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  1.  # 121

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    E quem é que devia ter isso feito?
    Muitos DO nem sabem o que isso é ou para o que serve. E não é por mal... é por não saberem coisas comuns da construção. Se fossem profissionais, provavelmente não aconteceria...

    Muitos DO não sabem o que isto é porque os seus técnicos não os informam.
    Infelizmente ainda há muito técnico que prefere o projeto de 250€ cada especialidade pois é assim que ganha dinheiro sem dores de cabeça.
    Tudo o que por aqui de vai apregoando das equipas de projeto é algo que ainda está longe de ter aceitação por uma grande franja dos técnicos
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  2.  # 122

    Colocado por: zedasilvahá muito técnico que prefere o projeto de 250€ cada especialidade pois é assim que ganha dinheiro sem dores de cabeça.


    Ora nem mais.
  3.  # 123

    errado
    fazem isso porque tambem sabem que se chegarem ao pé de uma grande maioria de clientes e lhe cantarem isso de projetos integrados completos etc.. e lhes dizerem que custa mais de 4 digitos, dão meia volta e váo ali ao da esquina que faz todos os projetos por menos de 3 K
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  4.  # 124

    Colocado por: marco1faz todos os projetos por menos de 3 K

    E demora 15 dias a faze-los.
    É só vantagens.
    Quando o DO e construtor chega à obra com o projecto chouriço à lá cype e o altera, ainda fica mais descansados porque assim nem responsabilidades de obra tem.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  5.  # 125

    exatamente e o DO assim o quer, para ele é só vantagens, pensa ele.
    então se for para investimento é ouro sobre azul.
    em obra depois isso dos projetos é para cumprir os minimos para o fiscal não chatear e siga.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  6.  # 126

    Colocado por: marco1errado
    fazem isso porque tambem sabem que se chegarem ao pé de uma grande maioria de clientes e lhe cantarem isso de projetos integrados completos etc.. e lhes dizerem que custa mais de 4 digitos, dão meia volta e váo ali ao da esquina que faz todos os projetos por menos de 3 K


    Precisamente.
    Pouco importa o conteúdo... pois de 1-2% para 12-15% a diferença parece abismal. E no fundo é isso que define tudo.

    Até diria que isso é transversal a quase tudo. Ao inicio queremos tudo do bom e do melhor... depois perante os orçamentos as prioridades deixam de o ser.

    Por exemplo, basta ver a quantidade de caixilharias que não respeitam a prescrição das Engenharias...
    Pouco importa se as escolhidas cumprem a legislação ou o projecto. É o serralheiro que manda, e obviamente o orçamento :)
    Fora as vezes que a casa fica sem as portadas, como que não ter proteção solar não fizesse diferença nenhuma.
  7.  # 127

    Como disse, a oferta nesses moldes é muito apelativa.
    Conhecem algo do género por cá?
  8.  # 128

    Colocado por: N Miguel OliveiraPor isso digo, não será certamente o Arq. a querer desperdiçar o seu tempo sem a remuneração adequada. Ter mais chatices pelo mesmo preço? Ou por pouco mais...

    Nem me passaria pela cabeça tal coisa.
    Como disse, só podemos confiar numa situação quando as pessoas têm algo a ganhar.
    Quando não há reconhecimento e recompensa pelo bom trabalho, porque se iriam esforçar?
  9.  # 129

    Colocado por: pguilhermeComo disse, a oferta nesses moldes é muito apelativa.
    Conhecem algo do género por cá?

    Não fosses tu da zona Sul… :)

    Abr.
  10.  # 130

    E o design de interiores.

    Em 2019 fui adjudicada com um projecto integral para moradia, design de interiores (acabamentos, tectos falsos, carpintarias e ainda iluminação..), e decoração (mobiliário e elementos de decoração).

    O projecto de arquitectura já existia, o arquitecto era do gabinete do construtor. Nunca o conheci.

    Faltava, à partida, uma casa de banho no piso 0. Fui eu que a incluí e desenhei.

    A pedido do dono de obra, acompanhei todo o projecto. Desde o primeiro tijolo. Fiz a comunicação com o construtor, em que quase em cada a visita à casa, se descobria uma novidade, a ser corrigida na obra.
    Uma delas incluíu o construtor furar o perfil do caixilho da janela para colocar o braço da guarda de duche. Instalar uma base de duche curta para o espaço e, noutra casa de banho, uma banheira também curta para o espaço.
    Não estando em obra, provavelmente, também o construtor era surpreendido pelo que o pessoal de obra se punha a fazer.

    A última grande surpresa foi a escada que ficou um horror, muito diferente do projecto de design de interiores, tinha-se feito rodapé em pedra de 2cms, cujo encaixe da peça na vertical com a peça horizontal, do espelho, deixo à vossa imaginação.
    Para corrigir, o construtor não assumiu o erro, aliás só assumia os erros ou defeitos que não implicavam grandes custos, tipo, barrar com mais perfeição os pladures.

