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  1.  # 801

    Colocado por: HAL_9000Hoje acho muito difícil alguém com rendimentos médios conseguir pagar um empréstimo médio de 150k a 10 anos.
    A questão é, que tipo de vida é que isso implica?
    O que são rendimentos médios ?
  2.  # 802

    Colocado por: AMG1O sistema que temos pode e deve ser adaptado às novas realidades, mas que garantias temos de que as alternativas são melhores?
    EU não defendo necessariamente um sistema totalmente diferente deste, se é isso que está a pensar. Apenas defendo a reformulação do mesmo o quanto antes.

    Colocado por: AMG1A diversificação das fontes de financiamento pode traduzir-se em impostos, ou nao, e mesmo que seja por aí, isso não significa necessariamente que sejam impostos sobre o rendimento.
    POis não, só que todos nós sabemos muito bem como funciona este país, quando for necessário aumentar os impostos para financiar a SS, não tenho grandes dúvidas que os impostos sobre os rendimentos não serão excluídos.



    Colocado por: AMG1A pensão media anda pelos 550 euros, o que representa ja um tx de conversão muito baixa mesmo em relação ao salario minimo.
    E quem recebe essa pensão descontou sempre sobre o ordenado mínimo numa carreira contributiva normal (30-40 anos), ou serão aqueles que descontaram 15 anos, e o valor mínimo exigível?



    Colocado por: AMG1Como sabe, o nosso sistema tem, desde 2007, uma regra que faz deslocar a idade da reforma em função da esperança media de vida aos 65 anos.
    Bem sei, mas receio que quando os boomers se reformarem, se a sustentabilidade da SS se vir muito afetada...a idade da reforma aumente para uma idade onde uma pessoa se reforma quando já não tem nem condições físicas nem de saude para ter o mínimo de qualidade de vida. Se não houver dinheiro, não há milagres.



    Colocado por: AMG1Agora você pode vir a ter razão, se o sistema for alterado por quem tenha como objectivo ideológico acabar com ele,
    O mesmo se passará se se continuar a empurrar com a barriga e esperar para ver no que dá, diria eu.



    Colocado por: AMG1quase que parece desejarem que apareça alguém e diga já que e necessario cortar pensões,
    Quem é que deseja isso em Portugal? Só se for a meia dúzia de jovens que pensa nisso.

    Diria que ´será muito ao contrário. Foram a tentativas de reforma do sistema de pensões que arruinou o PPC e por arrasto o PSD, e é a ausência de reforma do sistema instalado que mantém o Sr. Costa no poder.
  3.  # 803

    Colocado por: AMG1á falta pouco, os últimos estarão reformados daqui por uns 5/6 anos e o valor actual desse fundo creio que só estava previsto para 2028.
    Continuo a achar que a quantidade de pessoas que agora está na casa dos 57-67 anos, e que simultaneamente têm salários médios muito mais altos que as gerações seguintes, quer na FP, quer no privado, quando se reformar terá um impacto brutal no fundo da SS e na evolução do mesmo. Isso pode ser atenuado se entretanto o financiamento do fundo for reformulado, se não for...espero sinceramente que seja eu a estar totalmente enganado.
  4.  # 804

    Colocado por: CarvaiJá tive oportunidade noutros tópicos o meu trajeto de vida depois de em 1975 ter saído da tropa com 7 contos no bolso e um País em completa balburdia.
    Não estava a querer fazer nenhum juizo de valor, até porque não conheço o seu percurso de vida. Perguntei porque referiu especificamente o ano de 1991 e taxa de juros de 20%. Ora o meu pai construiu a casa em 1991, e pagou-a em 3 anos sem ter grandes fundos quando a iniciou. Eu era bastante pequeno, mas lembro-me muito bem o que possibilitou isso. Os juros eram % sim, mas houve anos em que o salário dele duplicou (tb emigrou durante meio ano, o que naquela altura fez uma diferença brutal.

