróleo, gás, carvão... Dado que o carvão tem maiores emissões de CO2 do que o gás, ainda que a subida de preço do gás possa ter sido mais elevada, quando toca à produção de eletricidade as elevadas emissões de CO2 tornam-no mais caro. Basta olhar para o mercado ibérico para ver que quantidade de energia produzida com recurso a carvão é um ninharia. As centrais estão lá, mas o gás apesar de tudo continua mais barato de usar em muitas centrais de ciclo combinado, logo grande parte das centrais a carvão não estão a trabalhar.
  8.  # 68

    Afinal a EDP comercial parece-me a que terá melhor preços. Vou fazer contrato com eles.
    • AMVP
    • 18 outubro 2021

     # 69

    A informação relativa a quem substitui uma comercializadora que possa vir a sair do mercado pode vir a ser útil para alguém, não é uma notícia agradável mas é o que é.

    https://eco.sapo.pt/2021/10/18/erse-aprova-medidas-extraordinarias-para-atenuar-impacto-dos-precos/
  9.  # 70

    Sim, é mesmo essa uma das funções principais da SU Eletricidade. Há uns 3 anos estive com uma comercializadora que faliu e fui automaticamente passado para a SU. Estranhei não vir uma fatura há mais de 2 meses quando recebo uma carta a dizer que tinha sido transitado para o CUR.
    • AMVP
    • 20 outubro 2021

     # 71

    • hangas
    • 20 outubro 2021 editado

     # 72

    Colocado por: AMVPNao conhecia a solucao mas parece interessante

    https://eco.sapo.pt/2021/10/20/do-alqueva-ao-cabril-do-castelo-de-bode-ao-alto-rabagao-estas-sao-as-barragens-que-vao-ter-paineis-solares-a-flutuar/



    É uma solução que já se ve bastante e resolve varios problemas de uma vez:

    a) Proximidade de linhas de alta tensão para transporte.. já la está toda a infraestrutura da barragem.
    b) Area. usa area que seria inútil para outras coisas, como por exemplo solo agrícola. E totalmente plana.
    c) Está mais protegido de incêndios florestais que instalações no solo
    d) Arrefecimento dos paineis. A proximidade da agua mantem os paineis mais frescos e mais eficientes.
    Concordam com este comentário: Bruno.Alves
    Estas pessoas agradeceram este comentário: AMVP
      Solar-power-UAE-Abu-Dhabi-scaled.jpg
  10.  # 73

  11.  # 74

  12.  # 75

    Colocado por: Wilgahttps://twitter.com/MunizPlatt/status/1452505715793403905


    Não fosse tão deprimente, teria graça.
    • hangas
    • 25 outubro 2021 editado

     # 76

    Colocado por: rjmsilvaNão fosse tão deprimente, teria graça.


    Tenho curiosidade como é feita a gestão/concessão dos postos rápidos noutros paises, particularmente na Noruega.

    Será que Portugal mais uma fez foi pioneiro em tornar uma coisa simples, noutra cara e ineficiente apenas para garantir rendas aos mesmo costume?

    Concordam com este comentário: eu
  13.  # 77

    Pelo que li, a rede de Superchargers da Tesla estará "ilegal" pois não resolveu as questões burocráticas para fazer parte de rede de postos e respetivo licenciamento.
    Como tal, estiveram durante vários anos gratuitos, para não ser legalmente considerado revenda de energia, mas eventualmente optaram por passar os custos de energia e manutenção ao cliente.

    Como tal estão tecnicamente a re-vender energia, mas sem o devido enquadramento regulatório.


    Será que isto ainda vai dar uma batalha jurídica na EU capaz de mudar o modelo adoptado pelos CEMEs?
  14.  # 78

    Colocado por: rjmsilva

    Não fosse tão deprimente, teria graça.



    Novamente não vejo o espanto nisto! As taxas têm sempre de ser pagas… ainda mais na crise energética que estamos a ter
  15.  # 79

    Colocado por: hangasSerá que Portugal mais uma fez foi pioneiro em tornar uma coisa simples, noutra cara e ineficiente apenas para garantir rendas aos mesmo costume?

    Qual foi a finalidade da nossa implementação não sei, mas que transformaram algo simples noutra complexa, isso de certeza :-(

    Sobre esse texto, já o tinha lido. Quando o responsável de uma publicação como a Turbo é apanhado desprevenido, mostra bem o objectivo.
    Dito isto, postos ionity são caríssimos em todo o lado em carregamento pontual, a diferença é que lá fora há planos mensais e anuais para tornar esses custos mais controlados a quem usa regularmente essa rede. Cá, dada a complexidade do modelo, a ionity não tem controlo sobre a sua rede e esses pacotes não existem.
  16.  # 80

    Colocado por: luixmod


    Novamente não vejo o espanto nisto! As taxas têm sempre de ser pagas… ainda mais na crise energética que estamos a ter


    Sim, a realidade teima em contrariar os discursos fofinhos dos políticos.
 
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