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  1.  # 1

    Colocado por: HAL_9000Pois...isso foi discussão que tb já foi tida aqui pelo fórum muitas vezes, e mesmo com colegas meus..Na verdade, constato que para a maioria das pessoas continua a prevalecer a fezada que o sistema se aguenta...Talvez na questão da taxa variável seja o mesmo..N sei.

    Neste caso os franceses ainda acreditam mais no Pai Natal que nós...
    Concordam com este comentário: HAL_9000
    • RCF
    • 26 maio 2023

     # 2

    Colocado por: Carvai
    Neste caso os franceses ainda acreditam mais no Pai Natal que nós...

    A França está numa situação de pré-abismo...
  2.  # 3

    Não sei quando começou a "moda" da taxa variável mas em toda a vida fiz 3 CH que na altura não ultrapassava os 20 anos. Em todos os casos paguei sempre em metade do tempo.
    Em 1991 fiz um para uma 2ª casa e a taxa fixa era 20,5%. Em 2000 fiz para a casa onde vivo e a taxa era fixa a 3,9% ainda em escudos.
  3.  # 4

    Colocado por: RCF
    A França está numa situação de pré-abismo...


    Pois, mas esse pré-abismo, como lhe chama, dura pelo menos há duas décadas e como dizia um cromo que até foi primeiro ministro de um pais da UE e Presidente da Comissão Europeia: "A França é a França!".
    Nunca percebi bem o que ele queria mesmo dizer com isso...mas suspeito.
  4.  # 5

    Colocado por: CarvaiNão sei quando começou a "moda" da taxa variável
    Provavelmente quando os bancos deixaram de a oferecer e quando o preço da habitação desacoplou dos rendimentos médios diria eu.

    Em 1991 como era a sua actualização salarial anualmente? E qual eram as suas perspectivas de progressão na empresa/ área onde trabalhava? Curiosidade face a taxa de juro praticada.

    Hoje acho muito difícil alguém com rendimentos médios conseguir pagar um empréstimo médio de 150k a 10 anos.
    Eu tinha esse plano (pagar em 10 anos) bem montado antes da subida dos juros. Agora…..vamos ver serão 15 ou 20. Depende muito tb da evolução de rendimentos, e da inflação.
  5.  # 6

    Colocado por: AMG1Pois, mas esse pré-abismo, como lhe chama, dura pelo menos há duas décadas
    seria interessante saber se nessas duas décadas as condições de reforma para as gerações futuras se agravaram e quanto..

    Na minha opinião com a evolução demográfica que a Europa tem, quando mais se adiam inevitabilidades, mais a factura aumenta para as gerações mais jovens.
  6.  # 7

    Colocado por: HAL_9000Mas se a principal causa é essa, tem de se perceber o porquê de ser assim. É cultural? Tem a ver com os baixos rendimentos? Os portugueses são mais burros que o europeu médio?

    Não há maneira de mudar isso?
    O quê que em França se faz diferente para as percentagens lá serem difeentes? Ou faz-se tudo igual e nós é que somos diferentes?

    Eu tenho a certeza que estes estudos já existem...Só que promovidos pelos próprios bancos.


    Para quê tanta dificuldade em explicar o óbvio?
    Os bancos em Portugal promovem a taxa variável porque é o que mais lhes convém. Se o cliente está disponível para aceitar e correr ele o risco da taxa de juro, porque razão haveria o banco de ficar com o encargo de assumir esse risco e eventualmente ter de o partilhar com um terceiro e ver-se, por isso, obrigado a partilhar uma fatia da sua margem.
    De qualquer modo, creio que o Dr Costa vai obrigar os bancos a colocarem no mercado uma oferta de taxa fixa. Mas isto só vai funcionar se os clientes escolherem preferencialmente essa taxa e com isso deslocarem a concorrencia entre os bancos para aí, senão fica tudo na mesma.
    Convém ter em conta que entre 35 a 40% do mercado de retalho bancário em Portugal tem a casa mãe em Espanha, portanto não será nem por desconhecimento, nem por falta de condições financeiras ou operacionais, que em Portugal têm uma oferta diferente da que têm em Espanha.
  7.  # 8

    Colocado por: AMG1Os bancos em Portugal promovem a taxa variável porque é o que mais lhes convém.
    Não existe maneira de “condicionar” essa prática comercial, que claramente em cada ciclo de crise coloca em causa a estabilidade social.