    Ou seja a situação da altura em nada se comparava com a de hoje. Nem o racio preço habitação/rendimentos médios era sequer parecido com o que acontece hoje. Daí que os 20% de juros (apesar de ser um valor brutal), não pode ser tido como um elemento de comparação direta com a situação em 2023.



    Colocado por: CarvaiMas o meu filho que comprou um T3 semi-novo há 10 anos vai acabra de o pagar em Julho. Tem 2 filhos, começou a trabalhar num call center e andou 1 ano no Técnico. Nunca lhe saiu o Totoloto (nem joga) nem herdou nada ainda. Em plena crise financeira de 2009 despediu-se de uma grande multinacional e criou uma pequena Empresa com um colega que continua a funcionar bem. Mesmo na altura que a Euribor era 0 sempre utilizou prémios e devoluções do IRS para amortizar a casa.
    Sem tirar ponta de mérito ao seu filho, ainda para mais se criou a própria empresa, há fatores a ter em consideração:
    1- Preço do imobiliário em 2013 vs 2023. Acredite que aqui eu conheço bem a realidade. Em 2014 queria comprar um T3 em Coimbra e tinha 50% do valor necessário, contudo eu não tinha crédito porque estaa a fazer o doutoramento e os meus rendimentos não provinham de contrato mas de bolsa. Em 2019 e com muito mais poupança, o que eu tinha daria para menos de 30% de um apartamento equivalente....
    2- Os 10 anos sem pagar juros, foram uma daquelas oportunidades que duvido que se voltem a repetir...Tivesse toda a gente a cabeça que teve o seu filho, e agora haveria muito menos gente em dificuldade. Antes desta subida da euribor, o plano estabelecido incluía amortizações anuais de 15 k (os tais 10 ano). Neste momento, ainda não sei o que será possível amortizar, mas os meus cálculos apontam para um valor entre os 7,5-10k, porque para além dos juros terem aumentado 5-6k/ano as despesas mensais aumentaram devido à inflação. Logo os 10 anos foram à vida. 15-20 anos sem imprevistos seria mais realista.
    3-Os rendimentos do seu filho eram médios, ou acima da média. Este é o fator determinante porque vai definir a taxa de poupança possível após pagar custos fixos e imprescindíveis. Um rendimento médio não permite grandes aventuras nos dias que correm, mesmo levando uma vida regrada.

    Quando afirmei:
    "Hoje acho muito difícil alguém com rendimentos médios conseguir pagar um empréstimo médio de 150k a 10 anos." referia-me mesmo ao dia de hoje, com as condições actuais. Sobretudo quem comprou depois de 2016, em pleno boom imobiliário, e não teve a benesse de tantos anos de juros baixos. Quem compou em 2017 está pior de quem o fez em 2016, quem comprou em 2018 está pior do que quem o fez em 2017, e por aí adiante...
  5.  # 805

    Colocado por: DR1982A questão é, que tipo de vida é que isso implica?
    O que são rendimentos médios ?


    De acordo com o INE o rendimento médio em 2022 foi de 1411 eur brutos.

    Um casal (casados dois titulares) a receber o rendimento médio e com 6 eur de subsídio de alimentação, tería em casa em termos líquidos 2 658,51 euros -(rendimento*14)/12.
    Ora uma prestação atual para um crédito de 150k, implica uma prestação de 752.56 (euribor 6 meses + spread base de 0.90).

