Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 1

    Estou a obter orçamentos, a opinião de arquitetos e vou validar uma lista de afirmações com a Câmara (não havendo necessidade de explicar o contexto da situação), e logo tomarei uma decisão final. Se até lá estes senhores não me resolverem a situação e eu concluir que o mais sensato é trocar de equipa, eu tentarei-os responsabilizar até às últimas consequências. E como já deve ter compreendido, não se trata só de "um erro", este é apenas a gota d'água.

    Quanto à outra via que penso que me está a sugerir, o fiscal já me a explicou e é uma das várias opções que tenho. Até agora ninguém me sugeriu nenhuma solução sem riscos ou custos, a não ser que ela envolva a cooperação dos projetistas.
  2.  # 2

    Colocado por: JoaoAdamastorAté agora ninguém me sugeriu nenhuma solução sem riscos ou custos, a não ser que ela envolva a cooperação dos projetistas.

    Tomando por base o desenho do Marco que creio que é aquilo que o João pretende.
    As únicas cotas que está obrigado a respeitas são as das linhas vermelho.
    Todas as outras podem variar.
    Mesmo as das linhas vermelho se variarem 5 ou 10 cm ninguém vai verificar isso.

    Por isso eu dizer que para o problema das cotas dos pisos há solução fácil sem ter que envolver a cooperação dos projetistas.
      forum.JPG
  3.  # 3

    Colocado por: zedasilvaestes senhores não me resolverem a situação e eu concluir que o mais sensato é trocar de equipa, eu tentarei-os responsabilizar até às últimas consequências. E como já deve ter compreendido, não se trata só de "um erro", este é apenas a gota d'água.


    O projeto tem vários contornos que desconhece. Por exemplo, descer a cota do -1 iria colocar esse piso abaixo do nível da rua (sim, porque o -1 está ao nível da rua apesar da cota de soleira ser a linha vermelha que indicou). A cota do piso 1 também está alinhada pelo patamar exterior nas traseiras do edifício.

    O empreiteiro deu-me o exemplo de uma obra deles em que o DO decidiu alterar as cotas (entre outras coisas) e tem a obra embargada há mais de um ano. É tudo fácil, até termos um azar e deixar de ser. É fácil arriscar com o dinheiro dos outros. Eu estaria no casino todos os dias se pudesse gastar o dinheiro dos outros.
  4.  # 4

    Colocado por: JoaoAdamastorO projeto tem vários contornos que desconhece

    Por isso mesmo é que disse para envolver o seu fiscal nisso, ele tem certamente outros elementos que nós aqui não temos.
    Estamos a opinar só com os elementos que o João vai disponibilizando.

    Colocado por: JoaoAdamastorO empreiteiro deu-me o exemplo de uma obra deles em que o DO decidiu alterar as cotas (entre outras coisas) e tem a obra embargada

    Mas nem pode ser de outra forma.
    Há muita coisa que se pode fazer é preciso é saber como fazer.
    Por isso é que numa obra devem estar todos a remar para o mesmo lado e não cada um fechado na sua quinta como parece ser o caso dos seu projetistas neste momento
    Concordam com este comentário: JoaoAdamastor
  5.  # 5

    Deixo aqui o desfecho desta história.

    Como o arquiteto projetista tinha um histórico de informações tendenciosas e manipuladoras, decidi consultar a câmara para validar a veracidade das suas justificações para não corrigir o projeto de acordo com as sugestões que me foram sugeridas aqui, nomeadamente aumentar a altura do pé-direito reduzindo a altura da platibanda. Recordo que a justificação era que como isso iria alterar cotas, iria obrigar a uma alteração do alvará de loteamento, processo esse muito moroso que iria contra os meus interesses de avançar com a construção o mais rápido possível.

    A câmara disse que sim, isso seria verdade se o próprio arquiteto não tivesse colocado uma nota no alvará de loteamento que diz: "São permitidas variações nas cotas indicadas" (plot twist!). E, sendo assim, não precisaria de fazer qualquer alteração ao alvará de loteamento como me garantiu o arquiteto projetista.

    Confrontei o arquiteto projetista com estas informações e, como habitual, ele "meteu os pés pelas mãos" e disse o dito por não dito e que eu é que estava sempre a criar mal entendidos e que ele afinal tinha dito exatamente o mesmo que a câmara. Nós com pessoas assim até começamos a duvidar de nós próprios. No entanto, o método preferencial de comunicação dele é o WhatsApp, onde ele diz estas coisas preto no branco... Mas provavelmente nem se lembra que também o escreveu e que está registado - é normalmente o problema destas pessoas.
    Então aí este senhor vai mais longe e diz que está tão incomodado com os meus "mal entendidos" que o melhor seria eu procurar outro arquiteto para continuar o processo. Na verdade, provavelmente ele estaria mais incomodado por eu duvidar das suas palavras, de o desmentir, e da possibilidade da câmara para onde realiza a maior parte do seu trabalho presumir que ele possa ser um grande troca-tintas. E também da possibilidade de eu lhe exigir um aditamento e lhe dar mais trabalho.
    Mas assim foi, além de incompetente este senhor provou ser desonesto e tomei a decisão que já deveria de ter tomado há muito tempo: atirar o projeto dele ao lixo e contratar outro arquiteto que seja competente, íntegro e que acima de tudo tenha talento.

    Espero que o meu testemunho de alguma forma contribua para alertar outros para este tipo de situações. No meu caso eu fui ignorando e tolerando ao longo do tempo os sinais que este senhor me foi dando.
    O arquiteto é a pessoa mais importante no projeto de construção! O fator preço não pode ser o mais importante. Certifiquem-se que gostam do trabalho do arquiteto, que se identificam com o seu estilo. Façam as diligências necessárias. Falem com outros clientes, peçam referências! Se ele tem muitas obras que nunca avançaram tentem perceber porquê. Certifiquem-se que a pessoa é honesta. Certifiquem-se que existe confiança. Normalmente os sinais estão lá e no meu caso estavam. Eu escolhi este arquiteto principalmente pelo fator preço e agora digo que 2, 3, 4 ou 5 mil euros teriam valido o investimento e provavelmente evitado estas situações infelizes para o meu lado.

    Mas a vida continua e não poderia estar mais satisfeito com a minha decisão de fazer um projeto novo com outro arquiteto. Pena que este erro me tenha custado pelo menos 7 mil euros.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: RUIOLI, Fresias, Pedro737
 
0.0316 seg. NEW