    Para não ter que alterar a escada, até porque já estava noutras casas, e estar nesta agora, com a alocação da mão de obra, chegou a assustar o dono de obra, que, ao se querer corrigir, seria por em risco a escada caír. Era engenheiro o construtor. Eu assumi esse risco (que era nenhum), de alterar a escada conforme o meu projecto, mas fi-lo com o empreiteiro de remodelações com o qual trabalhava em equipa, para remover o que lá estava, e com quem me fazia mobílias em madeira, para fazer o rodapé. O custo foi suportado pelo dono de obra.

    A construção que se previa terminar em dois anos, demorou 4 (também apanhou o covid). Ficou terminada em 2022. E eu acompanhei toda a obra a custo zero, até porque o dono de obra estava fora do país, e a mulher de nada percebia a respeito, nem tinha que, mo pediram. Fui inclusivamente aos showrooms com o construtor e a cliente, para propor as soluções.

    A casa foi uma filha minha. Garanti que ficou como um trabalho meu do qual me posso orgulhar, e, também, por isso e para isso, a acompanhei de perto. (Sim, esse amor à camisola).

    A última vez que falei com os donos de obra foi o ano passado, por ter caído umas das cortinas da sala (que também fui eu que coloquei).

    Já os donos de obra, que tinham adorado a casa na entrega, punham, estranhamente, em causa todas as cortinas caírem. Long story, short, queriam colocar luzes led nas sancas em negativo, que estavam previstas no projecto, mas que o construtor se tinha esquecido em obra, e ficou de ver solução para o fazer à posteriori. A luz led, também não cabia na sanca porque o construtor em vez de fazer sanca de 35cms, fez de 20cms, sem respeitar o projecto de interiores.

    Logo, solução, seria tirar as cortinas (eram duplas) para permitir a entrada da luz led. Os donos de obra, por sua fez, pretendiam tentar reaver o valor das cortinas (ainda era algum) ao ver que, a instalação da luz led na primeira sanca, fez com que a calha da cortina ficasse sem superfície para o devido encaixe, e a cortina caísse, não cabiam ambos na sanca. E eles prioritizavam ter luz led, versus ter cortina dupla.

    E, assim, tiveram esta ideia, de que a cortina caíu do nada, e então não cumpria. Para reaver o valor de todas as cortinas, que iam, por escolha, retirar.
    Mas nunca mo disseram, arranjavam mil e uma formas de culpar o design de interiores, ou seu fornecedor de cortinas, usando termos como "perigo iminente de queda de cortinas" e "perigosidade para futuras crianças da casa". Vejam bem a sacanice. Estavam ligados à advocacia.

    Em visita à casa, consegui perceber a situação da luz led colocada, comprometendo realmente a fixação da minha cortina. E caíu por terra a tentativa de narrativa.

    Isto é tudo muito bonito. Mas tem muito que se lhe diga.
    E o dono de obra não faz ideia, na maioria das vezes, da sua postura. Nem da sua injustiça. Pensa que é má vontade nossa, ou pelo menos, de todos nós, que desenhamos casas, no mesmo saco. Talvez devessem debruçar-se também sobre as suas próprias atitudes, já é tempo.

    E a arquitectura e o design de interiores é mais do que "mera" poupança.
  11.  # 131

    Aqui ninguém anda para perder dinheiro ou para sustentar a casa dos outros e isso é mais que normal.

    Como tal este tiponde chaves na mão, quem os assume tem de ter uma margem para em caso de correr mal não ir ao seu próprio bolso, justo claro.

    Na teoria e em alguns casos ate pode na pratica correr muito bem, é a solução ideal, o DO na verdade nao se chateia com nada, e havendo carteira ta tudo certo.

    Agora tem é de haver disponibilidade para pagar os tais 15% ao gestor da obra assim como a todos os restantes intervenientes.

    Um gestor, que se faça rodear de equipas com provas dadas de competência tem meio caminho andado, contudo raramente essas equipas não têm consciência do seu valor, pelo que nao esperem que estes moldes tragam poupança.
  12.  # 132

    E ainda, para balizar, e saberem.
    O custo da decoração integral (mobilar e decorar) desta casa foi de 60k (com 14k de poupança que transmiti para o dono de obra, de preço dos fornecedores para profissional, se não, seriam 74k. Não levo margens).
    Os materiais ficaram sob a alçada da construção.
    O meu custo para o design e decoração de interiores, foi de 3% desses 60k, em 4 anos de trabalho, com acompanhamento.

    Foi uma casa escolhida por um dos fornecedores internacionais para servir de show case do seu produto (o piso) e sobre a qual fizeram uma reportagem. E pelo construtor, para portfolio.

    E, que os donos de obra, e familiares, adoraram.

    Ainda assim, e tudo considerado, a memória que fica, para mim, como a designer, é o dono de obra ter tentado reaver o valor das cortinas, por meio de uma aldrabice. É um sabor agridoce, realmente.
  13.  # 133

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Precisamente.
    Pouco importa o conteúdo... pois de 1-2% para 12-15% a diferença parece abismal. E no fundo é isso que define tudo.