    Com uma vida muito regrada em termos de gastos, e não considerando imprevistos nem despesas com filhos, eu diria que deveriam conseguir poupar 900 eur/mes (10800 ano).
    Ora nesta situação ideal talvez conseguissem pagar a casa em 10-15 anos. O problema é que estas situações ideais raramente correspondem à realidade:
    -Aparecem os filhos que trazem alguma despesa. Afinal as creches dos miúdos só são "grátis" na cabeça do senhor costa (e lá se retiral 400 eur/mês à poupança).
    - O carro precisa de manutenção, ou é preciso trocar o carro.
    - Inflação,
    etc...
    neste cenário é que digo ser dífil pagar o crédito a 10 anos, considerando um crédito de 150k, que considero um valor perfeitamente na média face aos custos da habitação.
  6.  # 806

    Um casal com dois filhos e 2500€ limpos mes, a pagar 750€ de casa acho que ja tem de se preocupar é em viver inves de sobreviver, quase
    Com ir tendo umas poupanças para uma eventualidade e já nao é mau
    Concordam com este comentário: Ruipsm
  7.  # 807

    Colocado por: DR1982Um casal com dois filhos e 2500€ limpos mes, a pagar 750€ de casa acho que ja tem de se preocupar é em viver inves de sobreviver, quase
    Não disse que não dava para viver. Disse é que era dificil pagar a casa em 10 anos. Dará para as despesas normais e para alguma poupança se morarem numa zona onde consigam ter acesso às creches "grátis" do costa.
    Se pagarem 2 creches....já muda de figura
  8.  # 808

    Colocado por: HAL_9000Não disse que não dava para viver. Disse é que era dificil pagar a casa em 10 anos. Dará para as despesas normais e para alguma poupança se morarem numa zona onde consigam ter acesso às creches "grátis" do costa.
    Se pagarem 2 creches....já muda de figura
    nao me parece que a poupança seja muita, mesmo nao pagando cresces acho que se chegarem ao fim do mes com 200/300€ ja é bom, se tiver uma avaria no carro por exemplo ja vai ao vermelho
    Concordam com este comentário: Ruipsm
  9.  # 809

    Colocado por: DR1982nao me parece que a poupança seja muita, mesmo nao pagando cresces acho que se chegarem ao fim do mes com 200/300€ ja é bom, se tiver uma avaria no carro por exemplo ja vai ao vermelho
    Mais razão me dá. Daí eu ter enfatizado "Com uma vida muito regrada em termos de gastos,".

    Mas esta é a realidade portuguesa. Aliás, penso mesmo que a maioria das famílias não terá este rendimento liquido mensal (12 meses atenção, estão contabilizados subsídios de férias).

    Mas diria que o DR até deve saber bem que isto é assim, por isso é que emigrou :)
  10.  # 810

    Colocado por: HAL_9000Mas diria que o DR até deve saber bem que isto é assim, por isso é que emigrou :)
    eu só trabalhei 6 meses em Portugal, com 16 anos, a 3€ hora 😀
  11.  # 811

    Colocado por: HAL_9000

    Quando afirmei:
    "Hojeacho muito difícil alguém com rendimentos médios conseguir pagar um empréstimo médio de 150k a 10 anos." referia-me mesmo ao dia de hoje, com as condições actuais. Sobretudo quem comprou depois de 2016, em pleno boom imobiliário, e não teve a benesse de tantos anos de juros baixos. Quem compou em 2017 está pior de quem o fez em 2016, quem comprou em 2018 está pior do que quem o fez em 2017, e por aí adiante...


    Por isso é que a melhor estratégia continua a ser fixar a taxa durante o período que se pretende pagar a casa.

    Quanto à falta de oferta de taxa fixa pelos nossos bancos, se existe é devido à iliteracia financeira. Entre 2017 e 2022, que é provavelmente o pior período para os bancos oferecerem taxa fixa, comprei 3 apartamentos, pelo que estive regularmente a estudar o mercado. Ofertas de taxa fixa não faltaram, e a ultima que fiz em 2022 foi mista a 0,45 durante 10 anos (período que vou demorar a pagar o empréstimo).

    Acredito que a maior parte da população só soube o que é a euribor a partir do momento que começou a sentir na pele a subida da prestação.

    Relacionar a Euribor com a taxa de juro do BCE e prever quando a mesma pode subir deve ser uma capacidade que uma % muito baixa da população deve ter. Na ausência desta informação, nada vai levar o comum cidadão a procurar taxa fixa, porque esta vai ser sempre maior do que a variável oferecida no momento.

