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  1.  # 101

    Colocado por: pguilhermeSem contratos? Mesmo com contratos já é o que é...
    Quem assume o risco? Isto é, qual a forma de pagamento? Depois da fase terminada? E quem valida se o trabalho foi bem feito?


    Há seguros e contractos para tudo.
    É tudo escrito.
    Se o cliente telefona a dar uma informação, 5min depois recebe um email com o teor da informação prestada por telefone, para que fique registado.

    O risco é o gabinete que o assume perante o cliente. E para isso têm seguros. É o gabinete que fiscaliza também, é o maior interessado que tudo esteja bem, sem dano, dentro do prazo e orçamento. Assim de simples e pragmático.

    Neste modelo, como Arquitecto, até assentar azulejo, montar portas e tectos falsos me tocou... quando os tempos estão se acabar e é preciso terminar algo rápido.

    O gabinete no fundo era como que se fosse o dono daquilo tudo :)
    Concordam com este comentário: pguilherme
  2.  # 102

    Colocado por: pguilhermeSe já se sabe quem vai executar, qual a motivação dos profissionais serem competitivos na oferta? Sabe no que dá a falta de concorrência.


    Mas não sabe.
    Sabe que será um entre 3 ou 4 da região e que já conhece.
    Não anda a pedir 15 cotações nem traz uma empresa que nunca ninguém ouviu falar por ali para poupar 5 ou 10% do valor.
    Ou seja, quem fará a obra, tem um nome e boa fama a manter, como em qualquer negócio, não é nenhum desconhecido.
    Pelo meio, isso facilita muito a vida do Arquitecto/Engenheiro... porque sabe a capacidade e hábitos da empresa... e vice-versa... as empresas também vão aprendendo como determinado gabinete quer as coisas... por vezes, certas ideias, moldes, etc... servem dumas obras para as outras.
  3.  # 103

    Colocado por: pguilhermePergunto-me qual seria a reação de um helvético ao ouvir a nossa forma típica. Será que defenderiam a sua forma como absolutamente melhor? Ou talvez ponderassem em participar mais activamente na obra e escolher equipas de forma isenta e independente? 😅 Acredito que houvesse para todos os gostos...


    A reação: "por isso é que o Portugal do zé-faz-tudo é um país de tesos mesmo com condições climatéricas e geograficas excelentes e nós somos um país a nadar em riqueza apesar de todas as adversidades ambientais que temos, porque deixamos as coisas nas mãos de quem entende."
    Essa seria a reação...

    Repare, o Dono de Obra é livre e é quem manda e escolhe quem quer e como quer. Mas decide antes! Em papel! Na fase de projecto! Essa é a diferença. Quando o comboio arranca já não pára. Não há cá alterações a meio. Sabe quanto a casa vai custar 2 anos antes. E se custar mais, é o gabinete que paga ou recebe de menos... assim de simples.
  4.  # 104

    Colocado por: Joao DiasTrabalhamos para tantos. Esses são de um pragmatismo brutal. Fazem os trabalhos de casa, reunem só para tirar dúvidas e não andam a esmiuçar os valores apresentados. No fim, tendencialmente, são muitíssimo mais exigentes que os Latinos. E bem, uma vez que pagam para ser bem servidos.


    100% de acordo. Nada que ver com Portugal.
    Concordam com este comentário: Joao Dias
  5.  # 105

    Colocado por: N Miguel OliveiraEm Portugal nunca ouvi falar do valor U (coeficiente térmico). Fora, até o sabia calcular veja lá...

    Até no México é o Arq. que calcula a estrutura, quanto mais...


    Em Coimbra, no curso de arquitectura, já há 10-15 anos se começou a falar nessas noções básicas dessas especialidades. Inclusive até todo o folklore associado aos ganhos solares, proteção, exposição, etc.

    Qualquer das maneiras não vejo o interesse em meter os arquitectos a fazerem esse trabalho de engenharia. Acho bem que tenham noções, para não traçarem coisas impossíveis com a engenharia, mas mais que isso..

    jack of all trades, master of none
  6.  # 106

    Colocado por: N Miguel OliveiraAté no México é o Arq. que calcula a estrutura, quanto mais...

