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  1.  # 1

    Por curiosidade, já se sabe qual a penalidade para os varios níveis de chefia acima deste médico que permitiram esta fraude? Demissão com justa causa ou algo mais leve?
  2.  # 2

    Colocado por: palmstrokePor curiosidade, já se sabe qual a penalidade para os varios níveis de chefia acima deste médico que permitiram esta fraude? Demissão com justa causa ou algo mais leve?


    Tem que ser aberto um processo a cada um para apurar responsabilidade eventual.

    Não é certo que 'tenham permitido'.

    Em caso de responsabilidade, o despedimento por justa causa pode ser uma possibilidade, se houver dolo.

    Mas ser despedido do SNS é uma sanção sem grande impacto para um médico. Na minha opinião.

    Um processo na ordem que o iniba de exercer, isso sim, pode ter real impacto. Mas isso parece-me muito difícil porque nesse caso tem de envolver má prática clínica.

    Não sou jurista portanto não consigo aprofundar esse aspecto. Apenas consigo especular sobre o que é mais impactante para um colega.
  3.  # 3

    Colocado por: palmstrokePor curiosidade, já se sabe qual a penalidade para os varios níveis de chefia acima deste médico que permitiram esta fraude? Demissão com justa causa ou algo mais leve?

    A penalidade era devolver o dinheiro todo quem permitiu e fez vista grossa era multa pesada.
    Só assim as pessoas iam pensar duas vezes antes de pisar o risco.
    Agora em Portugal o sentimento de impunidade é geral, vemos pelos grandes casos como Sócrates e salgado e afins
    Concordam com este comentário: carlosj39
  4.  # 4

    Colocado por: Sandra_cc

    Tem que ser aberto um processo a cada um para apurar responsabilidade eventual.

    Não é certo que 'tenham permitido'.

    Em caso de responsabilidade, o despedimento por justa causa pode ser uma possibilidade, se houver dolo.

    Mas ser despedido do SNS é uma sanção sem grande impacto para um médico. Na minha opinião.

    Um processo na ordem que o iniba de exercer, isso sim, pode ter real impacto. Mas isso parece-me muito difícil porque nesse caso tem de envolver má prática clínica.

    Não sou jurista portanto não consigo aprofundar esse aspecto. Apenas consigo especular sobre o que é mais impactante para um colega.


    provavelmente não permitiram deliberadamente, mas não cumpriram com o seu papel de gestão.
    eu acho que se se dessem ao trabalho de analisar um relatório 1x por mês (dados, estatísticas por serviço/unidade/médico) teriam eventualmente detectado e subsanado esta situação antes de ser o que é agora.

    não me motiva tanto discutir um caso de fraude individual, mas impacta-me a sensação de total desgoverno e falta de control interno. e impacta não haver consequências "acima" imediatas - afastamentos, retirada de confiança - enquanto decorre a investigação.

    é até engraçado pensar como o status-quo se viu tão incomodado em ver o Chega quase ganhar as eleições há apenas 3 semanas, e neste caso permitir a sensação de impunidade. é que, honestamente, eu acho que mais fácil que odiar um paquistanês, só mesmo odiar um funcionário público (maldito!), que é médico (o dobro maldito!), e ganha o mesmo que um futbolista top (como se atreve?).
  5.  # 5

    Colocado por: palmstroke

    provavelmente não permitiram deliberadamente, mas não cumpriram com o seu papel de gestão.
    eu acho que se se dessem ao trabalho de analisar um relatório 1x por mês (dados, estatísticas por serviço/unidade/médico) teriam eventualmente detectado e subsanado esta situação antes de ser o que é agora.

    não me motiva tanto discutir um caso de fraude individual, mas impacta-me a sensação de total desgoverno e falta de control interno. e impacta não haver consequências "acima" imediatas - afastamentos, retirada de confiança - enquanto decorre a investigação.

    é até engraçado pensar como o status-quo se viu tão incomodado em ver o Chega quase ganhar as eleições há apenas 3 semanas, e neste caso permitir a sensação de impunidade. é que, honestamente, eu acho que mais fácil que odiar um paquistanês, só mesmo odiar um funcionário público (maldito!), que é médico (o dobro maldito!), e ganha o mesmo que um futbolista top (como se atreve?).



    Incumprimento do papel de gestão é absolutamente corriqueiro em Portugal, de tal forma que é socialmente aceite.
  6.  # 6

    O problema é que o incumprimento da gestão ao permitir casos destes, que a não serem punidos , faz com que os casos alpalhoes se irão multiplicar, o que obviamente

    vai fazer rebentar o orçamento do SNS e da saúde, donde:

    lá iremos todos nós levar com aumentos consecutivos dos impostos indirectos, como a gasolina e a electricidade, para fazer face a este descontrole !
  7.  # 7

    Colocado por: carlosj39O problema é que o incumprimento da gestão ao permitir casos destes, que a não serem punidos , faz com que os casos alpalhoes se irão multiplicar, o que obviamente

    vai fazer rebentar o orçamento do SNS e da saúde, donde:

    lá iremos todos nós levar com aumentos consecutivos dos impostos indirectos, como a gasolina e a electricidade, para fazer face a este descontrole !


    Como tem vindo a publico, existem vários casos como este.

    E existem ainda muitos outros semelhantes com outros contornos.