    Sem este conhecimento básico, o comum cidadão também não tem capacidade de negociar com o banco. Acredito que a maior parte da população que contratou CA quando muito tem a ideia que "pode negociar os seguros fora do banco porque isso fica mais barato". O CA cada vez mais é visto como uma prestação obrigatória que as pessoas têm de pagar por 40 anos, por isso mais vale pagar o mínimo possível todos os meses (mais um empurrão para a taxa fixa).

    Claro que os bancos se vão aproveitar desta situação. E até acerdito que com esta baixa procura pela fixa aproveitam-se para praticar valores não tão atrativos como os lá de fora, o que nos dá a sensação de que os bancos são uns mauzões ou que "lá fora as coisas são diferentes". Para eles, o CA não é visto como um serviço, mas sim um negócio alavancado, é claro que vão tratar de extraír o máximo que puderem do consumidor.
  12.  # 812

    Eu sei que o meu filho não representa a maioria da geração dele (nascido em 85) e teve muita sorte tanto profissionalmente como na vida pessoal.
    Ele ganha acima da média citada acima o que permite viver normalmente só com os seu rendimento. A mulher tem um trabalho irregular não tendo qualquer remuneração mensal mas 2 ou 3 vezes por ano pagam-lhe um valor razoável. Resultado este valor vai totalmente para poupança.
    Quando casou a mulher tinha comprado por via judicial uma casa antiga pelo preço de um pequeno carro usado.Foi vendida por 4 vezes o valor que tinha custado incluindo obras.
    Comprou a actual casa pagou exactamente metade do que vale agora. Eu e um Avô ajudamos a pagar a entrada.
    Também comprou um carro topo de gama descapotável usado que sempre tinha sonhado, em troca de um eléctrico que tinha comprado pela empresa e que com todos os benefícios fiscais custou o valor residual.
    E eu este ano paguei-lhes umas férias na EuroDisney. Não precisam esperar que eu morra para herdarem dos pais e avós.
    Concordam com este comentário: HAL_9000
  13.  # 813

    Colocado por: PedroNunes24Por isso é que a melhor estratégia continua a ser fixar a taxa durante o período que se pretende pagar a casa.
    Se conseguir conciliar o valor da prestação com os rendimentos sim. Mas verdade seja dita a oferta que temos de taxa fixa é péssima.
    Em 2020 fiz CH para construção e imagine lá: Não se praticava taxa fixa para a modalidade de construção. E eu nem sequer afirmo que a teria contratado (não sei mesmo), mas gostava que ao menos tivesse existido essa possibilidade.


    Colocado por: PedroNunes24Entre 2017 e 2022, que é provavelmente o pior período para os bancos oferecerem taxa fixa, comprei 3 apartamentos, pelo que estive regularmente a estudar o mercado. Ofertas de taxa fixa não faltaram, e a ultima que fiz em 2022 foi mista a 0,45 durante 10 anos (período que vou demorar a pagar o empréstimo).
    Arrisco-me a dizer o PedroNunes24 não se confundirá com o cliente tipo de CH. Duvido que alguém que queira comprar um apartamento para HPP sem mais nada para hipotecar a não ser o próprio apartamento tenha acesso a essas condições.
    Por outro lado tendo um perfil de investidor, opera no mercado com outro conhecimento de causa, terá rendimentos que lhe permitam outro tipo de ofertas, etc.
    Ainda assim existiram alguns bancos que ofereceram de facto a taxa a 1.5 a 30 anos. Bancos que queriam ganhar quota de mercado, mas não fiquei com a perceção que fosse uma oferta generalizada no mercado.

    Portanto no seu entender o português é mais analfabeto a nível financeiro que a maioria dos europeus, é isso? Eu acho que é simplesmente mais pobre. As duas coisas podem estar (e provavelmente estão) relacionadas.