    Há 1000 anos o arquiteto desenhava, calcula e construía, agora querem voltar atrás, até o azulejo querem assentar.
    Preocupem-se em fazer arquitetura.
  7.  # 107

    Colocado por: NostradamusEm Coimbra, no curso de arquitectura, já há 10-15 anos se começou a falar nessas noções básicas dessas especialidades. Inclusive até todo o folklore associado aos ganhos solares, proteção, exposição, etc.

    Qualquer das maneiras não vejo o interesse em meter os arquitectos a fazerem esse trabalho de engenharia. Acho bem que tenham noções, para não traçarem coisas impossíveis com a engenharia, mas mais que isso..

    jack of all trades, master of none


    Nem é disso que se trata.

    Mas de pouco serve que cada um só faça o seu... e depois a compatibilização entre as partes seja feita por um Enfermeiro, um Cozinheiro, nas horas vagas, etc... basicamente é isso que acontece muito.

    O que é importante é que exista UM projecto. Não 12 ou 13...
  8.  # 108

    Colocado por: PickaxeHá 1000 anos o arquiteto desenhava, calcula e construía, agora querem voltar atrás, até o azulejo querem assentar.
    Preocupem-se em fazer arquitetura.


    Idem.

    Referimo-nos a gabinetes multidisciplinares... em projectos compatibilizados entre as diferentes especialidades.
    Não na discussão entre o que fazem Arqs. e Engs.
    Em obra devem estar ambos e no gabinete também.
  9.  # 109

    Colocado por: N Miguel OliveiraSe houvesse um atraso na entrega, era o gabinete que pagava as despesas no hotel para a familia que contava ter-se mudado já. Se a cozinha ainda não tinha fogão ao entregar... as refeições da familia no restaurante era reembolsadas pelo gabinete... e por aí em diante.

    Então, ao contrário do que disseram atrás, afinal o gabinete responsabiliza-se pelos trabalhos dos outros. Assim a conversa é outra.

    Colocado por: Joao DiasEsses são de um pragmatismo brutal. Fazem os trabalhos de casa, reunem só para tirar dúvidas e não andam a esmiuçar os valores apresentados. No fim, tendencialmente, são muitíssimo mais exigentes que os Latinos. E bem, uma vez que pagam para ser bem servidos.

    "Fazem os trabalhos de casa"? Afinal não é o gabinete que escolhe?
    "Não discutir valores" não é o mesmo que "aceitar qualquer valor que lhes é apresentado". Neste caso, tem de estar dentro da rubrica que o gabinete estipulou.

    Na minha experiência, quanto mais dinheiro envolvido/existente, maior a probabilidade de se apurar tudo ao cêntimo.

    De qq forma, a mensagem era: certamente haverão suíços que pensam de forma diferente à que descrevem. O mundo não é a preto e branco.
  10.  # 110

    Colocado por: N Miguel OliveiraTodos ganhavam com isso. O Dono de Obra principalmente. Mas paradoxalmente, é muitas vezes este que promove tal segregação...

    Às vezes parece que o Nuno trabalha pouco cá em Portugal :P

    A malta por cá não é de confiar (se vocês generalizam, tb o vou fazer), é natural que o DO fuja a 7 pés dos "amiguinhos das obras". Espreite aqui em tópicos ao lado, a malta a abandonar obras por ter dinheiro do seu lado.
    E os "chave na mão" desde a arquitectura então, ui. É vigarice quase certa. É esta a nossa realidade que molda a nossa forma de operar.

    Colocado por: N Miguel OliveiraNem os projectistas sabem muitas vezes como terminou a obra, quem participou nela, etc...

    Pois, o que é uma pena. Nem que fosse para ir acompanhando a evolução daquilo que idealizou.

    Colocado por: N Miguel OliveiraNão percebeu que os românticos somos nós em Portugal?

    Romantizar a ideia que a forma como os outros trabalham é que é perfeita e isenta de falhas.
  11.  # 111

    Colocado por: N Miguel OliveiraSabe quanto a casa vai custar 2 anos antes. E se custar mais, é o gabinete que paga ou recebe de menos... assim de simples.

    Isto, sim, vale os 15%. Tanto procurei, mas cá simplesmente não há quem tenha interesse nisso.

    Mas se houver diga-me, que o próximo já está quase. Mudei um pouco de zona e tudo 😅
  12.  # 112

    Colocado por: pguilhermeEntão, ao contrário do que disseram atrás, afinal o gabinete responsabiliza-se pelos trabalhos dos outros. Assim a conversa é outra.