    Até diria que isso é transversal a quase tudo. Ao inicio queremos tudo do bom e do melhor... depois perante os orçamentos as prioridades deixam de o ser.

    Por exemplo, basta ver a quantidade de caixilharias que não respeitam a prescrição das Engenharias...
    Pouco importa se as escolhidas cumprem a legislação ou o projecto. É o serralheiro que manda, e obviamente o orçamento :)
    Fora as vezes que a casa fica sem as portadas, como que não ter proteção solar não fizesse diferença nenhuma.

    Ok, percebo que 1-5% se faz o básico, agora a principal dúvida e por 15% do valor da obra o que eu recebo como retorno? Quais são as responsabilidades, deveres do arquiteto que vai receber estes valores? Será que se correr algo mal ele se responsabiliza a nível financeiro? Uma situação de uma casa com valor de 300k, o arquiteto recebe os tais 45k mas no decorrer da obra faz m.....Erda que tem um custo de 50k para resolver, será que assume?será que paga?será que não atrasa a obra e não provoca mais danos financeiros ao DO??? Seguindo o fórum leio mensagens tipo: contrata um arquiteto,contrata um engenheiro, contrata um advogado ... Até parece que estes profissionais não falham e são certinhos em tudo...Eu aceito de pagar mas em retorno quero responsabilidades bem claras e sem "mas" ,agora na realidade não e isso que acontece, o mais comum e pagar bem e como o DR disse , ficas com o menino nas mãos....
    Concordam com este comentário: Matisofi
  14.  # 134

    Mas o conceito chave na mão não é novo, nem é feito só por "patos bravos", também tem empresas que os gerentes são arquitetos, engenheiros civis etc. e os trabalhos e aldrabices são feitas na mesma.

    A título de exemplo, tenho um cliente que quem lhe faz os trabalhos de construção civil nos espaços comerciais é um arquiteto que é o proprietário da empresa e mete em obra o próprio pessoal ou ao serviço dele, posso dizer que o trabalho feito é bastante mau, ao nível das queixas que aparecem por aqui.

    A pólvora já foi descoberta há alguns anos.
  15.  # 135

    Colocado por: pguilhermeConhecem algo do género por cá?


    Certamente encontrará. Há mercado para tudo.
    Obviamente será é numa escala muito diferente quando comparado à Suíça, para dar um exemplo. Em que pelo que sei, esse método é o mais comum por lá, também porque advém de algumas imposições legais.
  16.  # 136

    Colocado por: pguilhermeQuando não há reconhecimento e recompensa pelo bom trabalho, porque se iriam esforçar?


    Exactamente. Para quê chatear-se, quando nem o maior interessado (DO) quer saber?
  17.  # 137

    Colocado por: serjmarSerá que se correr algo mal ele se responsabiliza a nível financeiro?


    Depende do estipulado nos contratos, mas quando o valor rondava cerca de 15%... o gabinete corria o risco de perder dinheiro sim. Nunca nos aconteceu nas obras em que participei ou geri, obviamente porque eramos os principais interessados para que tudo corresse bem.

    Como disse atrás... se houvesse atrasos, hoteis e refeições eram pagos ao cliente ou descontado dos honorarios. Se houvesse algum dano, muitas vezes nem era pago nada. Simplesmente o cliente pagaria menos ao constructor na tranche seguinte.

    O gabinete vivia tranquilo também, em caso de problemas... accionava-se o seguro. Nada mais simples... e é para isso que ele existia.

    A probabilidade de haver um problema é que era infinitamente menor... pois tinham 10, 20 pares de olhos peritos a analisar e combinar, discutir e decidir o projecto. Não era um Enfermeiro ou Cozinheiro a procurar coisas no youtube às 9 da noite...
  18.  # 138

    Em frança quer construçao, quer reabilitaçao, nas obras onde trabalhei com arquiteto a gerir,ele era o responsável máximo de tudo. Desde derrapagens, tempos de entrega, tudo mesmo, e ele é que assumia qualquer falha
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  19.  # 139

    Colocado por: N Miguel OliveiraExactamente. Para quê chatear-se, quando nem o maior interessado (DO) quer saber?

    Não quer saber, e ainda entra luta com os profissionais que querem saber. Como se o derradeiro interesse daquilo ficar bem fosse apenas nosso.
    É uma falta de cultura de abismar.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  20.  # 140

    Colocado por: CMartinNão quer saber, e ainda entra luta com os profissionais que querem saber.


    Há gente boa e má em todo o lado.
    Por vezes, nem fazendo as coisas grátis pelo brio ao "nosso bébé"... os DO têm o minimo de noção de gratidão ou querer ouvir as criticas no decurso da obra... Felizmente também os há extraordinariamente atentos e gratos. Há de tudo.
    Concordam com este comentário: CMartin
 
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