    Depois depende muito do contexto social onde cresceu, se o recurso a crédito é algo normal na família ou não, das escolas que frequentou, da formação superior de cada um, etc. Não são desculpas, é a realidade que constato. Por exemplo, alguém que cresce no seio de uma família que sempre teve empresas, terá um perfil muito mais empreendedor que outra pessoa cujos pais sempre foram FP.

    Posso-lhe dar este exemplo. Tenho um familiar que fez CH em Portugal e ofereceram-lhe taxa variável, nem falaram da fixa. Contratou variável. Emigrou mais tarde para França e fez lá outro- ofereceram-lhe fixa e nem lhe falaram da variável. Contratou fixa. A literacia financeira é de facto a arma mais importante que o consumidor tem para negociar este tipo de créditos, mas neste exemplo que lhe dei, o factor determinante terá sido até a oferta que lhe foi apresentada. A atitude do agente bancário foi diferente nas duas situações, e essa atitude traduz o que é "mais normal" em cada país em termos de oferta comercial.
    A questão é se é o cliente que condiciona a oferta, ou a oferta é que condiciona o cliente. Eu tenho a minha convicção, mas na verdade n sei.

    Colocado por: PedroNunes24o que nos dá a sensação de que os bancos são uns mauzões ou que "lá fora as coisas são diferentes".
    Não é nada disso. Não há mauzões nem bonzões, há constatação de factos. A oferta de taxa fixa por pá, é efetivamente menos competitiva que na maioria dos países europeus. Agrava-se pelo facto de termos um problema crónico de falta de concorrência no nosso país- Os grandes players dentro de cada área específica limitam-se a apresentar as mesmas condições num template gráfico diferente.

    Ao fim do dia o fator diferenciador é mesmo o sermos mais pobres, o mercado imobiliário estar um sufoco, e por isso mesmo termos muito pouco poder negocial.
    Por exemplo colega de trabalho, muito mais velho, que em 2021 comprou uma 2ª casa com taxa fixa a 0.6%. A questão é que ele conseguiu isso porque entram-lhe em casa 8000 eur limpos por mês e tinha um apartamento (além da hipoteca da casa que estava a comprar) que cobria o valor pedido 2 vezes. Acha são condições correntes?
  14.  # 814

    Colocado por: DR1982eu só trabalhei 6 meses em Portugal, com 16 anos, a 3€ hora 😀
    É uma pena para o país. Mas para si, foi o que fez melhor:).
    3 eur à hora ganhava eu em 2003com 14 anos a carregar bandes de massa. Na verdade não sei se o cenário mudou muito
  15.  # 815

    Colocado por: PedroNunes24Ofertas de taxa fixa não faltaram, e a ultima que fiz em 2022 foi mista a 0,45 durante 10 anos (período que vou demorar a pagar o empréstimo).
    Ja agora, se não for indiscrição, que banco é que lhe fez taxa fixa a 0,45% a 10 anos em 2022? E sobretudo, em que condições?

    Parece-me algo mesmo muito distante do cliente tipo.

    Ou foi 0,45 + spread?

    Se bem me recordo de outros tópicos o PedroNunes24 ainda é um jovem, daí a curiosidade.
  16.  # 816

    Colocado por: HAL_9000

    Arrisco-me a dizer o PedroNunes24 não se confundirá com o cliente tipo de CH. Duvido que alguém que queira comprar um apartamento para HPP sem mais nada para hipotecar a não ser o próprio apartamento tenha acesso a essas condições.
    Por outro lado tendo um perfil de investidor, opera no mercado com outro conhecimento de causa, terá rendimentos que lhe permitam outro tipo de ofertas, etc.



    Colocado por: HAL_9000

    Se bem me recordo de outros tópicos o PedroNunes24 ainda é um jovem, daí a curiosidade.