    Colocado por: AMG1Se o cliente está disponível para aceitar e correr ele o risco da taxa de juro,
    Pois….geralmente é o que acontece com os pobres, estão muito mais disponíveis a aceitar o que lhes metem a frente. Alguém com os rendimentos portugueses não tem qualquer poder negociar, óbvio que está disponível.
    O principal problema a meu ver passará por aí.
    Por ser óbvio não quer dizer que não mereça reflexão, ou que não se procurem soluções.

    Terei de ler melhor o que foi feito em Espanha, se houve legislação, se foi só promoção, mas na altura estava a trabalhar la, e fiquei com a clara percepção que quer nos telejornais, quer na sociedade civil havia uma mudança de paradigma favorável a taxa fixa em detrimento da variável.
  8.  # 9

    Basta limitar a duração dos créditos a taxa variável a 30 anos como acontece atualmente com a taxa fixa que grande parte das pessoas fixa já.

    Com mais 33% de prazo e uma taxa normalmente mais baixa, é óbvio que as pessoas optam pela variável...
    • RCF
    • 26 maio 2023

     # 10

    Colocado por: AMG1

    Pois, mas esse pré-abismo, como lhe chama, dura pelo menos há duas décadas e como dizia um cromo que até foi primeiro ministro de um pais da UE e Presidente da Comissão Europeia: "A França é a França!".
    Nunca percebi bem o que ele queria mesmo dizer com isso...mas suspeito.

    É verdade... mas, a França está pior hoje do que estava há 20 anos atrás. E, infelizmente, essa áurea não durará para sempre, nem creio que dure muito mais...
  9.  # 11

    Colocado por: RCF
    ...
    Qual a razão de, por exemplo, apesar de sabermos ser impossível manter o atual sistema de pensões, se continuar a adiar alterar alguma coisa, sabendo-se que, quanto mais tarde se alterar, maior irá ser o corte...?


    Eu devo ser mais um desses portugueses de vistas curtas, a desejar que o último feche a porta.
    Por mais que tente, ainda nao percebi onde reside a impossibilidade de mantermos o sistema de pensões que temos. Como nao sou completamente tolo e até já gastei algum tempo a perceber o tema, claro que sei, como qualquer interessado tambem pode saber, que a natureza do sistema exige adaptações à realidade e também sei que mais de 15 anos depois da ultima alteração susbtancial, talvez esteja na altura de fazer alguns ajustes, mas muito sinceramente nao partilho nada da visão de que o sistema não tenha futuro e não dou como adquirido que os futuros reformados o sejam em piores condições do que os actuais. Talvez tenham de se reformar mais tarde, mas essa possibilidade ja está inscrita nas regras existentes e em vigor.
    Este tema presta-se a muita desinformação, até pela multiplicidade de interesses em causa. Nao esqueçam que o fundo de estabilização do sistema de pensões é o maior fundo autónomo existente no país. Uma colossal montanha de dinheiro que muitos gostavam de escalar...
  10.  # 12

    Colocado por: RCF
    É verdade... mas, a França está pior hoje do que estava há 20 anos atrás. E, infelizmente, essa áurea não durará para sempre, nem creio que dure muito mais...


    Entretanto a sra. dona Marine le Pen ganha as eleições e põe tudo nos eixos...é tudo uma questao de tempo.
  11.  # 13

    Colocado por: AMG1Por mais que tente, ainda nao percebi onde reside a impossibilidade de mantermos o sistema de pensões que temos.
    Para mim é simples basta ver a evolução do rádio N contribuintes/ N reformados ao longo das duas últimas décadas, para perceber que chegará uma altura em que o racio deve ser de 1 ou menor até.

    A única solução plausível passará por acolher muitos e muitos emigrantes, ou colocar as máquinas de atendimento automático, e os chat GPT desta vida que vão substituir mão de obra a contribuir para a SS, porque incrementar os impostos sobre rendimentos ou aumentar a contribuição do OE para a SS não serão aceitáveis num país pobre como o nosso.
  12.  # 14

    Colocado por: AMG1Entretanto a sra. dona Marine le Pen ganha as eleições e põe tudo nos eixos
    A questão não é se ela põe nos eixos. A questão é: porque motivo é que se chegou a esta situação em que ela pode (e muito provavelmente vai) ganhar as eleições?

    O meu receio é que em Portugal, daqui a 10 anos, estejamos na mesma situação.
  13.  # 15

    Colocado por: AMG1Como nao sou completamente tolo e até já gastei algum tempo a perceber o tema, claro que sei, como qualquer interessado tambem pode saber, que a natureza do sistema exige adaptações à realidadecortes e agravamento de condições para os novos reformados e também sei que mais de 15 anos depois da ultima alteração susbtancial, talvez esteja na altura de fazer alguns ajustescortes


    Não leve a mal a minha proposta de correção, mas no meu entender a frase assim espelha mais a realidade.