    Não é um mero problema de gestão. É um problema de modelo. Mas não é popular dizer que o SNS não devia existir
  8.  # 8

    Qualquer modelo, (na minha opinião de senso comum e não especialista no tema) seja este chamado sns ou outro chamado outra coisa qualquer, se não tiver uma fiscalização eficiente e se os abusadores não forem exemplarmente punidos, está ipso facto, condenado ao fracasso.
  9.  # 9

    Colocado por: carlosj39Qualquer modelo, (na minha opinião de senso comum e não especialista no tema) seja este chamado sns ou outro chamado outra coisa qualquer, se não tiver uma fiscalização eficiente e se os abusadores não forem exemplarmente punidos, estáipso facto, condenado ao fracasso.


    Essa noção de 'fiscalização' é uma ilustração de uma cultura social obsoleta. Ter 'fiscais' é coisa do tempo da 'outra senhora'. O conceito de fiscal é o conceito de pequenos poderes, burocratas e burocracias.

    O que deve existir é um sistema que não seja passível de ser subvertido, devidamente blindado na sua eficiência e funcionamento.

    Fiscais...acho que já nem na carris!

    Muito se critica o modelo de saúde dos EUA, que na verdade é idêntico e semelhante a um enorme número de países europeus. Mas, na verdade, num sistema como esse, esta adulteração que o colega do santa maria fez, não seria possível, pois os procedimentos, tal como no privado em Portugal, têm de ser aprovados pelos subsistemas e seguros. Para essa aprovação, tem de haver suporte clínico com exames de diagnóstico, que têm de ser remetidos e avaliados por clínicos dos subsistemas e seguros, e que justifiquem peremptoriamente os procedimentos.
  10.  # 10

    Colocado por: Sandra_cc

    Essa noção de 'fiscalização' é uma ilustração de uma cultura social obsoleta. Ter 'fiscais' é coisa do tempo da 'outra senhora'. O conceito de fiscal é o conceito de pequenos poderes, burocratas e burocracias.

    O que deve existir é um sistema que não seja passível de ser subvertido, devidamente blindado na sua eficiência e funcionamento.

    Fiscais...acho que já nem na carris!

    Muito se critica o modelo de saúde dos EUA, que na verdade é idêntico e semelhante a um enorme número de países europeus. Mas, na verdade, num sistema como esse, esta adulteração que o colega do santa maria fez, não seria possível, pois os procedimentos, tal como no privado em Portugal, têm de ser aprovados pelos subsistemas e seguros. Para essa aprovação, tem de haver suporte clínico com exames de diagnóstico, que têm de ser remetidos e avaliados por clínicos dos subsistemas e seguros, e que justifiquem peremptoriamente os procedimentos.


    Não percebo porque a choca assim tanto a utilização do termo "fiscal" ou "fiscalização". No seu exemplo dos hospitais privados também diz que certos procedimentos também tem de ser "...aprovados pelos subsistemas e seguros. Para essa aprovação, tem de haver suporte clínico com exames de diagnóstico, que têm de ser remetidos e avaliados por clínicos dos subsistemas e seguros, e que justifiquem peremptoriamente os procedimentos". Ora o que é que isso tem de diferente de uma "fiscalização"?
    Talvez o termo "aprovados" ou "avaliados" seja mais simpático (ou corriqueiro) nos dias de hoje do que o antiquado "fiscalizados", mas o objectivo é exactamente o mesmo. Controlar que os srs. drs. (no SNS), ou os prestadores dos servicos (nos privados) não estão criar despesa não justificada para quem a bai pagar, seja para os contribuintes no primeiro caso ou para as seguradoras no segundo.
    A ideia de que os recursos públicos não podem ser controlados da mesma forma que os privados, não faz qualquer sentido, só não podem se não se quiser.
    Quer a ideia de que se é público é mal gerido, quer a de que se é privado então é bem bem gerido são necessariamente verdade. Seja publica ou privada qualquer organização pode ser mal ou bem gerida, ter ou não sistemas de controlo que permitam serem mais ou menos eficientes, independentemente de ser publica ou privada.
    Eu diria até que, no caso das instituições públicas o controlo e escrutínio sobre as decisões de gestão deveria ser acrescidas, exacatamente porque se tratam de recursos que são de todos.
    Quanto à proximidade do sistema americano com a generalidade dos existentes na UE, a Sandra_cc sabe tão bem quanto eu, ou até melhor, que não é bem assim. Mesmo nos casos em que o financiamento também assenta em seguros, a grande maioria tem na raiz seguros publicos ou suportados total ou parcialmente pelo estado. Ou seja, nisso são diferentes de sistemas como o nosso SNS (que também não é único na europa), mas também não são a mesma coisa que existe USA.
    Agora, muito sinceramente, já não tenho paciência para retomar esta discussão. Talvez lhe lembre p.e. que vale a pena consultar o impacto previsto para a saude dos mais pobres nos USA, por via do projecto de lei de orçamento da Administração Trump que está neste momento "encravado" no Senado, também por causa desse impacto, que será sobretudo sentido nos estados mais pobres, muitos deles governados pelo partido republicano e onde os respectivos governadores não estão muito pelos ajustes, embora estejam a ser chantageados nalguns casos até publicamente, pelo caramelo que ocupa a sala oval da WH.
 
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