    Tenho 33 anos. Mas engana-se quanto ao meu "perfil de investidor". Nunca fiz CH com qualquer tipo de colateral sem ser os 10% pedidos pelo banco. Por curiosidade, posso mostrar-lhe a FINE do CH que fiz em 2019. Os meus rendimentos eram cerca de 1900€ brutos e era solteiro. Crédito a 40 anos, taxa mista primeiros 10 anos a 1.05% + Spread.


    Colocado por: HAL_9000Ja agora, se não for indiscrição, que banco é que lhe fez taxa fixa a 0,45% a 10 anos em 2022? E sobretudo, em que condições?

    Parece-me algo mesmo muito distante do cliente tipo.

    Ou foi 0,45 + spread?



    0.45 + Spread. Este CH fiz em Fevereiro de 2022. Mais uma vez, não ofereci qualquer tipo de colateral para além da entrada. Casei entretanto e este CH já foi feito com a minha esposa, que ganha pouco mais do ordenado mínimo. Mais uma vez, crédito a 40 anos, taxa mista de 10 anos. Desta vez a 0.45 + spread.

    Por curiosidade, ambos os CH que apresentei foram com a CGD.

    Colocado por: HAL_9000

    Portanto no seu entender o português é mais analfabeto a nível financeiro que a maioria dos europeus, é isso? Eu acho que é simplesmente mais pobre. As duas coisas podem estar (e provavelmente estão) relacionadas.



    É isto, sim. A literacia financeira só passa a ser uma prioridade a partir do momento que problemas mais básicos estão resolvidos e há rendimento disponível a aplicar. Nunca me vou dar ao trabalho de estudar para investir se o dinheiro que tenho mal chega para pagar as contas do mês.

    No entanto, a meu ver, a taxa fixa sempre esteve disponível, principalmente na altura que era mais vantajoso contratar. Quando muito, devido à mensalidade mais elevada no imediato, tem de se contentar com uma casa mais modesta para contrair um crédito menor.

    É a literacia financeira que está na base do problema da taxa fixa. Agora se a falta de literacia se deve à pobreza, cultura, ou qualquer outro fator, isso já é discutivel.
  17.  # 817

    Uma coisa que nunca percebi é como funciona bem isso, mesmo comprando para arrandar para ter crédito a taxa de esforço é calculado sobre a totalidade dos creditos e as rendas recebidas nao contam para a taxa de esforço certo?
  18.  # 818

    Cada caso é um caso, eu em 2022 alterei para taxa mistas. Um crédito fixei a taxa por 10 anos, estou a pagar 0,6% , e outro a 5 anos onde pago 2,6%, demorei mais 3 meses a decidir. Não é um banco pequenino e não dei qualquer colateral para além das hipotecas dos imóveis e nem tive de me chatear com o banco, bastou telefonar ao gestor que fez o pedido e depois assinei.
  19.  # 819

    Claro que alguém, neste momento, está a prrder dinheiro com os meus créditos, e não me refiro ao banco pois esse só está a ganhar nenos, mas isso faz parte de quem aposta nestas coisas.
  20.  # 820

    Colocado por: DR1982Uma coisa que nunca percebi é como funciona bem isso, mesmo comprando para arrandar para ter crédito a taxa de esforço é calculado sobre a totalidade dos creditos e as rendas recebidas nao contam para a taxa de esforço certo?

    Sim os bancos não consideram as rendas para efeitos de rendimento pois o risco de incumprimento é elevado.
    Embora uma palerma qualquer do governo achar que o incumprimento anda na casa dos 3/3,5% só ela e alguns idiotas acreditam nisso
    https://visao.sapo.pt/imobiliario/2023-05-28-mostra-o-teu-cv-e-talvez-te-arrende-a-casa/
    Porque se isso fosse verdade o mercado de arrendamento era muito mais dinâmico e mais barato.
    Por alguma razão nenhuma seguradora faz seguros de renda e os poucos bancos fazem garantias bancárias para arrendamento. A própria CGD do Estado recusa fazer garantias bancárias.
    Concordam com este comentário: HAL_9000
 
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