    Sim, nesse modelo funciona assim e corre de maravilha. É o gabinete. Algum problema acciona-se o seguro que é para isso que existe.
    Concordam com este comentário: pguilherme
  13.  # 113

    Colocado por: pguilhermeÀs vezes parece que o Nuno trabalha pouco cá em Portugal :P


    Por Braga, esta semana só teve 4 dias. 2 nas obras, 2 na cadeira. Bem vejo como funcionam as coisas. Só não funcionam como deveriam pelo nosso modo de fazer as coisas, baseadas na suposição, e onde há pouca confiança na Justiça e basicamente em toda a gente que seja empreiteiro e afins. Mas quando nem os interessados querem saber... não será o Arq. certamente... Como as coisas estão, até saem beneficiados, menos chatices, menos responsabilidades.
  14.  # 114

    Colocado por: pguilhermeA malta por cá não é de confiar (se vocês generalizam, tb o vou fazer), é natural que o DO fuja a 7 pés dos "amiguinhos das obras". Espreite aqui em tópicos ao lado, a malta a abandonar obras por ter dinheiro do seu lado.
    E os "chave na mão" desde a arquitectura então, ui. É vigarice quase certa. É esta a nossa realidade que molda a nossa forma de operar.


    Eu não duvido disso.
    Até acredito que por Lisboa, a situação seja dramática por comparação...
  15.  # 115

    Colocado por: N Miguel OliveiraComo as coisas estão, até saem beneficiados, menos chatices, menos responsabilidades.

    Isto!
    Não podemos acreditar e depender de um sistema onde as partes não tenham vantagem.
    Se têm mais vantagem de uma forma, porque iriam fazer de forma diferente? Só se o mercado obrigasse.
  16.  # 116

    Colocado por: pguilhermeEntão o que oferece com esse serviço, concretamente?
    se for pago para tal ao arquitecto cabe resolver problemas, coordenar os trabalhos, dialogar e delegar, verificar a qualidade dos acabamentos e pormenorização de toda a obra de o DO quiser.. muita coisa mesmo.. agora responsabilizar-se pelo trabalho do carpinteiro.. ou do trolha..? só se for dono da construtora
  17.  # 117

    Colocado por: antonylemosse for pago para tal ao arquitecto cabe resolver problemas, coordenar os trabalhos, dialogar e delegar, verificar a qualidade dos acabamentos e pormenorização de toda a obra de o DO quiser.. muita coisa mesmo.. agora responsabilizar-se pelo trabalho do carpinteiro.. ou do trolha..? só se for dono da construtora
    ou seja, com ou se arquiteto a dirigir a coisa quem é que fica com o menino nas mãos quando der para o torto:)
    Concordam com este comentário: pguilherme
  18.  # 118

    Colocado por: DR1982ou seja, com ou se arquiteto a dirigir a coisa quem é que fica com o menino nas mãos quando der para o torto:)

    Fresquinho, fresquinho, tem pouco mais de 24h
    Quem é que vai entrar pela madeira adentro quem é?
      ACT.jpg
  19.  # 119

    Colocado por: pguilhermeNão podemos acreditar e depender de um sistema onde as partes não tenham vantagem.
    Se têm mais vantagem de uma forma, porque iriam fazer de forma diferente? Só se o mercado obrigasse.


    Claro.

    Não pode é esperar que os Arquitectos ou Engenheiros passem os dias nas obras por amor à camisola ou amor à profissão, se nem o Dono de Obra faz o mínimo para que isso aconteça.

    Por isso digo, não será certamente o Arq. a querer desperdiçar o seu tempo sem a remuneração adequada. Ter mais chatices pelo mesmo preço? Ou por pouco mais...

    É como lhe comento, a diferença passa facilmente de 1-2% do valor da obra para 12-15%. É isso que o Dono de Obra comum vê. O que faz pouco importa :)
  20.  # 120

    Colocado por: zedasilvaQuem é que vai entrar pela madeira adentro quem é?


    E quem é que devia ter isso feito?
    Muitos DO nem sabem o que isso é ou para o que serve. E não é por mal... é por não saberem coisas comuns da construção. Se fossem profissionais, provavelmente não aconteceria...
 
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