    Gosto bastante de ler as suas considerações acerca de temas económicos, contudo, por mais que reconheça que o AMG1 normalmente têm opiniões bastante bem fundamentadas, neste tema em particular não consigo concordar consigo, nem perceber exatamente quais são os ajustes, ou adaptações que considera que não passem necessariamente por:
    - Agravamento de condições no acesso a reforma
    - Aumento de impostos
    - cortes na taxa de conversão
    -Aumento substancial da idade da reforma

    É que ajustes deste tipo mais não fazem que confirmar as previsões aqui dos pessimistas.
  14.  # 16

    Colocado por: AMG1o fundo de estabilização do sistema de pensões é o maior fundo autónomo existente no país. Uma colossal montanha de dinheiro que muitos gostavam de escalar...
    É verdade sim senhor. A questão é: continuará a ser verdade quando todos os boomers se reformarem?

    Daí que na minha opinião seja urgente a revisão antes disso acontecer.
  15.  # 17

    Colocado por: HAL_9000Para mim é simples basta ver a evolução do rádioN contribuintes/ N reformadosao longo das duas últimas décadas, para perceber que chegará uma altura em que o racio deve ser de 1 ou menor até.

    A única solução plausível passará por acolher muitos e muitos emigrantes, ou colocar as máquinas de atendimento automático, e os chat GPT desta vida que vão substituir mão de obra a contribuir para a SS, porque incrementar os impostos sobre rendimentos ou aumentar a contribuição do OE para a SS não serão aceitáveis num país pobre como o nosso.


    Ja discutimos isto até a exaustão. Você esta preocupado com a possivel incapacidade do sistema se financiar como até aqui. Eu também, mas esse problema tem multiplas soluções e eu até ja lhe indiquei algumas que foram ou estão a ser implementadas em sistemas identicos ao nosso. Como sabe, o nosso sistema foi concebido para uma economia de mão de obra intensiva, portanto insistir num modelo de financiamento, cuja base está cada vez mais deficitária, seja pela dimensao, seja pela degradação dos salarios, nao terá qualquer futuro, por isso é que alguns dos sistema identicos ao nosso estão a deslocar o financiamento com base na massa salarial, para outras fontes. A necessidade de ajustes permanentes é da própria naturezado sistema, não significa necessariamente a sua falência. Agora se insistirem em não fazer as alterações necessarias em tempo, nao há milagres!
    A sustentabilidade do sistema reside num conjunto de variaveis em que a demografia é importante, mas não única. O crescimento economico, melhores salários e baixos niveis de desemprego podem atenuar bastante o impacto negativo da demografia. Agora, obviamente que não podemos ter todas as variáveis a impactar negativamente e desde a última alteração significativa, ja tivemos tudo isso em boas doses.
    Depois, meu caro HAL_9000, sempre teremos o velho problema. O sistema que temos pode e deve ser adaptado às novas realidades, mas que garantias temos de que as alternativas são melhores?
  16.  # 18

    Colocado por: HAL_9000

    Não leve a mal a minha proposta de correção, mas no meu entender a frase assim espelha mais a realidade.

    Gosto bastante de ler as suas considerações acerca de temas económicos, contudo, por mais que reconheça que o AMG1 normalmente têm opiniões bastante bem fundamentadas, neste tema em particular não consigo concordar consigo, nem perceber exatamente quais são os ajustes, ou adaptações que considera que não passem necessariamente por:
    - Agravamento de condições no acesso a reforma
    - Aumento de impostos
    - cortes na taxa de conversão
    -Aumento substancial da idade da reforma

    É que ajustes deste tipo mais não fazem que confirmar as previsões aqui dos pessimistas.

    Claro que nao levo nada a mal, mas tenho pena que nao consiga sair dessa visao tão
    ...digamos pessimista.
    Vamos lá ver cada um dos seus receios:

    "agravamento das condições de acesso a reforma."
    Imagino que esteja a pensar em questões como o numero minimo de anos para aceder a pensão (do sistema contributivo) que hoje são 15 anos. Se for isso, nao vejo necessidade de qualquer alteração, sobretudo porque a crescente fusão de sistemas que se tem vindo a operar reduz muito a probabilidade de alguém que chegue a idade da reforma, não tenha uma carreira contributiva mais longa do que esses 15 anos.
    "Aumentos de impostos"
    A diversificação das fontes de financiamento pode traduzir-se em impostos, ou nao, e mesmo que seja por aí, isso não significa necessariamente que sejam impostos sobre o rendimento. Entre os adeptos da via dos impostos, há quem se incline p.e. para a tributação do património. Eu não sou nada adepto desta via dos impostos, julgo que um sistema misto que para algumas empresas mantenha as contribuições com base na massa salarial e para outras com um perfil laboral diferente, as contribuições incidirem p.e. sobre o valor acrescentado. Este processo pode ser criado de muitas formas, aqui a criatividade é o limite.
    "Cortes na tx de conversão"
    Pode acontecer, mas nao creio que seja um dado, até porque as pensões da SS são, em regra muito baixas. A pensão media anda pelos 550 euros, o que representa ja um tx de conversão muito baixa mesmo em relação ao salario minimo. Reduzir a tx de conversao poderia reduzir a factura das pensões mas podia aumentar a das prestações sociais.
    "Aumento substancial da idade da reforma".
    Como sabe, o nosso sistema tem, desde 2007, uma regra que faz deslocar a idade da reforma em função da esperança media de vida aos 65 anos. A coisa é complicada de perceber (tretas de actuarios, que só complicam), mas no essencial pretende-se que não fiquemos por cá mais do que 20 anos depois de reformados. Claro que podem mudar esta regra para 15 ou 10 anos, mas isso poderia implicar deslocar a idade da reforma para além dos 75 anos. Nem na austera e esquisita Suécia, agora governada por um governo de direita apoiado (modo geringonça) pela extrema direita foi possivel ir além dos 70 e mesmo assim apenas com a anuência do próprio. Alias numa solução muito parecida com a nossa, para quem pretende a pensão bonificada.
    Uma coisa que o Passos Coelho quiz fazer e com a qual eu concordo completamente (foram poucas) era sujeitar algumas pensões à chamada "condição de recursos", p.e. no caso das pensões de sobrevivencia isto pode ter dimensão apreciavel, mas tem de ser feito com cuidado e não "a campeão", senão o resultado pode ser deixar tudo na mesma, como acabou por acontecer.
    Agora você pode vir a ter razão, se o sistema for alterado por quem tenha como objectivo ideológico acabar com ele, muito provavelmente as soluções que vai implementar dificilmente deverão ter em vista a sua sobrevivencia, pelo menos com as caracteristicas que lhe conhecemos hoje.
    Embora considere a teimosia dos franceses em aceitar os 64 anos um completo disparate, sem qualquer sentido de realidade, não posso deixar de reconhecer que eles não deixam mexer nestas coisas sem criar muita dificuldade a quem o quer fazer. Ao contrário em Portugal quase que parece desejarem que apareça alguém e diga já que e necessario cortar pensões, ou criar dificuldades em aceder-lhe sem que tenha de dar explicações capazes e que vão além da lenga lenga veiculada em permanência por quem tem interesses materiais ou ideológicos em alterar a natureza do sistema.
  17.  # 19

    Colocado por: HAL_9000É verdade sim senhor. A questão é: continuará a ser verdade quando todos os boomers se reformarem?

    Já falta pouco, os últimos estarão reformados daqui por uns 5/6 anos e o valor actual desse fundo creio que só estava previsto para 2028.
  18.  # 20

    Colocado por: HAL_9000Provavelmente quando os bancos deixaram de a oferecer e quando o preço da habitação desacoplou dos rendimentos médios diria eu.

    Em 1991 como era a sua actualização salarial anualmente? E qual eram as suas perspectivas de progressão na empresa/ área onde trabalhava? Curiosidade face a taxa de juro praticada.

    Hoje acho muito difícil alguém com rendimentos médios conseguir pagar um empréstimo médio de 150k a 10 anos.
    Eu tinha esse plano (pagar em 10 anos) bem montado antes da subida dos juros. Agora…..vamos ver serão 15 ou 20. Depende muito tb da evolução de rendimentos, e da inflação.

    Já tive oportunidade noutros tópicos o meu trajeto de vida depois de em 1975 ter saído da tropa com 7 contos no bolso e um País em completa balburdia. Mas o meu filho que comprou um T3 semi-novo há 10 anos vai acabra de o pagar em Julho. Tem 2 filhos, começou a trabalhar num call center e andou 1 ano no Técnico. Nunca lhe saiu o Totoloto (nem joga) nem herdou nada ainda. Em plena crise financeira de 2009 despediu-se de uma grande multinacional e criou uma pequena Empresa com um colega que continua a funcionar bem. Mesmo na altura que a Euribor era 0 sempre utilizou prémios e devoluções do IRS para amortizar a casa.
 
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